O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) inicia, a partir de 26 de maio, o pagamento da segunda parcela do 13º salário para cerca de 34,2 milhões de beneficiários em todo o país. A liberação, que segue um calendário escalonado com base no número final do benefício, injeta bilhões na economia e reforça o orçamento de aposentados, pensionistas e outros segurados. Diferentemente da primeira parcela, paga entre abril e maio, esta etapa inclui descontos como o Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) para quem está sujeito à tributação. A antecipação do abono, oficializada por decreto presidencial, mantém a política adotada nos últimos anos para estimular o consumo e aliviar pressões financeiras.
A segunda parcela do 13º salário do INSS chega em um momento estratégico, quando muitos beneficiários planejam o uso do recurso extra para despesas essenciais ou quitação de dívidas. O pagamento, que varia conforme o valor do benefício e o dígito final do Número de Inscrição Social (NIS), é aguardado com expectativa, especialmente por idosos que dependem exclusivamente da renda previdenciária. Para facilitar o acesso às informações, o INSS disponibiliza consultas por aplicativo, site e telefone.
- Consulta prática: O aplicativo Meu INSS permite verificar o valor exato da parcela com poucos cliques.
- Atenção aos descontos: O IRRF pode reduzir o montante recebido, dependendo da faixa de renda.
- Datas escalonadas: Beneficiários de até um salário mínimo recebem primeiro, seguidos por quem ganha mais.
Regras do pagamento do 13º salário
O 13º salário do INSS é um benefício anual garantido a aposentados, pensionistas e segurados que recebem auxílios como doença, acidente ou reclusão. O valor corresponde a um mês extra de benefício, dividido em duas parcelas. Para quem já recebia o benefício desde janeiro, o abono é integral. No entanto, segurados que começaram a receber após o início do ano têm o valor calculado proporcionalmente, com base nos meses de concessão.
A primeira parcela, liberada entre 24 de abril e 8 de maio, representa 50% do benefício sem descontos. Já a segunda parcela, paga entre 26 de maio e 6 de junho, inclui ajustes como o IRRF para beneficiários que ultrapassam a faixa de isenção do imposto. A política de antecipação, iniciada em 2020 para mitigar os efeitos da pandemia, foi mantida em 2025, beneficiando milhões de famílias.
O pagamento do 13º salário não se aplica a todos os beneficiários do INSS. Pessoas que recebem o Benefício de Prestação Continuada (BPC), voltado para idosos acima de 65 anos e pessoas com deficiência de baixa renda, não têm direito ao abono. Da mesma forma, a Renda Mensal Vitalícia, destinada a grupos específicos, também não inclui o pagamento extra.
Calendário detalhado da segunda parcela
O cronograma de pagamento da segunda parcela do 13º salário segue um modelo escalonado, organizado pelo dígito final do Número de Inscrição Social (NIS), sem considerar o dígito verificador. Beneficiários que recebem até um salário mínimo (R$ 1.518 em 2025) têm prioridade, com depósitos iniciando em 26 de maio. Aqueles que recebem acima do piso nacional começam a receber a partir de 2 de junho.
- Final 1: 26 de maio (até um salário mínimo)
- Final 2: 27 de maio (até um salário mínimo)
- Final 3: 28 de maio (até um salário mínimo)
- Final 4: 29 de maio (até um salário mínimo)
- Final 5: 30 de maio (até um salário mínimo)
Para beneficiários com renda superior a um salário mínimo, o calendário agrupa finais de NIS em pares, começando em 2 de junho. Por exemplo, segurados com finais 1 e 6 recebem no primeiro dia, enquanto os com finais 5 e 0 têm o crédito no último dia, 6 de junho. O escalonamento visa organizar a liberação para milhões de pessoas sem sobrecarregar o sistema bancário.
Descontos do imposto de renda
A aplicação do Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) na segunda parcela do 13º salário é um ponto de atenção para os beneficiários. Diferentemente da primeira parcela, que é paga integralmente, a segunda sofre deduções para quem está sujeito à tributação. A faixa de isenção do IR em 2025 abrange rendas mensais de até R$ 2.112, mas muitos aposentados e pensionistas, especialmente os que recebem benefícios maiores, podem ter descontos.
O cálculo do IRRF considera a soma do benefício mensal com o valor da segunda parcela do 13º. Beneficiários que recebem próximo ao teto previdenciário, de R$ 8.157,41, frequentemente enfrentam alíquotas mais altas, que variam de 7,5% a 27,5%. Para evitar surpresas, o INSS recomenda a consulta prévia do extrato de pagamento, que detalha os descontos aplicados.
Em alguns casos, segurados isentos de IR por condições específicas, como doenças graves previstas em lei, não têm o imposto retido. Para isso, é necessário que a isenção esteja formalmente registrada junto ao INSS, mediante apresentação de laudo médico e solicitação administrativa.
Como consultar o valor da parcela
A consulta do valor da segunda parcela do 13º salário é acessível por diferentes canais. O aplicativo Meu INSS, disponível para Android e iOS, é a opção mais prática. Após o login com CPF e senha do Gov.br, o beneficiário seleciona a opção “Extrato de pagamento de benefício” para visualizar o valor líquido, já com os descontos aplicados.
- Passo a passo no app: Baixe o Meu INSS, faça login, acesse o extrato e confira os detalhes.
- Site oficial: O portal meu.inss.gov.br oferece a mesma funcionalidade, ideal para quem usa computadores.
- Central 135: Atendimento telefônico das 7h às 22h, de segunda a sábado, exige CPF e dados pessoais.
Para quem não tem acesso à internet, a central telefônica 135 é uma alternativa viável. O serviço exige a confirmação de informações cadastrais para garantir a segurança. O INSS alerta que os valores ficam disponíveis para consulta a partir de meados de maio, quando a folha de pagamento é processada.
Beneficiários e exclusões
Cerca de 34,2 milhões de segurados têm direito ao 13º salário do INSS em 2025. O grupo inclui aposentados, pensionistas e beneficiários de auxílios temporários, como auxílio-doença e auxílio-reclusão. Para benefícios temporários, o valor do abono é proporcional ao período de recebimento no ano. Por exemplo, um segurado que recebeu auxílio-doença por seis meses terá direito a 50% do 13º integral.
Mulheres que recebem salário-maternidade também têm direito ao 13º proporcional, mas o pagamento é feito junto com a última parcela do benefício, e não no calendário regular. Já o Benefício de Prestação Continuada (BPC) e a Renda Mensal Vitalícia não incluem o abono, uma vez que esses benefícios assistenciais seguem regras distintas das previdenciárias.
O INSS esclarece que não há previsão para o pagamento de um 14º salário, apesar de rumores circularem em redes sociais. Essas informações são falsas e podem confundir os beneficiários, que devem buscar dados apenas em canais oficiais.

Volume financeiro injetado
A antecipação do 13º salário do INSS em 2025 injeta R$ 73,3 bilhões na economia brasileira. A primeira parcela, paga entre abril e maio, representou metade desse montante, enquanto a segunda parcela completa a liberação. A região Sudeste lidera a distribuição de recursos, com R$ 36,2 bilhões, seguida pelo Nordeste (R$ 15,76 bilhões) e Sul (R$ 13,6 bilhões). As regiões Centro-Oeste e Norte recebem, respectivamente, R$ 4 bilhões e R$ 3 bilhões.
O volume financeiro beneficia diretamente 28,68 milhões de segurados que recebem até um salário mínimo, equivalente a 70,5% do total de beneficiários. Outros 11,98 milhões, que recebem acima do piso, também são contemplados, incluindo 10,6 mil segurados que ganham o teto previdenciário. A injeção de recursos estimula o comércio local e o pagamento de contas, especialmente em municípios onde a renda previdenciária é a principal fonte de receita.
Organização do pagamento
O pagamento do 13º salário é processado pela Dataprev, empresa de tecnologia do governo federal, que organiza a folha de pagamento do INSS. O calendário escalonado considera o dígito final do NIS para evitar congestionamentos bancários. Beneficiários com final 1 e renda de até um salário mínimo são os primeiros a receber, enquanto os com finais agrupados (como 5 e 0) e renda maior recebem no último dia.
- Eficiência operacional: A Dataprev processa milhões de pagamentos em poucos dias.
- Escalonamento: O modelo evita filas e atrasos nas agências bancárias.
- Consulta prévia: Extratos disponíveis no Meu INSS ajudam a planejar o uso do dinheiro.
O INSS recomenda que os beneficiários verifiquem os depósitos diretamente em suas contas bancárias, já que os valores são creditados automaticamente, sem necessidade de solicitação.
Particularidades regionais
A distribuição dos recursos do 13º salário varia significativamente entre as regiões brasileiras. No Sudeste, estados como São Paulo e Rio de Janeiro concentram a maior parcela devido à alta densidade populacional e ao número elevado de beneficiários. No Nordeste, a renda previdenciária é crucial para a economia de pequenos municípios, onde o abono impulsiona o comércio local.
No Sul, o pagamento beneficia especialmente aposentados rurais, que representam uma parcela significativa dos segurados. As regiões Norte e Centro-Oeste, embora com menor volume de recursos, também registram aumento no consumo durante o período de liberação. A antecipação do 13º salário fortalece a economia de cerca de 70% dos municípios brasileiros, onde os benefícios do INSS são a principal fonte de renda.
Planejamento financeiro dos beneficiários
O recebimento da segunda parcela do 13º salário exige atenção ao planejamento financeiro, especialmente por causa dos descontos do IRRF. Muitos beneficiários utilizam o recurso para quitar dívidas acumuladas, como contas de energia, água ou empréstimos consignados. Outros destinam o dinheiro à compra de medicamentos, consultas médicas ou apoio a familiares.
Especialistas sugerem que os segurados priorizem despesas essenciais e evitem gastos impulsivos. A criação de uma reserva de emergência é outra recomendação comum, especialmente para idosos que enfrentam custos médicos frequentes. O INSS orienta que os beneficiários consultem o extrato de pagamento para entender o valor líquido disponível e planejar seu uso com antecedência.
Benefícios temporários e proporcionais
Segurados que recebem benefícios temporários, como auxílio-doença ou auxílio-reclusão, têm direito ao 13º salário proporcional ao período de concessão. Por exemplo, um beneficiário que recebeu auxílio-doença de julho a dezembro terá direito a 50% do abono, dividido em duas parcelas. O cálculo é feito automaticamente pelo INSS, e o valor é informado no extrato de pagamento.
- Auxílio-doença: Proporcional ao tempo de afastamento.
- Auxílio-reclusão: Pago aos dependentes, também proporcional.
- Salário-maternidade: Abono incluído na última parcela do benefício.
O INSS reforça que os valores proporcionais são ajustados com base na duração do benefício, garantindo equidade no pagamento. Beneficiários que tiveram o auxílio encerrado antes de 31 de dezembro recebem o abono proporcional ao período ativo.
Fraudes e alertas do INSS
O INSS tem intensificado alertas sobre fraudes relacionadas ao 13º salário. Golpes que prometem “liberação antecipada” ou “valores extras” circulam em mensagens falsas nas redes sociais. O instituto esclarece que os pagamentos são automáticos e não exigem qualquer ação do beneficiário, como cliques em links ou fornecimento de dados pessoais.
A Polícia Federal investiga casos de fraudes envolvendo o 13º salário, incluindo denúncias de cobranças indevidas por empresas de crédito consignado. Beneficiários são orientados a buscar informações apenas em canais oficiais, como o site do INSS, o aplicativo Meu INSS ou a central 135.
Reajuste dos benefícios em 2025
Os benefícios do INSS foram reajustados em 4,77% em 2025, com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). O aumento, aplicado a partir de 1º de janeiro, elevou o salário mínimo previdenciário para R$ 1.518 e o teto para R$ 8.157,41. O reajuste impacta diretamente o valor do 13º salário, que é calculado com base no benefício mensal ajustado.
O Benefício de Prestação Continuada (BPC) também foi ajustado para R$ 1.518, mas não inclui o 13º salário. Outros benefícios, como o auxílio-reclusão e o salário-família, também tiveram valores atualizados, com a cota do salário-família fixada em R$ 65 para segurados com renda de até R$ 1.906,04.
Importância do abono para idosos
O 13º salário é especialmente relevante para idosos, que frequentemente dependem do benefício para cobrir despesas médicas e de subsistência. Em muitos lares, o abono é compartilhado com filhos e netos, ajudando a complementar a renda familiar. A antecipação do pagamento, solicitada pelo Ministério da Previdência Social, reflete a prioridade do governo em apoiar essa população.
A liberação antecipada do 13º salário também beneficia o comércio varejista, que registra aumento nas vendas de bens essenciais, como alimentos e medicamentos. Em cidades menores, o abono é um motor econômico, sustentando pequenos negócios e feiras locais.
Canais oficiais de atendimento
O INSS mantém diversos canais para esclarecer dúvidas sobre o 13º salário. O aplicativo Meu INSS é a principal ferramenta digital, permitindo consultas rápidas e acesso a extratos detalhados. O site oficial oferece as mesmas funcionalidades, com interface adaptada para diferentes dispositivos.
A central telefônica 135 opera em horário estendido, das 7h às 22h, e é uma opção para quem enfrenta dificuldades com ferramentas digitais. O atendimento presencial nas agências do INSS, embora menos comum, está disponível mediante agendamento, especialmente para casos complexos, como isenções de IRRF ou revisões de benefícios.
Histórico da antecipação
A antecipação do 13º salário do INSS começou em 2020, durante a pandemia de Covid-19, para apoiar beneficiários em um período de crise econômica. A medida foi repetida em 2021, 2022, 2023, 2024 e agora em 2025, consolidando-se como uma prática regular. O decreto presidencial de 2025, assinado em abril, oficializou a liberação para abril e maio, atendendo a uma solicitação do ministro da Previdência Social.
- 2020: Primeira antecipação, motivada pela pandemia.
- 2021-2022: Pagamentos em maio e junho, ainda sob efeitos da crise sanitária.
- 2023-2024: Consolidação da antecipação em abril e maio.
- 2025: Manutenção da política, com R$ 73,3 bilhões liberados.
A continuidade da antecipação reflete a importância do 13º salário para a economia e para o bem-estar dos beneficiários, especialmente em um contexto de alta de preços de bens essenciais.
Cuidados com o uso do benefício
O recebimento da segunda parcela do 13º salário exige planejamento para maximizar seu impacto no orçamento. Muitos beneficiários enfrentam dificuldades financeiras devido a empréstimos consignados, que podem consumir até 35% do valor do benefício. O INSS recomenda que os segurados evitem novas dívidas e priorizem o pagamento de contas atrasadas.
Organizações de defesa do consumidor alertam para o risco de golpes financeiros, como ofertas de crédito falsas ou promessas de investimentos milagrosos. A orientação é clara: o 13º salário deve ser usado com cautela, priorizando necessidades básicas e reservas para emergências.
