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6 May 2025, Tue

Saque emergencial de R$ 2.260 chega a famílias do CadÚnico pelo Caixa Tem

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A inflação acumulada em 2024 transformou o orçamento de milhões de brasileiros em um desafio diário. Famílias de baixa renda, especialmente em grandes centros urbanos, enfrentam dificuldades para adquirir itens básicos como arroz, feijão e óleo de cozinha, cujos preços dispararam nos últimos meses. Em resposta a essa crise, a Caixa Econômica Federal, em parceria com o governo federal, lançou em abril de 2025 um saque emergencial de R$ 2.260 para milhões de inscritos no Cadastro Único (CadÚnico). O programa, acessado pelo aplicativo Caixa Tem, visa oferecer alívio financeiro imediato e promover a inclusão bancária.

O pagamento chega em um momento crucial. Com a cesta básica ultrapassando R$ 700 em cidades como São Paulo, Salvador e Recife, o poder de compra das famílias mais vulneráveis foi drasticamente reduzido. O programa, que utiliza a infraestrutura digital consolidada do Caixa Tem, reflete o compromisso do governo em apoiar populações em situação de pobreza. Além disso, a iniciativa reforça a importância de políticas públicas voltadas para a redução das desigualdades em um cenário econômico adverso.

O saque emergencial foi desenhado para alcançar rapidamente os beneficiários, com foco em famílias com renda per capita mensal de até R$ 500. A escolha do CadÚnico como base para a distribuição garante que o recurso chegue às camadas mais necessitadas, utilizando um sistema que já mapeia mais de 80 milhões de brasileiros. Abaixo, os principais pontos do programa:

  • Alívio imediato para o orçamento familiar pressionado pela inflação.
  • Acesso facilitado por meio do aplicativo Caixa Tem.
  • Priorização de famílias em situação de pobreza ou extrema pobreza.
  • Promoção da inclusão financeira em áreas urbanas e rurais.

A digitalização do processo, embora eficiente, também revela desafios. Em áreas rurais, onde a conectividade à internet é limitada, muitos beneficiários enfrentam obstáculos para acessar o aplicativo. A iniciativa, no entanto, marca um avanço significativo na modernização dos serviços públicos, com potencial para transformar a forma como o governo entrega benefícios sociais.

Critérios rigorosos definem elegibilidade

A liberação do saque emergencial de R$ 2.260 é restrita a famílias inscritas no CadÚnico, com dados atualizados nos últimos 24 meses. A exigência de atualização cadastral visa garantir a transparência na distribuição dos recursos, mas também gerou debates. Especialistas apontam que famílias sem acesso a informações ou a Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) podem ser excluídas por dificuldades logísticas. O governo, por sua vez, intensificou o atendimento nos CRAS, oferecendo suporte presencial para orientar os beneficiários.

Outro critério essencial é a renda per capita mensal de até R$ 500, que reflete a linha de pobreza adotada para programas sociais. Famílias que já recebem benefícios como o Bolsa Família ou o Auxílio Gás têm prioridade, mas aqueles que atendem aos requisitos de renda e cadastro, mesmo sem outros auxílios, também podem ser contemplados. A estimativa é que cerca de 20 milhões de famílias sejam beneficiadas, um número que destaca a escala do programa.

A atualização do CadÚnico exige documentos específicos, o que reforça a necessidade de organização por parte dos beneficiários. A lista inclui:

  • RG e CPF do responsável pela família.
  • Comprovante de residência atualizado.
  • Comprovantes de renda, quando disponíveis.
  • Certidão de nascimento ou casamento, se aplicável.

Apesar das críticas, o processo de triagem é visto como uma forma de assegurar que o benefício chegue a quem mais precisa. A ampliação do atendimento nos CRAS e a disponibilização de canais de suporte, como o número 111, têm ajudado a reduzir os entraves.

Calendário escalonado organiza pagamentos

O pagamento do saque emergencial segue um cronograma baseado no último dígito do Número de Identificação Social (NIS), uma estratégia adotada para evitar aglomerações e facilitar a logística. Os depósitos começaram em 10 de abril de 2025 e se estenderam até o dia 30, com datas específicas para cada grupo. Por exemplo, beneficiários com NIS final 1 receberam no dia 10, enquanto aqueles com NIS final 0 tiveram o crédito no dia 30.

O prazo para movimentação do valor é de 60 dias, contados a partir da data do depósito. Recursos não utilizados até o final de junho de 2025 retornam aos cofres públicos, uma medida que busca garantir o uso imediato do benefício. A Caixa tem reforçado a importância de consultar o calendário e agir dentro do prazo, utilizando canais como o aplicativo e o atendimento telefônico para orientar os usuários.

Abaixo, o calendário completo para abril de 2025:

  • NIS final 1: 10 de abril
  • NIS final 2: 11 de abril
  • NIS final 3: 14 de abril
  • NIS final 4: 15 de abril
  • NIS final 5: 16 de abril
  • NIS final 6: 17 de abril
  • NIS final 7: 18 de abril
  • NIS final 8: 22 de abril
  • NIS final 9: 23 de abril
  • NIS final 0: 30 de abril

Embora o sistema seja eficiente, alguns beneficiários relataram dificuldades iniciais, como instabilidades no aplicativo durante os primeiros dias de pagamento. A Caixa respondeu com melhorias no sistema e ampliação dos canais de suporte, incluindo o Disque Social 121.

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Brenda Rocha – Blossom/Shutterstock.com

Caixa Tem impulsiona inclusão financeira

Lançado em 2020, o aplicativo Caixa Tem consolidou-se como uma ferramenta indispensável para a distribuição de benefícios sociais. Com mais de 50 milhões de usuários ativos em 2025, o app permite que os beneficiários realizem transações sem a necessidade de uma conta bancária tradicional. O saque emergencial de R$ 2.260 é creditado diretamente na conta digital, onde pode ser usado para pagamentos, transferências ou saques.

O acesso ao aplicativo é simples, mas exige um smartphone e conexão à internet. Após baixar o Caixa Tem nas lojas Google Play ou App Store, o usuário faz login com CPF e senha, verifica o saldo na aba de benefícios sociais e decide como movimentar o valor. A flexibilidade do app é um diferencial, permitindo pagamentos em estabelecimentos com o cartão virtual, transferências para outras contas ou saques em caixas eletrônicos, agências da Caixa ou lotéricas.

Apesar dos avanços, o acesso ao Caixa Tem enfrenta barreiras. Em regiões rurais, a falta de conectividade limita o uso do aplicativo, forçando muitos beneficiários a se deslocarem para áreas urbanas. Além disso, o baixo letramento digital entre idosos e pessoas com baixa escolaridade é um obstáculo significativo. A Caixa tem investido em campanhas educativas e parcerias com prefeituras para oferecer pontos de acesso à internet e assistência técnica.

Barreiras digitais desafiam alcance

A exclusão digital permanece como um dos maiores entraves para o sucesso pleno do programa. Dados de 2024 indicam que cerca de 20% dos brasileiros não têm acesso regular à internet, um problema que afeta especialmente comunidades rurais e periferias urbanas. Para muitos beneficiários, a dependência de smartphones e redes de dados é uma limitação, especialmente em regiões como o Norte e o Nordeste, onde a infraestrutura de telecomunicações é precária.

O letramento digital também é uma preocupação. Muitos usuários, especialmente idosos, enfrentam dificuldades para navegar no aplicativo ou realizar transações. Para enfrentar esse problema, a Caixa lançou tutoriais em vídeo e ampliou o treinamento presencial em comunidades carentes. Parcerias com organizações comunitárias têm ajudado a oferecer suporte técnico, mas a escala do desafio exige investimentos contínuos.

Abaixo, algumas iniciativas para superar barreiras digitais:

  • Campanhas educativas com tutoriais em vídeo.
  • Parcerias com prefeituras para pontos de acesso à internet.
  • Treinamento presencial em comunidades carentes.
  • Ampliação do atendimento telefônico pelo número 111.

A segurança digital é outro ponto crítico. Com o aumento das transações no Caixa Tem, casos de golpes e fraudes cresceram, especialmente por meio de links falsos enviados por SMS ou WhatsApp. A Caixa recomenda que os usuários evitem compartilhar senhas e acessem o aplicativo apenas por canais oficiais.

Setores econômicos beneficiados

A injeção de bilhões de reais por meio do saque emergencial deve aquecer a economia, especialmente em setores voltados para o consumo imediato. Pequenos comércios, como mercados de bairro, padarias e farmácias, tendem a ser os principais beneficiados, já que grande parte do recurso é usada para comprar alimentos e pagar contas. Em cidades menores, onde o comércio local é a base da economia, o impacto pode ser ainda mais significativo.

O setor de serviços também deve sentir os efeitos. Pagamentos de contas de luz, água e gás, frequentemente atrasados por famílias de baixa renda, devem ser regularizados com o benefício. Além disso, o programa pode impulsionar o consumo de bens duráveis, como eletrodomésticos, em regiões onde as famílias têm maior controle sobre despesas básicas.

A movimentação econômica gerada pelo programa reforça a importância de políticas de transferência de renda para o estímulo do consumo. No entanto, o impacto é temporário, e a sustentabilidade depende de outras medidas, como a geração de empregos e o controle da inflação.

Papel do CadÚnico na triagem

O Cadastro Único é a espinha dorsal do programa, reunindo informações sobre mais de 80 milhões de brasileiros em situação de vulnerabilidade. A base de dados permite que o governo identifique rapidamente famílias elegíveis, priorizando aquelas com renda per capita de até R$ 500. A escolha do CadÚnico reflete a estratégia de focar nas camadas mais pobres, alinhando-se aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU.

A exigência de atualização cadastral, embora necessária, tem gerado desafios. Muitas famílias, especialmente em áreas remotas, enfrentam dificuldades para acessar os CRAS ou reunir os documentos exigidos. Para minimizar exclusões, o governo ampliou o horário de atendimento nos centros de assistência e disponibilizou orientações por canais digitais e telefônicos.

O CadÚnico também facilita a integração com outros programas sociais, como o Bolsa Família e o Auxílio Gás. Essa interoperabilidade reduz a burocracia e agiliza a distribuição de benefícios, mas exige manutenção constante da base de dados para garantir sua confiabilidade.

Segurança contra fraudes

O aumento das transações digitais trouxe um crescimento nos casos de fraudes relacionadas ao Caixa Tem. Golpes envolvendo links falsos, mensagens fraudulentas e tentativas de phishing tornaram-se comuns, especialmente durante períodos de liberação de benefícios. A Caixa intensificou as campanhas de conscientização, alertando os usuários sobre os riscos de compartilhar dados pessoais.

Algumas recomendações para evitar golpes incluem:

  • Nunca clicar em links recebidos por SMS, WhatsApp ou e-mail.
  • Acessar o aplicativo apenas pelas lojas oficiais Google Play ou App Store.
  • Não compartilhar senhas ou dados pessoais com terceiros.
  • Consultar o atendimento oficial da Caixa pelo número 111 em caso de dúvida.

A instituição também planeja investir em tecnologias de segurança, como autenticação biométrica, para proteger os usuários. Apesar dos esforços, a falta de informação ainda deixa muitos beneficiários vulneráveis, especialmente em comunidades com baixo letramento digital.

Educação financeira em foco

A liberação do saque emergencial destaca a importância da educação financeira para os beneficiários. Muitos usuários, especialmente aqueles com acesso recente ao sistema bancário, enfrentam dificuldades para gerenciar os recursos no Caixa Tem. A falta de planejamento pode levar ao uso rápido do benefício, comprometendo sua eficácia no longo prazo.

A Caixa tem promovido iniciativas para orientar os beneficiários, incluindo tutoriais sobre o uso do aplicativo e dicas de planejamento financeiro. Parcerias com organizações não governamentais também oferecem oficinas presenciais em comunidades carentes, abordando temas como economia doméstica e prevenção de dívidas.

A educação financeira é especialmente relevante para populações rurais, onde o acesso a serviços bancários era limitado antes do Caixa Tem. O programa, ao promover a inclusão financeira, cria uma oportunidade para que milhões de brasileiros desenvolvam habilidades de gestão de recursos.

Apoio logístico nos CRAS

Os Centros de Referência de Assistência Social desempenham um papel central na implementação do programa. Além de atualizar os dados do CadÚnico, os CRAS oferecem suporte presencial para beneficiários com dificuldades de acesso ao Caixa Tem ou dúvidas sobre o calendário de pagamentos. Em 2025, o governo ampliou o número de atendentes e os horários de funcionamento para atender à alta demanda.

Em regiões urbanas, os CRAS têm enfrentado filas e sobrecarga, especialmente nos primeiros dias de pagamento. Para reduzir o impacto, a Caixa criou pontos de atendimento itinerantes em algumas cidades, levando orientações diretamente às comunidades. A iniciativa tem sido bem recebida, mas a escala do programa exige maior capilaridade para alcançar áreas remotas.

A colaboração com prefeituras e organizações locais também tem fortalecido o suporte logístico. Em cidades menores, onde os CRAS são menos numerosos, parcerias com escolas e igrejas têm ajudado a disseminar informações e orientar os beneficiários.



A inflação acumulada em 2024 transformou o orçamento de milhões de brasileiros em um desafio diário. Famílias de baixa renda, especialmente em grandes centros urbanos, enfrentam dificuldades para adquirir itens básicos como arroz, feijão e óleo de cozinha, cujos preços dispararam nos últimos meses. Em resposta a essa crise, a Caixa Econômica Federal, em parceria com o governo federal, lançou em abril de 2025 um saque emergencial de R$ 2.260 para milhões de inscritos no Cadastro Único (CadÚnico). O programa, acessado pelo aplicativo Caixa Tem, visa oferecer alívio financeiro imediato e promover a inclusão bancária.

O pagamento chega em um momento crucial. Com a cesta básica ultrapassando R$ 700 em cidades como São Paulo, Salvador e Recife, o poder de compra das famílias mais vulneráveis foi drasticamente reduzido. O programa, que utiliza a infraestrutura digital consolidada do Caixa Tem, reflete o compromisso do governo em apoiar populações em situação de pobreza. Além disso, a iniciativa reforça a importância de políticas públicas voltadas para a redução das desigualdades em um cenário econômico adverso.

O saque emergencial foi desenhado para alcançar rapidamente os beneficiários, com foco em famílias com renda per capita mensal de até R$ 500. A escolha do CadÚnico como base para a distribuição garante que o recurso chegue às camadas mais necessitadas, utilizando um sistema que já mapeia mais de 80 milhões de brasileiros. Abaixo, os principais pontos do programa:

  • Alívio imediato para o orçamento familiar pressionado pela inflação.
  • Acesso facilitado por meio do aplicativo Caixa Tem.
  • Priorização de famílias em situação de pobreza ou extrema pobreza.
  • Promoção da inclusão financeira em áreas urbanas e rurais.

A digitalização do processo, embora eficiente, também revela desafios. Em áreas rurais, onde a conectividade à internet é limitada, muitos beneficiários enfrentam obstáculos para acessar o aplicativo. A iniciativa, no entanto, marca um avanço significativo na modernização dos serviços públicos, com potencial para transformar a forma como o governo entrega benefícios sociais.

Critérios rigorosos definem elegibilidade

A liberação do saque emergencial de R$ 2.260 é restrita a famílias inscritas no CadÚnico, com dados atualizados nos últimos 24 meses. A exigência de atualização cadastral visa garantir a transparência na distribuição dos recursos, mas também gerou debates. Especialistas apontam que famílias sem acesso a informações ou a Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) podem ser excluídas por dificuldades logísticas. O governo, por sua vez, intensificou o atendimento nos CRAS, oferecendo suporte presencial para orientar os beneficiários.

Outro critério essencial é a renda per capita mensal de até R$ 500, que reflete a linha de pobreza adotada para programas sociais. Famílias que já recebem benefícios como o Bolsa Família ou o Auxílio Gás têm prioridade, mas aqueles que atendem aos requisitos de renda e cadastro, mesmo sem outros auxílios, também podem ser contemplados. A estimativa é que cerca de 20 milhões de famílias sejam beneficiadas, um número que destaca a escala do programa.

A atualização do CadÚnico exige documentos específicos, o que reforça a necessidade de organização por parte dos beneficiários. A lista inclui:

  • RG e CPF do responsável pela família.
  • Comprovante de residência atualizado.
  • Comprovantes de renda, quando disponíveis.
  • Certidão de nascimento ou casamento, se aplicável.

Apesar das críticas, o processo de triagem é visto como uma forma de assegurar que o benefício chegue a quem mais precisa. A ampliação do atendimento nos CRAS e a disponibilização de canais de suporte, como o número 111, têm ajudado a reduzir os entraves.

Calendário escalonado organiza pagamentos

O pagamento do saque emergencial segue um cronograma baseado no último dígito do Número de Identificação Social (NIS), uma estratégia adotada para evitar aglomerações e facilitar a logística. Os depósitos começaram em 10 de abril de 2025 e se estenderam até o dia 30, com datas específicas para cada grupo. Por exemplo, beneficiários com NIS final 1 receberam no dia 10, enquanto aqueles com NIS final 0 tiveram o crédito no dia 30.

O prazo para movimentação do valor é de 60 dias, contados a partir da data do depósito. Recursos não utilizados até o final de junho de 2025 retornam aos cofres públicos, uma medida que busca garantir o uso imediato do benefício. A Caixa tem reforçado a importância de consultar o calendário e agir dentro do prazo, utilizando canais como o aplicativo e o atendimento telefônico para orientar os usuários.

Abaixo, o calendário completo para abril de 2025:

  • NIS final 1: 10 de abril
  • NIS final 2: 11 de abril
  • NIS final 3: 14 de abril
  • NIS final 4: 15 de abril
  • NIS final 5: 16 de abril
  • NIS final 6: 17 de abril
  • NIS final 7: 18 de abril
  • NIS final 8: 22 de abril
  • NIS final 9: 23 de abril
  • NIS final 0: 30 de abril

Embora o sistema seja eficiente, alguns beneficiários relataram dificuldades iniciais, como instabilidades no aplicativo durante os primeiros dias de pagamento. A Caixa respondeu com melhorias no sistema e ampliação dos canais de suporte, incluindo o Disque Social 121.

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Brenda Rocha – Blossom/Shutterstock.com

Caixa Tem impulsiona inclusão financeira

Lançado em 2020, o aplicativo Caixa Tem consolidou-se como uma ferramenta indispensável para a distribuição de benefícios sociais. Com mais de 50 milhões de usuários ativos em 2025, o app permite que os beneficiários realizem transações sem a necessidade de uma conta bancária tradicional. O saque emergencial de R$ 2.260 é creditado diretamente na conta digital, onde pode ser usado para pagamentos, transferências ou saques.

O acesso ao aplicativo é simples, mas exige um smartphone e conexão à internet. Após baixar o Caixa Tem nas lojas Google Play ou App Store, o usuário faz login com CPF e senha, verifica o saldo na aba de benefícios sociais e decide como movimentar o valor. A flexibilidade do app é um diferencial, permitindo pagamentos em estabelecimentos com o cartão virtual, transferências para outras contas ou saques em caixas eletrônicos, agências da Caixa ou lotéricas.

Apesar dos avanços, o acesso ao Caixa Tem enfrenta barreiras. Em regiões rurais, a falta de conectividade limita o uso do aplicativo, forçando muitos beneficiários a se deslocarem para áreas urbanas. Além disso, o baixo letramento digital entre idosos e pessoas com baixa escolaridade é um obstáculo significativo. A Caixa tem investido em campanhas educativas e parcerias com prefeituras para oferecer pontos de acesso à internet e assistência técnica.

Barreiras digitais desafiam alcance

A exclusão digital permanece como um dos maiores entraves para o sucesso pleno do programa. Dados de 2024 indicam que cerca de 20% dos brasileiros não têm acesso regular à internet, um problema que afeta especialmente comunidades rurais e periferias urbanas. Para muitos beneficiários, a dependência de smartphones e redes de dados é uma limitação, especialmente em regiões como o Norte e o Nordeste, onde a infraestrutura de telecomunicações é precária.

O letramento digital também é uma preocupação. Muitos usuários, especialmente idosos, enfrentam dificuldades para navegar no aplicativo ou realizar transações. Para enfrentar esse problema, a Caixa lançou tutoriais em vídeo e ampliou o treinamento presencial em comunidades carentes. Parcerias com organizações comunitárias têm ajudado a oferecer suporte técnico, mas a escala do desafio exige investimentos contínuos.

Abaixo, algumas iniciativas para superar barreiras digitais:

  • Campanhas educativas com tutoriais em vídeo.
  • Parcerias com prefeituras para pontos de acesso à internet.
  • Treinamento presencial em comunidades carentes.
  • Ampliação do atendimento telefônico pelo número 111.

A segurança digital é outro ponto crítico. Com o aumento das transações no Caixa Tem, casos de golpes e fraudes cresceram, especialmente por meio de links falsos enviados por SMS ou WhatsApp. A Caixa recomenda que os usuários evitem compartilhar senhas e acessem o aplicativo apenas por canais oficiais.

Setores econômicos beneficiados

A injeção de bilhões de reais por meio do saque emergencial deve aquecer a economia, especialmente em setores voltados para o consumo imediato. Pequenos comércios, como mercados de bairro, padarias e farmácias, tendem a ser os principais beneficiados, já que grande parte do recurso é usada para comprar alimentos e pagar contas. Em cidades menores, onde o comércio local é a base da economia, o impacto pode ser ainda mais significativo.

O setor de serviços também deve sentir os efeitos. Pagamentos de contas de luz, água e gás, frequentemente atrasados por famílias de baixa renda, devem ser regularizados com o benefício. Além disso, o programa pode impulsionar o consumo de bens duráveis, como eletrodomésticos, em regiões onde as famílias têm maior controle sobre despesas básicas.

A movimentação econômica gerada pelo programa reforça a importância de políticas de transferência de renda para o estímulo do consumo. No entanto, o impacto é temporário, e a sustentabilidade depende de outras medidas, como a geração de empregos e o controle da inflação.

Papel do CadÚnico na triagem

O Cadastro Único é a espinha dorsal do programa, reunindo informações sobre mais de 80 milhões de brasileiros em situação de vulnerabilidade. A base de dados permite que o governo identifique rapidamente famílias elegíveis, priorizando aquelas com renda per capita de até R$ 500. A escolha do CadÚnico reflete a estratégia de focar nas camadas mais pobres, alinhando-se aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU.

A exigência de atualização cadastral, embora necessária, tem gerado desafios. Muitas famílias, especialmente em áreas remotas, enfrentam dificuldades para acessar os CRAS ou reunir os documentos exigidos. Para minimizar exclusões, o governo ampliou o horário de atendimento nos centros de assistência e disponibilizou orientações por canais digitais e telefônicos.

O CadÚnico também facilita a integração com outros programas sociais, como o Bolsa Família e o Auxílio Gás. Essa interoperabilidade reduz a burocracia e agiliza a distribuição de benefícios, mas exige manutenção constante da base de dados para garantir sua confiabilidade.

Segurança contra fraudes

O aumento das transações digitais trouxe um crescimento nos casos de fraudes relacionadas ao Caixa Tem. Golpes envolvendo links falsos, mensagens fraudulentas e tentativas de phishing tornaram-se comuns, especialmente durante períodos de liberação de benefícios. A Caixa intensificou as campanhas de conscientização, alertando os usuários sobre os riscos de compartilhar dados pessoais.

Algumas recomendações para evitar golpes incluem:

  • Nunca clicar em links recebidos por SMS, WhatsApp ou e-mail.
  • Acessar o aplicativo apenas pelas lojas oficiais Google Play ou App Store.
  • Não compartilhar senhas ou dados pessoais com terceiros.
  • Consultar o atendimento oficial da Caixa pelo número 111 em caso de dúvida.

A instituição também planeja investir em tecnologias de segurança, como autenticação biométrica, para proteger os usuários. Apesar dos esforços, a falta de informação ainda deixa muitos beneficiários vulneráveis, especialmente em comunidades com baixo letramento digital.

Educação financeira em foco

A liberação do saque emergencial destaca a importância da educação financeira para os beneficiários. Muitos usuários, especialmente aqueles com acesso recente ao sistema bancário, enfrentam dificuldades para gerenciar os recursos no Caixa Tem. A falta de planejamento pode levar ao uso rápido do benefício, comprometendo sua eficácia no longo prazo.

A Caixa tem promovido iniciativas para orientar os beneficiários, incluindo tutoriais sobre o uso do aplicativo e dicas de planejamento financeiro. Parcerias com organizações não governamentais também oferecem oficinas presenciais em comunidades carentes, abordando temas como economia doméstica e prevenção de dívidas.

A educação financeira é especialmente relevante para populações rurais, onde o acesso a serviços bancários era limitado antes do Caixa Tem. O programa, ao promover a inclusão financeira, cria uma oportunidade para que milhões de brasileiros desenvolvam habilidades de gestão de recursos.

Apoio logístico nos CRAS

Os Centros de Referência de Assistência Social desempenham um papel central na implementação do programa. Além de atualizar os dados do CadÚnico, os CRAS oferecem suporte presencial para beneficiários com dificuldades de acesso ao Caixa Tem ou dúvidas sobre o calendário de pagamentos. Em 2025, o governo ampliou o número de atendentes e os horários de funcionamento para atender à alta demanda.

Em regiões urbanas, os CRAS têm enfrentado filas e sobrecarga, especialmente nos primeiros dias de pagamento. Para reduzir o impacto, a Caixa criou pontos de atendimento itinerantes em algumas cidades, levando orientações diretamente às comunidades. A iniciativa tem sido bem recebida, mas a escala do programa exige maior capilaridade para alcançar áreas remotas.

A colaboração com prefeituras e organizações locais também tem fortalecido o suporte logístico. Em cidades menores, onde os CRAS são menos numerosos, parcerias com escolas e igrejas têm ajudado a disseminar informações e orientar os beneficiários.



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