INSS libera 1ª parcela do 13º para 34,2 milhões; economia recebe R$ 73,3 bi até junho

A liberação da primeira parcela do décimo terceiro salário para aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) que recebem acima de um salário mínimo teve início em 2 de maio. O pagamento, escalonado pelo dígito final do Número de Inscrição Social (NIS), segue até 8 de maio, enquanto a segunda parcela está programada para o período de 26 de maio a 6 de junho. A medida, que antecipa o benefício tradicionalmente pago em agosto e dezembro, alcança cerca de 34,2 milhões de segurados, incluindo beneficiários de auxílios e pensões.

Cerca de R$ 73,3 bilhões serão injetados na economia com a antecipação, segundo estimativas do governo. A iniciativa, autorizada por decreto presidencial em abril, marca o sexto ano consecutivo de pagamento adiantado. Para esclarecer o processo, o INSS disponibiliza consultas pelo aplicativo Meu INSS, site oficial ou telefone 135, com atendimento de segunda a sábado.

• Quem recebe: Aposentados, pensionistas e beneficiários de auxílios do INSS.
• Exceções: Beneficiários do BPC e Renda Mensal Vitalícia não têm direito ao 13º.
• Consulta: Disponível pelo app Meu INSS, site gov.br/meuinss ou telefone 135.

Pagamento escalonado por NIS

O calendário de pagamento do décimo terceiro segue um cronograma definido pelo dígito final do NIS, com distinção entre quem ganha até um salário mínimo (R$ 1.518) e quem recebe acima desse valor. Para os beneficiários com renda superior ao piso nacional, os depósitos da primeira parcela começaram em 2 de maio, para os finais de NIS 1 e 6, e se estendem até 8 de maio, para os finais 5 e 0. A segunda parcela será paga entre 2 e 6 de junho, seguindo a mesma lógica.

Os segurados que recebem o salário mínimo já começaram a receber a primeira parcela desde 24 de abril, com a segunda parcela prevista para o final de maio. A divisão por renda e NIS garante organização no pagamento, evitando sobrecarga no sistema bancário.

• Final NIS 1 e 6: 1ª parcela em 2/05, 2ª parcela em 2/06.
• Final NIS 2 e 7: 1ª parcela em 5/05, 2ª parcela em 3/06.
• Final NIS 3 e 8: 1ª parcela em 6/05, 2ª parcela em 4/06.
• Final NIS 4 e 9: 1ª parcela em 7/05, 2ª parcela em 5/06.
• Final NIS 5 e 0: 1ª parcela em 8/05, 2ª parcela em 6/06.

O escalonamento por NIS é uma prática consolidada no INSS, utilizada tanto para benefícios regulares quanto para o 13º, facilitando o acesso de milhões de segurados aos valores.

Volume financeiro e alcance

A antecipação do décimo terceiro do INSS deve movimentar R$ 73,3 bilhões na economia brasileira, segundo o Ministério da Previdência. Desse montante, aproximadamente metade será paga na primeira parcela, distribuída entre maio e junho. A medida beneficia diretamente 34,2 milhões de segurados, dos quais 28,68 milhões recebem até um salário mínimo, enquanto 11,98 milhões têm renda superior ao piso.

Entre os beneficiários, cerca de 10,6 mil recebem o teto previdenciário, fixado em R$ 8.157,41 em 2025. A injeção financeira é significativa para o comércio e serviços, especialmente em maio, período que coincide com o Dia das Mães, uma das datas mais importantes para o varejo.

Histórico de antecipações

A prática de antecipar o décimo terceiro do INSS começou em 2020, durante a pandemia de Covid-19, como forma de apoiar a população idosa e estimular a economia. Nos anos seguintes, a medida foi mantida, com pagamentos realizados entre abril e junho. Em 2024, os depósitos ocorreram em abril e maio, e, em 2025, o governo optou por manter o cronograma adiantado, oficializado por decreto assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em abril.

O histórico de antecipações reflete uma estratégia para aliviar pressões financeiras sobre os segurados e impulsionar o consumo. Desde 2020, mais de R$ 300 bilhões foram injetados na economia por meio dessas antecipações, considerando os valores acumulados ano a ano.

• 2020: Pagamento em abril e maio, motivado pela pandemia.
• 2021: Repetição do calendário de 2020.
• 2022 e 2023: Pagamentos em maio e junho.
• 2024: Depósitos em abril e maio.
• 2025: Primeira parcela em maio, segunda em junho.

Benefícios contemplados

Nem todos os segurados do INSS têm direito ao décimo terceiro. Aposentadorias, pensões por morte, auxílios-doença, reclusão e acidentes estão entre os benefícios elegíveis. No entanto, segurados que recebem o Benefício de Prestação Continuada (BPC) ou Renda Mensal Vitalícia não são contemplados, conforme determina a legislação.

Para quem recebe auxílio por incapacidade temporária, o valor do 13º é proporcional ao período de concessão do benefício. Por exemplo, um segurado que começou a receber o auxílio em julho terá o 13º calculado com base nos meses restantes do ano. Essa regra também se aplica a novos beneficiários que passaram a receber após janeiro de 2025.

Como consultar o pagamento

A consulta ao décimo terceiro está disponível desde 16 de abril, por meio de canais oficiais do INSS. O aplicativo Meu INSS, compatível com celulares e tablets, é a principal ferramenta para verificar datas e valores. O site gov.br/meuinss oferece a mesma funcionalidade, exigindo login com CPF e senha.

Para quem prefere o atendimento telefônico, o número 135 funciona de segunda a sábado, das 7h às 22h. O segurado deve informar o CPF e confirmar dados pessoais antes de obter informações sobre o pagamento. O INSS recomenda o uso dos canais digitais para agilizar o atendimento, especialmente durante o período de alta demanda.

• Canais de consulta: App Meu INSS, site gov.br/meuinss, telefone 135.
• Documentos necessários: CPF e dados pessoais para autenticação.
• Horário do telefone: 7h às 22h, de segunda a sábado.

Perfil dos beneficiários

Dos 34,2 milhões de segurados contemplados, a maioria (70,5%) recebe até um salário mínimo, equivalente a R$ 1.518. Esses beneficiários, que incluem grande parte dos aposentados por idade e pensionistas, começaram a receber a primeira parcela em 24 de abril. Os 11,98 milhões que ganham acima do mínimo, por sua vez, representam uma parcela significativa de aposentados por tempo de contribuição e beneficiários de auxílios mais elevados.

O teto previdenciário de R$ 8.157,41 é pago a apenas 10,6 mil segurados, um grupo reduzido que inclui profissionais de alta renda ou com longas carreiras contributivas. A diversidade de perfis reflete a abrangência do sistema previdenciário, que atende desde trabalhadores rurais até executivos aposentados.

Regras para novos beneficiários

Quem começou a receber benefícios do INSS após janeiro de 2025 terá o décimo terceiro calculado proporcionalmente. Por exemplo, um segurado que se aposentou em março receberá 10/12 do valor total do 13º, divididos em duas parcelas. Essa regra garante equidade no pagamento, ajustando o benefício ao tempo de vínculo com o INSS.

A proporcionalidade também se aplica a benefícios temporários, como o auxílio-doença. O cálculo considera a duração do benefício no ano, o que pode resultar em valores menores para quem teve períodos curtos de afastamento. O INSS disponibiliza simuladores no aplicativo Meu INSS para que os segurados verifiquem os valores exatos.

Impacto no comércio local

A liberação de R$ 73,3 bilhões deve aquecer o comércio em diversas regiões do país. Pequenos negócios, como lojas de roupas, supermercados e farmácias, tendem a registrar aumento nas vendas, especialmente em cidades menores, onde os benefícios do INSS representam uma parcela significativa da renda local. O período de pagamento da primeira parcela coincide com o Dia das Mães, potencializando o movimento no varejo.

Em 2024, a antecipação do 13º gerou um incremento de 8% nas vendas do comércio em maio, segundo dados da Confederação Nacional do Comércio (CNC). A expectativa para 2025 é de um crescimento semelhante, com destaque para setores como vestuário, eletrodomésticos e alimentos.

• Setores beneficiados: Vestuário, alimentos, farmácias, eletrodomésticos.
• Período estratégico: Pagamento coincide com o Dia das Mães.
• Crescimento esperado: Cerca de 8% no varejo, com base em 2024.

Medida consolidada no calendário

A antecipação do décimo terceiro tornou-se uma prática recorrente no Brasil, consolidando-se como uma ferramenta de estímulo econômico. Desde a primeira antecipação, em 2020, o governo tem utilizado o pagamento adiantado para apoiar os segurados em momentos de alta demanda financeira, como o primeiro semestre. O decreto de 2025 reforça essa estratégia, mantendo o calendário alinhado aos anos anteriores.

O INSS destaca que a medida não altera o valor total pago aos segurados, apenas antecipa os depósitos. A decisão de manter o pagamento em duas parcelas, com intervalo de um mês, facilita a gestão financeira dos beneficiários, que podem planejar gastos ao longo do semestre.