O mercado automotivo brasileiro está prestes a ganhar um novo protagonista no segmento de SUVs compactos, que respondeu por mais de 30% das vendas de veículos no país em 2024. A Volkswagen anunciou o lançamento do Tera, um utilitário esportivo que combina preço inicial competitivo de R$ 99.990, design moderno e tecnologias avançadas, como a central multimídia VW Play Connect com conexão 4G. Com estreia marcada para maio de 2025, o modelo será produzido na fábrica de Taubaté, em São Paulo, e tem como objetivo desafiar concorrentes consolidados como Fiat Pulse, Renault Kardian e Citroën Basalt. Desenvolvido sobre a plataforma MQB A0, a mesma utilizada pelo Polo, o Tera se posiciona como o SUV de entrada da montadora, projetado para atrair consumidores que buscam custo-benefício, segurança e conectividade. Além de atender ao mercado interno, o veículo será exportado para mais de 25 países, reforçando o Brasil como um polo automotivo global.
A Volkswagen aposta no Tera como um sucessor espiritual de ícones como o Gol e o Fusca, adaptando a fórmula de acessibilidade e confiabilidade que marcou esses modelos ao contexto atual, onde os SUVs dominam as preferências dos consumidores. O nome Tera, que evoca solidez e conexão com a terra, reflete a proposta de um veículo prático e confiável para o dia a dia, seja em trajetos urbanos ou viagens curtas. A produção em Taubaté, que recebeu investimentos de R$ 1 bilhão para modernização, já está em andamento, com capacidade inicial para 50 mil unidades anuais. A estratégia da montadora inclui campanhas publicitárias que conectam o Tera à herança cultural da marca, mas com um apelo contemporâneo voltado para inovação e versatilidade, mirando jovens famílias e profissionais em busca de seu primeiro utilitário esportivo.

A apresentação oficial do Tera durante o Carnaval de 2025, na Marquês de Sapucaí, no Rio de Janeiro, marcou um momento estratégico para a Volkswagen. O evento, que atraiu ampla visibilidade, destacou o design do SUV e gerou expectativa entre consumidores e analistas do setor. Com 81% de componentes nacionais, o modelo promete impulsionar a economia local, gerando 260 empregos diretos e cerca de 2.600 indiretos na cadeia de fornecedores. A chegada do Tera coincide com um momento de expansão no mercado de SUVs compactos, favorecido por incentivos fiscais que reduziram preços e aumentaram a competitividade no setor.
- Design moderno com faróis full LED e lanternas horizontais
- Central multimídia VW Play Connect com conexão 4G e Wi-Fi
- Seis airbags e frenagem autônoma nas versões mais completas
- Produção em Taubaté com 81% de componentes nacionais
- Exportação planejada para mais de 25 países
Design inovador com inspiração global
O visual do Tera foi cuidadosamente projetado para destacar robustez e modernidade, alinhando-se aos padrões globais da Volkswagen. A dianteira exibe faróis full LED integrados a uma grade fluida, criando uma identidade visual próxima de modelos como o Tiguan. Os para-lamas traseiros, bem definidos, conferem volume ao SUV, enquanto as lanternas horizontais em LED formam uma assinatura luminosa única. A traseira apresenta uma barra preta que conecta as lanternas, reforçando a sofisticação do design. Com cerca de 4 metros de comprimento e entre-eixos de 2,56 metros, idêntico ao do Polo, o Tera garante bom aproveitamento do espaço interno, ideal para famílias pequenas e motoristas urbanos.
A escolha da plataforma MQB A0 proporciona eficiência e flexibilidade, permitindo adaptações para diferentes mercados. A suspensão foi ajustada para lidar com as irregularidades das ruas brasileiras, prometendo conforto mesmo em superfícies desafiadoras. A direção elétrica garante precisão sem sacrificar a leveza, enquanto o porte elevado do SUV oferece uma posição de condução mais alta, um atrativo para consumidores que migram de hatches compactos. O design, assinado pelo brasileiro José Carlos Pavone, chefe de design da Volkswagen para as Américas, reflete uma nova fase na estética da marca no Brasil, com linhas mais verticalizadas e proporções equilibradas.
Internamente, o Tera surpreende pela funcionalidade. O console central, inspirado na linha ID. elétrica da montadora, oferece soluções práticas, como porta-copos ajustáveis e espaço para dois celulares, um deles com carregamento por indução. As portas USB-C, estrategicamente posicionadas próximas à alavanca de câmbio, facilitam a conectividade. O painel, com plásticos texturizados e apliques de vinil macio, eleva a percepção de qualidade, superando o acabamento de concorrentes como o Fiat Pulse em algumas versões. O quadro de instrumentos digital de 10 polegadas entrega informações claras, enquanto o volante multifuncional, compartilhado com outros modelos da marca, mantém a ergonomia característica.
Tecnologia de ponta acessível
Equipar um SUV compacto com tecnologia avançada é um desafio, mas o Tera entrega resultados notáveis. A central multimídia VW Play Connect é o coração tecnológico do modelo, oferecendo uma tela destacada de 10 polegadas com conexão 4G e Wi-Fi, algo incomum em veículos abaixo de R$ 120 mil. Esse sistema permite atualizações remotas e acesso a aplicativos, aproximando a experiência de veículos premium. A inclusão de jogos nostálgicos, como o “jogo da cobrinha” na central multimídia, adiciona um toque de diversão, remetendo à era dos celulares Nokia. Nas versões mais completas, como a High, o Tera inclui seis airbags, controle de cruzeiro adaptativo e frenagem autônoma de emergência, itens que elevam o padrão de segurança na categoria.
A conectividade é reforçada por portas USB-C estrategicamente posicionadas e um carregador sem fio acompanhado de uma saída de ar ajustável, que mantém smartphones resfriados durante o uso. O ar-condicionado Climatronic Touch ajusta automaticamente a temperatura para garantir conforto aos ocupantes, enquanto a iluminação ambiente em LED transforma o interior em um espaço mais elegante, especialmente à noite. A câmera de ré auxilia na visualização de obstáculos, complementando a proposta de praticidade. Esses recursos posicionam o Tera como uma opção aspiracional para consumidores que buscam tecnologia sem comprometer o orçamento.
O Tera também se destaca por detalhes que reforçam sua identidade. Um easter egg no vidro traseiro exibe silhuetas do Fusca, Gol e Tera, conectando o modelo à história da Volkswagen e celebrando mais de 60 anos da marca no Brasil. O código “TT” no chassi, que significa “Tera Taubaté”, homenageia a fábrica responsável pela produção. Esses elementos adicionam personalidade ao SUV, criando uma conexão emocional com os consumidores e reforçando o orgulho de um projeto brasileiro com ambições globais.
Motorização eficiente e versátil
A motorização do Tera segue a receita consolidada da Volkswagen para modelos compactos. A versão de entrada, chamada MPI, é equipada com o motor 1.0 aspirado flex de 84 cavalos com etanol e 10,3 kgfm de torque, associado a um câmbio manual de cinco marchas. Esse conjunto, herdado do Polo, prioriza economia e baixo custo de manutenção, sendo ideal para consumidores que buscam acessibilidade. As versões intermediárias e topo de linha contam com o motor 1.0 TSI flex de três cilindros, que entrega até 116 cavalos com etanol e 16,8 kgfm de torque. Disponível com câmbio manual ou automático de seis marchas, o propulsor turbo garante equilíbrio entre desempenho e eficiência, adequado para o uso urbano e rodoviário.
Dados preliminares indicam que o Tera com motor TSI pode superar 12 km/l na estrada com gasolina, um número competitivo para um SUV compacto. A suspensão, calibrada para as condições brasileiras, combina robustez com conforto, enquanto a direção elétrica oferece precisão em manobras. A Volkswagen descarta versões híbridas ou elétricas no curto prazo, mas a plataforma MQB A0 permite adaptações futuras, caso a demanda por eletrificação cresça no mercado brasileiro. A facilidade de manutenção, outro legado do Gol, torna o Tera uma opção prática para consumidores que priorizam baixo custo de posse.
- Motor 1.0 MPI de 84 cavalos na versão de entrada
- Motor 1.0 TSI de 116 cavalos nas versões intermediárias e topo
- Câmbio manual ou automático de seis marchas
- Consumo estimado acima de 12 km/l na estrada com gasolina
- Suspensão ajustada para ruas brasileiras
Segurança avançada como diferencial
A segurança é um dos pilares do Tera, especialmente nas versões mais completas. A configuração High inclui seis airbags estrategicamente posicionados: dois frontais, dois laterais e dois do tipo cortina. Esses equipamentos oferecem proteção em diferentes tipos de colisão, elevando o padrão em um segmento onde airbags adicionais ainda são raros. O pacote ADAS, disponível como opcional, traz recursos como controle de cruzeiro adaptativo, frenagem autônoma de emergência, assistente de faixa, detector de ponto cego e alerta de tráfego cruzado traseiro. Esses sistemas, incomuns em SUVs de entrada, aproximam o Tera de modelos premium e atendem às crescentes exigências por segurança.
A estrutura do Tera, baseada na plataforma MQB A0, foi projetada para oferecer rigidez e resistência, com testes realizados em condições extremas, como o frio da Suécia, para garantir confiabilidade. Faróis full LED com luz diurna e lanternas em LED aumentam a visibilidade, enquanto o sistema Kessy permite abrir o veículo e ligar o motor sem chave, adicionando praticidade. A câmera de ré, combinada com sensores de estacionamento, facilita manobras em espaços apertados, um recurso valorizado em ambientes urbanos. A Volkswagen reforça que o Tera foi pensado para atender famílias e motoristas que priorizam proteção sem abrir mão de um preço acessível.
Posicionamento competitivo no mercado
O segmento de SUVs compactos é um dos mais disputados no Brasil, e o Tera entra nesse cenário com credenciais sólidas. Comparado ao Fiat Pulse, que tem preço inicial de R$ 99.990 e motor 1.0 turbo de 130 cavalos, o Tera oferece menos potência, mas se destaca pela conectividade avançada da VW Play Connect. O Renault Kardian, com 125 cavalos e preço próximo, tem design moderno e baixo consumo, mas enfrenta limitações devido à menor rede de concessionárias da Renault. O Citroën Basalt, com seu estilo híbrido entre SUV e sedã, aposta em um visual diferenciado, mas pode não agradar a todos. A Volkswagen, com sua tradição e capilaridade, tem uma vantagem inicial, especialmente pela confiança que a marca inspira entre os consumidores brasileiros.
A estratégia de preços do Tera é outro ponto forte. Com valores estimados entre R$ 100 mil e R$ 140 mil, o modelo se posiciona acima das versões equivalentes do Polo, mas abaixo do Nivus Comfortline, que custa R$ 143.490. A versão de entrada MPI atrai compradores preocupados com o custo, enquanto a High, com pacote ADAS, conquista consumidores que valorizam tecnologia e segurança. A redução de preços no setor, impulsionada por incentivos fiscais recentes, favorece o Tera, que pode se beneficiar da crescente demanda por SUVs compactos. Analistas preveem que o modelo figurará entre os mais vendidos em seu primeiro ano, especialmente se a Volkswagen mantiver preços competitivos.
- Fiat Pulse: Motor 1.0 turbo de 130 cavalos, mas conectividade inferior
- Renault Kardian: 125 cavalos e design atraente, com rede de assistência limitada
- Citroën Basalt: Visual único, mas estilo híbrido pode dividir opiniões
- Tera: Conectividade 4G, seis airbags e tradição da Volkswagen como diferenciais
Impacto econômico e social
A produção do Tera em Taubaté tem impactos significativos na economia local. Com 81% de componentes nacionais, o modelo reduz custos e fortalece a cadeia de fornecedores brasileiros. A fábrica, que recebeu R$ 1 bilhão em investimentos, criou 260 empregos diretos e cerca de 2.600 indiretos, contribuindo para o desenvolvimento da região. A Volkswagen também planeja iniciativas comunitárias, como programas de educação no trânsito e parcerias com escolas técnicas para formação de mecânicos, reforçando seu compromisso com a sociedade brasileira. Essas ações posicionam a marca como uma empresa engajada, indo além da fabricação de veículos.
A exportação do Tera para mais de 25 países, incluindo Argentina, Chile, Colômbia, Uruguai, México e mercados africanos, consolida o Brasil como um hub automotivo global. A capacidade inicial de 50 mil unidades anuais pode ser ampliada conforme a demanda, o que reforça o potencial do modelo para alcançar volumes expressivos de vendas. A Volkswagen espera que o Tera repita o sucesso do Gol, que vendeu mais de 8 milhões de unidades desde 1980, e do Fusca, um ícone cultural desde 1959. A combinação de preço acessível, tecnologia relevante e produção local posiciona o SUV como uma opção atraente para consumidores de hatches e sedãs compactos.
Herança cultural e apelo emocional
A Volkswagen não hesita em conectar o Tera à sua história de sucesso no Brasil. O easter egg no vidro traseiro, com silhuetas do Fusca, Gol e Tera, simboliza a evolução da marca e celebra mais de sete décadas de presença no país. O Fusca, produzido desde 1959, tornou-se um símbolo de acessibilidade, enquanto o Gol dominou as vendas por décadas, consolidando-se como o carro mais vendido do Brasil. O Tera assume o papel de sucessor espiritual em um mercado transformado, onde os SUVs compactos lideram as preferências, com crescimento anual de 10% nas vendas desde 2020.
O nome Tera, que remete à solidez e à conexão com a terra, reflete a intenção de criar um veículo confiável e enraizado nas necessidades do consumidor brasileiro. A escolha do Carnaval como palco de lançamento foi estratégica, conectando o modelo à energia cultural do Brasil e gerando ampla visibilidade nas redes sociais. Enquetes indicam que 70% dos interessados valorizam a combinação de preço e tecnologia, enquanto 20% destacam o design como fator decisivo. A Volkswagen planeja campanhas publicitárias que reforcem o apelo emocional, conectando o Tera à nostalgia dos modelos clássicos, mas com um enfoque moderno em conectividade e segurança.
- Silhuetas de Fusca, Gol e Tera no vidro traseiro como easter egg
- Código “TT” no chassi em homenagem à fábrica de Taubaté
- Campanhas publicitárias com apelo emocional e nostálgico
- Lançamento no Carnaval para conectar o modelo à cultura brasileira
Expectativas para o futuro
O Tera chega em um momento estratégico para a Volkswagen, que planeja uma ofensiva de 16 lançamentos no Brasil até 2028. Como o quarto modelo dessa lista, o SUV é considerado o mais importante dos últimos tempos para a marca, com o objetivo de reforçar sua liderança no segmento de SUVs compactos. A montadora aposta no Tera como um carro de volume, capaz de atrair consumidores de diferentes perfis, desde jovens famílias até motoristas urbanos que buscam praticidade. A produção em larga escala e a possibilidade de exportação reforçam a ambição de transformar o modelo em um sucesso global.
A concorrência, no entanto, promete ser acirrada. A chegada de um SUV derivado do Chevrolet Onix, prevista para 2026, pode pressionar o Tera. A General Motors aposta em um modelo na mesma faixa de preço, mas com a vantagem de uma base consolidada no Brasil. Por enquanto, o Tera se beneficia do momento favorável, com a redução de preços de veículos impulsionada por incentivos fiscais. A Volkswagen espera que o modelo alcance volumes expressivos de vendas em seu primeiro ano, consolidando sua posição no mercado e pavimentando o caminho para futuros lançamentos.
Cronograma de lançamento e vendas
A Volkswagen estruturou um plano detalhado para a chegada do Tera, começando com a apresentação no Carnaval de 2025 e seguindo com a produção em série a partir de março. O cronograma inclui etapas estratégicas para garantir visibilidade e engajamento do público.
- Março 2025: Início da produção em série na fábrica de Taubaté
- Maio 2025: Lançamento oficial e chegada às concessionárias
- Junho 2025: Início das vendas no mercado brasileiro
- Segundo semestre de 2025: Exportações para América Latina e África
- 2026: Avaliação de expansão da capacidade produtiva
Detalhes práticos para o consumidor
O Tera foi projetado com foco na praticidade, oferecendo soluções que facilitam o dia a dia. O espaço interno, embora semelhante ao do Polo, é otimizado para cinco ocupantes, com bancos traseiros mais confortáveis para quatro pessoas devido ao espaço limitado para pernas e ombros. O porta-malas, ainda sem capacidade oficial divulgada, deve superar os 300 litros do Polo, mas ficar abaixo dos 415 litros do Nivus. Detalhes como saídas de ar-condicionado ajustáveis, apoio de braço configurável e carregador sem fio mostram a atenção da Volkswagen ao conforto, mesmo em um SUV de entrada.
A manutenção do Tera promete ser acessível, graças à compartilhamento de componentes com o Polo e à ampla rede de concessionárias da Volkswagen no Brasil. O estepe temporário, comum em modelos compactos, preserva o espaço do porta-malas, enquanto o sistema de revisões agendadas pelo aplicativo Meu VW facilita a gestão de serviços. A garantia de fábrica, embora não detalhada, deve seguir o padrão de três anos da marca, com possibilidade de extensão por meio de pacotes adicionais.
- Porta-malas com capacidade estimada acima de 300 litros
- Manutenção facilitada por peças compartilhadas com o Polo
- Revisões agendadas pelo aplicativo Meu VW
- Garantia de fábrica de até três anos

O mercado automotivo brasileiro está prestes a ganhar um novo protagonista no segmento de SUVs compactos, que respondeu por mais de 30% das vendas de veículos no país em 2024. A Volkswagen anunciou o lançamento do Tera, um utilitário esportivo que combina preço inicial competitivo de R$ 99.990, design moderno e tecnologias avançadas, como a central multimídia VW Play Connect com conexão 4G. Com estreia marcada para maio de 2025, o modelo será produzido na fábrica de Taubaté, em São Paulo, e tem como objetivo desafiar concorrentes consolidados como Fiat Pulse, Renault Kardian e Citroën Basalt. Desenvolvido sobre a plataforma MQB A0, a mesma utilizada pelo Polo, o Tera se posiciona como o SUV de entrada da montadora, projetado para atrair consumidores que buscam custo-benefício, segurança e conectividade. Além de atender ao mercado interno, o veículo será exportado para mais de 25 países, reforçando o Brasil como um polo automotivo global.
A Volkswagen aposta no Tera como um sucessor espiritual de ícones como o Gol e o Fusca, adaptando a fórmula de acessibilidade e confiabilidade que marcou esses modelos ao contexto atual, onde os SUVs dominam as preferências dos consumidores. O nome Tera, que evoca solidez e conexão com a terra, reflete a proposta de um veículo prático e confiável para o dia a dia, seja em trajetos urbanos ou viagens curtas. A produção em Taubaté, que recebeu investimentos de R$ 1 bilhão para modernização, já está em andamento, com capacidade inicial para 50 mil unidades anuais. A estratégia da montadora inclui campanhas publicitárias que conectam o Tera à herança cultural da marca, mas com um apelo contemporâneo voltado para inovação e versatilidade, mirando jovens famílias e profissionais em busca de seu primeiro utilitário esportivo.

A apresentação oficial do Tera durante o Carnaval de 2025, na Marquês de Sapucaí, no Rio de Janeiro, marcou um momento estratégico para a Volkswagen. O evento, que atraiu ampla visibilidade, destacou o design do SUV e gerou expectativa entre consumidores e analistas do setor. Com 81% de componentes nacionais, o modelo promete impulsionar a economia local, gerando 260 empregos diretos e cerca de 2.600 indiretos na cadeia de fornecedores. A chegada do Tera coincide com um momento de expansão no mercado de SUVs compactos, favorecido por incentivos fiscais que reduziram preços e aumentaram a competitividade no setor.
- Design moderno com faróis full LED e lanternas horizontais
- Central multimídia VW Play Connect com conexão 4G e Wi-Fi
- Seis airbags e frenagem autônoma nas versões mais completas
- Produção em Taubaté com 81% de componentes nacionais
- Exportação planejada para mais de 25 países
Design inovador com inspiração global
O visual do Tera foi cuidadosamente projetado para destacar robustez e modernidade, alinhando-se aos padrões globais da Volkswagen. A dianteira exibe faróis full LED integrados a uma grade fluida, criando uma identidade visual próxima de modelos como o Tiguan. Os para-lamas traseiros, bem definidos, conferem volume ao SUV, enquanto as lanternas horizontais em LED formam uma assinatura luminosa única. A traseira apresenta uma barra preta que conecta as lanternas, reforçando a sofisticação do design. Com cerca de 4 metros de comprimento e entre-eixos de 2,56 metros, idêntico ao do Polo, o Tera garante bom aproveitamento do espaço interno, ideal para famílias pequenas e motoristas urbanos.
A escolha da plataforma MQB A0 proporciona eficiência e flexibilidade, permitindo adaptações para diferentes mercados. A suspensão foi ajustada para lidar com as irregularidades das ruas brasileiras, prometendo conforto mesmo em superfícies desafiadoras. A direção elétrica garante precisão sem sacrificar a leveza, enquanto o porte elevado do SUV oferece uma posição de condução mais alta, um atrativo para consumidores que migram de hatches compactos. O design, assinado pelo brasileiro José Carlos Pavone, chefe de design da Volkswagen para as Américas, reflete uma nova fase na estética da marca no Brasil, com linhas mais verticalizadas e proporções equilibradas.
Internamente, o Tera surpreende pela funcionalidade. O console central, inspirado na linha ID. elétrica da montadora, oferece soluções práticas, como porta-copos ajustáveis e espaço para dois celulares, um deles com carregamento por indução. As portas USB-C, estrategicamente posicionadas próximas à alavanca de câmbio, facilitam a conectividade. O painel, com plásticos texturizados e apliques de vinil macio, eleva a percepção de qualidade, superando o acabamento de concorrentes como o Fiat Pulse em algumas versões. O quadro de instrumentos digital de 10 polegadas entrega informações claras, enquanto o volante multifuncional, compartilhado com outros modelos da marca, mantém a ergonomia característica.
Tecnologia de ponta acessível
Equipar um SUV compacto com tecnologia avançada é um desafio, mas o Tera entrega resultados notáveis. A central multimídia VW Play Connect é o coração tecnológico do modelo, oferecendo uma tela destacada de 10 polegadas com conexão 4G e Wi-Fi, algo incomum em veículos abaixo de R$ 120 mil. Esse sistema permite atualizações remotas e acesso a aplicativos, aproximando a experiência de veículos premium. A inclusão de jogos nostálgicos, como o “jogo da cobrinha” na central multimídia, adiciona um toque de diversão, remetendo à era dos celulares Nokia. Nas versões mais completas, como a High, o Tera inclui seis airbags, controle de cruzeiro adaptativo e frenagem autônoma de emergência, itens que elevam o padrão de segurança na categoria.
A conectividade é reforçada por portas USB-C estrategicamente posicionadas e um carregador sem fio acompanhado de uma saída de ar ajustável, que mantém smartphones resfriados durante o uso. O ar-condicionado Climatronic Touch ajusta automaticamente a temperatura para garantir conforto aos ocupantes, enquanto a iluminação ambiente em LED transforma o interior em um espaço mais elegante, especialmente à noite. A câmera de ré auxilia na visualização de obstáculos, complementando a proposta de praticidade. Esses recursos posicionam o Tera como uma opção aspiracional para consumidores que buscam tecnologia sem comprometer o orçamento.
O Tera também se destaca por detalhes que reforçam sua identidade. Um easter egg no vidro traseiro exibe silhuetas do Fusca, Gol e Tera, conectando o modelo à história da Volkswagen e celebrando mais de 60 anos da marca no Brasil. O código “TT” no chassi, que significa “Tera Taubaté”, homenageia a fábrica responsável pela produção. Esses elementos adicionam personalidade ao SUV, criando uma conexão emocional com os consumidores e reforçando o orgulho de um projeto brasileiro com ambições globais.
Motorização eficiente e versátil
A motorização do Tera segue a receita consolidada da Volkswagen para modelos compactos. A versão de entrada, chamada MPI, é equipada com o motor 1.0 aspirado flex de 84 cavalos com etanol e 10,3 kgfm de torque, associado a um câmbio manual de cinco marchas. Esse conjunto, herdado do Polo, prioriza economia e baixo custo de manutenção, sendo ideal para consumidores que buscam acessibilidade. As versões intermediárias e topo de linha contam com o motor 1.0 TSI flex de três cilindros, que entrega até 116 cavalos com etanol e 16,8 kgfm de torque. Disponível com câmbio manual ou automático de seis marchas, o propulsor turbo garante equilíbrio entre desempenho e eficiência, adequado para o uso urbano e rodoviário.
Dados preliminares indicam que o Tera com motor TSI pode superar 12 km/l na estrada com gasolina, um número competitivo para um SUV compacto. A suspensão, calibrada para as condições brasileiras, combina robustez com conforto, enquanto a direção elétrica oferece precisão em manobras. A Volkswagen descarta versões híbridas ou elétricas no curto prazo, mas a plataforma MQB A0 permite adaptações futuras, caso a demanda por eletrificação cresça no mercado brasileiro. A facilidade de manutenção, outro legado do Gol, torna o Tera uma opção prática para consumidores que priorizam baixo custo de posse.
- Motor 1.0 MPI de 84 cavalos na versão de entrada
- Motor 1.0 TSI de 116 cavalos nas versões intermediárias e topo
- Câmbio manual ou automático de seis marchas
- Consumo estimado acima de 12 km/l na estrada com gasolina
- Suspensão ajustada para ruas brasileiras
Segurança avançada como diferencial
A segurança é um dos pilares do Tera, especialmente nas versões mais completas. A configuração High inclui seis airbags estrategicamente posicionados: dois frontais, dois laterais e dois do tipo cortina. Esses equipamentos oferecem proteção em diferentes tipos de colisão, elevando o padrão em um segmento onde airbags adicionais ainda são raros. O pacote ADAS, disponível como opcional, traz recursos como controle de cruzeiro adaptativo, frenagem autônoma de emergência, assistente de faixa, detector de ponto cego e alerta de tráfego cruzado traseiro. Esses sistemas, incomuns em SUVs de entrada, aproximam o Tera de modelos premium e atendem às crescentes exigências por segurança.
A estrutura do Tera, baseada na plataforma MQB A0, foi projetada para oferecer rigidez e resistência, com testes realizados em condições extremas, como o frio da Suécia, para garantir confiabilidade. Faróis full LED com luz diurna e lanternas em LED aumentam a visibilidade, enquanto o sistema Kessy permite abrir o veículo e ligar o motor sem chave, adicionando praticidade. A câmera de ré, combinada com sensores de estacionamento, facilita manobras em espaços apertados, um recurso valorizado em ambientes urbanos. A Volkswagen reforça que o Tera foi pensado para atender famílias e motoristas que priorizam proteção sem abrir mão de um preço acessível.
Posicionamento competitivo no mercado
O segmento de SUVs compactos é um dos mais disputados no Brasil, e o Tera entra nesse cenário com credenciais sólidas. Comparado ao Fiat Pulse, que tem preço inicial de R$ 99.990 e motor 1.0 turbo de 130 cavalos, o Tera oferece menos potência, mas se destaca pela conectividade avançada da VW Play Connect. O Renault Kardian, com 125 cavalos e preço próximo, tem design moderno e baixo consumo, mas enfrenta limitações devido à menor rede de concessionárias da Renault. O Citroën Basalt, com seu estilo híbrido entre SUV e sedã, aposta em um visual diferenciado, mas pode não agradar a todos. A Volkswagen, com sua tradição e capilaridade, tem uma vantagem inicial, especialmente pela confiança que a marca inspira entre os consumidores brasileiros.
A estratégia de preços do Tera é outro ponto forte. Com valores estimados entre R$ 100 mil e R$ 140 mil, o modelo se posiciona acima das versões equivalentes do Polo, mas abaixo do Nivus Comfortline, que custa R$ 143.490. A versão de entrada MPI atrai compradores preocupados com o custo, enquanto a High, com pacote ADAS, conquista consumidores que valorizam tecnologia e segurança. A redução de preços no setor, impulsionada por incentivos fiscais recentes, favorece o Tera, que pode se beneficiar da crescente demanda por SUVs compactos. Analistas preveem que o modelo figurará entre os mais vendidos em seu primeiro ano, especialmente se a Volkswagen mantiver preços competitivos.
- Fiat Pulse: Motor 1.0 turbo de 130 cavalos, mas conectividade inferior
- Renault Kardian: 125 cavalos e design atraente, com rede de assistência limitada
- Citroën Basalt: Visual único, mas estilo híbrido pode dividir opiniões
- Tera: Conectividade 4G, seis airbags e tradição da Volkswagen como diferenciais
Impacto econômico e social
A produção do Tera em Taubaté tem impactos significativos na economia local. Com 81% de componentes nacionais, o modelo reduz custos e fortalece a cadeia de fornecedores brasileiros. A fábrica, que recebeu R$ 1 bilhão em investimentos, criou 260 empregos diretos e cerca de 2.600 indiretos, contribuindo para o desenvolvimento da região. A Volkswagen também planeja iniciativas comunitárias, como programas de educação no trânsito e parcerias com escolas técnicas para formação de mecânicos, reforçando seu compromisso com a sociedade brasileira. Essas ações posicionam a marca como uma empresa engajada, indo além da fabricação de veículos.
A exportação do Tera para mais de 25 países, incluindo Argentina, Chile, Colômbia, Uruguai, México e mercados africanos, consolida o Brasil como um hub automotivo global. A capacidade inicial de 50 mil unidades anuais pode ser ampliada conforme a demanda, o que reforça o potencial do modelo para alcançar volumes expressivos de vendas. A Volkswagen espera que o Tera repita o sucesso do Gol, que vendeu mais de 8 milhões de unidades desde 1980, e do Fusca, um ícone cultural desde 1959. A combinação de preço acessível, tecnologia relevante e produção local posiciona o SUV como uma opção atraente para consumidores de hatches e sedãs compactos.
Herança cultural e apelo emocional
A Volkswagen não hesita em conectar o Tera à sua história de sucesso no Brasil. O easter egg no vidro traseiro, com silhuetas do Fusca, Gol e Tera, simboliza a evolução da marca e celebra mais de sete décadas de presença no país. O Fusca, produzido desde 1959, tornou-se um símbolo de acessibilidade, enquanto o Gol dominou as vendas por décadas, consolidando-se como o carro mais vendido do Brasil. O Tera assume o papel de sucessor espiritual em um mercado transformado, onde os SUVs compactos lideram as preferências, com crescimento anual de 10% nas vendas desde 2020.
O nome Tera, que remete à solidez e à conexão com a terra, reflete a intenção de criar um veículo confiável e enraizado nas necessidades do consumidor brasileiro. A escolha do Carnaval como palco de lançamento foi estratégica, conectando o modelo à energia cultural do Brasil e gerando ampla visibilidade nas redes sociais. Enquetes indicam que 70% dos interessados valorizam a combinação de preço e tecnologia, enquanto 20% destacam o design como fator decisivo. A Volkswagen planeja campanhas publicitárias que reforcem o apelo emocional, conectando o Tera à nostalgia dos modelos clássicos, mas com um enfoque moderno em conectividade e segurança.
- Silhuetas de Fusca, Gol e Tera no vidro traseiro como easter egg
- Código “TT” no chassi em homenagem à fábrica de Taubaté
- Campanhas publicitárias com apelo emocional e nostálgico
- Lançamento no Carnaval para conectar o modelo à cultura brasileira
Expectativas para o futuro
O Tera chega em um momento estratégico para a Volkswagen, que planeja uma ofensiva de 16 lançamentos no Brasil até 2028. Como o quarto modelo dessa lista, o SUV é considerado o mais importante dos últimos tempos para a marca, com o objetivo de reforçar sua liderança no segmento de SUVs compactos. A montadora aposta no Tera como um carro de volume, capaz de atrair consumidores de diferentes perfis, desde jovens famílias até motoristas urbanos que buscam praticidade. A produção em larga escala e a possibilidade de exportação reforçam a ambição de transformar o modelo em um sucesso global.
A concorrência, no entanto, promete ser acirrada. A chegada de um SUV derivado do Chevrolet Onix, prevista para 2026, pode pressionar o Tera. A General Motors aposta em um modelo na mesma faixa de preço, mas com a vantagem de uma base consolidada no Brasil. Por enquanto, o Tera se beneficia do momento favorável, com a redução de preços de veículos impulsionada por incentivos fiscais. A Volkswagen espera que o modelo alcance volumes expressivos de vendas em seu primeiro ano, consolidando sua posição no mercado e pavimentando o caminho para futuros lançamentos.
Cronograma de lançamento e vendas
A Volkswagen estruturou um plano detalhado para a chegada do Tera, começando com a apresentação no Carnaval de 2025 e seguindo com a produção em série a partir de março. O cronograma inclui etapas estratégicas para garantir visibilidade e engajamento do público.
- Março 2025: Início da produção em série na fábrica de Taubaté
- Maio 2025: Lançamento oficial e chegada às concessionárias
- Junho 2025: Início das vendas no mercado brasileiro
- Segundo semestre de 2025: Exportações para América Latina e África
- 2026: Avaliação de expansão da capacidade produtiva
Detalhes práticos para o consumidor
O Tera foi projetado com foco na praticidade, oferecendo soluções que facilitam o dia a dia. O espaço interno, embora semelhante ao do Polo, é otimizado para cinco ocupantes, com bancos traseiros mais confortáveis para quatro pessoas devido ao espaço limitado para pernas e ombros. O porta-malas, ainda sem capacidade oficial divulgada, deve superar os 300 litros do Polo, mas ficar abaixo dos 415 litros do Nivus. Detalhes como saídas de ar-condicionado ajustáveis, apoio de braço configurável e carregador sem fio mostram a atenção da Volkswagen ao conforto, mesmo em um SUV de entrada.
A manutenção do Tera promete ser acessível, graças à compartilhamento de componentes com o Polo e à ampla rede de concessionárias da Volkswagen no Brasil. O estepe temporário, comum em modelos compactos, preserva o espaço do porta-malas, enquanto o sistema de revisões agendadas pelo aplicativo Meu VW facilita a gestão de serviços. A garantia de fábrica, embora não detalhada, deve seguir o padrão de três anos da marca, com possibilidade de extensão por meio de pacotes adicionais.
- Porta-malas com capacidade estimada acima de 300 litros
- Manutenção facilitada por peças compartilhadas com o Polo
- Revisões agendadas pelo aplicativo Meu VW
- Garantia de fábrica de até três anos
