A solicitação do Benefício de Prestação Continuada (BPC/LOAS) exige atenção a detalhes específicos para garantir o acesso a um salário mínimo mensal. Em 2025, cerca de 4,6 milhões de brasileiros, entre idosos acima de 65 anos e pessoas com deficiência, dependem desse auxílio assistencial para enfrentar a vulnerabilidade social. O processo, embora simplificado com opções digitais, ainda apresenta barreiras, como a falta de atualização no Cadastro Único (CadÚnico) ou documentos incompletos. Entender os requisitos e reunir a documentação correta é essencial para evitar negativas.
O BPC não exige contribuições ao INSS, mas segue critérios rigorosos, como renda familiar per capita de até R$ 379,50, equivalente a um quarto do salário mínimo projetado em R$ 1.518 para 2025. A inscrição no CadÚnico, obrigatória e atualizada a cada 24 meses, é outro pilar do processo. Muitos pedidos são recusados por falhas simples, como laudos médicos insuficientes para pessoas com deficiência ou comprovantes de renda ausentes.
Para esclarecer o caminho, o processo de solicitação pode ser dividido em etapas claras:
- Verificar elegibilidade com base em idade, deficiência ou renda.
- Atualizar o CadÚnico no Centro de Referência de Assistência Social (CRAS).
- Reunir documentos, incluindo CPF, identidade e comprovantes de renda.
- Enviar o pedido pelo Meu INSS, telefone 135 ou em agências presenciais.
- Acompanhar o andamento e recorrer em caso de negativa.
Com um custo anual de R$ 89,64 bilhões em 2023, o BPC é um dos principais programas de assistência social do país. Apesar disso, a ausência de benefícios como 13º salário ou pensão por morte diferencia o auxílio de aposentadorias tradicionais, exigindo planejamento dos beneficiários.
Critérios de elegibilidade
Acessar o BPC exige comprovação de condições específicas que definem quem pode receber o benefício. Idosos com 65 anos ou mais, independentemente de gênero, precisam demonstrar que não possuem outro benefício da Seguridade Social, como aposentadoria ou pensão. Pessoas com deficiência, por outro lado, devem comprovar um impedimento de longo prazo, com duração mínima de dois anos, que limite sua participação plena na sociedade. Esse impedimento pode ser físico, mental, intelectual ou sensorial.
O critério econômico é igualmente decisivo. A renda familiar per capita, calculada dividindo os ganhos de todos os moradores da casa pelo número de pessoas, não pode ultrapassar um quarto do salário mínimo. Em 2025, isso equivale a R$ 379,50, considerando o salário mínimo projetado. Aposentadorias de até um salário mínimo recebidas por familiares não são contabilizadas, o que amplia o acesso em alguns casos. Estrangeiros residentes legalmente no Brasil também podem solicitar o benefício, desde que atendam aos mesmos requisitos.
A inscrição no CadÚnico é um pré-requisito indispensável. Dados de novembro de 2024 mostram que 305 mil beneficiários tiveram o BPC bloqueado por falta de atualização cadastral, embora 80 mil tenham regularizado a situação rapidamente. A exigência de atualização a cada 24 meses, reduzida de 48 meses, reflete o esforço do governo para manter o controle sobre o programa.

Documentação necessária
Reunir os documentos corretos é o primeiro passo para um pedido bem-sucedido. A lista inclui itens obrigatórios que devem ser apresentados no momento da solicitação, seja pelo Meu INSS, telefone ou presencialmente. Identidade e CPF de todos os moradores da residência são fundamentais, assim como comprovantes de renda, que podem incluir contracheques, extratos bancários ou declarações formais. Para pessoas com deficiência, laudos médicos detalhados, exames e relatórios que descrevam o impacto da condição na rotina são essenciais.
Os documentos exigidos abrangem:
- RG ou CNH e CPF de todos os moradores da casa.
- Comprovantes de renda familiar, como holerites ou extratos.
- Laudos médicos e registros de tratamento para pessoas com deficiência.
- Comprovante de residência atualizado.
A ausência de qualquer item pode levar à negativa imediata do pedido. Digitalizar os documentos para o envio online ou apresentá-los em cópias legíveis nas agências do INSS evita atrasos na análise, que tem prazo médio de 45 dias.
Processo de solicitação online
O avanço das plataformas digitais facilitou o acesso ao BPC, especialmente pelo Meu INSS. O site e o aplicativo permitem iniciar o pedido sem sair de casa, exigindo apenas acesso à internet e documentos digitalizados. O processo começa com a seleção de “Novo Pedido” no sistema, seguida pela busca por “Benefício Assistencial”. O requerente deve preencher informações pessoais e anexar os documentos solicitados, como identidade, CPF e comprovantes de renda.
Para pessoas com deficiência, o pedido inclui o agendamento de uma perícia médica e uma avaliação social, realizadas pelo INSS. Em situações de dificuldade de locomoção, é possível solicitar uma visita domiciliar dos peritos, desde que justificada. O acompanhamento do andamento do pedido é feito na mesma plataforma ou pelo telefone 135, garantindo transparência durante a análise.
A regularização do CadÚnico antes do pedido é um passo crítico. O cadastro deve ser feito ou atualizado no CRAS do município, e a falta dessa etapa é uma das principais causas de indeferimento. Em 2024, o governo notificou 6,4 milhões de famílias para atualizar seus dados, reforçando a importância de manter o cadastro em dia.
Motivos comuns de negativa
Nem todos os pedidos de BPC são aprovados na primeira tentativa, e entender as barreiras pode ajudar a evitar frustrações. A renda familiar acima do limite de um quarto do salário mínimo é uma das principais causas de indeferimento, embora decisões judiciais possam flexibilizar esse critério em casos de gastos médicos elevados ou vulnerabilidade extrema. Outra razão frequente é a falta de comprovação adequada da deficiência, quando o INSS considera que o impedimento não é grave ou duradouro o suficiente.
A ausência de atualização no CadÚnico também pesa contra os requerentes. Em 2024, cerca de 225 mil casos ficaram pendentes por falhas cadastrais, e a redução do prazo de atualização para 24 meses aumentou a pressão sobre os beneficiários. Documentos incompletos ou mal apresentados, como laudos médicos vagos, também contribuem para negativas, destacando a importância de uma preparação cuidadosa.
Recurso em caso de indeferimento
Receber uma negativa do INSS não significa o fim do processo. Dentro de 30 dias após a decisão, os requerentes podem apresentar um recurso administrativo, revisando o motivo do indeferimento e anexando documentos adicionais. Laudos médicos mais detalhados, comprovantes de despesas ou declarações que reforcem a vulnerabilidade podem fortalecer o pedido.
A via judicial é outra alternativa, especialmente quando a renda familiar ultrapassa ligeiramente o limite, mas há evidências de necessidade real. Tribunais têm concedido o BPC em situações de custos elevados com saúde, reconhecendo que o critério de renda nem sempre reflete a realidade. Em 2023, auditorias do Tribunal de Contas da União apontaram que 6,3% dos beneficiários não atendiam ao requisito de renda, o que reforça a necessidade de documentação sólida.
O suporte de um advogado especializado pode aumentar as chances de sucesso, organizando provas e argumentações. Para pessoas com deficiência, detalhar o impacto da condição na rotina, com registros de tratamentos ou declarações de profissionais, é essencial para reverter decisões desfavoráveis.
Auxílio-inclusão para PCDs
O Auxílio-Inclusão, criado em 2021, incentiva pessoas com deficiência a ingressarem no mercado de trabalho sem perder o suporte assistencial. O benefício paga metade do salário mínimo, equivalente a R$ 759 em 2025, a quem recebe ou recebeu o BPC nos últimos cinco anos e consegue um emprego formal com remuneração de até dois salários mínimos (R$ 3.036).
Ao aceitar o Auxílio-Inclusão, o BPC é suspenso, mas não cancelado. Se o emprego for perdido, o beneficiário pode retomar o benefício sem novo pedido, desde que os critérios ainda sejam atendidos. A medida exige CadÚnico atualizado e CPF regularizado, beneficiando pessoas com deficiências moderadas ou graves.
Os principais pontos do Auxílio-Inclusão incluem:
- Pagamento de R$ 759 mensais em 2025.
- Exige emprego formal com renda de até R$ 3.036.
- Suspensão do BPC durante o período de trabalho.
- Possibilidade de retorno ao BPC sem nova solicitação.
A iniciativa reforça a inclusão produtiva, mas ainda enfrenta desafios, como a falta de regulamentação para contribuintes individuais, como trabalhadores avulsos.
Prazos para manter o benefício ativo
Manter o BPC exige atenção a prazos que evitam a suspensão do pagamento. A atualização do CadÚnico, obrigatória a cada 24 meses, é o principal marco. Beneficiários notificados em 2023 devem regularizar seus dados até março de 2025 para evitar bloqueios, como os 305 mil registrados em 2024.
O calendário de regularização varia por região:
- Notificação recebida: 30 dias para tomar ciência.
- Após ciência: 45 a 90 dias para atualizar no CRAS.
- Casos especiais: prorrogação para áreas em calamidade, como no Rio Grande do Sul.
A consulta ao status do cadastro é feita pelo Meu INSS com o CPF, e a regularização ocorre nos CRAS municipais. Em 2024, 80 mil beneficiários conseguiram reverter bloqueios em 72 horas após a atualização, mostrando a importância de agir rapidamente.
Diferenças entre BPC e aposentadoria
O BPC difere significativamente de uma aposentadoria tradicional, o que gera confusões entre os brasileiros. Enquanto a aposentadoria exige anos de contribuição ao INSS e garante benefícios como 13º salário e pensão por morte, o BPC é um benefício assistencial voltado para quem nunca contribuiu ou não tem meios de subsistência. Ele atende idosos a partir de 65 anos e pessoas com deficiência em vulnerabilidade social.
Por não ser uma aposentadoria, o BPC tem características únicas. O beneficiário recebe um salário mínimo mensal, mas o valor não é transferido a familiares após o falecimento, e o pagamento é encerrado. No entanto, quem recebe o BPC pode contribuir ao INSS como segurado facultativo, abrindo caminho para uma aposentadoria futura com benefícios adicionais. Essa possibilidade é pouco conhecida, mas pode ser uma estratégia para quem busca segurança financeira a longo prazo.
O BPC integra o Sistema Único de Assistência Social (SUAS) e é assegurado pela Constituição Federal como um direito de cidadania. Em 2025, ajustes no salário mínimo podem alterar seu valor, mas o compromisso de oferecer um piso salarial aos mais vulneráveis permanece firme.
Importância do CadÚnico
O Cadastro Único é a porta de entrada para o BPC e outros programas sociais, funcionando como uma base de dados que mapeia a situação socioeconômica das famílias. A inscrição ou atualização deve ser feita no CRAS do município, com a apresentação de documentos como CPF, identidade e comprovantes de renda de todos os moradores da casa.
A exigência de atualização a cada 24 meses, implementada em 2024, visa aumentar a precisão na concessão de benefícios. A falta de regularização levou à suspensão de 305 mil benefícios em novembro de 2024, embora 80 mil casos tenham sido resolvidos após a atualização.
Os principais passos para o CadÚnico incluem:
- Agendar atendimento no CRAS mais próximo.
- Levar documentos de todos os moradores da residência.
- Informar mudanças na renda ou composição familiar.
- Consultar o status pelo Meu INSS ou telefone 135.
A manutenção do cadastro em dia é essencial para evitar interrupções no pagamento do BPC e garantir a continuidade do suporte assistencial.
Impacto social do BPC
O Benefício de Prestação Continuada desempenha um papel central na redução da desigualdade e na promoção da inclusão social. Em 2023, o programa alcançou 4,6 milhões de pessoas, oferecendo um salário mínimo mensal a idosos e pessoas com deficiência em situação de miséria. O custo de R$ 89,64 bilhões reflete seu peso no orçamento público, mas também sua relevância como rede de proteção social.
O programa vai além do suporte financeiro, promovendo dignidade e cidadania. Para pessoas com deficiência, iniciativas como o Auxílio-Inclusão ampliam as oportunidades de inclusão produtiva, enquanto revisões do INSS, como o pente-fino previsto para 2025, buscam coibir irregularidades. Em 2023, foram identificados 2.476 beneficiários falecidos ainda ativos na folha de pagamento, gerando ajustes no sistema.
A flexibilização judicial do critério de renda tem beneficiado famílias com despesas médicas elevadas, enquanto a exigência de CadÚnico atualizado reforça a eficiência na distribuição dos recursos. Em 2025, o programa segue como um pilar essencial da assistência social, mesmo diante de possíveis ajustes fiscais.

A solicitação do Benefício de Prestação Continuada (BPC/LOAS) exige atenção a detalhes específicos para garantir o acesso a um salário mínimo mensal. Em 2025, cerca de 4,6 milhões de brasileiros, entre idosos acima de 65 anos e pessoas com deficiência, dependem desse auxílio assistencial para enfrentar a vulnerabilidade social. O processo, embora simplificado com opções digitais, ainda apresenta barreiras, como a falta de atualização no Cadastro Único (CadÚnico) ou documentos incompletos. Entender os requisitos e reunir a documentação correta é essencial para evitar negativas.
O BPC não exige contribuições ao INSS, mas segue critérios rigorosos, como renda familiar per capita de até R$ 379,50, equivalente a um quarto do salário mínimo projetado em R$ 1.518 para 2025. A inscrição no CadÚnico, obrigatória e atualizada a cada 24 meses, é outro pilar do processo. Muitos pedidos são recusados por falhas simples, como laudos médicos insuficientes para pessoas com deficiência ou comprovantes de renda ausentes.
Para esclarecer o caminho, o processo de solicitação pode ser dividido em etapas claras:
- Verificar elegibilidade com base em idade, deficiência ou renda.
- Atualizar o CadÚnico no Centro de Referência de Assistência Social (CRAS).
- Reunir documentos, incluindo CPF, identidade e comprovantes de renda.
- Enviar o pedido pelo Meu INSS, telefone 135 ou em agências presenciais.
- Acompanhar o andamento e recorrer em caso de negativa.
Com um custo anual de R$ 89,64 bilhões em 2023, o BPC é um dos principais programas de assistência social do país. Apesar disso, a ausência de benefícios como 13º salário ou pensão por morte diferencia o auxílio de aposentadorias tradicionais, exigindo planejamento dos beneficiários.
Critérios de elegibilidade
Acessar o BPC exige comprovação de condições específicas que definem quem pode receber o benefício. Idosos com 65 anos ou mais, independentemente de gênero, precisam demonstrar que não possuem outro benefício da Seguridade Social, como aposentadoria ou pensão. Pessoas com deficiência, por outro lado, devem comprovar um impedimento de longo prazo, com duração mínima de dois anos, que limite sua participação plena na sociedade. Esse impedimento pode ser físico, mental, intelectual ou sensorial.
O critério econômico é igualmente decisivo. A renda familiar per capita, calculada dividindo os ganhos de todos os moradores da casa pelo número de pessoas, não pode ultrapassar um quarto do salário mínimo. Em 2025, isso equivale a R$ 379,50, considerando o salário mínimo projetado. Aposentadorias de até um salário mínimo recebidas por familiares não são contabilizadas, o que amplia o acesso em alguns casos. Estrangeiros residentes legalmente no Brasil também podem solicitar o benefício, desde que atendam aos mesmos requisitos.
A inscrição no CadÚnico é um pré-requisito indispensável. Dados de novembro de 2024 mostram que 305 mil beneficiários tiveram o BPC bloqueado por falta de atualização cadastral, embora 80 mil tenham regularizado a situação rapidamente. A exigência de atualização a cada 24 meses, reduzida de 48 meses, reflete o esforço do governo para manter o controle sobre o programa.

Documentação necessária
Reunir os documentos corretos é o primeiro passo para um pedido bem-sucedido. A lista inclui itens obrigatórios que devem ser apresentados no momento da solicitação, seja pelo Meu INSS, telefone ou presencialmente. Identidade e CPF de todos os moradores da residência são fundamentais, assim como comprovantes de renda, que podem incluir contracheques, extratos bancários ou declarações formais. Para pessoas com deficiência, laudos médicos detalhados, exames e relatórios que descrevam o impacto da condição na rotina são essenciais.
Os documentos exigidos abrangem:
- RG ou CNH e CPF de todos os moradores da casa.
- Comprovantes de renda familiar, como holerites ou extratos.
- Laudos médicos e registros de tratamento para pessoas com deficiência.
- Comprovante de residência atualizado.
A ausência de qualquer item pode levar à negativa imediata do pedido. Digitalizar os documentos para o envio online ou apresentá-los em cópias legíveis nas agências do INSS evita atrasos na análise, que tem prazo médio de 45 dias.
Processo de solicitação online
O avanço das plataformas digitais facilitou o acesso ao BPC, especialmente pelo Meu INSS. O site e o aplicativo permitem iniciar o pedido sem sair de casa, exigindo apenas acesso à internet e documentos digitalizados. O processo começa com a seleção de “Novo Pedido” no sistema, seguida pela busca por “Benefício Assistencial”. O requerente deve preencher informações pessoais e anexar os documentos solicitados, como identidade, CPF e comprovantes de renda.
Para pessoas com deficiência, o pedido inclui o agendamento de uma perícia médica e uma avaliação social, realizadas pelo INSS. Em situações de dificuldade de locomoção, é possível solicitar uma visita domiciliar dos peritos, desde que justificada. O acompanhamento do andamento do pedido é feito na mesma plataforma ou pelo telefone 135, garantindo transparência durante a análise.
A regularização do CadÚnico antes do pedido é um passo crítico. O cadastro deve ser feito ou atualizado no CRAS do município, e a falta dessa etapa é uma das principais causas de indeferimento. Em 2024, o governo notificou 6,4 milhões de famílias para atualizar seus dados, reforçando a importância de manter o cadastro em dia.
Motivos comuns de negativa
Nem todos os pedidos de BPC são aprovados na primeira tentativa, e entender as barreiras pode ajudar a evitar frustrações. A renda familiar acima do limite de um quarto do salário mínimo é uma das principais causas de indeferimento, embora decisões judiciais possam flexibilizar esse critério em casos de gastos médicos elevados ou vulnerabilidade extrema. Outra razão frequente é a falta de comprovação adequada da deficiência, quando o INSS considera que o impedimento não é grave ou duradouro o suficiente.
A ausência de atualização no CadÚnico também pesa contra os requerentes. Em 2024, cerca de 225 mil casos ficaram pendentes por falhas cadastrais, e a redução do prazo de atualização para 24 meses aumentou a pressão sobre os beneficiários. Documentos incompletos ou mal apresentados, como laudos médicos vagos, também contribuem para negativas, destacando a importância de uma preparação cuidadosa.
Recurso em caso de indeferimento
Receber uma negativa do INSS não significa o fim do processo. Dentro de 30 dias após a decisão, os requerentes podem apresentar um recurso administrativo, revisando o motivo do indeferimento e anexando documentos adicionais. Laudos médicos mais detalhados, comprovantes de despesas ou declarações que reforcem a vulnerabilidade podem fortalecer o pedido.
A via judicial é outra alternativa, especialmente quando a renda familiar ultrapassa ligeiramente o limite, mas há evidências de necessidade real. Tribunais têm concedido o BPC em situações de custos elevados com saúde, reconhecendo que o critério de renda nem sempre reflete a realidade. Em 2023, auditorias do Tribunal de Contas da União apontaram que 6,3% dos beneficiários não atendiam ao requisito de renda, o que reforça a necessidade de documentação sólida.
O suporte de um advogado especializado pode aumentar as chances de sucesso, organizando provas e argumentações. Para pessoas com deficiência, detalhar o impacto da condição na rotina, com registros de tratamentos ou declarações de profissionais, é essencial para reverter decisões desfavoráveis.
Auxílio-inclusão para PCDs
O Auxílio-Inclusão, criado em 2021, incentiva pessoas com deficiência a ingressarem no mercado de trabalho sem perder o suporte assistencial. O benefício paga metade do salário mínimo, equivalente a R$ 759 em 2025, a quem recebe ou recebeu o BPC nos últimos cinco anos e consegue um emprego formal com remuneração de até dois salários mínimos (R$ 3.036).
Ao aceitar o Auxílio-Inclusão, o BPC é suspenso, mas não cancelado. Se o emprego for perdido, o beneficiário pode retomar o benefício sem novo pedido, desde que os critérios ainda sejam atendidos. A medida exige CadÚnico atualizado e CPF regularizado, beneficiando pessoas com deficiências moderadas ou graves.
Os principais pontos do Auxílio-Inclusão incluem:
- Pagamento de R$ 759 mensais em 2025.
- Exige emprego formal com renda de até R$ 3.036.
- Suspensão do BPC durante o período de trabalho.
- Possibilidade de retorno ao BPC sem nova solicitação.
A iniciativa reforça a inclusão produtiva, mas ainda enfrenta desafios, como a falta de regulamentação para contribuintes individuais, como trabalhadores avulsos.
Prazos para manter o benefício ativo
Manter o BPC exige atenção a prazos que evitam a suspensão do pagamento. A atualização do CadÚnico, obrigatória a cada 24 meses, é o principal marco. Beneficiários notificados em 2023 devem regularizar seus dados até março de 2025 para evitar bloqueios, como os 305 mil registrados em 2024.
O calendário de regularização varia por região:
- Notificação recebida: 30 dias para tomar ciência.
- Após ciência: 45 a 90 dias para atualizar no CRAS.
- Casos especiais: prorrogação para áreas em calamidade, como no Rio Grande do Sul.
A consulta ao status do cadastro é feita pelo Meu INSS com o CPF, e a regularização ocorre nos CRAS municipais. Em 2024, 80 mil beneficiários conseguiram reverter bloqueios em 72 horas após a atualização, mostrando a importância de agir rapidamente.
Diferenças entre BPC e aposentadoria
O BPC difere significativamente de uma aposentadoria tradicional, o que gera confusões entre os brasileiros. Enquanto a aposentadoria exige anos de contribuição ao INSS e garante benefícios como 13º salário e pensão por morte, o BPC é um benefício assistencial voltado para quem nunca contribuiu ou não tem meios de subsistência. Ele atende idosos a partir de 65 anos e pessoas com deficiência em vulnerabilidade social.
Por não ser uma aposentadoria, o BPC tem características únicas. O beneficiário recebe um salário mínimo mensal, mas o valor não é transferido a familiares após o falecimento, e o pagamento é encerrado. No entanto, quem recebe o BPC pode contribuir ao INSS como segurado facultativo, abrindo caminho para uma aposentadoria futura com benefícios adicionais. Essa possibilidade é pouco conhecida, mas pode ser uma estratégia para quem busca segurança financeira a longo prazo.
O BPC integra o Sistema Único de Assistência Social (SUAS) e é assegurado pela Constituição Federal como um direito de cidadania. Em 2025, ajustes no salário mínimo podem alterar seu valor, mas o compromisso de oferecer um piso salarial aos mais vulneráveis permanece firme.
Importância do CadÚnico
O Cadastro Único é a porta de entrada para o BPC e outros programas sociais, funcionando como uma base de dados que mapeia a situação socioeconômica das famílias. A inscrição ou atualização deve ser feita no CRAS do município, com a apresentação de documentos como CPF, identidade e comprovantes de renda de todos os moradores da casa.
A exigência de atualização a cada 24 meses, implementada em 2024, visa aumentar a precisão na concessão de benefícios. A falta de regularização levou à suspensão de 305 mil benefícios em novembro de 2024, embora 80 mil casos tenham sido resolvidos após a atualização.
Os principais passos para o CadÚnico incluem:
- Agendar atendimento no CRAS mais próximo.
- Levar documentos de todos os moradores da residência.
- Informar mudanças na renda ou composição familiar.
- Consultar o status pelo Meu INSS ou telefone 135.
A manutenção do cadastro em dia é essencial para evitar interrupções no pagamento do BPC e garantir a continuidade do suporte assistencial.
Impacto social do BPC
O Benefício de Prestação Continuada desempenha um papel central na redução da desigualdade e na promoção da inclusão social. Em 2023, o programa alcançou 4,6 milhões de pessoas, oferecendo um salário mínimo mensal a idosos e pessoas com deficiência em situação de miséria. O custo de R$ 89,64 bilhões reflete seu peso no orçamento público, mas também sua relevância como rede de proteção social.
O programa vai além do suporte financeiro, promovendo dignidade e cidadania. Para pessoas com deficiência, iniciativas como o Auxílio-Inclusão ampliam as oportunidades de inclusão produtiva, enquanto revisões do INSS, como o pente-fino previsto para 2025, buscam coibir irregularidades. Em 2023, foram identificados 2.476 beneficiários falecidos ainda ativos na folha de pagamento, gerando ajustes no sistema.
A flexibilização judicial do critério de renda tem beneficiado famílias com despesas médicas elevadas, enquanto a exigência de CadÚnico atualizado reforça a eficiência na distribuição dos recursos. Em 2025, o programa segue como um pilar essencial da assistência social, mesmo diante de possíveis ajustes fiscais.
