A BYD, gigante chinesa do setor automotivo, apresentou no Salão de Xangai 2025 as versões renovadas dos hatches elétricos Dolphin e Dolphin Mini, previstas para 2026. Os modelos, que já lideram as vendas de veículos elétricos no Brasil, chegam com design modernizado, tecnologias avançadas de segurança e recarga mais rápida, consolidando a marca como referência em mobilidade elétrica. A ausência da icônica tela giratória, característica marcante das versões anteriores, gerou debates entre consumidores, mas a BYD justifica a mudança com foco em funcionalidade e redução de custos. A produção local no Brasil, programada para iniciar em Camaçari, Bahia, entre o final de 2025 e o início de 2026, promete tornar os modelos mais acessíveis, reforçando a competitividade da marca em um mercado em rápida expansão.
Os novos Dolphin e Dolphin Mini integram a linha Ocean, que adota elementos visuais inspirados na natureza marinha. A reestilização trouxe faróis mais afilados, para-choques esportivos e lanternas redesenhadas, criando uma identidade visual mais agressiva e contemporânea. A tecnologia de recarga rápida, capaz de levar as baterias de 30% a 80% em apenas 25 minutos, é um dos destaques, atendendo à crescente demanda por eficiência em veículos elétricos. Além disso, o sistema de assistência ao motorista God’s Eye, com câmeras e radares para condução semiautônoma, eleva o padrão de segurança, embora ainda não inclua sensores LIDAR, usados em sistemas de condução autônoma completa.

No Brasil, onde o Dolphin é o carro elétrico mais vendido, com 9.611 unidades emplacadas em 2024, e o Dolphin Mini ocupa a vice-liderança com 9.050 unidades, a expectativa para os modelos 2026 é alta. A fábrica de Camaçari, com capacidade inicial de 150 mil veículos por ano, será um marco para a BYD, permitindo preços mais competitivos e adaptações específicas para o mercado brasileiro. A combinação de inovação, acessibilidade e produção local posiciona a BYD como protagonista na transição para a mobilidade elétrica no país.
- Principais novidades dos BYD Dolphin e Mini 2026:
- Design renovado com faróis em LED e para-choques esportivos.
- Recarga rápida em 25 minutos de 30% a 80%.
- Sistema God’s Eye para condução semiautônoma.
- Abandono da tela giratória por displays fixos.
- Produção local no Brasil a partir de 2026.
Design inovador define nova identidade visual
Os BYD Dolphin e Dolphin Mini 2026 chegam com uma estética que reforça a linha Ocean, inspirada em elementos marítimos. No Dolphin, os faróis redesenhados, com linhas mais angulosas e tecnologia LED, criam um visual dinâmico, enquanto a falsa grade frontal, agora com o logotipo BYD sob um plástico translúcido, adiciona um toque futurista. Os para-choques dianteiros, com recortes que simulam tomadas de ar, conferem esportividade, e a traseira exibe lanternas interligadas por uma barra iluminada, substituindo a inscrição “Build Your Dreams” pela simples sigla “BYD”. O Dolphin Mini segue a mesma linguagem, mas com proporções mais compactas, ideais para uso urbano.
A carroceria do Dolphin foi alongada, passando de 4,12 metros para 4,28 metros de comprimento, o que melhora a segurança em colisões e aumenta o espaço interno. A largura (1,77 metro), altura (1,57 metro) e o entre-eixos (2,70 metros) permanecem inalterados, garantindo a agilidade característica do modelo. As opções de rodas, de 16 ou 17 polegadas, permitem personalização, enquanto a pintura em dois tons e o teto solar panorâmico, disponíveis em algumas versões, elevam o apelo visual. No interior, o Dolphin ganhou um volante de três raios, uma alavanca de câmbio reposicionada, similar à usada em modelos da Mercedes-Benz, e um console central mais amplo, com carregador sem fio de 50W e até um compartimento que funciona como geladeira.
O Dolphin Mini, por sua vez, mantém o foco na praticidade urbana. Com 3,78 metros de comprimento, o modelo é ideal para manobras em cidades congestionadas. A remoção da tela giratória, substituída por uma central multimídia fixa de 10 polegadas, foi uma decisão polêmica, mas a BYD argumenta que o mecanismo giratório tinha pouca utilidade prática e aumentava custos de manutenção. A nova tela mantém compatibilidade com Android Auto e Apple CarPlay, além de oferecer uma interface mais intuitiva. Essas mudanças refletem a estratégia da BYD de equilibrar inovação e acessibilidade, mantendo os modelos competitivos em mercados globais.
Tecnologia de recarga rápida eleva eficiência
A evolução das baterias é um dos pontos altos dos novos Dolphin e Dolphin Mini. A tecnologia Blade, baseada em lítio-ferro-fosfato (LFP), continua sendo um diferencial, oferecendo maior segurança térmica e durabilidade em comparação com baterias convencionais de íon-lítio. No Dolphin, a versão de entrada conta com uma bateria de 45,1 kWh, que suporta recarga em 80 kW, alcançando de 30% a 80% em 25 minutos, com autonomia de cerca de 420 km (ciclo CLTC). A versão topo de linha, com bateria de 60,5 kWh, permite recarga em 110 kW, mantendo o mesmo tempo de carga e oferecendo até 520 km de autonomia.
O Dolphin Mini, projetado para uso urbano, utiliza uma bateria de 38 kWh, com recarga em 40 kW, que também leva 25 minutos para ir de 30% a 80%, garantindo 280 km de autonomia (padrão Inmetro). Essa configuração atende às necessidades de motoristas que percorrem distâncias moderadas diariamente, como em trajetos casa-trabalho. A eficiência energética do Dolphin Mini, de 0,41 MJ/km, torna-o o carro elétrico mais econômico do Brasil, com custo aproximado de R$ 0,09 por quilômetro rodado, considerando uma tarifa de R$ 0,85/kWh.
- Especificações das baterias dos modelos 2026:
- Dolphin entrada: 45,1 kWh, 80 kW, 420 km de autonomia.
- Dolphin topo: 60,5 kWh, 110 kW, 520 km de autonomia.
- Dolphin Mini: 38 kWh, 40 kW, 280 km de autonomia.
- Tecnologia Blade LFP para maior segurança e eficiência.
Segurança reforçada com sistema God’s Eye
A segurança é um pilar central dos novos BYD Dolphin e Dolphin Mini. O sistema de assistência ao motorista God’s Eye, introduzido nos modelos 2026, utiliza câmeras e radares para oferecer condução semiautônoma de nível 2+. Funções como controle de cruzeiro adaptativo, frenagem automática de emergência, reconhecimento de sinalização de trânsito e assistente de manutenção de faixa estão integradas, proporcionando maior tranquilidade ao motorista. A interface do sistema, exibida na central multimídia, permite visualizar alertas e imagens em tempo real, facilitando a interação com as tecnologias de assistência.
Embora o God’s Eye represente um avanço significativo, a ausência de sensores LIDAR, que permitem maior precisão em sistemas de condução autônoma, indica que a BYD optou por priorizar acessibilidade em vez de autonomia completa. Essa escolha alinha os modelos às demandas de mercados emergentes, como o Brasil, onde a infraestrutura para veículos totalmente autônomos ainda está em desenvolvimento. Além disso, a estrutura reforçada do Dolphin, com maior comprimento, melhora a absorção de impactos, enquanto os seis airbags e os freios a disco nas quatro rodas, com freio de estacionamento eletrônico, são itens de série em ambos os modelos.
No Dolphin Mini, a configuração de segurança inclui faróis e lanternas em LED, direção elétrica ajustável e controle de velocidade de cruzeiro, embora sem a função adaptativa. A homologação para quatro passageiros, em vez de cinco, continua sendo um ponto de atenção no Brasil, mas consumidores têm valorizado o espaço generoso para cabeça, ombros e pernas na fileira traseira. A BYD planeja oferecer uma versão de cinco lugares no mercado brasileiro, especialmente com a produção local, atendendo a uma demanda recorrente dos consumidores.
Produção nacional promete reduzir preços
A fábrica de Camaçari, na Bahia, é um marco estratégico para a BYD no Brasil. Com operações previstas para começar entre o final de 2025 e o início de 2026, a planta terá capacidade inicial de produzir 150 mil veículos por ano, incluindo Dolphin, Dolphin Mini, Yuan Plus e Song Plus. A produção local deve reduzir significativamente os custos, eliminando despesas com importação e permitindo preços mais competitivos. Atualmente, o Dolphin é vendido no Brasil por cerca de R$ 149.700, enquanto o Dolphin Mini parte de R$ 115.800, valores que podem ser ajustados com a fabricação nacional.
A escolha de Camaçari reflete a aposta da BYD em um polo automotivo consolidado, com infraestrutura e mão de obra qualificada. A fábrica também será responsável por adaptar os modelos às preferências do mercado brasileiro, como a inclusão de versões híbridas flex plug-in (PHEV) para o Dolphin, desenvolvidas exclusivamente para o país. Essas variantes combinarão um motor a combustão compatível com etanol e um motor elétrico, oferecendo maior autonomia e flexibilidade para consumidores que ainda dependem de combustíveis fósseis em regiões com infraestrutura de recarga limitada.
- Impactos da produção local:
- Redução de preços com eliminação de custos de importação.
- Adaptação de modelos às demandas do mercado brasileiro.
- Criação de empregos diretos e indiretos na Bahia.
- Ampliação da oferta de versões híbridas flex.
Salão de Xangai 2025 destaca liderança da BYD
O Salão de Xangai 2025, realizado em abril, consolidou-se como um dos principais eventos automotivos do mundo, reunindo inovações em eletrificação e conectividade. O estande da BYD foi um dos mais visitados, refletindo a crescente influência da marca no cenário global. Além do Dolphin e do Dolphin Mini, a montadora apresentou o Bao 3, que chegará ao Brasil como Denza B3, e atualizações do Song Pro, reforçando sua estratégia de diversificação. A linha Ocean, com modelos como Sealion 06 DM-i, Seal 06 EV e o conceito Ocean-S, também esteve em destaque, mostrando a versatilidade da BYD em diferentes segmentos.
A presença da BYD no evento vai além da exibição de veículos. A marca demonstrou avanços em tecnologias de inteligência artificial, como sistemas de infotainment com comandos de voz e integração com assistentes virtuais. A conectividade aprimorada permite atualizações remotas de software, garantindo que os veículos permaneçam alinhados com as mais recentes inovações. No Brasil, onde a mobilidade elétrica ganha tração, essas tecnologias devem atrair consumidores que buscam veículos modernos e sustentáveis.
Competitividade no mercado brasileiro
O mercado de veículos elétricos no Brasil está em franca expansão, com a BYD liderando as vendas. Em 2024, a marca superou concorrentes tradicionais, como Renault e JAC, no segmento de elétricos, e a chegada dos modelos 2026 deve ampliar essa vantagem. No entanto, a concorrência está se intensificando, com a entrada de modelos como o MG4, da MG Motor, e o Aion UT, da GAC. Para manter sua liderança, a BYD aposta em preços acessíveis, pacotes de equipamentos robustos e a expansão da infraestrutura de recarga, com iniciativas próprias e parcerias com empresas como a Raízen.
Os Dolphin e Dolphin Mini 2026 estão bem posicionados para enfrentar esses desafios. O design renovado, aliado a tecnologias como o sistema God’s Eye e a recarga rápida, atende às expectativas de consumidores urbanos e rodoviários. A produção local, que permitirá maior flexibilidade na oferta de configurações, também será um diferencial competitivo. Além disso, a BYD tem investido em campanhas de marketing que destacam a economia a longo prazo dos elétricos, como o baixo custo por quilômetro rodado e a reduzida manutenção.
Adaptação para mercados globais
A BYD tem se destacado por sua capacidade de adaptar seus veículos a diferentes mercados. Na Europa, o Dolphin Mini já passa por testes com para-choques mais robustos, projetados para atender a normas rigorosas de proteção a pedestres. Essas adaptações podem chegar ao Brasil em versões futuras, especialmente com a produção local, que permitirá ajustes específicos. A estratégia global da marca, que já vendeu mais de 5 milhões de veículos elétricos até 2024, reflete seu compromisso com a mobilidade sustentável em escala mundial.
No Brasil, a BYD planeja ampliar sua rede de concessionárias e eletropostos, facilitando a adoção de elétricos em áreas urbanas e rodoviárias. A infraestrutura de recarga é um fator crítico para o sucesso dos Dolphin e Dolphin Mini, especialmente em regiões onde os pontos de carga ainda são limitados. A parceria com empresas de energia e a instalação de estações de recarga em rodovias e centros comerciais são passos importantes para superar esse obstáculo.
- Cronograma dos lançamentos no Brasil:
- Abril 2025: Apresentação oficial no Salão de Xangai.
- Final de 2025: Início da produção SKD em Camaçari.
- Início de 2026: Produção nacional em larga escala.
- 2026: Lançamento das versões híbridas flex.
Sustentabilidade como pilar estratégico
A BYD tem se posicionado como líder em sustentabilidade, com iniciativas que vão além da produção de veículos elétricos. A tecnologia Blade, utilizada nas baterias dos Dolphin e Dolphin Mini, é um exemplo disso, oferecendo maior eficiência energética e menor impacto ambiental. A marca também investe em energias renováveis, com fábricas alimentadas por energia solar e eólica, e promove programas de reciclagem de baterias, garantindo que os componentes sejam reaproveitados de forma responsável.
No Brasil, onde a matriz energética é majoritariamente renovável, os veículos elétricos da BYD têm um impacto ainda mais positivo. A combinação de energia limpa e veículos eficientes reduz significativamente as emissões de carbono, alinhando-se às metas globais de combate às mudanças climáticas. A produção local em Camaçari também contribuirá para a economia verde, gerando empregos e promovendo o desenvolvimento sustentável na região.
Impacto econômico da fábrica de Camaçari
A instalação da fábrica da BYD em Camaçari terá reflexos econômicos significativos. Além de criar milhares de empregos diretos e indiretos, a planta atrairá fornecedores e parceiros, fortalecendo a cadeia automotiva no Brasil. A escolha da Bahia como base de operações reflete a aposta da BYD em um estado com tradição industrial e localização estratégica, próximo a portos e centros de distribuição.
A produção local também reduzirá a dependência de importações, diminuindo os custos logísticos e os impactos cambiais. Para os consumidores, isso significa preços mais acessíveis e maior disponibilidade de peças de reposição, fatores cruciais para a adoção em massa de veículos elétricos. A BYD já negocia com o governo brasileiro incentivos fiscais e programas de apoio à mobilidade elétrica, o que pode acelerar a expansão da fábrica e a popularização dos modelos 2026.
Perspectivas para o mercado de elétricos
O mercado brasileiro de veículos elétricos está em um momento de consolidação. Em 2024, as vendas de elétricos cresceram 45% em relação ao ano anterior, segundo a Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), com a BYD respondendo por mais de 40% do total. A chegada dos Dolphin e Dolphin Mini 2026, com preços potencialmente mais baixos devido à produção local, deve impulsionar ainda mais esse crescimento. A infraestrutura de recarga, embora em expansão, permanece um desafio, mas iniciativas públicas e privadas estão trabalhando para ampliar a rede de eletropostos.
A BYD também aposta na educação do consumidor, promovendo eventos e campanhas que destacam os benefícios dos elétricos, como a economia de combustível e a baixa manutenção. A possibilidade de oferecer versões híbridas flex, que combinam etanol e eletricidade, é uma estratégia inteligente para atrair consumidores em transição, especialmente em regiões onde a recarga elétrica ainda é limitada.
Inovações tecnológicas no interior
O interior dos Dolphin e Dolphin Mini 2026 foi projetado para combinar conforto e tecnologia. No Dolphin, o painel de instrumentos digital, agora com 8,8 polegadas, oferece maior resolução e personalização, enquanto a central multimídia de 12,3 polegadas, embora fixa, mantém todas as funcionalidades das versões anteriores. O console central redesenhado inclui botões físicos para acesso rápido, uma base de carregamento sem fio e um compartimento multifuncional que pode refrigerar ou aquecer itens, ideal para viagens longas.
O Dolphin Mini, apesar de mais compacto, não economiza em recursos. A central multimídia de 10 polegadas é prática e intuitiva, enquanto o quadro de instrumentos digital de 7 polegadas exibe informações essenciais com clareza. A inclusão de seis alto-falantes, carregador sem fio e acabamentos de alta qualidade eleva a percepção de valor do modelo, que compete diretamente com hatches a combustão como Chevrolet Onix e Volkswagen Polo.
- Diferenciais do interior:
- Painel digital de 8,8 polegadas no Dolphin.
- Central multimídia fixa de 12,3 polegadas no Dolphin e 10 polegadas no Mini.
- Compartimento refrigerado/aquecido no Dolphin.
- Acabamentos premium e conectividade avançada.
Estratégia global da BYD
A BYD não se limita ao mercado brasileiro. Com mais de 5 milhões de veículos elétricos vendidos globalmente até 2024, a marca está expandindo sua presença em regiões como Europa, Ásia e América Latina. O Salão de Xangai 2025 foi uma vitrine para essa ambição, com a apresentação de modelos que atendem a diferentes perfis de consumidores, desde hatches compactos até SUVs e sedãs de luxo. A linha Ocean, em particular, tem se destacado por sua estética única e tecnologias inovadoras.
No Brasil, a BYD aproveita o crescimento da demanda por elétricos para consolidar sua liderança. A marca já supera concorrentes em volume de vendas e planeja ampliar sua rede de concessionárias para mais de 100 pontos até 2026. A infraestrutura de recarga, com eletropostos instalados em parceria com empresas de energia, também será expandida, cobrindo rodovias e centros urbanos. Essas iniciativas refletem a visão de longo prazo da BYD para transformar a mobilidade no país.
Desafios e oportunidades no Brasil
Apesar do sucesso, a BYD enfrenta desafios no mercado brasileiro. A infraestrutura de recarga, embora em crescimento, ainda é insuficiente para atender à demanda potencial, especialmente em regiões fora dos grandes centros urbanos. Além disso, a concorrência está se intensificando, com marcas como MG Motor e GAC trazendo modelos elétricos acessíveis. A BYD, no entanto, tem a vantagem da produção local e de uma marca consolidada, com alta aceitação entre os consumidores.
As oportunidades, por outro lado, são numerosas. O aumento da conscientização ambiental, aliado a incentivos governamentais para veículos elétricos, cria um ambiente favorável para a expansão da BYD. A possibilidade de oferecer versões híbridas flex, que combinam etanol e eletricidade, também é um diferencial, especialmente em um país onde o biocombustível tem forte presença. A fábrica de Camaçari será um catalisador para essas oportunidades, permitindo à BYD atender à demanda com maior agilidade e competitividade.

A BYD, gigante chinesa do setor automotivo, apresentou no Salão de Xangai 2025 as versões renovadas dos hatches elétricos Dolphin e Dolphin Mini, previstas para 2026. Os modelos, que já lideram as vendas de veículos elétricos no Brasil, chegam com design modernizado, tecnologias avançadas de segurança e recarga mais rápida, consolidando a marca como referência em mobilidade elétrica. A ausência da icônica tela giratória, característica marcante das versões anteriores, gerou debates entre consumidores, mas a BYD justifica a mudança com foco em funcionalidade e redução de custos. A produção local no Brasil, programada para iniciar em Camaçari, Bahia, entre o final de 2025 e o início de 2026, promete tornar os modelos mais acessíveis, reforçando a competitividade da marca em um mercado em rápida expansão.
Os novos Dolphin e Dolphin Mini integram a linha Ocean, que adota elementos visuais inspirados na natureza marinha. A reestilização trouxe faróis mais afilados, para-choques esportivos e lanternas redesenhadas, criando uma identidade visual mais agressiva e contemporânea. A tecnologia de recarga rápida, capaz de levar as baterias de 30% a 80% em apenas 25 minutos, é um dos destaques, atendendo à crescente demanda por eficiência em veículos elétricos. Além disso, o sistema de assistência ao motorista God’s Eye, com câmeras e radares para condução semiautônoma, eleva o padrão de segurança, embora ainda não inclua sensores LIDAR, usados em sistemas de condução autônoma completa.

No Brasil, onde o Dolphin é o carro elétrico mais vendido, com 9.611 unidades emplacadas em 2024, e o Dolphin Mini ocupa a vice-liderança com 9.050 unidades, a expectativa para os modelos 2026 é alta. A fábrica de Camaçari, com capacidade inicial de 150 mil veículos por ano, será um marco para a BYD, permitindo preços mais competitivos e adaptações específicas para o mercado brasileiro. A combinação de inovação, acessibilidade e produção local posiciona a BYD como protagonista na transição para a mobilidade elétrica no país.
- Principais novidades dos BYD Dolphin e Mini 2026:
- Design renovado com faróis em LED e para-choques esportivos.
- Recarga rápida em 25 minutos de 30% a 80%.
- Sistema God’s Eye para condução semiautônoma.
- Abandono da tela giratória por displays fixos.
- Produção local no Brasil a partir de 2026.
Design inovador define nova identidade visual
Os BYD Dolphin e Dolphin Mini 2026 chegam com uma estética que reforça a linha Ocean, inspirada em elementos marítimos. No Dolphin, os faróis redesenhados, com linhas mais angulosas e tecnologia LED, criam um visual dinâmico, enquanto a falsa grade frontal, agora com o logotipo BYD sob um plástico translúcido, adiciona um toque futurista. Os para-choques dianteiros, com recortes que simulam tomadas de ar, conferem esportividade, e a traseira exibe lanternas interligadas por uma barra iluminada, substituindo a inscrição “Build Your Dreams” pela simples sigla “BYD”. O Dolphin Mini segue a mesma linguagem, mas com proporções mais compactas, ideais para uso urbano.
A carroceria do Dolphin foi alongada, passando de 4,12 metros para 4,28 metros de comprimento, o que melhora a segurança em colisões e aumenta o espaço interno. A largura (1,77 metro), altura (1,57 metro) e o entre-eixos (2,70 metros) permanecem inalterados, garantindo a agilidade característica do modelo. As opções de rodas, de 16 ou 17 polegadas, permitem personalização, enquanto a pintura em dois tons e o teto solar panorâmico, disponíveis em algumas versões, elevam o apelo visual. No interior, o Dolphin ganhou um volante de três raios, uma alavanca de câmbio reposicionada, similar à usada em modelos da Mercedes-Benz, e um console central mais amplo, com carregador sem fio de 50W e até um compartimento que funciona como geladeira.
O Dolphin Mini, por sua vez, mantém o foco na praticidade urbana. Com 3,78 metros de comprimento, o modelo é ideal para manobras em cidades congestionadas. A remoção da tela giratória, substituída por uma central multimídia fixa de 10 polegadas, foi uma decisão polêmica, mas a BYD argumenta que o mecanismo giratório tinha pouca utilidade prática e aumentava custos de manutenção. A nova tela mantém compatibilidade com Android Auto e Apple CarPlay, além de oferecer uma interface mais intuitiva. Essas mudanças refletem a estratégia da BYD de equilibrar inovação e acessibilidade, mantendo os modelos competitivos em mercados globais.
Tecnologia de recarga rápida eleva eficiência
A evolução das baterias é um dos pontos altos dos novos Dolphin e Dolphin Mini. A tecnologia Blade, baseada em lítio-ferro-fosfato (LFP), continua sendo um diferencial, oferecendo maior segurança térmica e durabilidade em comparação com baterias convencionais de íon-lítio. No Dolphin, a versão de entrada conta com uma bateria de 45,1 kWh, que suporta recarga em 80 kW, alcançando de 30% a 80% em 25 minutos, com autonomia de cerca de 420 km (ciclo CLTC). A versão topo de linha, com bateria de 60,5 kWh, permite recarga em 110 kW, mantendo o mesmo tempo de carga e oferecendo até 520 km de autonomia.
O Dolphin Mini, projetado para uso urbano, utiliza uma bateria de 38 kWh, com recarga em 40 kW, que também leva 25 minutos para ir de 30% a 80%, garantindo 280 km de autonomia (padrão Inmetro). Essa configuração atende às necessidades de motoristas que percorrem distâncias moderadas diariamente, como em trajetos casa-trabalho. A eficiência energética do Dolphin Mini, de 0,41 MJ/km, torna-o o carro elétrico mais econômico do Brasil, com custo aproximado de R$ 0,09 por quilômetro rodado, considerando uma tarifa de R$ 0,85/kWh.
- Especificações das baterias dos modelos 2026:
- Dolphin entrada: 45,1 kWh, 80 kW, 420 km de autonomia.
- Dolphin topo: 60,5 kWh, 110 kW, 520 km de autonomia.
- Dolphin Mini: 38 kWh, 40 kW, 280 km de autonomia.
- Tecnologia Blade LFP para maior segurança e eficiência.
Segurança reforçada com sistema God’s Eye
A segurança é um pilar central dos novos BYD Dolphin e Dolphin Mini. O sistema de assistência ao motorista God’s Eye, introduzido nos modelos 2026, utiliza câmeras e radares para oferecer condução semiautônoma de nível 2+. Funções como controle de cruzeiro adaptativo, frenagem automática de emergência, reconhecimento de sinalização de trânsito e assistente de manutenção de faixa estão integradas, proporcionando maior tranquilidade ao motorista. A interface do sistema, exibida na central multimídia, permite visualizar alertas e imagens em tempo real, facilitando a interação com as tecnologias de assistência.
Embora o God’s Eye represente um avanço significativo, a ausência de sensores LIDAR, que permitem maior precisão em sistemas de condução autônoma, indica que a BYD optou por priorizar acessibilidade em vez de autonomia completa. Essa escolha alinha os modelos às demandas de mercados emergentes, como o Brasil, onde a infraestrutura para veículos totalmente autônomos ainda está em desenvolvimento. Além disso, a estrutura reforçada do Dolphin, com maior comprimento, melhora a absorção de impactos, enquanto os seis airbags e os freios a disco nas quatro rodas, com freio de estacionamento eletrônico, são itens de série em ambos os modelos.
No Dolphin Mini, a configuração de segurança inclui faróis e lanternas em LED, direção elétrica ajustável e controle de velocidade de cruzeiro, embora sem a função adaptativa. A homologação para quatro passageiros, em vez de cinco, continua sendo um ponto de atenção no Brasil, mas consumidores têm valorizado o espaço generoso para cabeça, ombros e pernas na fileira traseira. A BYD planeja oferecer uma versão de cinco lugares no mercado brasileiro, especialmente com a produção local, atendendo a uma demanda recorrente dos consumidores.
Produção nacional promete reduzir preços
A fábrica de Camaçari, na Bahia, é um marco estratégico para a BYD no Brasil. Com operações previstas para começar entre o final de 2025 e o início de 2026, a planta terá capacidade inicial de produzir 150 mil veículos por ano, incluindo Dolphin, Dolphin Mini, Yuan Plus e Song Plus. A produção local deve reduzir significativamente os custos, eliminando despesas com importação e permitindo preços mais competitivos. Atualmente, o Dolphin é vendido no Brasil por cerca de R$ 149.700, enquanto o Dolphin Mini parte de R$ 115.800, valores que podem ser ajustados com a fabricação nacional.
A escolha de Camaçari reflete a aposta da BYD em um polo automotivo consolidado, com infraestrutura e mão de obra qualificada. A fábrica também será responsável por adaptar os modelos às preferências do mercado brasileiro, como a inclusão de versões híbridas flex plug-in (PHEV) para o Dolphin, desenvolvidas exclusivamente para o país. Essas variantes combinarão um motor a combustão compatível com etanol e um motor elétrico, oferecendo maior autonomia e flexibilidade para consumidores que ainda dependem de combustíveis fósseis em regiões com infraestrutura de recarga limitada.
- Impactos da produção local:
- Redução de preços com eliminação de custos de importação.
- Adaptação de modelos às demandas do mercado brasileiro.
- Criação de empregos diretos e indiretos na Bahia.
- Ampliação da oferta de versões híbridas flex.
Salão de Xangai 2025 destaca liderança da BYD
O Salão de Xangai 2025, realizado em abril, consolidou-se como um dos principais eventos automotivos do mundo, reunindo inovações em eletrificação e conectividade. O estande da BYD foi um dos mais visitados, refletindo a crescente influência da marca no cenário global. Além do Dolphin e do Dolphin Mini, a montadora apresentou o Bao 3, que chegará ao Brasil como Denza B3, e atualizações do Song Pro, reforçando sua estratégia de diversificação. A linha Ocean, com modelos como Sealion 06 DM-i, Seal 06 EV e o conceito Ocean-S, também esteve em destaque, mostrando a versatilidade da BYD em diferentes segmentos.
A presença da BYD no evento vai além da exibição de veículos. A marca demonstrou avanços em tecnologias de inteligência artificial, como sistemas de infotainment com comandos de voz e integração com assistentes virtuais. A conectividade aprimorada permite atualizações remotas de software, garantindo que os veículos permaneçam alinhados com as mais recentes inovações. No Brasil, onde a mobilidade elétrica ganha tração, essas tecnologias devem atrair consumidores que buscam veículos modernos e sustentáveis.
Competitividade no mercado brasileiro
O mercado de veículos elétricos no Brasil está em franca expansão, com a BYD liderando as vendas. Em 2024, a marca superou concorrentes tradicionais, como Renault e JAC, no segmento de elétricos, e a chegada dos modelos 2026 deve ampliar essa vantagem. No entanto, a concorrência está se intensificando, com a entrada de modelos como o MG4, da MG Motor, e o Aion UT, da GAC. Para manter sua liderança, a BYD aposta em preços acessíveis, pacotes de equipamentos robustos e a expansão da infraestrutura de recarga, com iniciativas próprias e parcerias com empresas como a Raízen.
Os Dolphin e Dolphin Mini 2026 estão bem posicionados para enfrentar esses desafios. O design renovado, aliado a tecnologias como o sistema God’s Eye e a recarga rápida, atende às expectativas de consumidores urbanos e rodoviários. A produção local, que permitirá maior flexibilidade na oferta de configurações, também será um diferencial competitivo. Além disso, a BYD tem investido em campanhas de marketing que destacam a economia a longo prazo dos elétricos, como o baixo custo por quilômetro rodado e a reduzida manutenção.
Adaptação para mercados globais
A BYD tem se destacado por sua capacidade de adaptar seus veículos a diferentes mercados. Na Europa, o Dolphin Mini já passa por testes com para-choques mais robustos, projetados para atender a normas rigorosas de proteção a pedestres. Essas adaptações podem chegar ao Brasil em versões futuras, especialmente com a produção local, que permitirá ajustes específicos. A estratégia global da marca, que já vendeu mais de 5 milhões de veículos elétricos até 2024, reflete seu compromisso com a mobilidade sustentável em escala mundial.
No Brasil, a BYD planeja ampliar sua rede de concessionárias e eletropostos, facilitando a adoção de elétricos em áreas urbanas e rodoviárias. A infraestrutura de recarga é um fator crítico para o sucesso dos Dolphin e Dolphin Mini, especialmente em regiões onde os pontos de carga ainda são limitados. A parceria com empresas de energia e a instalação de estações de recarga em rodovias e centros comerciais são passos importantes para superar esse obstáculo.
- Cronograma dos lançamentos no Brasil:
- Abril 2025: Apresentação oficial no Salão de Xangai.
- Final de 2025: Início da produção SKD em Camaçari.
- Início de 2026: Produção nacional em larga escala.
- 2026: Lançamento das versões híbridas flex.
Sustentabilidade como pilar estratégico
A BYD tem se posicionado como líder em sustentabilidade, com iniciativas que vão além da produção de veículos elétricos. A tecnologia Blade, utilizada nas baterias dos Dolphin e Dolphin Mini, é um exemplo disso, oferecendo maior eficiência energética e menor impacto ambiental. A marca também investe em energias renováveis, com fábricas alimentadas por energia solar e eólica, e promove programas de reciclagem de baterias, garantindo que os componentes sejam reaproveitados de forma responsável.
No Brasil, onde a matriz energética é majoritariamente renovável, os veículos elétricos da BYD têm um impacto ainda mais positivo. A combinação de energia limpa e veículos eficientes reduz significativamente as emissões de carbono, alinhando-se às metas globais de combate às mudanças climáticas. A produção local em Camaçari também contribuirá para a economia verde, gerando empregos e promovendo o desenvolvimento sustentável na região.
Impacto econômico da fábrica de Camaçari
A instalação da fábrica da BYD em Camaçari terá reflexos econômicos significativos. Além de criar milhares de empregos diretos e indiretos, a planta atrairá fornecedores e parceiros, fortalecendo a cadeia automotiva no Brasil. A escolha da Bahia como base de operações reflete a aposta da BYD em um estado com tradição industrial e localização estratégica, próximo a portos e centros de distribuição.
A produção local também reduzirá a dependência de importações, diminuindo os custos logísticos e os impactos cambiais. Para os consumidores, isso significa preços mais acessíveis e maior disponibilidade de peças de reposição, fatores cruciais para a adoção em massa de veículos elétricos. A BYD já negocia com o governo brasileiro incentivos fiscais e programas de apoio à mobilidade elétrica, o que pode acelerar a expansão da fábrica e a popularização dos modelos 2026.
Perspectivas para o mercado de elétricos
O mercado brasileiro de veículos elétricos está em um momento de consolidação. Em 2024, as vendas de elétricos cresceram 45% em relação ao ano anterior, segundo a Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), com a BYD respondendo por mais de 40% do total. A chegada dos Dolphin e Dolphin Mini 2026, com preços potencialmente mais baixos devido à produção local, deve impulsionar ainda mais esse crescimento. A infraestrutura de recarga, embora em expansão, permanece um desafio, mas iniciativas públicas e privadas estão trabalhando para ampliar a rede de eletropostos.
A BYD também aposta na educação do consumidor, promovendo eventos e campanhas que destacam os benefícios dos elétricos, como a economia de combustível e a baixa manutenção. A possibilidade de oferecer versões híbridas flex, que combinam etanol e eletricidade, é uma estratégia inteligente para atrair consumidores em transição, especialmente em regiões onde a recarga elétrica ainda é limitada.
Inovações tecnológicas no interior
O interior dos Dolphin e Dolphin Mini 2026 foi projetado para combinar conforto e tecnologia. No Dolphin, o painel de instrumentos digital, agora com 8,8 polegadas, oferece maior resolução e personalização, enquanto a central multimídia de 12,3 polegadas, embora fixa, mantém todas as funcionalidades das versões anteriores. O console central redesenhado inclui botões físicos para acesso rápido, uma base de carregamento sem fio e um compartimento multifuncional que pode refrigerar ou aquecer itens, ideal para viagens longas.
O Dolphin Mini, apesar de mais compacto, não economiza em recursos. A central multimídia de 10 polegadas é prática e intuitiva, enquanto o quadro de instrumentos digital de 7 polegadas exibe informações essenciais com clareza. A inclusão de seis alto-falantes, carregador sem fio e acabamentos de alta qualidade eleva a percepção de valor do modelo, que compete diretamente com hatches a combustão como Chevrolet Onix e Volkswagen Polo.
- Diferenciais do interior:
- Painel digital de 8,8 polegadas no Dolphin.
- Central multimídia fixa de 12,3 polegadas no Dolphin e 10 polegadas no Mini.
- Compartimento refrigerado/aquecido no Dolphin.
- Acabamentos premium e conectividade avançada.
Estratégia global da BYD
A BYD não se limita ao mercado brasileiro. Com mais de 5 milhões de veículos elétricos vendidos globalmente até 2024, a marca está expandindo sua presença em regiões como Europa, Ásia e América Latina. O Salão de Xangai 2025 foi uma vitrine para essa ambição, com a apresentação de modelos que atendem a diferentes perfis de consumidores, desde hatches compactos até SUVs e sedãs de luxo. A linha Ocean, em particular, tem se destacado por sua estética única e tecnologias inovadoras.
No Brasil, a BYD aproveita o crescimento da demanda por elétricos para consolidar sua liderança. A marca já supera concorrentes em volume de vendas e planeja ampliar sua rede de concessionárias para mais de 100 pontos até 2026. A infraestrutura de recarga, com eletropostos instalados em parceria com empresas de energia, também será expandida, cobrindo rodovias e centros urbanos. Essas iniciativas refletem a visão de longo prazo da BYD para transformar a mobilidade no país.
Desafios e oportunidades no Brasil
Apesar do sucesso, a BYD enfrenta desafios no mercado brasileiro. A infraestrutura de recarga, embora em crescimento, ainda é insuficiente para atender à demanda potencial, especialmente em regiões fora dos grandes centros urbanos. Além disso, a concorrência está se intensificando, com marcas como MG Motor e GAC trazendo modelos elétricos acessíveis. A BYD, no entanto, tem a vantagem da produção local e de uma marca consolidada, com alta aceitação entre os consumidores.
As oportunidades, por outro lado, são numerosas. O aumento da conscientização ambiental, aliado a incentivos governamentais para veículos elétricos, cria um ambiente favorável para a expansão da BYD. A possibilidade de oferecer versões híbridas flex, que combinam etanol e eletricidade, também é um diferencial, especialmente em um país onde o biocombustível tem forte presença. A fábrica de Camaçari será um catalisador para essas oportunidades, permitindo à BYD atender à demanda com maior agilidade e competitividade.
