Em abril de 2025, milhões de famílias brasileiras inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico) começaram a receber um saque emergencial de R$ 2.260, disponibilizado pela Caixa Econômica Federal. O benefício, acessado diretamente pelo aplicativo Caixa Tem, chega como uma medida do governo federal para aliviar as dificuldades econômicas enfrentadas por cidadãos de baixa renda. A inflação persistente e o aumento nos preços de itens essenciais, como alimentos e energia, têm pressionado os orçamentos domésticos, tornando o auxílio uma ferramenta crucial para garantir a subsistência de muitos lares.
A iniciativa prioriza famílias com renda per capita de até R$ 500, especialmente aquelas já contempladas por programas como Bolsa Família e Auxílio Gás. O valor, que pode ser movimentado em até 60 dias, é depositado automaticamente na conta digital do Caixa Tem, eliminando filas em agências bancárias.

Para acessar o benefício, os interessados precisam:
- Estar inscritos no CadÚnico com dados atualizados nos últimos dois anos.
- Ter renda familiar mensal per capita de até R$ 500.
- Baixar ou atualizar o aplicativo Caixa Tem em dispositivos Android ou iOS.
- Verificar o saldo e gerar códigos para saques ou realizar transações digitais.
O programa reflete o esforço contínuo do governo em promover inclusão financeira e reduzir desigualdades sociais em um cenário econômico desafiador.
Alívio financeiro em tempos de crise
Famílias em todo o país enfrentam dificuldades para cobrir despesas básicas, como alimentação, contas de luz e gás de cozinha. Em grandes centros urbanos, como São Paulo e Rio de Janeiro, o custo da cesta básica ultrapassou R$ 700 em 2024, segundo dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos. No Nordeste, regiões como Salvador e Recife também registraram aumentos expressivos, tornando a alimentação um desafio diário para muitos. O saque emergencial de R$ 2.260 surge como uma resposta direta a essa realidade, oferecendo um suporte financeiro imediato.
A liberação do benefício coincide com o início do ano letivo e o pagamento de tributos sazonais, como IPVA e IPTU, que sobrecarregam os orçamentos familiares. Para muitas famílias, o valor representa a diferença entre quitar uma dívida ou enfrentar a interrupção de serviços essenciais. Pequenos comerciantes, como donos de mercadinhos e padarias, já relatam um aumento nas vendas em comunidades periféricas, impulsionado pela circulação do dinheiro.
Digitalização amplia acesso ao benefício
O aplicativo Caixa Tem, lançado em 2020 durante a pandemia de Covid-19, consolidou-se como uma ferramenta essencial para a distribuição de benefícios sociais. Em 2024, mais de 50 milhões de brasileiros utilizaram a plataforma para movimentar recursos, segundo informações da Caixa Econômica Federal. A possibilidade de saques sem cartão físico, por meio de códigos gerados no app, facilita o acesso em áreas remotas, onde agências bancárias são escassas.
A plataforma permite não apenas saques em caixas eletrônicos e lotéricas, mas também pagamentos de contas, compras online e transferências via Pix. Essa flexibilidade é especialmente valiosa para famílias que dependem do benefício para despesas urgentes, como a compra de medicamentos ou o pagamento de contas atrasadas. No entanto, a digitalização também traz desafios. Em regiões com acesso limitado à internet, como áreas rurais do Norte e Nordeste, muitos beneficiários enfrentam dificuldades para utilizar o aplicativo.
Para mitigar essas barreiras, a Caixa tem investido em campanhas educativas e parcerias com governos locais.
- Oficinas de letramento digital em Centros de Referência de Assistência Social (CRAS).
- Suporte telefônico pelo número 111 para dúvidas sobre o aplicativo.
- Ampliação de pontos de saque, como correspondentes Caixa Aqui.
- Mutirões de atualização cadastral em comunidades remotas.
Elegibilidade exige cadastro atualizado
A inscrição no CadÚnico é o principal requisito para receber o saque emergencial. Com mais de 90 milhões de pessoas cadastradas, o sistema é uma das maiores bases de dados de baixa renda do mundo. Famílias com informações desatualizadas há mais de dois anos correm o risco de perder o benefício, o que tem gerado filas nos CRAS desde o anúncio da medida.
O processo de atualização exige a apresentação de documentos como RG, CPF, comprovante de residência e informações sobre renda familiar. Em algumas cidades, mutirões foram organizados para agilizar a regularização. A prioridade é dada a beneficiários do Bolsa Família, que atende cerca de 14 milhões de lares, e do Auxílio Gás, com 5 milhões de famílias contempladas.
A exigência de um cadastro atualizado garante que os recursos cheguem às famílias mais necessitadas, mas também destaca a importância da manutenção contínua dos dados. Em 2020, cerca de 5% dos valores do Auxílio Emergencial não foram sacados devido a cadastros desatualizados, retornando aos cofres públicos.
Impacto econômico nas comunidades
A injeção de bilhões de reais na economia por meio do saque emergencial gera efeitos significativos em diversos setores. Pequenos comércios, como mercados de bairro, farmácias e padarias, registram aumento nas vendas, especialmente em regiões periféricas e cidades menores. Durante o Auxílio Emergencial de 2020, o consumo impulsionado por benefícios sociais elevou o Produto Interno Bruto em cerca de 2,5%, segundo estimativas econômicas.
Cerca de 60% dos beneficiários utilizam o valor para quitar dívidas, como contas de luz, água e gás, enquanto 30% destinam o recurso à compra de alimentos e itens essenciais. Em áreas rurais, o dinheiro é frequentemente usado para adquirir insumos agrícolas, como sementes e fertilizantes, ou para pagar dívidas com fornecedores. Esse movimento fortalece cadeias produtivas locais, como a venda de produtos orgânicos e artesanais.
A circulação do dinheiro também reduz temporariamente a inadimplência, beneficiando tanto as famílias quanto os credores. Em comunidades carentes, o aumento no consumo ajuda a manter pequenos negócios abertos, criando um ciclo virtuoso de geração de renda.
Desafios na implementação do programa
Apesar dos avanços, a liberação do saque emergencial enfrenta obstáculos. Em algumas regiões, beneficiários relataram dificuldades para acessar o aplicativo devido a instabilidades no sistema, especialmente nos primeiros dias de pagamento. A Caixa respondeu com a ampliação dos canais de atendimento, incluindo o Disque Social 121, que oferece suporte para dúvidas relacionadas ao programa.
Outro desafio é o baixo letramento digital em comunidades vulneráveis. Muitos beneficiários, especialmente idosos, enfrentam barreiras para utilizar o Caixa Tem, dependendo de familiares ou vizinhos para acessar o benefício. Organizações sociais têm atuado para oferecer capacitação, mas a escala do problema exige soluções mais amplas.
- Falta de acesso à internet em áreas remotas.
- Dificuldade em compreender os passos para usar o aplicativo.
- Necessidade de smartphones compatíveis com o Caixa Tem.
- Barreiras de idioma em comunidades indígenas.
Segurança contra fraudes
Com o aumento das transações digitais, os casos de golpes e fraudes também cresceram. Em 2024, mais de 300 mil denúncias relacionadas a benefícios sociais foram registradas, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento Social. A Caixa intensificou a criptografia do aplicativo e ampliou campanhas de conscientização para proteger os beneficiários.
Os usuários são orientados a baixar o Caixa Tem apenas nas lojas oficiais de aplicativos, como Google Play e App Store, e a evitar compartilhar senhas ou códigos autorizadores. Mensagens ou ligações solicitando dados pessoais devem ser tratadas com desconfiança, já que a instituição não entra em contato diretamente para liberar valores.
A recomendação é que os beneficiários utilizem redes Wi-Fi seguras e verifiquem regularmente o saldo no aplicativo. Em caso de suspeita de fraude, o Disque Social 121 está disponível para orientações.
Complementação com outros programas
O saque emergencial de R$ 2.260 não substitui outros benefícios, como Bolsa Família, Auxílio Gás ou Benefício de Prestação Continuada (BPC). Pelo contrário, ele funciona como um complemento, fortalecendo a rede de proteção social. O Bolsa Família, por exemplo, atende milhões de famílias com pagamentos mensais, enquanto o Auxílio Gás subsidia a compra de botijões de gás, um item essencial em lares de baixa renda.
Em 2025, o Auxílio Gás foi ampliado para alcançar mais famílias, com valores ajustados conforme o preço médio do botijão em cada estado. A integração entre esses programas permite que as famílias combinem os recursos para atender a diferentes necessidades, como alimentação, energia e transporte.
A prioridade dada aos beneficiários do Bolsa Família agiliza a distribuição do saque emergencial, já que essas famílias já possuem datas fixas de recebimento. No entanto, a exigência de dados atualizados no CadÚnico permanece, e muitos estão correndo para regularizar sua situação nos CRAS.
Benefícios para a economia local
A liberação do saque emergencial tem impactos visíveis em comunidades de baixa renda. Em bairros periféricos, o comércio local registra maior movimento, com destaque para vendas de alimentos, produtos de higiene e medicamentos. Pequenos empreendedores, como donos de mercadinhos, relatam que o benefício ajuda a manter as portas abertas em tempos de crise.
Em regiões rurais, o valor é usado para adquirir insumos agrícolas ou pagar dívidas, contribuindo para a subsistência das famílias. A circulação do dinheiro fortalece cadeias produtivas locais, como a venda de produtos orgânicos e artesanais. Estima-se que cada real pago em auxílios sociais gere um impacto de até R$ 1,70 na economia, segundo estudos econômicos recentes.
O programa também reduz a pressão financeira sobre famílias endividadas, permitindo que elas regularizem contas atrasadas e evitem cortes de serviços essenciais. Em cidades menores, onde a circulação de renda é limitada, o impacto é ainda mais significativo, fortalecendo a economia local.
Ampliação da inclusão financeira
O Caixa Tem se consolidou como uma ferramenta de inclusão financeira, conectando milhões de brasileiros a serviços bancários digitais. Para famílias sem acesso a bancos tradicionais, o aplicativo funciona como uma conta digital gratuita, permitindo transações como pagamento de contas, compras online e transferências via Pix.
Em áreas remotas, como o interior do Nordeste e da Amazônia, a possibilidade de saques sem cartão físico é um diferencial. A rede de lotéricas e correspondentes Caixa Aqui complementa o acesso, garantindo que o dinheiro chegue mesmo em regiões sem agências bancárias. Em 2024, mais de 70% das transações de benefícios sociais foram realizadas digitalmente, um marco na modernização dos serviços financeiros.
A digitalização também reduz custos operacionais para o governo, permitindo que mais recursos sejam direcionados diretamente às famílias. No entanto, a dependência de smartphones e internet destaca a necessidade de investimentos em infraestrutura digital para alcançar todas as regiões do país.
Orientação para beneficiários
A agilidade no acesso ao saque emergencial depende de algumas ações práticas por parte dos beneficiários. Verificar o cadastro no CadÚnico é o primeiro passo, especialmente para famílias que passaram por mudanças recentes, como nascimento de filhos ou alteração de renda. Os CRAS oferecem atendimento gratuito para regularização, e mutirões têm sido organizados em diversas cidades.
Baixar o Caixa Tem com antecedência e testar o acesso também é essencial. Problemas como senha esquecida ou falta de atualização do aplicativo podem atrasar a consulta do saldo. Para quem não possui smartphone, uma alternativa é buscar apoio em lotéricas, onde funcionários orientam sobre o saque.
- Atualizar o CadÚnico no CRAS mais próximo.
- Baixar o Caixa Tem na loja de aplicativos oficial.
- Planejar o uso do dinheiro dentro do prazo de 60 dias.
- Evitar compartilhar dados pessoais com terceiros.
Expansão do alcance do programa
A liberação do saque emergencial começou em abril de 2025, mas a Caixa estima que o programa alcance pelo menos 500 mil famílias em sua fase inicial, com possibilidade de expansão conforme a demanda e o orçamento disponível. A experiência de programas anteriores, como o Auxílio Emergencial de 2020, mostra que benefícios desse tipo movimentam a economia local, especialmente o comércio de bens essenciais.
Famílias que não receberam o valor na primeira rodada ainda podem regularizar seus dados no CadÚnico para serem incluídas em fases futuras. A prioridade inicial para beneficiários do Bolsa Família e Auxílio Gás agiliza a distribuição, mas o governo avalia a inclusão de outras famílias de baixa renda que atendam aos critérios de elegibilidade.
O programa reforça o papel do CadÚnico como uma ferramenta central na identificação de famílias vulneráveis, conectando-as a uma rede de benefícios que inclui Bolsa Família, Tarifa Social de Energia Elétrica e Minha Casa, Minha Vida. Com quase metade da população brasileira registrada, o sistema garante que os recursos cheguem aos destinatários certos.

Em abril de 2025, milhões de famílias brasileiras inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico) começaram a receber um saque emergencial de R$ 2.260, disponibilizado pela Caixa Econômica Federal. O benefício, acessado diretamente pelo aplicativo Caixa Tem, chega como uma medida do governo federal para aliviar as dificuldades econômicas enfrentadas por cidadãos de baixa renda. A inflação persistente e o aumento nos preços de itens essenciais, como alimentos e energia, têm pressionado os orçamentos domésticos, tornando o auxílio uma ferramenta crucial para garantir a subsistência de muitos lares.
A iniciativa prioriza famílias com renda per capita de até R$ 500, especialmente aquelas já contempladas por programas como Bolsa Família e Auxílio Gás. O valor, que pode ser movimentado em até 60 dias, é depositado automaticamente na conta digital do Caixa Tem, eliminando filas em agências bancárias.

Para acessar o benefício, os interessados precisam:
- Estar inscritos no CadÚnico com dados atualizados nos últimos dois anos.
- Ter renda familiar mensal per capita de até R$ 500.
- Baixar ou atualizar o aplicativo Caixa Tem em dispositivos Android ou iOS.
- Verificar o saldo e gerar códigos para saques ou realizar transações digitais.
O programa reflete o esforço contínuo do governo em promover inclusão financeira e reduzir desigualdades sociais em um cenário econômico desafiador.
Alívio financeiro em tempos de crise
Famílias em todo o país enfrentam dificuldades para cobrir despesas básicas, como alimentação, contas de luz e gás de cozinha. Em grandes centros urbanos, como São Paulo e Rio de Janeiro, o custo da cesta básica ultrapassou R$ 700 em 2024, segundo dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos. No Nordeste, regiões como Salvador e Recife também registraram aumentos expressivos, tornando a alimentação um desafio diário para muitos. O saque emergencial de R$ 2.260 surge como uma resposta direta a essa realidade, oferecendo um suporte financeiro imediato.
A liberação do benefício coincide com o início do ano letivo e o pagamento de tributos sazonais, como IPVA e IPTU, que sobrecarregam os orçamentos familiares. Para muitas famílias, o valor representa a diferença entre quitar uma dívida ou enfrentar a interrupção de serviços essenciais. Pequenos comerciantes, como donos de mercadinhos e padarias, já relatam um aumento nas vendas em comunidades periféricas, impulsionado pela circulação do dinheiro.
Digitalização amplia acesso ao benefício
O aplicativo Caixa Tem, lançado em 2020 durante a pandemia de Covid-19, consolidou-se como uma ferramenta essencial para a distribuição de benefícios sociais. Em 2024, mais de 50 milhões de brasileiros utilizaram a plataforma para movimentar recursos, segundo informações da Caixa Econômica Federal. A possibilidade de saques sem cartão físico, por meio de códigos gerados no app, facilita o acesso em áreas remotas, onde agências bancárias são escassas.
A plataforma permite não apenas saques em caixas eletrônicos e lotéricas, mas também pagamentos de contas, compras online e transferências via Pix. Essa flexibilidade é especialmente valiosa para famílias que dependem do benefício para despesas urgentes, como a compra de medicamentos ou o pagamento de contas atrasadas. No entanto, a digitalização também traz desafios. Em regiões com acesso limitado à internet, como áreas rurais do Norte e Nordeste, muitos beneficiários enfrentam dificuldades para utilizar o aplicativo.
Para mitigar essas barreiras, a Caixa tem investido em campanhas educativas e parcerias com governos locais.
- Oficinas de letramento digital em Centros de Referência de Assistência Social (CRAS).
- Suporte telefônico pelo número 111 para dúvidas sobre o aplicativo.
- Ampliação de pontos de saque, como correspondentes Caixa Aqui.
- Mutirões de atualização cadastral em comunidades remotas.
Elegibilidade exige cadastro atualizado
A inscrição no CadÚnico é o principal requisito para receber o saque emergencial. Com mais de 90 milhões de pessoas cadastradas, o sistema é uma das maiores bases de dados de baixa renda do mundo. Famílias com informações desatualizadas há mais de dois anos correm o risco de perder o benefício, o que tem gerado filas nos CRAS desde o anúncio da medida.
O processo de atualização exige a apresentação de documentos como RG, CPF, comprovante de residência e informações sobre renda familiar. Em algumas cidades, mutirões foram organizados para agilizar a regularização. A prioridade é dada a beneficiários do Bolsa Família, que atende cerca de 14 milhões de lares, e do Auxílio Gás, com 5 milhões de famílias contempladas.
A exigência de um cadastro atualizado garante que os recursos cheguem às famílias mais necessitadas, mas também destaca a importância da manutenção contínua dos dados. Em 2020, cerca de 5% dos valores do Auxílio Emergencial não foram sacados devido a cadastros desatualizados, retornando aos cofres públicos.
Impacto econômico nas comunidades
A injeção de bilhões de reais na economia por meio do saque emergencial gera efeitos significativos em diversos setores. Pequenos comércios, como mercados de bairro, farmácias e padarias, registram aumento nas vendas, especialmente em regiões periféricas e cidades menores. Durante o Auxílio Emergencial de 2020, o consumo impulsionado por benefícios sociais elevou o Produto Interno Bruto em cerca de 2,5%, segundo estimativas econômicas.
Cerca de 60% dos beneficiários utilizam o valor para quitar dívidas, como contas de luz, água e gás, enquanto 30% destinam o recurso à compra de alimentos e itens essenciais. Em áreas rurais, o dinheiro é frequentemente usado para adquirir insumos agrícolas, como sementes e fertilizantes, ou para pagar dívidas com fornecedores. Esse movimento fortalece cadeias produtivas locais, como a venda de produtos orgânicos e artesanais.
A circulação do dinheiro também reduz temporariamente a inadimplência, beneficiando tanto as famílias quanto os credores. Em comunidades carentes, o aumento no consumo ajuda a manter pequenos negócios abertos, criando um ciclo virtuoso de geração de renda.
Desafios na implementação do programa
Apesar dos avanços, a liberação do saque emergencial enfrenta obstáculos. Em algumas regiões, beneficiários relataram dificuldades para acessar o aplicativo devido a instabilidades no sistema, especialmente nos primeiros dias de pagamento. A Caixa respondeu com a ampliação dos canais de atendimento, incluindo o Disque Social 121, que oferece suporte para dúvidas relacionadas ao programa.
Outro desafio é o baixo letramento digital em comunidades vulneráveis. Muitos beneficiários, especialmente idosos, enfrentam barreiras para utilizar o Caixa Tem, dependendo de familiares ou vizinhos para acessar o benefício. Organizações sociais têm atuado para oferecer capacitação, mas a escala do problema exige soluções mais amplas.
- Falta de acesso à internet em áreas remotas.
- Dificuldade em compreender os passos para usar o aplicativo.
- Necessidade de smartphones compatíveis com o Caixa Tem.
- Barreiras de idioma em comunidades indígenas.
Segurança contra fraudes
Com o aumento das transações digitais, os casos de golpes e fraudes também cresceram. Em 2024, mais de 300 mil denúncias relacionadas a benefícios sociais foram registradas, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento Social. A Caixa intensificou a criptografia do aplicativo e ampliou campanhas de conscientização para proteger os beneficiários.
Os usuários são orientados a baixar o Caixa Tem apenas nas lojas oficiais de aplicativos, como Google Play e App Store, e a evitar compartilhar senhas ou códigos autorizadores. Mensagens ou ligações solicitando dados pessoais devem ser tratadas com desconfiança, já que a instituição não entra em contato diretamente para liberar valores.
A recomendação é que os beneficiários utilizem redes Wi-Fi seguras e verifiquem regularmente o saldo no aplicativo. Em caso de suspeita de fraude, o Disque Social 121 está disponível para orientações.
Complementação com outros programas
O saque emergencial de R$ 2.260 não substitui outros benefícios, como Bolsa Família, Auxílio Gás ou Benefício de Prestação Continuada (BPC). Pelo contrário, ele funciona como um complemento, fortalecendo a rede de proteção social. O Bolsa Família, por exemplo, atende milhões de famílias com pagamentos mensais, enquanto o Auxílio Gás subsidia a compra de botijões de gás, um item essencial em lares de baixa renda.
Em 2025, o Auxílio Gás foi ampliado para alcançar mais famílias, com valores ajustados conforme o preço médio do botijão em cada estado. A integração entre esses programas permite que as famílias combinem os recursos para atender a diferentes necessidades, como alimentação, energia e transporte.
A prioridade dada aos beneficiários do Bolsa Família agiliza a distribuição do saque emergencial, já que essas famílias já possuem datas fixas de recebimento. No entanto, a exigência de dados atualizados no CadÚnico permanece, e muitos estão correndo para regularizar sua situação nos CRAS.
Benefícios para a economia local
A liberação do saque emergencial tem impactos visíveis em comunidades de baixa renda. Em bairros periféricos, o comércio local registra maior movimento, com destaque para vendas de alimentos, produtos de higiene e medicamentos. Pequenos empreendedores, como donos de mercadinhos, relatam que o benefício ajuda a manter as portas abertas em tempos de crise.
Em regiões rurais, o valor é usado para adquirir insumos agrícolas ou pagar dívidas, contribuindo para a subsistência das famílias. A circulação do dinheiro fortalece cadeias produtivas locais, como a venda de produtos orgânicos e artesanais. Estima-se que cada real pago em auxílios sociais gere um impacto de até R$ 1,70 na economia, segundo estudos econômicos recentes.
O programa também reduz a pressão financeira sobre famílias endividadas, permitindo que elas regularizem contas atrasadas e evitem cortes de serviços essenciais. Em cidades menores, onde a circulação de renda é limitada, o impacto é ainda mais significativo, fortalecendo a economia local.
Ampliação da inclusão financeira
O Caixa Tem se consolidou como uma ferramenta de inclusão financeira, conectando milhões de brasileiros a serviços bancários digitais. Para famílias sem acesso a bancos tradicionais, o aplicativo funciona como uma conta digital gratuita, permitindo transações como pagamento de contas, compras online e transferências via Pix.
Em áreas remotas, como o interior do Nordeste e da Amazônia, a possibilidade de saques sem cartão físico é um diferencial. A rede de lotéricas e correspondentes Caixa Aqui complementa o acesso, garantindo que o dinheiro chegue mesmo em regiões sem agências bancárias. Em 2024, mais de 70% das transações de benefícios sociais foram realizadas digitalmente, um marco na modernização dos serviços financeiros.
A digitalização também reduz custos operacionais para o governo, permitindo que mais recursos sejam direcionados diretamente às famílias. No entanto, a dependência de smartphones e internet destaca a necessidade de investimentos em infraestrutura digital para alcançar todas as regiões do país.
Orientação para beneficiários
A agilidade no acesso ao saque emergencial depende de algumas ações práticas por parte dos beneficiários. Verificar o cadastro no CadÚnico é o primeiro passo, especialmente para famílias que passaram por mudanças recentes, como nascimento de filhos ou alteração de renda. Os CRAS oferecem atendimento gratuito para regularização, e mutirões têm sido organizados em diversas cidades.
Baixar o Caixa Tem com antecedência e testar o acesso também é essencial. Problemas como senha esquecida ou falta de atualização do aplicativo podem atrasar a consulta do saldo. Para quem não possui smartphone, uma alternativa é buscar apoio em lotéricas, onde funcionários orientam sobre o saque.
- Atualizar o CadÚnico no CRAS mais próximo.
- Baixar o Caixa Tem na loja de aplicativos oficial.
- Planejar o uso do dinheiro dentro do prazo de 60 dias.
- Evitar compartilhar dados pessoais com terceiros.
Expansão do alcance do programa
A liberação do saque emergencial começou em abril de 2025, mas a Caixa estima que o programa alcance pelo menos 500 mil famílias em sua fase inicial, com possibilidade de expansão conforme a demanda e o orçamento disponível. A experiência de programas anteriores, como o Auxílio Emergencial de 2020, mostra que benefícios desse tipo movimentam a economia local, especialmente o comércio de bens essenciais.
Famílias que não receberam o valor na primeira rodada ainda podem regularizar seus dados no CadÚnico para serem incluídas em fases futuras. A prioridade inicial para beneficiários do Bolsa Família e Auxílio Gás agiliza a distribuição, mas o governo avalia a inclusão de outras famílias de baixa renda que atendam aos critérios de elegibilidade.
O programa reforça o papel do CadÚnico como uma ferramenta central na identificação de famílias vulneráveis, conectando-as a uma rede de benefícios que inclui Bolsa Família, Tarifa Social de Energia Elétrica e Minha Casa, Minha Vida. Com quase metade da população brasileira registrada, o sistema garante que os recursos cheguem aos destinatários certos.
