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5 May 2025, Mon

Guerra comercial de Trump reduz movimento em portos de Los Angeles e Long Beach

trump congresso eua - Foto: Divulgação


No coração da Califórnia, o porto de Los Angeles, maior porta de entrada para produtos asiáticos nos Estados Unidos, enfrenta um cenário de desaceleração. O movimento frenético de guindastes, que outrora descarregavam contêineres em ritmo acelerado, deu lugar a um silêncio incomum. A guerra comercial iniciada pelo presidente Donald Trump, com tarifas de até 145% sobre produtos chineses, impactou diretamente o comércio, reduzindo o volume de cargas em até 35% em maio. O porto vizinho de Long Beach, igualmente afetado, prevê uma queda de 30% nas importações para o mesmo período.

A retração não se limita aos portos. O Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA recuou 0,3% no primeiro trimestre de 2025, em taxa anualizada, refletindo as incertezas geradas pelas políticas de Trump. Enquanto isso, varejistas e fabricantes pausaram remessas, temendo os custos elevados das novas taxas.

Os impactos das tarifas são visíveis em números:

  • Queda de 35% no volume de carga no porto de Los Angeles em maio, comparado ao ano anterior.
  • Redução de 30% nas importações previstas para Long Beach no mesmo mês.
  • Cancelamento de dezenas de navios que transportariam produtos da Ásia.
  • Aumento de 2,5 vezes no custo de produtos chineses importados.

O cenário, agravado por taxas retaliatórias de outros países, ameaça cadeias de suprimento e o bolso de consumidores americanos, que já sentem os preços subirem.

Efeitos imediatos nos portos

O porto de Los Angeles, responsável por grande parte do comércio com a China, viu suas operações desacelerarem significativamente. Gene Seroka, diretor do terminal, relatou que a redução no movimento é perceptível até no som das docas, onde o barulho constante de máquinas deu lugar a uma calma atípica. Em maio, o porto espera receber 35% menos carga do que no mesmo período de 2024, um reflexo direto das tarifas impostas por Trump.

Long Beach, que junto com Los Angeles forma o principal corredor de importação dos EUA, também enfrenta dificuldades. Mario Cordero, diretor do porto, destacou que a queda de 30% nas importações prevista para maio não é um problema isolado da Costa Oeste. Portos no leste e no Golfo do México, rebatizado por Trump como Golfo da América, também sofrem com a interrupção no fluxo de mercadorias.

Antes da entrada em vigor das tarifas, empresas correram para estocar produtos, o que elevou temporariamente os volumes de frete no início de 2025. Agora, com os estoques cheios e os custos em alta, muitas companhias optaram por suspender novas remessas, aguardando maior clareza sobre as políticas comerciais.

Tarifas e seus impactos no comércio

As tarifas de Trump, que chegam a 145% sobre certos produtos chineses, transformaram o cenário do comércio internacional. Em 2024, as exportações da China para os EUA somaram mais de US$ 500 bilhões, equivalente a cerca de R$ 3 trilhões. Com as novas taxas, os custos de importação dispararam, tornando produtos como móveis, brinquedos e roupas significativamente mais caros.

Além da China, Trump anunciou tarifas contra diversos países, baseadas no déficit comercial dos EUA com cada parceiro. Inicialmente, as taxas foram suspensas por 90 dias, mas uma sobretaxa geral de 10% já entrou em vigor, impactando importadores em todo o país. Essa sobretaxa, paga pelos importadores, eleva os preços finais para consumidores e empresas.

A China, principal alvo das medidas, respondeu com críticas e avalia propostas para mitigar os efeitos. Outros países também retaliaram com taxas próprias, complicando ainda mais o comércio global. O resultado é uma cadeia de suprimentos sob pressão, com impactos que vão desde os portos até as prateleiras de lojas americanas.

Números do primeiro trimestre

O PIB dos EUA registrou uma queda de 0,3% no primeiro trimestre de 2025, em taxa anualizada, segundo dados preliminares do Departamento do Comércio. O resultado contrasta com o crescimento de 2,4% observado nos últimos três meses de 2024 e surpreendeu analistas, que esperavam uma alta de 0,3%.

Os fatores que contribuíram para a retração incluem:

  • Aumento das importações antecipadas: Empresas estocaram produtos antes da entrada das tarifas, elevando os custos.
  • Queda na confiança do consumidor: Índices estão próximos dos menores níveis em cinco anos.
  • Incerteza empresarial: Companhias aéreas e outros setores relatam dificuldades devido às taxas.
  • Custos mais altos: Produtos chineses estão até 2,5 vezes mais caros.

A desaceleração econômica reflete o impacto imediato das políticas de Trump, que insiste que os números melhorarão com o tempo.

Reação de Trump às críticas

Após a divulgação dos dados do PIB, Trump usou as redes sociais para minimizar os efeitos de suas políticas. Ele atribuiu a contração econômica ao governo anterior, liderado por Joe Biden, e afirmou que as tarifas não são responsáveis pelo cenário atual. O presidente destacou que empresas estão começando a se mudar para os EUA em números recordes, o que, segundo ele, impulsionará a economia no futuro.

Trump também descreveu o momento como um “período de transição” e pediu paciência aos americanos. Ele reiterou que as tarifas, quando fully implementadas, trarão prosperidade ao país, embora não tenha detalhado prazos ou estratégias específicas.

A retórica de Trump, no entanto, não acalmou os mercados. O sentimento empresarial permanece abalado, com companhias ajustando suas operações para lidar com os custos adicionais impostos pelas taxas comerciais.

Impacto nos consumidores

Os consumidores americanos já sentem os efeitos das tarifas no bolso. O aumento nos preços de produtos importados, especialmente da China, elevou o custo de itens essenciais como roupas, eletrônicos e brinquedos. Varejistas, pressionados pelos custos mais altos, repassam os valores aos clientes, reduzindo o poder de compra.

Nos portos, a redução no volume de cargas significa menos produtos disponíveis nas lojas. Algumas redes varejistas já alertaram que os estoques podem se esgotar antes do período de festas no final de 2025, caso o fluxo de importações não seja normalizado.

A confiança do consumidor, próxima dos menores níveis em cinco anos, reflete a incerteza sobre o futuro. Famílias americanas, que dependem de produtos importados para o dia a dia, enfrentam preços mais altos em um momento de desaceleração econômica.

Cadeias de suprimento sob pressão

A interrupção no fluxo de importações gerou um efeito cascata nas cadeias de suprimento. Fabricantes que dependem de componentes asiáticos, como a indústria automotiva e de eletrônicos, enfrentam atrasos e custos elevados. Muitas empresas optaram por reduzir a produção até que os estoques sejam escoados.

Nos portos, a queda no movimento também afeta os trabalhadores. Operadores de guindastes, motoristas de caminhão e outros profissionais ligados à logística enfrentam menos horas de trabalho, com alguns terminais reduzindo turnos.

As tarifas retaliatórias de outros países complicam ainda mais o cenário. Produtos americanos, como soja e carne, enfrentam barreiras em mercados internacionais, afetando exportadores e agricultores.

Respostas internacionais

A China, principal alvo das tarifas de Trump, criticou as medidas e sinalizou que avalia propostas para conter os impactos. O governo chinês, que exportou mais de US$ 500 bilhões para os EUA em 2024, busca alternativas para manter sua competitividade, como incentivos a exportadores e acordos com outros mercados.

Outros países também reagiram. A União Europeia e o Canadá, por exemplo, impuseram taxas sobre produtos americanos, como uísque e motocicletas, em resposta às tarifas dos EUA. Essas medidas aumentam a pressão sobre a economia americana, que depende de exportações para setores como agricultura e manufatura.

A suspensão temporária das tarifas por 90 dias, anunciada por Trump, trouxe alívio parcial, mas a sobretaxa de 10% já em vigor continua a impactar o comércio global.

Antecipação às tarifas

No início de 2025, empresas americanas correram para importar o máximo possível antes da entrada em vigor das tarifas. Essa corrida elevou os volumes de frete nos portos de Los Angeles e Long Beach, com navios descarregando quantidades recordes de contêineres.

Agora, com os estoques cheios, as importações desaceleraram. Varejistas e fabricantes, temendo os custos das taxas, pausaram novas remessas, esperando maior clareza sobre as negociações comerciais. Alguns setores, como o de eletrônicos, já enfrentam escassez de componentes, o que pode elevar ainda mais os preços.

A antecipação às tarifas também contribuiu para a queda do PIB, já que o aumento das importações no primeiro trimestre elevou os custos sem gerar crescimento sustentável.

Setores mais afetados

Diversos setores da economia americana sentem os efeitos das tarifas:

  • Varejo: Lojas enfrentam aumento nos preços de produtos como roupas e brinquedos.
  • Indústria automotiva: A dependência de peças chinesas eleva os custos de produção.
  • Agricultura: Tarifas retaliatórias reduzem as exportações de soja e carne.
  • Logística: A queda no movimento dos portos reduz o trabalho para operadores e motoristas.
  • Tecnologia: A escassez de componentes asiáticos ameaça a produção de eletrônicos.

Esses setores, que empregam milhões de americanos, enfrentam um período de incerteza, com empresas ajustando suas estratégias para minimizar os impactos.

Perspectiva dos trabalhadores portuários

Nos portos de Los Angeles e Long Beach, os trabalhadores enfrentam um futuro incerto. A redução no volume de cargas levou a cortes em turnos e horas extras, afetando a renda de operadores de guindastes, estivadores e motoristas.

Sindicatos portuários já manifestaram preocupação com a situação, pedindo medidas para proteger os empregos. Alguns trabalhadores, que dependem da movimentação constante dos portos, começaram a buscar ocupações alternativas, como transporte interno ou logística em outros setores.

A desaceleração também afeta pequenas empresas que prestam serviços aos portos, como oficinas de reparo e restaurantes frequentados por trabalhadores.

Reação dos mercados financeiros

Os mercados financeiros reagiram com volatilidade aos dados econômicos e às políticas de Trump. Após a divulgação da queda de 0,3% no PIB, índices como o Dow Jones registraram perdas, refletindo a incerteza dos investidores.

Empresas listadas em bolsa, especialmente no setor de varejo e manufatura, viram suas ações caírem devido aos custos mais altos das importações. Por outro lado, setores que dependem menos de produtos importados, como energia, mostraram maior resiliência.

Analistas alertam que a continuidade das tarifas pode prolongar a desaceleração, especialmente se as negociações com a China e outros parceiros comerciais não avançarem.







No coração da Califórnia, o porto de Los Angeles, maior porta de entrada para produtos asiáticos nos Estados Unidos, enfrenta um cenário de desaceleração. O movimento frenético de guindastes, que outrora descarregavam contêineres em ritmo acelerado, deu lugar a um silêncio incomum. A guerra comercial iniciada pelo presidente Donald Trump, com tarifas de até 145% sobre produtos chineses, impactou diretamente o comércio, reduzindo o volume de cargas em até 35% em maio. O porto vizinho de Long Beach, igualmente afetado, prevê uma queda de 30% nas importações para o mesmo período.

A retração não se limita aos portos. O Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA recuou 0,3% no primeiro trimestre de 2025, em taxa anualizada, refletindo as incertezas geradas pelas políticas de Trump. Enquanto isso, varejistas e fabricantes pausaram remessas, temendo os custos elevados das novas taxas.

Os impactos das tarifas são visíveis em números:

  • Queda de 35% no volume de carga no porto de Los Angeles em maio, comparado ao ano anterior.
  • Redução de 30% nas importações previstas para Long Beach no mesmo mês.
  • Cancelamento de dezenas de navios que transportariam produtos da Ásia.
  • Aumento de 2,5 vezes no custo de produtos chineses importados.

O cenário, agravado por taxas retaliatórias de outros países, ameaça cadeias de suprimento e o bolso de consumidores americanos, que já sentem os preços subirem.

Efeitos imediatos nos portos

O porto de Los Angeles, responsável por grande parte do comércio com a China, viu suas operações desacelerarem significativamente. Gene Seroka, diretor do terminal, relatou que a redução no movimento é perceptível até no som das docas, onde o barulho constante de máquinas deu lugar a uma calma atípica. Em maio, o porto espera receber 35% menos carga do que no mesmo período de 2024, um reflexo direto das tarifas impostas por Trump.

Long Beach, que junto com Los Angeles forma o principal corredor de importação dos EUA, também enfrenta dificuldades. Mario Cordero, diretor do porto, destacou que a queda de 30% nas importações prevista para maio não é um problema isolado da Costa Oeste. Portos no leste e no Golfo do México, rebatizado por Trump como Golfo da América, também sofrem com a interrupção no fluxo de mercadorias.

Antes da entrada em vigor das tarifas, empresas correram para estocar produtos, o que elevou temporariamente os volumes de frete no início de 2025. Agora, com os estoques cheios e os custos em alta, muitas companhias optaram por suspender novas remessas, aguardando maior clareza sobre as políticas comerciais.

Tarifas e seus impactos no comércio

As tarifas de Trump, que chegam a 145% sobre certos produtos chineses, transformaram o cenário do comércio internacional. Em 2024, as exportações da China para os EUA somaram mais de US$ 500 bilhões, equivalente a cerca de R$ 3 trilhões. Com as novas taxas, os custos de importação dispararam, tornando produtos como móveis, brinquedos e roupas significativamente mais caros.

Além da China, Trump anunciou tarifas contra diversos países, baseadas no déficit comercial dos EUA com cada parceiro. Inicialmente, as taxas foram suspensas por 90 dias, mas uma sobretaxa geral de 10% já entrou em vigor, impactando importadores em todo o país. Essa sobretaxa, paga pelos importadores, eleva os preços finais para consumidores e empresas.

A China, principal alvo das medidas, respondeu com críticas e avalia propostas para mitigar os efeitos. Outros países também retaliaram com taxas próprias, complicando ainda mais o comércio global. O resultado é uma cadeia de suprimentos sob pressão, com impactos que vão desde os portos até as prateleiras de lojas americanas.

Números do primeiro trimestre

O PIB dos EUA registrou uma queda de 0,3% no primeiro trimestre de 2025, em taxa anualizada, segundo dados preliminares do Departamento do Comércio. O resultado contrasta com o crescimento de 2,4% observado nos últimos três meses de 2024 e surpreendeu analistas, que esperavam uma alta de 0,3%.

Os fatores que contribuíram para a retração incluem:

  • Aumento das importações antecipadas: Empresas estocaram produtos antes da entrada das tarifas, elevando os custos.
  • Queda na confiança do consumidor: Índices estão próximos dos menores níveis em cinco anos.
  • Incerteza empresarial: Companhias aéreas e outros setores relatam dificuldades devido às taxas.
  • Custos mais altos: Produtos chineses estão até 2,5 vezes mais caros.

A desaceleração econômica reflete o impacto imediato das políticas de Trump, que insiste que os números melhorarão com o tempo.

Reação de Trump às críticas

Após a divulgação dos dados do PIB, Trump usou as redes sociais para minimizar os efeitos de suas políticas. Ele atribuiu a contração econômica ao governo anterior, liderado por Joe Biden, e afirmou que as tarifas não são responsáveis pelo cenário atual. O presidente destacou que empresas estão começando a se mudar para os EUA em números recordes, o que, segundo ele, impulsionará a economia no futuro.

Trump também descreveu o momento como um “período de transição” e pediu paciência aos americanos. Ele reiterou que as tarifas, quando fully implementadas, trarão prosperidade ao país, embora não tenha detalhado prazos ou estratégias específicas.

A retórica de Trump, no entanto, não acalmou os mercados. O sentimento empresarial permanece abalado, com companhias ajustando suas operações para lidar com os custos adicionais impostos pelas taxas comerciais.

Impacto nos consumidores

Os consumidores americanos já sentem os efeitos das tarifas no bolso. O aumento nos preços de produtos importados, especialmente da China, elevou o custo de itens essenciais como roupas, eletrônicos e brinquedos. Varejistas, pressionados pelos custos mais altos, repassam os valores aos clientes, reduzindo o poder de compra.

Nos portos, a redução no volume de cargas significa menos produtos disponíveis nas lojas. Algumas redes varejistas já alertaram que os estoques podem se esgotar antes do período de festas no final de 2025, caso o fluxo de importações não seja normalizado.

A confiança do consumidor, próxima dos menores níveis em cinco anos, reflete a incerteza sobre o futuro. Famílias americanas, que dependem de produtos importados para o dia a dia, enfrentam preços mais altos em um momento de desaceleração econômica.

Cadeias de suprimento sob pressão

A interrupção no fluxo de importações gerou um efeito cascata nas cadeias de suprimento. Fabricantes que dependem de componentes asiáticos, como a indústria automotiva e de eletrônicos, enfrentam atrasos e custos elevados. Muitas empresas optaram por reduzir a produção até que os estoques sejam escoados.

Nos portos, a queda no movimento também afeta os trabalhadores. Operadores de guindastes, motoristas de caminhão e outros profissionais ligados à logística enfrentam menos horas de trabalho, com alguns terminais reduzindo turnos.

As tarifas retaliatórias de outros países complicam ainda mais o cenário. Produtos americanos, como soja e carne, enfrentam barreiras em mercados internacionais, afetando exportadores e agricultores.

Respostas internacionais

A China, principal alvo das tarifas de Trump, criticou as medidas e sinalizou que avalia propostas para conter os impactos. O governo chinês, que exportou mais de US$ 500 bilhões para os EUA em 2024, busca alternativas para manter sua competitividade, como incentivos a exportadores e acordos com outros mercados.

Outros países também reagiram. A União Europeia e o Canadá, por exemplo, impuseram taxas sobre produtos americanos, como uísque e motocicletas, em resposta às tarifas dos EUA. Essas medidas aumentam a pressão sobre a economia americana, que depende de exportações para setores como agricultura e manufatura.

A suspensão temporária das tarifas por 90 dias, anunciada por Trump, trouxe alívio parcial, mas a sobretaxa de 10% já em vigor continua a impactar o comércio global.

Antecipação às tarifas

No início de 2025, empresas americanas correram para importar o máximo possível antes da entrada em vigor das tarifas. Essa corrida elevou os volumes de frete nos portos de Los Angeles e Long Beach, com navios descarregando quantidades recordes de contêineres.

Agora, com os estoques cheios, as importações desaceleraram. Varejistas e fabricantes, temendo os custos das taxas, pausaram novas remessas, esperando maior clareza sobre as negociações comerciais. Alguns setores, como o de eletrônicos, já enfrentam escassez de componentes, o que pode elevar ainda mais os preços.

A antecipação às tarifas também contribuiu para a queda do PIB, já que o aumento das importações no primeiro trimestre elevou os custos sem gerar crescimento sustentável.

Setores mais afetados

Diversos setores da economia americana sentem os efeitos das tarifas:

  • Varejo: Lojas enfrentam aumento nos preços de produtos como roupas e brinquedos.
  • Indústria automotiva: A dependência de peças chinesas eleva os custos de produção.
  • Agricultura: Tarifas retaliatórias reduzem as exportações de soja e carne.
  • Logística: A queda no movimento dos portos reduz o trabalho para operadores e motoristas.
  • Tecnologia: A escassez de componentes asiáticos ameaça a produção de eletrônicos.

Esses setores, que empregam milhões de americanos, enfrentam um período de incerteza, com empresas ajustando suas estratégias para minimizar os impactos.

Perspectiva dos trabalhadores portuários

Nos portos de Los Angeles e Long Beach, os trabalhadores enfrentam um futuro incerto. A redução no volume de cargas levou a cortes em turnos e horas extras, afetando a renda de operadores de guindastes, estivadores e motoristas.

Sindicatos portuários já manifestaram preocupação com a situação, pedindo medidas para proteger os empregos. Alguns trabalhadores, que dependem da movimentação constante dos portos, começaram a buscar ocupações alternativas, como transporte interno ou logística em outros setores.

A desaceleração também afeta pequenas empresas que prestam serviços aos portos, como oficinas de reparo e restaurantes frequentados por trabalhadores.

Reação dos mercados financeiros

Os mercados financeiros reagiram com volatilidade aos dados econômicos e às políticas de Trump. Após a divulgação da queda de 0,3% no PIB, índices como o Dow Jones registraram perdas, refletindo a incerteza dos investidores.

Empresas listadas em bolsa, especialmente no setor de varejo e manufatura, viram suas ações caírem devido aos custos mais altos das importações. Por outro lado, setores que dependem menos de produtos importados, como energia, mostraram maior resiliência.

Analistas alertam que a continuidade das tarifas pode prolongar a desaceleração, especialmente se as negociações com a China e outros parceiros comerciais não avançarem.







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