A chuva castiga Salvador desde as primeiras horas desta terça-feira, 6 de maio de 2025, deixando ruas alagadas e o trânsito caótico na capital baiana. O Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) emitiu um alerta laranja para chuvas intensas, abrangendo o Nordeste Baiano, Centro Norte Baiano e a região Metropolitana de Salvador, com previsão de acumulados de até 100 milímetros por dia e ventos que podem alcançar 100 km/h. A situação também preocupa moradores de Sergipe e Alagoas, onde alertas amarelos e laranjas sinalizam riscos de alagamentos, quedas de árvores e descargas elétricas.
Em Aracaju, capital sergipana, a Defesa Civil orienta atenção redobrada em áreas propensas a inundações. A combinação de chuvas persistentes e ventos fortes já causa transtornos, como a suspensão da travessia Salvador-Mar Grande, essencial para o transporte na Baía de Todos-os-Santos. A população enfrenta dificuldades para se deslocar, e as autoridades reforçam a importância de evitar áreas de risco.
Salvador e outras 42 cidades baianas estão sob alerta laranja para chuvas intensas
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— Alô Alô Bahia (@AloAlo_Bahia) May 6, 2025
Os alertas meteorológicos destacam a gravidade do cenário:
- Alerta laranja: Chuvas de 30 a 60 mm/h ou 50 a 100 mm/dia, com ventos de 60 a 100 km/h, em Salvador e regiões próximas.
- Alerta amarelo: Chuvas de 20 a 30 mm/h ou até 50 mm/dia, com ventos de 40 a 60 km/h, em áreas de Sergipe e Alagoas.
- Riscos associados: Alagamentos, quedas de galhos, cortes de energia e descargas elétricas.
A Defesa Civil recomenda que a população evite o uso de eletrodomésticos durante tempestades e busque abrigo em locais seguros, longe de árvores e estruturas instáveis.
Intensificação do temporal em Salvador
As chuvas intensas que atingem Salvador desde o início da semana transformaram a rotina da capital baiana. Na manhã desta terça-feira, alagamentos foram registrados em pontos críticos, como a Avenida Fernandes Lima e o bairro da Cambona, onde o transbordo de um canal dificultou a circulação de veículos e pedestres. A Secretaria Municipal de Mobilidade reportou congestionamentos em pelo menos cinco vias principais, com motoristas enfrentando lentidão e bolsões d’água.
No bairro de Jacarecica, uma árvore caiu na entrada de um condomínio, bloqueando temporariamente o trânsito. Não houve registro de feridos, mas o incidente reforça os alertas do INMET sobre os perigos de rajadas de vento. Equipes da prefeitura foram mobilizadas para a retirada de galhos e limpeza de bueiros, mas a alta umidade e a continuidade das chuvas dificultam os trabalhos.
A situação também afeta a região Metropolitana de Salvador, onde municípios como Lauro de Freitas e Camaçari enfrentam problemas semelhantes. Em Lauro de Freitas, a Defesa Civil monitora áreas próximas a rios e encostas, temendo deslizamentos em locais com solo já encharcado.
Alerta amarelo em Sergipe e Alagoas
Em Sergipe, o alerta amarelo emitido pelo INMET abrange o Leste Sergipano, Agreste Sergipano e Sertão Sergipano, com previsão de chuvas de até 50 mm por dia e ventos moderados. Aracaju, a capital, já registra transtornos, com ruas alagadas no bairro Jabotiana e dificuldades no transporte público. A Defesa Civil estadual orienta os moradores a evitar áreas de risco e manter contato com as autoridades em caso de emergências.
Em Alagoas, o Leste Alagoano está sob alerta amarelo, com chuvas que podem atingir 30 mm por hora. Maceió, que já enfrentou alagamentos recentes, vê o nível de rios como o Jacarecica e o do Silva subir, aumentando o risco de transbordo. A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh) monitora a Lagoa Manguaba, cujo nível atingiu 210 cm na manhã desta terça-feira, próximo à cota de transbordo de 270 cm.
As autoridades alagoanas reforçam a necessidade de cuidados adicionais em áreas urbanas densamente povoadas, onde o escoamento deficiente agrava os impactos das chuvas. Equipes de bombeiros estão em alerta para atender chamados relacionados a inundações e quedas de estruturas.
Histórico de chuvas intensas na região
O Nordeste brasileiro, especialmente Bahia, Sergipe e Alagoas, tem enfrentado episódios recorrentes de chuvas intensas nos últimos anos. Em maio de 2023, Maceió registrou 150 mm de chuva em apenas 48 horas, equivalente a quase metade do esperado para o mês inteiro. Aracaju, por sua vez, acumulou 123 mm em 72 horas no mesmo período, segundo dados do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden).
Na Bahia, o sul do estado sofreu com temporais devastadores em abril de 2023, quando Santa Cruz Cabrália registrou 453 mm em 48 horas, quase três vezes a média mensal. Esses eventos deixaram milhares de desalojados e expuseram a vulnerabilidade de áreas costeiras e urbanas a fenômenos climáticos extremos.
A atual frente fria, que avança lentamente pelo litoral nordestino, é potencializada por águas oceânicas aquecidas, favorecendo a formação de nuvens carregadas. Esse padrão meteorológico, típico do outono, explica os altos acumulados previstos para os próximos dias.
Medidas de segurança recomendadas
A Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros intensificaram as orientações à população diante do cenário adverso. As recomendações incluem medidas práticas para minimizar riscos durante as chuvas intensas:
- Evitar abrigar-se sob árvores ou próximo a postes durante rajadas de vento.
- Não estacionar veículos perto de torres de transmissão ou placas de propaganda.
- Desligar aparelhos eletrônicos da tomada durante tempestades.
- Proteger pertences em sacos plásticos em caso de inundações.
- Entrar em contato com a Defesa Civil (199) ou Bombeiros (193) em emergências.
Em Salvador, a prefeitura disponibilizou equipes para monitoramento 24 horas, com foco em áreas de encosta e regiões com histórico de alagamentos. A limpeza de canais e bueiros foi intensificada, mas a saturação do solo dificulta a absorção da água, aumentando os riscos.
Impactos no transporte e na mobilidade
A suspensão da travessia Salvador-Mar Grande reflete os desafios impostos pelas chuvas na mobilidade regional. A medida, anunciada na manhã desta terça-feira, afeta milhares de passageiros que dependem do serviço para se deslocar entre a capital e a Ilha de Itaparica. As autoridades ainda não informaram quando a travessia será retomada, mas a previsão de chuvas até quarta-feira sugere que a situação pode se prolongar.
Em Aracaju, o transporte público opera com atrasos, especialmente em linhas que atendem bairros periféricos. Passageiros relatam dificuldades para acessar pontos de ônibus devido a ruas alagadas, enquanto motoristas enfrentam vias com visibilidade reduzida. A Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT) de Aracaju informou que está monitorando as condições das vias e ajustando itinerários quando necessário.
Maceió também enfrenta transtornos no trânsito, com engarrafamentos registrados na Avenida Fernandes Lima, um dos principais corredores da cidade. A prefeitura local orienta os motoristas a evitarem deslocamentos desnecessários e priorizarem rotas alternativas.
Áreas rurais e impactos na agricultura
As chuvas intensas também afetam áreas rurais nos três estados, onde agricultores enfrentam dificuldades para escoar a produção. No Centro Norte Baiano, culturas como milho e feijão estão ameaçadas pelo excesso de umidade, que pode comprometer a qualidade das colheitas. Técnicos agrícolas orientam os produtores a reforçar a drenagem em suas propriedades e monitorar sinais de erosão.
Em Sergipe, o Agreste Sergipano, uma região marcada pela agricultura familiar, registra perdas em plantações de mandioca e hortaliças. A Secretaria de Estado da Agricultura informou que está avaliando os danos e planeja ações de apoio aos agricultores afetados. A continuidade das chuvas, no entanto, dificulta o acesso a algumas comunidades rurais, atrasando os levantamentos.
Alagoas enfrenta situação semelhante no Leste Alagoano, onde pequenos produtores relatam alagamentos em áreas de cultivo. A cana-de-açúcar, uma das principais culturas da região, também pode sofrer com o excesso de chuva, que afeta o desenvolvimento das plantas e complica a logística de transporte.
Monitoramento contínuo pelas autoridades
O INMET mantém equipes em alerta para atualizar os avisos meteorológicos conforme a evolução do sistema frontal. A previsão indica que as chuvas devem persistir até pelo menos quarta-feira, 7 de maio, com possibilidade de novos alertas para outras áreas do Nordeste. A Defesa Civil estadual da Bahia reforçou o monitoramento em 331 municípios sob risco, com foco no Recôncavo Baiano, onde acumulados superiores a 100 mm foram registrados nas últimas 24 horas.
Em Sergipe, o governo estadual coordena ações preventivas, incluindo a distribuição de kits de emergência em áreas vulneráveis. A Secretaria de Segurança Pública informou que viaturas estão posicionadas em pontos estratégicos para atender chamados relacionados a desastres naturais.
Maceió conta com o suporte da Semarh, que monitora rios e lagoas em tempo real. A elevação do nível da Lagoa Manguaba preocupa as autoridades, que já preparam planos de evacuação para comunidades ribeirinhas caso a situação se agrave.
Cuidados com a infraestrutura urbana
As chuvas intensas expõem fragilidades na infraestrutura urbana de Salvador, Aracaju e Maceió. Em Salvador, o sistema de drenagem em bairros como Cambona e Pituba não consegue suportar o volume de água, resultando em alagamentos recorrentes. A prefeitura anunciou investimentos em obras de macrodrenagem, mas os projetos ainda estão em fase inicial.
Aracaju enfrenta problemas semelhantes, com bueiros entupidos agravando os alagamentos em áreas centrais. A Empresa Municipal de Obras e Urbanização (Emurb) mobilizou equipes para desobstruir canais, mas a alta pluviosidade limita a eficácia das ações. Moradores cobram soluções definitivas, como a ampliação da rede de escoamento.
Em Maceió, a situação é agravada pela ocupação irregular em áreas de risco, como encostas e margens de rios. A Defesa Civil municipal identificou pelo menos 15 pontos críticos na capital, onde o risco de deslizamentos é elevado. Equipes estão orientando os moradores a deixarem essas áreas temporariamente.
Previsão para os próximos dias
A frente fria que provoca as chuvas no Nordeste deve perder força a partir de quinta-feira, 8 de maio, mas a umidade vinda do oceano manterá o tempo instável em Bahia, Sergipe e Alagoas. O INMET prevê pancadas de chuva isoladas, com volumes menores, entre 10 e 30 mm por dia, nas regiões costeiras. As temperaturas devem variar entre 22°C e 28°C, com alta umidade relativa do ar.
Em Salvador, a Climatempo indica que a capital pode registrar até 160 mm de chuva ao longo da semana, um valor significativo para maio, historicamente o mês mais chuvoso da cidade. Aracaju e Maceió também devem enfrentar chuvas frequentes, com risco de novos alagamentos em áreas já saturadas.
As autoridades recomendam que a população acompanhe as atualizações meteorológicas e evite atividades ao ar livre durante os períodos de maior intensidade das chuvas. A colaboração entre órgãos municipais, estaduais e federais segue essencial para mitigar os impactos do temporal.

A chuva castiga Salvador desde as primeiras horas desta terça-feira, 6 de maio de 2025, deixando ruas alagadas e o trânsito caótico na capital baiana. O Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) emitiu um alerta laranja para chuvas intensas, abrangendo o Nordeste Baiano, Centro Norte Baiano e a região Metropolitana de Salvador, com previsão de acumulados de até 100 milímetros por dia e ventos que podem alcançar 100 km/h. A situação também preocupa moradores de Sergipe e Alagoas, onde alertas amarelos e laranjas sinalizam riscos de alagamentos, quedas de árvores e descargas elétricas.
Em Aracaju, capital sergipana, a Defesa Civil orienta atenção redobrada em áreas propensas a inundações. A combinação de chuvas persistentes e ventos fortes já causa transtornos, como a suspensão da travessia Salvador-Mar Grande, essencial para o transporte na Baía de Todos-os-Santos. A população enfrenta dificuldades para se deslocar, e as autoridades reforçam a importância de evitar áreas de risco.
Salvador e outras 42 cidades baianas estão sob alerta laranja para chuvas intensas
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Os alertas meteorológicos destacam a gravidade do cenário:
- Alerta laranja: Chuvas de 30 a 60 mm/h ou 50 a 100 mm/dia, com ventos de 60 a 100 km/h, em Salvador e regiões próximas.
- Alerta amarelo: Chuvas de 20 a 30 mm/h ou até 50 mm/dia, com ventos de 40 a 60 km/h, em áreas de Sergipe e Alagoas.
- Riscos associados: Alagamentos, quedas de galhos, cortes de energia e descargas elétricas.
A Defesa Civil recomenda que a população evite o uso de eletrodomésticos durante tempestades e busque abrigo em locais seguros, longe de árvores e estruturas instáveis.
Intensificação do temporal em Salvador
As chuvas intensas que atingem Salvador desde o início da semana transformaram a rotina da capital baiana. Na manhã desta terça-feira, alagamentos foram registrados em pontos críticos, como a Avenida Fernandes Lima e o bairro da Cambona, onde o transbordo de um canal dificultou a circulação de veículos e pedestres. A Secretaria Municipal de Mobilidade reportou congestionamentos em pelo menos cinco vias principais, com motoristas enfrentando lentidão e bolsões d’água.
No bairro de Jacarecica, uma árvore caiu na entrada de um condomínio, bloqueando temporariamente o trânsito. Não houve registro de feridos, mas o incidente reforça os alertas do INMET sobre os perigos de rajadas de vento. Equipes da prefeitura foram mobilizadas para a retirada de galhos e limpeza de bueiros, mas a alta umidade e a continuidade das chuvas dificultam os trabalhos.
A situação também afeta a região Metropolitana de Salvador, onde municípios como Lauro de Freitas e Camaçari enfrentam problemas semelhantes. Em Lauro de Freitas, a Defesa Civil monitora áreas próximas a rios e encostas, temendo deslizamentos em locais com solo já encharcado.
Alerta amarelo em Sergipe e Alagoas
Em Sergipe, o alerta amarelo emitido pelo INMET abrange o Leste Sergipano, Agreste Sergipano e Sertão Sergipano, com previsão de chuvas de até 50 mm por dia e ventos moderados. Aracaju, a capital, já registra transtornos, com ruas alagadas no bairro Jabotiana e dificuldades no transporte público. A Defesa Civil estadual orienta os moradores a evitar áreas de risco e manter contato com as autoridades em caso de emergências.
Em Alagoas, o Leste Alagoano está sob alerta amarelo, com chuvas que podem atingir 30 mm por hora. Maceió, que já enfrentou alagamentos recentes, vê o nível de rios como o Jacarecica e o do Silva subir, aumentando o risco de transbordo. A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh) monitora a Lagoa Manguaba, cujo nível atingiu 210 cm na manhã desta terça-feira, próximo à cota de transbordo de 270 cm.
As autoridades alagoanas reforçam a necessidade de cuidados adicionais em áreas urbanas densamente povoadas, onde o escoamento deficiente agrava os impactos das chuvas. Equipes de bombeiros estão em alerta para atender chamados relacionados a inundações e quedas de estruturas.
Histórico de chuvas intensas na região
O Nordeste brasileiro, especialmente Bahia, Sergipe e Alagoas, tem enfrentado episódios recorrentes de chuvas intensas nos últimos anos. Em maio de 2023, Maceió registrou 150 mm de chuva em apenas 48 horas, equivalente a quase metade do esperado para o mês inteiro. Aracaju, por sua vez, acumulou 123 mm em 72 horas no mesmo período, segundo dados do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden).
Na Bahia, o sul do estado sofreu com temporais devastadores em abril de 2023, quando Santa Cruz Cabrália registrou 453 mm em 48 horas, quase três vezes a média mensal. Esses eventos deixaram milhares de desalojados e expuseram a vulnerabilidade de áreas costeiras e urbanas a fenômenos climáticos extremos.
A atual frente fria, que avança lentamente pelo litoral nordestino, é potencializada por águas oceânicas aquecidas, favorecendo a formação de nuvens carregadas. Esse padrão meteorológico, típico do outono, explica os altos acumulados previstos para os próximos dias.
Medidas de segurança recomendadas
A Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros intensificaram as orientações à população diante do cenário adverso. As recomendações incluem medidas práticas para minimizar riscos durante as chuvas intensas:
- Evitar abrigar-se sob árvores ou próximo a postes durante rajadas de vento.
- Não estacionar veículos perto de torres de transmissão ou placas de propaganda.
- Desligar aparelhos eletrônicos da tomada durante tempestades.
- Proteger pertences em sacos plásticos em caso de inundações.
- Entrar em contato com a Defesa Civil (199) ou Bombeiros (193) em emergências.
Em Salvador, a prefeitura disponibilizou equipes para monitoramento 24 horas, com foco em áreas de encosta e regiões com histórico de alagamentos. A limpeza de canais e bueiros foi intensificada, mas a saturação do solo dificulta a absorção da água, aumentando os riscos.
Impactos no transporte e na mobilidade
A suspensão da travessia Salvador-Mar Grande reflete os desafios impostos pelas chuvas na mobilidade regional. A medida, anunciada na manhã desta terça-feira, afeta milhares de passageiros que dependem do serviço para se deslocar entre a capital e a Ilha de Itaparica. As autoridades ainda não informaram quando a travessia será retomada, mas a previsão de chuvas até quarta-feira sugere que a situação pode se prolongar.
Em Aracaju, o transporte público opera com atrasos, especialmente em linhas que atendem bairros periféricos. Passageiros relatam dificuldades para acessar pontos de ônibus devido a ruas alagadas, enquanto motoristas enfrentam vias com visibilidade reduzida. A Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT) de Aracaju informou que está monitorando as condições das vias e ajustando itinerários quando necessário.
Maceió também enfrenta transtornos no trânsito, com engarrafamentos registrados na Avenida Fernandes Lima, um dos principais corredores da cidade. A prefeitura local orienta os motoristas a evitarem deslocamentos desnecessários e priorizarem rotas alternativas.
Áreas rurais e impactos na agricultura
As chuvas intensas também afetam áreas rurais nos três estados, onde agricultores enfrentam dificuldades para escoar a produção. No Centro Norte Baiano, culturas como milho e feijão estão ameaçadas pelo excesso de umidade, que pode comprometer a qualidade das colheitas. Técnicos agrícolas orientam os produtores a reforçar a drenagem em suas propriedades e monitorar sinais de erosão.
Em Sergipe, o Agreste Sergipano, uma região marcada pela agricultura familiar, registra perdas em plantações de mandioca e hortaliças. A Secretaria de Estado da Agricultura informou que está avaliando os danos e planeja ações de apoio aos agricultores afetados. A continuidade das chuvas, no entanto, dificulta o acesso a algumas comunidades rurais, atrasando os levantamentos.
Alagoas enfrenta situação semelhante no Leste Alagoano, onde pequenos produtores relatam alagamentos em áreas de cultivo. A cana-de-açúcar, uma das principais culturas da região, também pode sofrer com o excesso de chuva, que afeta o desenvolvimento das plantas e complica a logística de transporte.
Monitoramento contínuo pelas autoridades
O INMET mantém equipes em alerta para atualizar os avisos meteorológicos conforme a evolução do sistema frontal. A previsão indica que as chuvas devem persistir até pelo menos quarta-feira, 7 de maio, com possibilidade de novos alertas para outras áreas do Nordeste. A Defesa Civil estadual da Bahia reforçou o monitoramento em 331 municípios sob risco, com foco no Recôncavo Baiano, onde acumulados superiores a 100 mm foram registrados nas últimas 24 horas.
Em Sergipe, o governo estadual coordena ações preventivas, incluindo a distribuição de kits de emergência em áreas vulneráveis. A Secretaria de Segurança Pública informou que viaturas estão posicionadas em pontos estratégicos para atender chamados relacionados a desastres naturais.
Maceió conta com o suporte da Semarh, que monitora rios e lagoas em tempo real. A elevação do nível da Lagoa Manguaba preocupa as autoridades, que já preparam planos de evacuação para comunidades ribeirinhas caso a situação se agrave.
Cuidados com a infraestrutura urbana
As chuvas intensas expõem fragilidades na infraestrutura urbana de Salvador, Aracaju e Maceió. Em Salvador, o sistema de drenagem em bairros como Cambona e Pituba não consegue suportar o volume de água, resultando em alagamentos recorrentes. A prefeitura anunciou investimentos em obras de macrodrenagem, mas os projetos ainda estão em fase inicial.
Aracaju enfrenta problemas semelhantes, com bueiros entupidos agravando os alagamentos em áreas centrais. A Empresa Municipal de Obras e Urbanização (Emurb) mobilizou equipes para desobstruir canais, mas a alta pluviosidade limita a eficácia das ações. Moradores cobram soluções definitivas, como a ampliação da rede de escoamento.
Em Maceió, a situação é agravada pela ocupação irregular em áreas de risco, como encostas e margens de rios. A Defesa Civil municipal identificou pelo menos 15 pontos críticos na capital, onde o risco de deslizamentos é elevado. Equipes estão orientando os moradores a deixarem essas áreas temporariamente.
Previsão para os próximos dias
A frente fria que provoca as chuvas no Nordeste deve perder força a partir de quinta-feira, 8 de maio, mas a umidade vinda do oceano manterá o tempo instável em Bahia, Sergipe e Alagoas. O INMET prevê pancadas de chuva isoladas, com volumes menores, entre 10 e 30 mm por dia, nas regiões costeiras. As temperaturas devem variar entre 22°C e 28°C, com alta umidade relativa do ar.
Em Salvador, a Climatempo indica que a capital pode registrar até 160 mm de chuva ao longo da semana, um valor significativo para maio, historicamente o mês mais chuvoso da cidade. Aracaju e Maceió também devem enfrentar chuvas frequentes, com risco de novos alagamentos em áreas já saturadas.
As autoridades recomendam que a população acompanhe as atualizações meteorológicas e evite atividades ao ar livre durante os períodos de maior intensidade das chuvas. A colaboração entre órgãos municipais, estaduais e federais segue essencial para mitigar os impactos do temporal.
