Breaking
8 May 2025, Thu

144 mil recebem R$ 2,3 bi; veja como consultar

INSS


Mais de 144 mil aposentados e pensionistas brasileiros começaram 2025 com uma notícia aguardada há anos: o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) liberou R$ 2,3 bilhões em pagamentos atrasados. Esses valores, autorizados pelo Conselho da Justiça Federal (CJF), são resultado de ações judiciais vencidas por segurados que contestaram erros em cálculos de benefícios ou omissões de direitos.

A liberação abrange mais de 109 mil processos, muitos deles relacionados a revisões de aposentadorias, pensões e auxílios. Para os beneficiários, o dinheiro representa não apenas um reforço financeiro, mas a reparação de injustiças acumuladas, algumas aguardando resolução por décadas.

Os pagamentos são organizados pelos Tribunais Regionais Federais (TRFs), que distribuem os recursos em contas abertas no Banco do Brasil ou na Caixa Econômica Federal. Para saber se você está entre os beneficiados, é necessário consultar os sites dos TRFs com informações como CPF ou número do processo.

  • O que fazer agora? Verifique o andamento do seu processo no site do TRF da sua região.
  • Documentos necessários: CPF, RG, comprovante de residência e número do processo.
  • Prazo para saque: RPVs devem ser liberadas em até 60 dias após a autorização judicial.

Origem dos valores atrasados
Os pagamentos atrasados do INSS surgem quando segurados identificam falhas no cálculo ou na concessão de seus benefícios. Essas falhas podem ocorrer por erros administrativos, como a exclusão de períodos de contribuição, ou por mudanças na legislação que garantem novos direitos. Quando o INSS não corrige essas questões administrativamente, os beneficiários recorrem à Justiça, iniciando um processo que pode resultar na liberação de valores retroativos.

Em 2025, a maioria dos processos envolve revisões de aposentadorias por tempo de contribuição, pensões por morte e auxílios por incapacidade. Cada caso é analisado individualmente pelos TRFs, que determinam o montante devido com base nas decisões judiciais. Para muitos segurados, esses valores representam meses ou até anos de benefícios pagos a menos.

A liberação de R$ 2,3 bilhões reflete o esforço do CJF em agilizar o pagamento de Requisições de Pequeno Valor (RPVs), que abrangem quantias de até 60 salários mínimos. Diferentemente dos precatórios, que envolvem valores maiores e prazos mais longos, as RPVs têm um processo mais rápido, com depósitos realizados em até dois meses após a autorização.

Como funciona a liberação
O Conselho da Justiça Federal desempenha um papel central na liberação dos recursos. Após a aprovação das decisões judiciais, o CJF destina verbas do Orçamento Geral da União aos TRFs, que gerenciam os depósitos para os beneficiários. Cada tribunal opera em uma jurisdição específica, cobrindo diferentes estados brasileiros.

Os valores são depositados em contas abertas exclusivamente para esse fim, no Banco do Brasil ou na Caixa Econômica Federal. Os segurados não precisam de contas pessoais nesses bancos, mas devem comparecer às agências com documentos pessoais para realizar o saque. Em alguns casos, advogados podem solicitar a transferência direta para outra conta, mediante pedido formal.

Salário
Salário – Foto: Vergani Fotografia/ Shutterstock.com
  • TRF1: Atende estados como Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Bahia e outros do Norte e Centro-Oeste.
  • TRF2: Responsável por Rio de Janeiro e Espírito Santo.
  • TRF3: Abrange São Paulo e Mato Grosso do Sul.
  • TRF4: Gerencia processos da região Sul.
  • TRF5: Cuida do Nordeste.
  • TRF6: Exclusivo para Minas Gerais.

Diferença entre RPVs e precatórios
As Requisições de Pequeno Valor (RPVs) e os precatórios são os dois principais instrumentos para pagamento de valores judiciais devidos pelo INSS. As RPVs, que cobrem até 60 salários mínimos (R$ 84.720 em 2025), são prioritárias e pagas em até 60 dias após a expedição. Já os precatórios, usados para valores superiores, seguem um cronograma mais longo, com pagamentos geralmente no ano seguinte à liberação.

Em abril de 2025, a maior parte dos R$ 2,3 bilhões liberados refere-se a RPVs, beneficiando segurados com ações de menor montante. Essa agilidade é essencial para aposentados que dependem desses recursos para despesas básicas, como saúde e moradia.

Os precatórios, por outro lado, exigem previsão orçamentária e aprovação do Congresso Nacional. Embora menos frequentes, eles representam quantias significativas para beneficiários que venceram ações de maior valor, como revisões de benefícios especiais ou indenizações.

Passo a passo para consulta
Consultar se há valores atrasados disponíveis exige atenção a alguns detalhes. Os segurados devem acessar o site do Tribunal Regional Federal correspondente à sua região e localizar a seção de RPVs ou precatórios. O processo é simples, mas requer informações específicas para garantir a identificação correta do beneficiário.

Para iniciar a consulta, é necessário ter em mãos o número do CPF ou o número do processo judicial. Em alguns tribunais, como o TRF2, também pode ser solicitado o número da OAB do advogado ou o número da requisição. As plataformas dos TRFs são intuitivas, com campos claros para preenchimento.

  • Acesse o site do TRF: Cada tribunal tem uma área dedicada a consultas processuais.
  • Preencha os dados: Insira CPF, número do processo ou outros identificadores solicitados.
  • Verifique o status: Confirme se o pagamento foi autorizado e se há valores disponíveis.
  • Entre em contato, se necessário: Caso haja dúvidas, os TRFs oferecem canais de atendimento, como balcão virtual ou e-mail.

Após confirmar a liberação, o beneficiário deve reunir documentos como RG, CPF e comprovante de residência para comparecer ao banco indicado. A consulta regular é recomendada, especialmente para quem aguarda decisões judiciais há meses.

Cuidados ao receber os valores
Receber os pagamentos atrasados exige atenção para evitar problemas, como atrasos ou tentativas de golpes. Muitos segurados relatam contatos fraudulentos de pessoas se passando por representantes do INSS ou de bancos, oferecendo ajuda em troca de taxas.

Os beneficiários devem manter seus dados atualizados no INSS e na Justiça Federal, garantindo que informações como endereço e telefone estejam corretas. Qualquer divergência pode atrasar o depósito ou dificultar o acesso aos valores.

  • Evite compartilhar dados pessoais: Não forneça informações a terceiros que entrem em contato sem identificação oficial.
  • Confira o banco depositário: Verifique no site do TRF se o pagamento será feito no Banco do Brasil ou na Caixa.
  • Acompanhe o processo: Consulte regularmente o andamento para evitar surpresas.
  • Desconfie de promessas rápidas: Golpistas podem oferecer agilidade no pagamento em troca de dinheiro.

Papel do advogado no processo
Embora não seja obrigatório, o acompanhamento de um advogado facilita o acesso aos valores atrasados. Profissionais especializados têm acesso direto aos sistemas judiciais e podem esclarecer dúvidas sobre prazos, valores e trâmites.

Advogados também ajudam a verificar se o montante depositado corresponde à decisão judicial, evitando erros ou descontos indevidos. Em alguns casos, quando o beneficiário é idoso ou incapaz, a presença de um advogado pode ser exigida para a liberação de alvarás judiciais.

Os honorários advocatícios, geralmente acordados previamente, são descontados diretamente do valor recebido, mas é importante revisar o contrato para garantir transparência. Segurados que não contam com advogados podem buscar assistência na Defensoria Pública da União, que oferece suporte gratuito.

Motivos comuns para revisões
As revisões de benefícios que geram pagamentos atrasados têm causas variadas, refletindo a complexidade do sistema previdenciário brasileiro. Erros administrativos, como a não contabilização de períodos trabalhados em condições especiais, são frequentes. Mudanças na legislação, como novas regras para benefícios por incapacidade, também motivam ações judiciais.

Outro fator comum é a falha na aplicação de regras de transição durante reformas previdenciárias. Por exemplo, segurados que se aposentaram durante períodos de mudança legislativa podem ter direito a cálculos mais vantajosos, reconhecidos apenas após decisão judicial.

  • Erros de cálculo: Omissão de contribuições ou aplicação incorreta de índices.
  • Tempo de contribuição: Não reconhecimento de períodos trabalhados, como em atividades insalubres.
  • Mudanças legais: Novas leis que ampliam direitos previdenciários.
  • Benefícios por incapacidade: Falhas na concessão de auxílios-doença ou aposentadorias por invalidez.

Distribuição regional dos pagamentos
A liberação de R$ 2,3 bilhões beneficia segurados em todo o país, mas a distribuição varia entre as regiões. O TRF1, que abrange 14 estados, incluindo Bahia e Pará, responde por uma parcela significativa, com R$ 902 milhões distribuídos em 42 mil processos. Já o TRF2, que cobre Rio de Janeiro e Espírito Santo, liberou R$ 169,7 milhões para mais de 10 mil beneficiários.

O TRF3, responsável por São Paulo e Mato Grosso do Sul, destinou R$ 344 milhões a 14 mil segurados, enquanto o TRF4, na região Sul, pagou R$ 494 milhões em 24 mil processos. O TRF5, no Nordeste, liberou R$ 368 milhões, e o TRF6, em Minas Gerais, distribuiu valores para cerca de 30 mil beneficiários.

Essa divisão reflete o volume de ações judiciais em cada região, influenciado por fatores como densidade populacional, acesso à Justiça e número de segurados do INSS. Regiões com maior número de aposentados, como Sul e Sudeste, tendem a concentrar mais processos.

Herdeiros e pagamentos atrasados
Herdeiros de segurados falecidos também podem ter direito aos valores atrasados, desde que comprovem o vínculo legal. Para isso, é necessário apresentar documentos como certidão de óbito, certidão de casamento ou outros comprovantes de parentesco, além de seguir os trâmites judiciais.

O processo para herdeiros é semelhante ao dos beneficiários diretos, mas pode exigir a expedição de um alvará judicial, especialmente se o valor for elevado. A consulta no site do TRF é o primeiro passo para verificar se há valores disponíveis, seguida pela apresentação dos documentos no banco ou na Justiça.

Automação e agilidade nos processos
A liberação de pagamentos atrasados tem se beneficiado de avanços tecnológicos, como o sistema PrevJud, desenvolvido pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em parceria com o INSS. Essa ferramenta integra os sistemas judiciais e previdenciários, reduzindo o tempo de tramitação de ações e agilizando o cumprimento de decisões.

O PrevJud permite que informações sobre processos sejam compartilhadas automaticamente, facilitando a identificação de beneficiários e a liberação de recursos. Em 2025, todos os TRFs utilizam a plataforma, embora em alguns, como o TRF1 e o TRF5, o sistema ainda esteja em fase de testes para intimações judiciais.

Essa automação é parte do programa Justiça 4.0, que busca modernizar o Judiciário e reduzir o volume de ações pendentes. Dados do CNJ apontam que o INSS é o maior litigante no Brasil, com mais de 4,3 milhões de processos em tramitação, muitos deles relacionados a benefícios previdenciários.

Cronologia das liberações em 2025
Os pagamentos atrasados do INSS seguem um calendário definido pelos TRFs, com liberações mensais de RPVs. Em abril de 2025, os valores referentes a ações vencidas em março foram autorizados, totalizando R$ 2,3 bilhões. Novas liberações estão previstas para os próximos meses, dependendo da conclusão dos processos judiciais.

  • Janeiro: Pagamentos de ações concluídas em dezembro de 2024.
  • Abril: Liberação de R$ 2,3 bilhões para 144 mil segurados.
  • Maio: Previsão de novos lotes, ainda sem valores confirmados.
  • Outubro: Última grande liberação confirmada em 2024, com R$ 2,42 bilhões.



Mais de 144 mil aposentados e pensionistas brasileiros começaram 2025 com uma notícia aguardada há anos: o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) liberou R$ 2,3 bilhões em pagamentos atrasados. Esses valores, autorizados pelo Conselho da Justiça Federal (CJF), são resultado de ações judiciais vencidas por segurados que contestaram erros em cálculos de benefícios ou omissões de direitos.

A liberação abrange mais de 109 mil processos, muitos deles relacionados a revisões de aposentadorias, pensões e auxílios. Para os beneficiários, o dinheiro representa não apenas um reforço financeiro, mas a reparação de injustiças acumuladas, algumas aguardando resolução por décadas.

Os pagamentos são organizados pelos Tribunais Regionais Federais (TRFs), que distribuem os recursos em contas abertas no Banco do Brasil ou na Caixa Econômica Federal. Para saber se você está entre os beneficiados, é necessário consultar os sites dos TRFs com informações como CPF ou número do processo.

  • O que fazer agora? Verifique o andamento do seu processo no site do TRF da sua região.
  • Documentos necessários: CPF, RG, comprovante de residência e número do processo.
  • Prazo para saque: RPVs devem ser liberadas em até 60 dias após a autorização judicial.

Origem dos valores atrasados
Os pagamentos atrasados do INSS surgem quando segurados identificam falhas no cálculo ou na concessão de seus benefícios. Essas falhas podem ocorrer por erros administrativos, como a exclusão de períodos de contribuição, ou por mudanças na legislação que garantem novos direitos. Quando o INSS não corrige essas questões administrativamente, os beneficiários recorrem à Justiça, iniciando um processo que pode resultar na liberação de valores retroativos.

Em 2025, a maioria dos processos envolve revisões de aposentadorias por tempo de contribuição, pensões por morte e auxílios por incapacidade. Cada caso é analisado individualmente pelos TRFs, que determinam o montante devido com base nas decisões judiciais. Para muitos segurados, esses valores representam meses ou até anos de benefícios pagos a menos.

A liberação de R$ 2,3 bilhões reflete o esforço do CJF em agilizar o pagamento de Requisições de Pequeno Valor (RPVs), que abrangem quantias de até 60 salários mínimos. Diferentemente dos precatórios, que envolvem valores maiores e prazos mais longos, as RPVs têm um processo mais rápido, com depósitos realizados em até dois meses após a autorização.

Como funciona a liberação
O Conselho da Justiça Federal desempenha um papel central na liberação dos recursos. Após a aprovação das decisões judiciais, o CJF destina verbas do Orçamento Geral da União aos TRFs, que gerenciam os depósitos para os beneficiários. Cada tribunal opera em uma jurisdição específica, cobrindo diferentes estados brasileiros.

Os valores são depositados em contas abertas exclusivamente para esse fim, no Banco do Brasil ou na Caixa Econômica Federal. Os segurados não precisam de contas pessoais nesses bancos, mas devem comparecer às agências com documentos pessoais para realizar o saque. Em alguns casos, advogados podem solicitar a transferência direta para outra conta, mediante pedido formal.

Salário
Salário – Foto: Vergani Fotografia/ Shutterstock.com
  • TRF1: Atende estados como Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Bahia e outros do Norte e Centro-Oeste.
  • TRF2: Responsável por Rio de Janeiro e Espírito Santo.
  • TRF3: Abrange São Paulo e Mato Grosso do Sul.
  • TRF4: Gerencia processos da região Sul.
  • TRF5: Cuida do Nordeste.
  • TRF6: Exclusivo para Minas Gerais.

Diferença entre RPVs e precatórios
As Requisições de Pequeno Valor (RPVs) e os precatórios são os dois principais instrumentos para pagamento de valores judiciais devidos pelo INSS. As RPVs, que cobrem até 60 salários mínimos (R$ 84.720 em 2025), são prioritárias e pagas em até 60 dias após a expedição. Já os precatórios, usados para valores superiores, seguem um cronograma mais longo, com pagamentos geralmente no ano seguinte à liberação.

Em abril de 2025, a maior parte dos R$ 2,3 bilhões liberados refere-se a RPVs, beneficiando segurados com ações de menor montante. Essa agilidade é essencial para aposentados que dependem desses recursos para despesas básicas, como saúde e moradia.

Os precatórios, por outro lado, exigem previsão orçamentária e aprovação do Congresso Nacional. Embora menos frequentes, eles representam quantias significativas para beneficiários que venceram ações de maior valor, como revisões de benefícios especiais ou indenizações.

Passo a passo para consulta
Consultar se há valores atrasados disponíveis exige atenção a alguns detalhes. Os segurados devem acessar o site do Tribunal Regional Federal correspondente à sua região e localizar a seção de RPVs ou precatórios. O processo é simples, mas requer informações específicas para garantir a identificação correta do beneficiário.

Para iniciar a consulta, é necessário ter em mãos o número do CPF ou o número do processo judicial. Em alguns tribunais, como o TRF2, também pode ser solicitado o número da OAB do advogado ou o número da requisição. As plataformas dos TRFs são intuitivas, com campos claros para preenchimento.

  • Acesse o site do TRF: Cada tribunal tem uma área dedicada a consultas processuais.
  • Preencha os dados: Insira CPF, número do processo ou outros identificadores solicitados.
  • Verifique o status: Confirme se o pagamento foi autorizado e se há valores disponíveis.
  • Entre em contato, se necessário: Caso haja dúvidas, os TRFs oferecem canais de atendimento, como balcão virtual ou e-mail.

Após confirmar a liberação, o beneficiário deve reunir documentos como RG, CPF e comprovante de residência para comparecer ao banco indicado. A consulta regular é recomendada, especialmente para quem aguarda decisões judiciais há meses.

Cuidados ao receber os valores
Receber os pagamentos atrasados exige atenção para evitar problemas, como atrasos ou tentativas de golpes. Muitos segurados relatam contatos fraudulentos de pessoas se passando por representantes do INSS ou de bancos, oferecendo ajuda em troca de taxas.

Os beneficiários devem manter seus dados atualizados no INSS e na Justiça Federal, garantindo que informações como endereço e telefone estejam corretas. Qualquer divergência pode atrasar o depósito ou dificultar o acesso aos valores.

  • Evite compartilhar dados pessoais: Não forneça informações a terceiros que entrem em contato sem identificação oficial.
  • Confira o banco depositário: Verifique no site do TRF se o pagamento será feito no Banco do Brasil ou na Caixa.
  • Acompanhe o processo: Consulte regularmente o andamento para evitar surpresas.
  • Desconfie de promessas rápidas: Golpistas podem oferecer agilidade no pagamento em troca de dinheiro.

Papel do advogado no processo
Embora não seja obrigatório, o acompanhamento de um advogado facilita o acesso aos valores atrasados. Profissionais especializados têm acesso direto aos sistemas judiciais e podem esclarecer dúvidas sobre prazos, valores e trâmites.

Advogados também ajudam a verificar se o montante depositado corresponde à decisão judicial, evitando erros ou descontos indevidos. Em alguns casos, quando o beneficiário é idoso ou incapaz, a presença de um advogado pode ser exigida para a liberação de alvarás judiciais.

Os honorários advocatícios, geralmente acordados previamente, são descontados diretamente do valor recebido, mas é importante revisar o contrato para garantir transparência. Segurados que não contam com advogados podem buscar assistência na Defensoria Pública da União, que oferece suporte gratuito.

Motivos comuns para revisões
As revisões de benefícios que geram pagamentos atrasados têm causas variadas, refletindo a complexidade do sistema previdenciário brasileiro. Erros administrativos, como a não contabilização de períodos trabalhados em condições especiais, são frequentes. Mudanças na legislação, como novas regras para benefícios por incapacidade, também motivam ações judiciais.

Outro fator comum é a falha na aplicação de regras de transição durante reformas previdenciárias. Por exemplo, segurados que se aposentaram durante períodos de mudança legislativa podem ter direito a cálculos mais vantajosos, reconhecidos apenas após decisão judicial.

  • Erros de cálculo: Omissão de contribuições ou aplicação incorreta de índices.
  • Tempo de contribuição: Não reconhecimento de períodos trabalhados, como em atividades insalubres.
  • Mudanças legais: Novas leis que ampliam direitos previdenciários.
  • Benefícios por incapacidade: Falhas na concessão de auxílios-doença ou aposentadorias por invalidez.

Distribuição regional dos pagamentos
A liberação de R$ 2,3 bilhões beneficia segurados em todo o país, mas a distribuição varia entre as regiões. O TRF1, que abrange 14 estados, incluindo Bahia e Pará, responde por uma parcela significativa, com R$ 902 milhões distribuídos em 42 mil processos. Já o TRF2, que cobre Rio de Janeiro e Espírito Santo, liberou R$ 169,7 milhões para mais de 10 mil beneficiários.

O TRF3, responsável por São Paulo e Mato Grosso do Sul, destinou R$ 344 milhões a 14 mil segurados, enquanto o TRF4, na região Sul, pagou R$ 494 milhões em 24 mil processos. O TRF5, no Nordeste, liberou R$ 368 milhões, e o TRF6, em Minas Gerais, distribuiu valores para cerca de 30 mil beneficiários.

Essa divisão reflete o volume de ações judiciais em cada região, influenciado por fatores como densidade populacional, acesso à Justiça e número de segurados do INSS. Regiões com maior número de aposentados, como Sul e Sudeste, tendem a concentrar mais processos.

Herdeiros e pagamentos atrasados
Herdeiros de segurados falecidos também podem ter direito aos valores atrasados, desde que comprovem o vínculo legal. Para isso, é necessário apresentar documentos como certidão de óbito, certidão de casamento ou outros comprovantes de parentesco, além de seguir os trâmites judiciais.

O processo para herdeiros é semelhante ao dos beneficiários diretos, mas pode exigir a expedição de um alvará judicial, especialmente se o valor for elevado. A consulta no site do TRF é o primeiro passo para verificar se há valores disponíveis, seguida pela apresentação dos documentos no banco ou na Justiça.

Automação e agilidade nos processos
A liberação de pagamentos atrasados tem se beneficiado de avanços tecnológicos, como o sistema PrevJud, desenvolvido pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em parceria com o INSS. Essa ferramenta integra os sistemas judiciais e previdenciários, reduzindo o tempo de tramitação de ações e agilizando o cumprimento de decisões.

O PrevJud permite que informações sobre processos sejam compartilhadas automaticamente, facilitando a identificação de beneficiários e a liberação de recursos. Em 2025, todos os TRFs utilizam a plataforma, embora em alguns, como o TRF1 e o TRF5, o sistema ainda esteja em fase de testes para intimações judiciais.

Essa automação é parte do programa Justiça 4.0, que busca modernizar o Judiciário e reduzir o volume de ações pendentes. Dados do CNJ apontam que o INSS é o maior litigante no Brasil, com mais de 4,3 milhões de processos em tramitação, muitos deles relacionados a benefícios previdenciários.

Cronologia das liberações em 2025
Os pagamentos atrasados do INSS seguem um calendário definido pelos TRFs, com liberações mensais de RPVs. Em abril de 2025, os valores referentes a ações vencidas em março foram autorizados, totalizando R$ 2,3 bilhões. Novas liberações estão previstas para os próximos meses, dependendo da conclusão dos processos judiciais.

  • Janeiro: Pagamentos de ações concluídas em dezembro de 2024.
  • Abril: Liberação de R$ 2,3 bilhões para 144 mil segurados.
  • Maio: Previsão de novos lotes, ainda sem valores confirmados.
  • Outubro: Última grande liberação confirmada em 2024, com R$ 2,42 bilhões.



Leave a Reply

Your email address will not be published. Required fields are marked *