A próxima geração do Jeep Compass está prestes a redefinir o segmento de SUVs médios. Agendada para estrear na Europa em 2025, a novidade promete combinar o tradicional espírito aventureiro da marca com inovações tecnológicas e opções de motorização eletrificadas. Com produção confirmada na fábrica de Melfi, na Itália, o modelo será construído sobre a moderna plataforma STLA Medium, que permitirá maior versatilidade em tamanho e powertrains. No Brasil, onde o Compass é um dos líderes de vendas na categoria, a chegada está prevista para 2027, mas há incertezas sobre a adoção da nova plataforma localmente. A Stellantis, grupo que controla a Jeep, aposta alto no projeto, com investimentos bilionários para garantir competitividade global.
A reformulação do Jeep Compass chega em um momento estratégico para a marca. Após quase uma década na mesma geração, lançada globalmente em 2016, o SUV médio precisava de uma renovação para enfrentar concorrentes como Toyota Corolla Cross, Volkswagen Taos e o futuro Renault Boreal. A nova geração trará um design mais robusto, com faróis de LED inspirados no Jeep Avenger e lanternas traseiras com grafismos inéditos. Além disso, a promessa de maior espaço interno e tecnologias avançadas de conectividade reforça a posição do modelo como uma referência no mercado.
O mercado brasileiro, segundo maior consumidor do Compass em 2023, atrás apenas dos Estados Unidos, aguarda ansiosamente por detalhes. A fábrica de Goiana, em Pernambuco, que produz o modelo atual, está no centro das discussões sobre a continuidade da produção local. Enquanto a Europa receberá o Compass com opções elétricas e híbridas, no Brasil a Stellantis avalia manter a plataforma Small Wide para reduzir custos, o que pode impactar as inovações disponíveis localmente.
- Principais novidades do Jeep Compass 2026:
- Plataforma STLA Medium com suporte a motores elétricos e híbridos.
- Design renovado com faróis de LED e grade frontal iluminada.
- Maior espaço interno devido ao aumento nas dimensões.
- Produção global em Melfi (Itália), Toluca (México) e, possivelmente, Goiana (Brasil).
Uma revolução no design e na tecnologia
A estética do novo Jeep Compass 2026 reflete a evolução da identidade visual da marca. A Stellantis divulgou teasers que mostram linhas mais quadradas, com uma silhueta que remete ao Jeep Commander, mas com toques modernos inspirados no Avenger. A grade frontal, marca registrada da Jeep, manterá as sete fendas características, agora acompanhadas por filetes de LED que conferem sofisticação. Na traseira, as lanternas em LED com acabamento fumê trazem grafismos exclusivos, reforçando a percepção de modernidade.
Além do visual, o Compass 2026 terá um interior completamente redesenhado. A expectativa é que o SUV receba uma central multimídia curva, semelhante à encontrada em outros modelos recentes da Stellantis, como o Peugeot 3008. O painel contará com materiais de alta qualidade e detalhes que remetem à herança da marca, como o lettering “Since 1941”, uma homenagem ao ano de fundação da Jeep. A conectividade também será um destaque, com suporte a sistemas avançados de assistência ao motorista (ADAS) e integração com smartphones.
A ampliação do porte é outro ponto central. Com a plataforma STLA Medium, o Compass poderá variar entre 4,3 e 4,9 metros de comprimento, superando os atuais 4,4 metros. O entre-eixos, que hoje é de 2,63 metros, deve crescer para até 2,9 metros, garantindo mais espaço para passageiros e bagagem. Essa mudança posiciona o SUV como uma opção mais versátil, capaz de atender tanto famílias quanto consumidores que buscam um veículo premium com capacidades off-road.
O mercado europeu será o primeiro a receber o novo Compass, com vendas previstas para o primeiro trimestre de 2026. A fábrica de Melfi, que já produz outros modelos da Stellantis, como o DS8 e o Lancia Gamma, está sendo modernizada com um investimento de mais de US$ 2,1 bilhões. Esse aporte também viabilizará a produção de novos modelos da Alfa Romeo, como o Stelvio e um SUV topo de linha, consolidando a planta italiana como um hub de inovação do grupo.
Plataforma STLA Medium: o coração da mudança
A adoção da plataforma STLA Medium é um marco para o Jeep Compass 2026. Desenvolvida pela Stellantis, essa arquitetura modular foi projetada para suportar uma ampla gama de motorizações, desde combustão interna até elétricas puras. A base, que estreou na nova geração do Peugeot 3008, oferece uma arquitetura elétrica de 400 volts, prometendo maior eficiência energética e autonomia de até 700 km em versões elétricas, segundo o padrão WLTP.
A versatilidade da STLA Medium permite que o Compass seja oferecido em diferentes configurações. Na Europa, o modelo terá variantes híbridas plenas (HEV), híbridas plug-in (PHEV) e elétricas (BEV). A versão elétrica, em particular, é aguardada com expectativa, com rumores apontando para uma potência de cerca de 300 cv. Essa configuração posiciona o Compass como um concorrente direto de SUVs elétricos premium, como o Tesla Model Y e o Ford Mustang Mach-E.
No Brasil, a situação é mais complexa. A Stellantis anunciou um investimento de R$ 13 bilhões na fábrica de Goiana até 2030, mas há dúvidas sobre a implementação da STLA Medium localmente. A plataforma Small Wide, usada na geração atual, é considerada mais robusta e adequada às condições brasileiras, além de ser mais barata de produzir. Caso a Stellantis opte por manter essa base, o Compass nacional pode não receber as mesmas opções eletrificadas da Europa, limitando-se a versões híbridas leves com o motor 1.3 turbo flex.
- Benefícios da plataforma STLA Medium:
- Suporte a motorizações híbridas e elétricas.
- Arquitetura modular para diferentes tamanhos de veículos.
- Maior eficiência energética com até 700 km de autonomia.
- Integração com tecnologias avançadas de segurança e conectividade.
A decisão sobre a plataforma terá impactos significativos no posicionamento do Compass no Brasil. A Stellantis enfrenta o desafio de equilibrar custos com a demanda por inovação, especialmente em um mercado onde a eletrificação ainda é incipiente. A concorrência, por outro lado, não para de crescer, com marcas como Toyota, Volkswagen e Renault investindo em novos SUVs médios com tecnologias híbridas e elétricas.

Produção global e desafios no Brasil
A estratégia de produção do Jeep Compass 2026 reflete a ambição global da Stellantis. Além de Melfi, na Itália, o SUV será fabricado em Toluca, no México, para abastecer a América do Norte, e possivelmente em Goiana, no Brasil, para a América Latina. A planta de Ranjangaon, na Índia, ainda é uma incógnita, já que o desempenho comercial da Jeep no país tem sido abaixo do esperado. Essa abordagem multipolar garante que o Compass mantenha sua relevância em mais de 100 países, como na geração atual.
No Brasil, a fábrica de Goiana é um pilar da operação da Stellantis. Inaugurada em 2015, a planta produz não apenas o Compass, mas também o Jeep Renegade, o Commander e a picape Fiat Toro. O investimento de R$ 13 bilhões anunciado para o período de 2025 a 2030 visa modernizar a unidade e introduzir novas tecnologias, como a produção de veículos híbridos e, futuramente, elétricos. O Compass 2026 deve ser um dos beneficiados, mas a escolha da plataforma será decisiva.
A possibilidade de manter a plataforma Small Wide no Brasil levanta questões sobre a competitividade do modelo. Embora a base atual seja robusta e bem adaptada às condições locais, ela não oferece o mesmo nível de eletrificação da STLA Medium. Isso pode limitar a capacidade da Stellantis de atender à crescente demanda por veículos mais sustentáveis, especialmente em um contexto de incentivos governamentais para a descarbonização, como o Programa Mover.
Outro fator que pode impactar a chegada do Compass ao Brasil é o chamado “tarifaço” de Trump, uma alíquota de 25% sobre veículos importados para os Estados Unidos. Essa medida, anunciada em 2025, levou a Stellantis a suspender temporariamente a produção em fábricas no Canadá e no México, redirecionando investimentos para outras regiões. No Brasil, a Anfavea alertou que o tarifaço pode tornar a indústria local menos atrativa, já que países como o México, com capacidade ociosa, podem absorver investimentos originalmente destinados ao mercado brasileiro.
Investimentos bilionários da Stellantis
A Stellantis está comprometida com um ambicioso plano de investimentos no Brasil, totalizando R$ 30 bilhões entre 2025 e 2030. Esse montante, descrito como o maior da história da indústria automotiva na América do Sul, será distribuído entre as fábricas de Goiana (PE), Betim (MG) e Porto Real (RJ). A unidade pernambucana, em particular, receberá R$ 13 bilhões para o desenvolvimento de novos produtos e tecnologias de descarbonização, incluindo a produção do primeiro veículo elétrico nacional da Stellantis.
O Jeep Compass 2026 está inserido nesse contexto de transformação. A Stellantis planeja lançar 40 novos produtos no Brasil até 2030, entre modelos inéditos, reestilizações e novas motorizações. O Compass, como um dos carros-chefe da Jeep, terá um papel central nesse ciclo, especialmente no segmento de SUVs médios, que responde por uma fatia significativa do mercado brasileiro.
Além do Compass, a Stellantis está investindo em outros projetos estratégicos. A fábrica de Betim, por exemplo, está sendo preparada para produzir veículos sobre a plataforma CMP, usada em modelos como o Citroën C3 e o Peugeot 2008. Já a unidade de Porto Real receberá aportes para novos modelos da Peugeot e Citroën. Essa diversificação reflete a estratégia do grupo de atender a diferentes segmentos, desde carros compactos até SUVs premium.
- Projetos da Stellantis no Brasil:
- Investimento de R$ 30 bilhões até 2030.
- Produção de 40 novos produtos, incluindo híbridos e elétricos.
- Modernização das fábricas de Goiana, Betim e Porto Real.
- Desenvolvimento de um motor 100% a etanol como alternativa sustentável.
A eletrificação é um dos pilares do plano da Stellantis. Além do Compass, a empresa planeja lançar modelos com tecnologias Bio-Hybrid, incluindo híbridos leves de 12V e 48V, híbridos plenos e plug-in. O motor 1.3 turbo flex, já utilizado no Compass atual, será adaptado para essas configurações, oferecendo maior eficiência sem abrir mão do desempenho.
O impacto do “tarifaço” de Trump
A política comercial dos Estados Unidos, sob a liderança de Donald Trump, trouxe novos desafios para a indústria automotiva global. A imposição de uma tarifa de 25% sobre veículos importados, anunciada em 2025, afetou diretamente as estratégias da Stellantis. A empresa suspendeu a produção em fábricas no Canadá e no México, redirecionando esforços para mercados alternativos. No Brasil, o impacto indireto pode ser significativo, já que o país compete com outras regiões por investimentos.
A Anfavea, associação que representa as montadoras no Brasil, expressou preocupação com a possibilidade de o México absorver recursos que seriam destinados à indústria brasileira. Com 75% de sua produção voltada para os Estados Unidos, o México enfrenta agora uma capacidade ociosa que pode atrair investimentos originalmente planejados para o Brasil ou a Argentina. Essa dinâmica coloca pressão sobre a Stellantis para otimizar sua operação local, especialmente na fábrica de Goiana.
No caso do Jeep Compass, o tarifaço pode atrasar a chegada da nova geração à América do Norte, já que a produção em Toluca, no México, foi impactada. Isso pode beneficiar o Brasil, caso a Stellantis decida priorizar a produção em Goiana para abastecer a América Latina. No entanto, a escolha da plataforma Small Wide em vez da STLA Medium pode limitar as opções de motorização, mantendo o foco em versões a combustão e híbridas leves.
A incerteza gerada pelo tarifaço também afeta o planejamento de longo prazo da Stellantis. A empresa precisa equilibrar os custos de produção com a necessidade de oferecer veículos competitivos em um mercado cada vez mais exigente. A eletrificação, embora essencial para a Europa, ainda enfrenta barreiras no Brasil, onde a infraestrutura para veículos elétricos é limitada e o preço dos modelos eletrificados permanece elevado.
A concorrência no segmento de SUVs médios
O mercado de SUVs médios no Brasil é um dos mais disputados da indústria automotiva. O Jeep Compass, que liderou as vendas na categoria por anos, enfrenta agora concorrentes de peso. O Toyota Corolla Cross, lançado em 2021, conquistou uma fatia significativa do mercado com sua motorização híbrida flex, que combina eficiência e apelo sustentável. O Volkswagen Taos, por sua vez, aposta em design moderno e tecnologia para atrair consumidores.
Em 2025, a Renault anunciou o Boreal, um SUV médio que será produzido em São José dos Pinhais, no Paraná, e promete brigar diretamente com o Compass. Com um nome inspirado em ventos frios, o Boreal deve oferecer opções híbridas e um design alinhado aos modelos globais da marca francesa. A chegada de novos players, como a GWM, que planeja produzir SUVs médios no Brasil, intensifica ainda mais a competição.
O Jeep Compass 2026 precisará se destacar nesse cenário. A promessa de maior espaço interno, design renovado e tecnologias avançadas é um passo na direção certa, mas a escolha da plataforma no Brasil será crucial. Caso a Stellantis opte por manter a Small Wide, o modelo pode perder competitividade em relação a rivais que oferecem motorizações mais modernas. Por outro lado, a robustez da plataforma atual e sua adaptação às condições brasileiras são pontos a favor.
- Concorrentes do Jeep Compass no Brasil:
- Toyota Corolla Cross: líder em vendas com motorização híbrida flex.
- Volkswagen Taos: design moderno e tecnologia embarcada.
- Renault Boreal: estreia prevista para 2025 com opções híbridas.
- GWM Haval: produção local a partir de 2025.
A Stellantis está ciente desses desafios e planeja reforçar a presença do Compass com campanhas de marketing agressivas e condições especiais de venda. O modelo atual, por exemplo, já recebeu descontos de até R$ 32 mil na versão Sport 2025, com taxa zero em financiamentos. Essas estratégias podem ser replicadas na nova geração para manter a liderança no segmento.
O futuro da eletrificação no Brasil
A eletrificação é um tema central na estratégia da Stellantis, mas sua implementação no Brasil enfrenta obstáculos. A infraestrutura para veículos elétricos, como estações de recarga, ainda é limitada, especialmente fora dos grandes centros urbanos. Além disso, o custo dos modelos eletrificados é um entrave para a maioria dos consumidores, mesmo com incentivos fiscais.
O Jeep Compass 2026 pode ser um divisor de águas nesse cenário. Caso a Stellantis opte por produzir a versão elétrica em Goiana, o modelo seria o primeiro SUV médio elétrico nacional, abrindo caminho para a popularização da tecnologia. A plataforma STLA Medium, com sua capacidade de oferecer até 700 km de autonomia, seria ideal para esse propósito, mas os custos de adaptação da fábrica podem ser proibitivos.
Como alternativa, a Stellantis está investindo em tecnologias híbridas, que são mais acessíveis e adequadas ao mercado brasileiro. O sistema Bio-Hybrid, que inclui híbridos leves de 48V e plug-in, será implementado no Compass e em outros modelos, como a Fiat Toro e a Ram Rampage. Essas configurações combinam o motor 1.3 turbo flex com um sistema elétrico, permitindo rodar em modo puramente elétrico em baixas velocidades.
O Programa Mover, iniciativa do governo brasileiro para incentivar a descarbonização, é um aliado nesse processo. Lançado em 2024, o programa oferece benefícios fiscais para a produção de veículos híbridos e elétricos, além de apoiar o desenvolvimento de combustíveis alternativos, como o etanol. A Stellantis já anunciou que está trabalhando em um motor 100% a etanol, que pode ser uma solução viável para o Brasil, onde o biocombustível é amplamente disponível.
Cronograma de lançamento e produção
A chegada do Jeep Compass 2026 está estruturada em etapas, com diferentes prazos para cada mercado. A Stellantis planejou cuidadosamente o cronograma para maximizar o impacto global do modelo, enquanto lida com os desafios logísticos e econômicos de cada região.
- Cronograma do Jeep Compass 2026:
- Março de 2025: apresentação oficial na Europa.
- Primeiro trimestre de 2026: início das vendas na Europa, com produção em Melfi.
- Segundo semestre de 2026: lançamento na América do Norte, com produção em Toluca.
- 2027: chegada ao Brasil, com produção em Goiana (a confirmar).
Esse cronograma reflete a prioridade da Stellantis em atender primeiro os mercados mais exigentes em termos de eletrificação, como a Europa, onde normas de emissões são rigorosas. No Brasil, a espera até 2027 pode frustrar os consumidores, mas a produção local garante preços mais competitivos e adaptação às preferências do mercado.
A fábrica de Goiana, que já é uma das mais modernas da Stellantis na América Latina, está sendo preparada para o novo ciclo de investimentos. A unidade tem capacidade para produzir mais de 280 mil veículos por ano e emprega cerca de 13 mil trabalhadores. A modernização da planta incluirá a instalação de novas linhas de montagem e a capacitação de funcionários para lidar com tecnologias híbridas e elétricas.
Perspectivas para o mercado brasileiro
O Jeep Compass é um dos pilares da Stellantis no Brasil, onde o modelo conquistou uma base fiel de consumidores. Em 2023, o SUV foi o segundo veículo mais vendido da Jeep globalmente, com o Brasil respondendo por uma fatia significativa das vendas. A nova geração tem o desafio de manter essa liderança em um mercado cada vez mais competitivo, onde a inovação e a sustentabilidade são fatores decisivos.
A decisão sobre a plataforma será um divisor de águas. A STLA Medium oferece vantagens claras em termos de eletrificação e tecnologia, mas sua implementação no Brasil exige investimentos significativos. A Small Wide, por outro lado, é uma escolha mais conservadora, que prioriza custos e robustez. A Stellantis precisará encontrar um equilíbrio para atender às expectativas dos consumidores sem comprometer a viabilidade econômica.
Além disso, a marca está apostando em estratégias de marketing para manter o Compass relevante. A participação no Salão do Automóvel de São Paulo, que retorna em 2025 após um hiato de sete anos, será uma oportunidade para apresentar o modelo ao público brasileiro. O evento, que já confirmou a presença de 16 marcas, incluindo a Jeep, deve atrair milhares de visitantes e servir como vitrine para as novidades da Stellantis.
A concorrência, no entanto, não dá trégua. Marcas como Toyota, Volkswagen e Renault estão investindo pesado em novos SUVs médios, muitos deles com tecnologias híbridas e elétricas. A GWM, por exemplo, anunciou a produção local de SUVs a partir de 2025, enquanto a BYD planeja expandir sua oferta de veículos elétricos no Brasil. Nesse cenário, o Jeep Compass 2026 precisará combinar inovação, preço competitivo e a tradicional robustez da marca para se destacar.
- Fatores que influenciam o sucesso do Compass no Brasil:
- Escolha da plataforma (STLA Medium ou Small Wide).
- Oferta de motorizações híbridas e elétricas.
- Estratégias de preço e financiamento.
- Campanhas de marketing e presença em eventos como o Salão do Automóvel.
A Stellantis tem uma oportunidade única de consolidar a liderança do Compass no Brasil, mas o sucesso dependerá de decisões estratégicas acertadas. A nova geração, com seu design moderno, maior espaço interno e tecnologias avançadas, tem tudo para manter o modelo como referência no segmento de SUVs médios.

A próxima geração do Jeep Compass está prestes a redefinir o segmento de SUVs médios. Agendada para estrear na Europa em 2025, a novidade promete combinar o tradicional espírito aventureiro da marca com inovações tecnológicas e opções de motorização eletrificadas. Com produção confirmada na fábrica de Melfi, na Itália, o modelo será construído sobre a moderna plataforma STLA Medium, que permitirá maior versatilidade em tamanho e powertrains. No Brasil, onde o Compass é um dos líderes de vendas na categoria, a chegada está prevista para 2027, mas há incertezas sobre a adoção da nova plataforma localmente. A Stellantis, grupo que controla a Jeep, aposta alto no projeto, com investimentos bilionários para garantir competitividade global.
A reformulação do Jeep Compass chega em um momento estratégico para a marca. Após quase uma década na mesma geração, lançada globalmente em 2016, o SUV médio precisava de uma renovação para enfrentar concorrentes como Toyota Corolla Cross, Volkswagen Taos e o futuro Renault Boreal. A nova geração trará um design mais robusto, com faróis de LED inspirados no Jeep Avenger e lanternas traseiras com grafismos inéditos. Além disso, a promessa de maior espaço interno e tecnologias avançadas de conectividade reforça a posição do modelo como uma referência no mercado.
O mercado brasileiro, segundo maior consumidor do Compass em 2023, atrás apenas dos Estados Unidos, aguarda ansiosamente por detalhes. A fábrica de Goiana, em Pernambuco, que produz o modelo atual, está no centro das discussões sobre a continuidade da produção local. Enquanto a Europa receberá o Compass com opções elétricas e híbridas, no Brasil a Stellantis avalia manter a plataforma Small Wide para reduzir custos, o que pode impactar as inovações disponíveis localmente.
- Principais novidades do Jeep Compass 2026:
- Plataforma STLA Medium com suporte a motores elétricos e híbridos.
- Design renovado com faróis de LED e grade frontal iluminada.
- Maior espaço interno devido ao aumento nas dimensões.
- Produção global em Melfi (Itália), Toluca (México) e, possivelmente, Goiana (Brasil).
Uma revolução no design e na tecnologia
A estética do novo Jeep Compass 2026 reflete a evolução da identidade visual da marca. A Stellantis divulgou teasers que mostram linhas mais quadradas, com uma silhueta que remete ao Jeep Commander, mas com toques modernos inspirados no Avenger. A grade frontal, marca registrada da Jeep, manterá as sete fendas características, agora acompanhadas por filetes de LED que conferem sofisticação. Na traseira, as lanternas em LED com acabamento fumê trazem grafismos exclusivos, reforçando a percepção de modernidade.
Além do visual, o Compass 2026 terá um interior completamente redesenhado. A expectativa é que o SUV receba uma central multimídia curva, semelhante à encontrada em outros modelos recentes da Stellantis, como o Peugeot 3008. O painel contará com materiais de alta qualidade e detalhes que remetem à herança da marca, como o lettering “Since 1941”, uma homenagem ao ano de fundação da Jeep. A conectividade também será um destaque, com suporte a sistemas avançados de assistência ao motorista (ADAS) e integração com smartphones.
A ampliação do porte é outro ponto central. Com a plataforma STLA Medium, o Compass poderá variar entre 4,3 e 4,9 metros de comprimento, superando os atuais 4,4 metros. O entre-eixos, que hoje é de 2,63 metros, deve crescer para até 2,9 metros, garantindo mais espaço para passageiros e bagagem. Essa mudança posiciona o SUV como uma opção mais versátil, capaz de atender tanto famílias quanto consumidores que buscam um veículo premium com capacidades off-road.
O mercado europeu será o primeiro a receber o novo Compass, com vendas previstas para o primeiro trimestre de 2026. A fábrica de Melfi, que já produz outros modelos da Stellantis, como o DS8 e o Lancia Gamma, está sendo modernizada com um investimento de mais de US$ 2,1 bilhões. Esse aporte também viabilizará a produção de novos modelos da Alfa Romeo, como o Stelvio e um SUV topo de linha, consolidando a planta italiana como um hub de inovação do grupo.
Plataforma STLA Medium: o coração da mudança
A adoção da plataforma STLA Medium é um marco para o Jeep Compass 2026. Desenvolvida pela Stellantis, essa arquitetura modular foi projetada para suportar uma ampla gama de motorizações, desde combustão interna até elétricas puras. A base, que estreou na nova geração do Peugeot 3008, oferece uma arquitetura elétrica de 400 volts, prometendo maior eficiência energética e autonomia de até 700 km em versões elétricas, segundo o padrão WLTP.
A versatilidade da STLA Medium permite que o Compass seja oferecido em diferentes configurações. Na Europa, o modelo terá variantes híbridas plenas (HEV), híbridas plug-in (PHEV) e elétricas (BEV). A versão elétrica, em particular, é aguardada com expectativa, com rumores apontando para uma potência de cerca de 300 cv. Essa configuração posiciona o Compass como um concorrente direto de SUVs elétricos premium, como o Tesla Model Y e o Ford Mustang Mach-E.
No Brasil, a situação é mais complexa. A Stellantis anunciou um investimento de R$ 13 bilhões na fábrica de Goiana até 2030, mas há dúvidas sobre a implementação da STLA Medium localmente. A plataforma Small Wide, usada na geração atual, é considerada mais robusta e adequada às condições brasileiras, além de ser mais barata de produzir. Caso a Stellantis opte por manter essa base, o Compass nacional pode não receber as mesmas opções eletrificadas da Europa, limitando-se a versões híbridas leves com o motor 1.3 turbo flex.
- Benefícios da plataforma STLA Medium:
- Suporte a motorizações híbridas e elétricas.
- Arquitetura modular para diferentes tamanhos de veículos.
- Maior eficiência energética com até 700 km de autonomia.
- Integração com tecnologias avançadas de segurança e conectividade.
A decisão sobre a plataforma terá impactos significativos no posicionamento do Compass no Brasil. A Stellantis enfrenta o desafio de equilibrar custos com a demanda por inovação, especialmente em um mercado onde a eletrificação ainda é incipiente. A concorrência, por outro lado, não para de crescer, com marcas como Toyota, Volkswagen e Renault investindo em novos SUVs médios com tecnologias híbridas e elétricas.

Produção global e desafios no Brasil
A estratégia de produção do Jeep Compass 2026 reflete a ambição global da Stellantis. Além de Melfi, na Itália, o SUV será fabricado em Toluca, no México, para abastecer a América do Norte, e possivelmente em Goiana, no Brasil, para a América Latina. A planta de Ranjangaon, na Índia, ainda é uma incógnita, já que o desempenho comercial da Jeep no país tem sido abaixo do esperado. Essa abordagem multipolar garante que o Compass mantenha sua relevância em mais de 100 países, como na geração atual.
No Brasil, a fábrica de Goiana é um pilar da operação da Stellantis. Inaugurada em 2015, a planta produz não apenas o Compass, mas também o Jeep Renegade, o Commander e a picape Fiat Toro. O investimento de R$ 13 bilhões anunciado para o período de 2025 a 2030 visa modernizar a unidade e introduzir novas tecnologias, como a produção de veículos híbridos e, futuramente, elétricos. O Compass 2026 deve ser um dos beneficiados, mas a escolha da plataforma será decisiva.
A possibilidade de manter a plataforma Small Wide no Brasil levanta questões sobre a competitividade do modelo. Embora a base atual seja robusta e bem adaptada às condições locais, ela não oferece o mesmo nível de eletrificação da STLA Medium. Isso pode limitar a capacidade da Stellantis de atender à crescente demanda por veículos mais sustentáveis, especialmente em um contexto de incentivos governamentais para a descarbonização, como o Programa Mover.
Outro fator que pode impactar a chegada do Compass ao Brasil é o chamado “tarifaço” de Trump, uma alíquota de 25% sobre veículos importados para os Estados Unidos. Essa medida, anunciada em 2025, levou a Stellantis a suspender temporariamente a produção em fábricas no Canadá e no México, redirecionando investimentos para outras regiões. No Brasil, a Anfavea alertou que o tarifaço pode tornar a indústria local menos atrativa, já que países como o México, com capacidade ociosa, podem absorver investimentos originalmente destinados ao mercado brasileiro.
Investimentos bilionários da Stellantis
A Stellantis está comprometida com um ambicioso plano de investimentos no Brasil, totalizando R$ 30 bilhões entre 2025 e 2030. Esse montante, descrito como o maior da história da indústria automotiva na América do Sul, será distribuído entre as fábricas de Goiana (PE), Betim (MG) e Porto Real (RJ). A unidade pernambucana, em particular, receberá R$ 13 bilhões para o desenvolvimento de novos produtos e tecnologias de descarbonização, incluindo a produção do primeiro veículo elétrico nacional da Stellantis.
O Jeep Compass 2026 está inserido nesse contexto de transformação. A Stellantis planeja lançar 40 novos produtos no Brasil até 2030, entre modelos inéditos, reestilizações e novas motorizações. O Compass, como um dos carros-chefe da Jeep, terá um papel central nesse ciclo, especialmente no segmento de SUVs médios, que responde por uma fatia significativa do mercado brasileiro.
Além do Compass, a Stellantis está investindo em outros projetos estratégicos. A fábrica de Betim, por exemplo, está sendo preparada para produzir veículos sobre a plataforma CMP, usada em modelos como o Citroën C3 e o Peugeot 2008. Já a unidade de Porto Real receberá aportes para novos modelos da Peugeot e Citroën. Essa diversificação reflete a estratégia do grupo de atender a diferentes segmentos, desde carros compactos até SUVs premium.
- Projetos da Stellantis no Brasil:
- Investimento de R$ 30 bilhões até 2030.
- Produção de 40 novos produtos, incluindo híbridos e elétricos.
- Modernização das fábricas de Goiana, Betim e Porto Real.
- Desenvolvimento de um motor 100% a etanol como alternativa sustentável.
A eletrificação é um dos pilares do plano da Stellantis. Além do Compass, a empresa planeja lançar modelos com tecnologias Bio-Hybrid, incluindo híbridos leves de 12V e 48V, híbridos plenos e plug-in. O motor 1.3 turbo flex, já utilizado no Compass atual, será adaptado para essas configurações, oferecendo maior eficiência sem abrir mão do desempenho.
O impacto do “tarifaço” de Trump
A política comercial dos Estados Unidos, sob a liderança de Donald Trump, trouxe novos desafios para a indústria automotiva global. A imposição de uma tarifa de 25% sobre veículos importados, anunciada em 2025, afetou diretamente as estratégias da Stellantis. A empresa suspendeu a produção em fábricas no Canadá e no México, redirecionando esforços para mercados alternativos. No Brasil, o impacto indireto pode ser significativo, já que o país compete com outras regiões por investimentos.
A Anfavea, associação que representa as montadoras no Brasil, expressou preocupação com a possibilidade de o México absorver recursos que seriam destinados à indústria brasileira. Com 75% de sua produção voltada para os Estados Unidos, o México enfrenta agora uma capacidade ociosa que pode atrair investimentos originalmente planejados para o Brasil ou a Argentina. Essa dinâmica coloca pressão sobre a Stellantis para otimizar sua operação local, especialmente na fábrica de Goiana.
No caso do Jeep Compass, o tarifaço pode atrasar a chegada da nova geração à América do Norte, já que a produção em Toluca, no México, foi impactada. Isso pode beneficiar o Brasil, caso a Stellantis decida priorizar a produção em Goiana para abastecer a América Latina. No entanto, a escolha da plataforma Small Wide em vez da STLA Medium pode limitar as opções de motorização, mantendo o foco em versões a combustão e híbridas leves.
A incerteza gerada pelo tarifaço também afeta o planejamento de longo prazo da Stellantis. A empresa precisa equilibrar os custos de produção com a necessidade de oferecer veículos competitivos em um mercado cada vez mais exigente. A eletrificação, embora essencial para a Europa, ainda enfrenta barreiras no Brasil, onde a infraestrutura para veículos elétricos é limitada e o preço dos modelos eletrificados permanece elevado.
A concorrência no segmento de SUVs médios
O mercado de SUVs médios no Brasil é um dos mais disputados da indústria automotiva. O Jeep Compass, que liderou as vendas na categoria por anos, enfrenta agora concorrentes de peso. O Toyota Corolla Cross, lançado em 2021, conquistou uma fatia significativa do mercado com sua motorização híbrida flex, que combina eficiência e apelo sustentável. O Volkswagen Taos, por sua vez, aposta em design moderno e tecnologia para atrair consumidores.
Em 2025, a Renault anunciou o Boreal, um SUV médio que será produzido em São José dos Pinhais, no Paraná, e promete brigar diretamente com o Compass. Com um nome inspirado em ventos frios, o Boreal deve oferecer opções híbridas e um design alinhado aos modelos globais da marca francesa. A chegada de novos players, como a GWM, que planeja produzir SUVs médios no Brasil, intensifica ainda mais a competição.
O Jeep Compass 2026 precisará se destacar nesse cenário. A promessa de maior espaço interno, design renovado e tecnologias avançadas é um passo na direção certa, mas a escolha da plataforma no Brasil será crucial. Caso a Stellantis opte por manter a Small Wide, o modelo pode perder competitividade em relação a rivais que oferecem motorizações mais modernas. Por outro lado, a robustez da plataforma atual e sua adaptação às condições brasileiras são pontos a favor.
- Concorrentes do Jeep Compass no Brasil:
- Toyota Corolla Cross: líder em vendas com motorização híbrida flex.
- Volkswagen Taos: design moderno e tecnologia embarcada.
- Renault Boreal: estreia prevista para 2025 com opções híbridas.
- GWM Haval: produção local a partir de 2025.
A Stellantis está ciente desses desafios e planeja reforçar a presença do Compass com campanhas de marketing agressivas e condições especiais de venda. O modelo atual, por exemplo, já recebeu descontos de até R$ 32 mil na versão Sport 2025, com taxa zero em financiamentos. Essas estratégias podem ser replicadas na nova geração para manter a liderança no segmento.
O futuro da eletrificação no Brasil
A eletrificação é um tema central na estratégia da Stellantis, mas sua implementação no Brasil enfrenta obstáculos. A infraestrutura para veículos elétricos, como estações de recarga, ainda é limitada, especialmente fora dos grandes centros urbanos. Além disso, o custo dos modelos eletrificados é um entrave para a maioria dos consumidores, mesmo com incentivos fiscais.
O Jeep Compass 2026 pode ser um divisor de águas nesse cenário. Caso a Stellantis opte por produzir a versão elétrica em Goiana, o modelo seria o primeiro SUV médio elétrico nacional, abrindo caminho para a popularização da tecnologia. A plataforma STLA Medium, com sua capacidade de oferecer até 700 km de autonomia, seria ideal para esse propósito, mas os custos de adaptação da fábrica podem ser proibitivos.
Como alternativa, a Stellantis está investindo em tecnologias híbridas, que são mais acessíveis e adequadas ao mercado brasileiro. O sistema Bio-Hybrid, que inclui híbridos leves de 48V e plug-in, será implementado no Compass e em outros modelos, como a Fiat Toro e a Ram Rampage. Essas configurações combinam o motor 1.3 turbo flex com um sistema elétrico, permitindo rodar em modo puramente elétrico em baixas velocidades.
O Programa Mover, iniciativa do governo brasileiro para incentivar a descarbonização, é um aliado nesse processo. Lançado em 2024, o programa oferece benefícios fiscais para a produção de veículos híbridos e elétricos, além de apoiar o desenvolvimento de combustíveis alternativos, como o etanol. A Stellantis já anunciou que está trabalhando em um motor 100% a etanol, que pode ser uma solução viável para o Brasil, onde o biocombustível é amplamente disponível.
Cronograma de lançamento e produção
A chegada do Jeep Compass 2026 está estruturada em etapas, com diferentes prazos para cada mercado. A Stellantis planejou cuidadosamente o cronograma para maximizar o impacto global do modelo, enquanto lida com os desafios logísticos e econômicos de cada região.
- Cronograma do Jeep Compass 2026:
- Março de 2025: apresentação oficial na Europa.
- Primeiro trimestre de 2026: início das vendas na Europa, com produção em Melfi.
- Segundo semestre de 2026: lançamento na América do Norte, com produção em Toluca.
- 2027: chegada ao Brasil, com produção em Goiana (a confirmar).
Esse cronograma reflete a prioridade da Stellantis em atender primeiro os mercados mais exigentes em termos de eletrificação, como a Europa, onde normas de emissões são rigorosas. No Brasil, a espera até 2027 pode frustrar os consumidores, mas a produção local garante preços mais competitivos e adaptação às preferências do mercado.
A fábrica de Goiana, que já é uma das mais modernas da Stellantis na América Latina, está sendo preparada para o novo ciclo de investimentos. A unidade tem capacidade para produzir mais de 280 mil veículos por ano e emprega cerca de 13 mil trabalhadores. A modernização da planta incluirá a instalação de novas linhas de montagem e a capacitação de funcionários para lidar com tecnologias híbridas e elétricas.
Perspectivas para o mercado brasileiro
O Jeep Compass é um dos pilares da Stellantis no Brasil, onde o modelo conquistou uma base fiel de consumidores. Em 2023, o SUV foi o segundo veículo mais vendido da Jeep globalmente, com o Brasil respondendo por uma fatia significativa das vendas. A nova geração tem o desafio de manter essa liderança em um mercado cada vez mais competitivo, onde a inovação e a sustentabilidade são fatores decisivos.
A decisão sobre a plataforma será um divisor de águas. A STLA Medium oferece vantagens claras em termos de eletrificação e tecnologia, mas sua implementação no Brasil exige investimentos significativos. A Small Wide, por outro lado, é uma escolha mais conservadora, que prioriza custos e robustez. A Stellantis precisará encontrar um equilíbrio para atender às expectativas dos consumidores sem comprometer a viabilidade econômica.
Além disso, a marca está apostando em estratégias de marketing para manter o Compass relevante. A participação no Salão do Automóvel de São Paulo, que retorna em 2025 após um hiato de sete anos, será uma oportunidade para apresentar o modelo ao público brasileiro. O evento, que já confirmou a presença de 16 marcas, incluindo a Jeep, deve atrair milhares de visitantes e servir como vitrine para as novidades da Stellantis.
A concorrência, no entanto, não dá trégua. Marcas como Toyota, Volkswagen e Renault estão investindo pesado em novos SUVs médios, muitos deles com tecnologias híbridas e elétricas. A GWM, por exemplo, anunciou a produção local de SUVs a partir de 2025, enquanto a BYD planeja expandir sua oferta de veículos elétricos no Brasil. Nesse cenário, o Jeep Compass 2026 precisará combinar inovação, preço competitivo e a tradicional robustez da marca para se destacar.
- Fatores que influenciam o sucesso do Compass no Brasil:
- Escolha da plataforma (STLA Medium ou Small Wide).
- Oferta de motorizações híbridas e elétricas.
- Estratégias de preço e financiamento.
- Campanhas de marketing e presença em eventos como o Salão do Automóvel.
A Stellantis tem uma oportunidade única de consolidar a liderança do Compass no Brasil, mas o sucesso dependerá de decisões estratégicas acertadas. A nova geração, com seu design moderno, maior espaço interno e tecnologias avançadas, tem tudo para manter o modelo como referência no segmento de SUVs médios.
