Veículos apreendidos por infrações de trânsito geram dor de cabeça para motoristas em todo o país. Em São Paulo, o Departamento Estadual de Trânsito (Detran-SP) gerencia um sistema com 233 pátios que abrigam cerca de 125 mil carros, motos e caminhões retidos. O processo para liberar esses bens exige organização, pagamento de taxas e apresentação de documentos específicos. Motoristas precisam agir rápido, já que a espera prolongada pode levar à perda do veículo em leilões.
O prazo de 60 dias para retirada é uma regra rígida, conforme o artigo 328 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB). Após esse período, o veículo pode ser avaliado e leiloado, deixando o proprietário sem opções de recuperação. A burocracia, embora complexa, é detalhada pelo Detran-SP em um procedimento acessível online.
Para esclarecer o processo, o Detran-SP disponibiliza orientações claras:
- Identificar o órgão responsável pelo recolhimento.
- Pagar débitos como multas, impostos e taxas de estadia.
- Enviar documentação digitalizada pelo site oficial.
- Comparecer ao pátio com o ofício de liberação.
Essas etapas, embora simples, exigem atenção aos detalhes para evitar atrasos ou custos adicionais. O sistema foi modernizado em 2024, trazendo ferramentas como o Sistema de Recolhimento de Veículos (SRV), que agiliza o acesso às informações.
Taxas pesam no bolso dos motoristas
O custo para liberar um veículo apreendido pode surpreender. Em São Paulo, as taxas são fixas e aplicadas em todo o estado. A diária no pátio custa R$ 38,90, enquanto o reboque sai por R$ 388,96. Além disso, há uma taxa de liberação de R$ 19,17, paga em bancos conveniados ou casas lotéricas.
Esses valores acumulam rapidamente. Um carro que permanece 10 dias no pátio gera R$ 389 em diárias, sem contar multas pendentes ou outros débitos, como IPVA atrasado. O Detran-SP alerta que os pagamentos devem ser feitos diretamente ao pátio, e os motoristas precisam exigir nota fiscal para evitar cobranças indevidas. O presidente do Detran-SP, Eduardo Aggio, reforça a importância de verificar as taxas tabeladas.
Para veículos com problemas mecânicos, como mau estado de conservação, o proprietário deve arcar com reparos antes da liberação. Isso pode incluir consertos em oficinas credenciadas e uma nova vistoria para comprovar que o veículo está em condições de circular. Em casos de infrações graves, como dirigir sob efeito de álcool, multas adicionais elevam ainda mais os custos.
Sistema de recolhimento ganha modernização
A partir de outubro de 2024, o Detran-SP implementou o Sistema de Recolhimento de Veículos (SRV). A ferramenta fornece um QR Code ao motorista no momento da apreensão, direcionando-o à página de liberação no site oficial. Com isso, o condutor sabe imediatamente para qual pátio o veículo será levado e pode iniciar o processo sem demora.
O SRV reduz o tempo de espera e minimiza erros na identificação do órgão responsável. Antes, muitos motoristas enfrentavam dificuldades para localizar o veículo, especialmente quando a apreensão era feita por órgãos como a Polícia Militar ou o Departamento de Estradas e Rodagem (DER). Agora, o sistema centraliza as informações, facilitando o acesso.

- Benefícios do SRV:
- Acesso imediato ao pátio de destino.
- Instruções claras para pagamento e documentação.
- Redução de erros administrativos.
- Agilidade no envio do ofício de liberação.
A modernização reflete o esforço do Detran-SP para melhorar a eficiência. Em 2024, cerca de 215,2 mil veículos foram apreendidos, com 151,1 mil já liberados, segundo dados do órgão. A tecnologia também ajuda a evitar que veículos fiquem esquecidos nos pátios, reduzindo o risco de leilões.
Documentação exige atenção redobrada
O processo de liberação começa com a entrega de documentos digitalizados pelo site do Detran-SP. O proprietário ou seu procurador deve providenciar itens como identificação pessoal, comprovante de recolhimento (CRR) e recibos de pagamento de débitos. A lista varia conforme a situação do veículo.
Casos específicos demandam papéis adicionais. Para veículos em processo de transferência, é necessário apresentar o contrato de compra e venda. Se o carro foi roubado, um boletim de ocorrência pode isentar o proprietário de algumas taxas, como multas e IPVA atrasados. Veículos com ordem judicial de liberação exigem a determinação expressa do juiz.
- Documentos básicos para liberação:
- Identificação do proprietário (frente e verso).
- Certificado de Recolhimento e Remoção (CRR).
- Comprovantes de pagamento de multas e impostos.
- Recibo da taxa de estadia e reboque.
- Procuração autenticada, se aplicável.
O envio incorreto de documentos pode atrasar o processo. O Detran-SP analisa os arquivos em até 48 horas e emite o ofício de liberação por e-mail. Motoristas devem revisar cuidadosamente os requisitos no portal antes de protocolar o pedido.
Órgãos envolvidos complicam o processo
Nem todas as apreensões são responsabilidade do Detran-SP. Outros órgãos, como a Polícia Militar, a Polícia Rodoviária Federal e o DER, também realizam remoções. A informação sobre o órgão responsável está no Certificado de Recolhimento e Remoção (CRR), entregue no momento da apreensão.
Quando o Detran-SP não é o responsável, o motorista deve consultar o procedimento no órgão indicado. Cada entidade tem regras próprias, o que pode gerar confusão. Por exemplo, veículos apreendidos pela Polícia Rodoviária Federal seguem normas federais, enquanto o DER aplica regulamentações estaduais para rodovias.
Essa divisão de responsabilidades exige que o motorista aja rapidamente para identificar o caminho correto. Em São Paulo, apenas um dos 233 pátios é gerido diretamente pelo Detran-SP, localizado na Avenida Presidente Wilson, na capital. Os demais são administrados por empresas privadas credenciadas ou por prefeituras, o que pode variar os procedimentos.
Prazos apertados e risco de leilão
O prazo de 60 dias para liberar um veículo é uma preocupação constante. Após esse período, o Detran-SP pode avaliar o bem e destiná-lo a leilão, conforme o CTB. Em 2024, cerca de 10 mil veículos foram apreendidos apenas no início do ano, e muitos proprietários enfrentam dificuldades para cumprir o prazo.
O leilão ocorre quando o veículo não é reclamado ou quando os débitos superam seu valor de mercado. Os recursos arrecadados são usados para quitar dívidas, e o excedente, se houver, é devolvido ao proprietário. No entanto, a maioria dos casos resulta na perda total do bem.
- Fatores que levam ao leilão:
- Falta de pagamento de débitos.
- Não cumprimento do prazo de 60 dias.
- Veículo em mau estado, sem condições de reparo.
- Ausência de documentação regularizada.
O Detran-SP recomenda que os motoristas consultem o status do veículo no site oficial, usando o número do Renavam. A verificação prévia evita surpresas e ajuda a planejar os pagamentos necessários.
Manutenção do veículo eleva custos
Veículos retidos por mau estado de conservação enfrentam exigências adicionais. O proprietário deve reparar componentes danificados, como freios, pneus ou faróis, antes de solicitar a liberação. Esses consertos são feitos em oficinas credenciadas, e o veículo passa por uma vistoria para confirmar as correções.
O transporte do carro até a oficina pode ser autorizado pelo Detran-SP, mas exige um pedido formal. O processo aumenta os custos, já que o motorista paga pelo reparo, pela vistoria e pelas taxas do pátio. Em alguns casos, o valor total supera o preço de mercado do veículo, levando proprietários a abandonar o bem.
A vistoria é obrigatória para garantir que o veículo atenda às normas de segurança. O Detran-SP realiza o procedimento em unidades específicas, e o agendamento é feito online. A aprovação remove o bloqueio administrativo, permitindo a retirada do carro.
Gestão de pátios enfrenta desafios
Os 233 pátios de São Paulo operam sob acordos com prefeituras e o DER, mas apenas um pertence ao Detran-SP. A gestão terceirizada gera críticas, já que alguns pátios enfrentam problemas de organização e superlotação. Apesar disso, o Detran-SP afirma que 56% da capacidade total dos pátios ainda está disponível.
O presidente do Detran-SP, Eduardo Aggio, destaca que a autarquia busca soluções para melhorar o armazenamento dos veículos. Em janeiro de 2024, o Programa de Parcerias de Investimentos do Estado de São Paulo (PPI-SP) aprovou uma proposta para delegar a gestão de pátios a empresas privadas. O modelo está em fase de estudos e deve ser implementado nos próximos anos.
A terceirização visa reduzir custos e aumentar a eficiência. Atualmente, os pátios dependem de guinchos credenciados, que também participam do processo de liberação. A modernização dos serviços é uma prioridade para o Detran-SP, que planeja expandir o uso de tecnologias como o SRV.
Infrações mais comuns levam à apreensão
As infrações que resultam em apreensão variam em gravidade. Dirigir sem habilitação, com a CNH vencida ou sob efeito de álcool são causas frequentes. Veículos com licenciamento atrasado ou em mau estado de conservação também são alvos comuns.
Outras infrações incluem placas ilegíveis, lacres violados ou transporte de passageiros acima do limite permitido. O CTB lista essas situações como passíveis de remoção, e os agentes de trânsito têm autonomia para decidir pela apreensão. Em 2024, o Detran-SP registrou um aumento nas apreensões por licenciamento atrasado, reflexo de dificuldades financeiras enfrentadas por muitos motoristas.
- Infrações que levam à apreensão:
- Condução sem CNH ou com habilitação vencida.
- Veículo com licenciamento atrasado.
- Mau estado de conservação comprometendo a segurança.
- Dirigir sob influência de álcool ou drogas.
- Placas sem condições de legibilidade.
O Detran-SP orienta que os motoristas regularizem a documentação do veículo anualmente para evitar problemas. A consulta de débitos pode ser feita online, usando o Renavam, e ajuda a identificar pendências antes de uma fiscalização.
Casos especiais exigem trâmites adicionais
Veículos envolvidos em crimes, como furtos ou roubos, seguem regras específicas. O proprietário deve apresentar um boletim de ocorrência para isenção de taxas e multas acumuladas durante o período em que o carro esteve fora de sua posse. A liberação ocorre após a autorização da autoridade policial ou judicial.
Para veículos de proprietários falecidos, é necessário apresentar a certidão de óbito e documentos que comprovem a legitimidade do requerente, como um inventário. Em situações de transferência de propriedade, o contrato de compra e venda deve estar devidamente registrado. Esses casos podem prolongar o processo, exigindo paciência do solicitante.
O Detran-SP disponibiliza orientações detalhadas no site oficial para cada tipo de situação. O portal inclui modelos de documentos e instruções para preenchimento, facilitando o acesso às informações. A digitalização do processo eliminou a necessidade de comparecimento presencial em muitos casos.
Agilidade depende do proprietário
O sucesso na liberação de um veículo depende da rapidez do proprietário em cumprir as exigências. O Detran-SP processa os pedidos em até 48 horas, mas atrasos na entrega de documentos ou no pagamento de taxas podem estender o prazo. Motoristas que deixam o veículo no pátio por semanas enfrentam custos elevados e o risco de leilão.
A consulta online do status do veículo é uma ferramenta essencial. O site do Detran-SP permite verificar débitos, localizar o pátio e acompanhar o andamento do pedido. O uso do Renavam ou do CPF do proprietário simplifica o acesso a essas informações.
O Detran-SP recomenda que os motoristas mantenham a documentação do veículo em dia e evitem infrações que levem à apreensão. A regularização prévia de débitos, como IPVA e licenciamento, reduz o risco de problemas durante fiscalizações. A autarquia também incentiva o uso de canais digitais para agilizar os trâmites.
Alternativas para reduzir custos
Alguns motoristas buscam alternativas para minimizar os gastos com a liberação. O parcelamento de multas e impostos, quando disponível, é uma opção em São Paulo. Bancos conveniados oferecem condições para dividir os débitos, aliviando o impacto financeiro.
Outra estratégia é agir imediatamente após a apreensão. Quanto menor o tempo no pátio, menores são as diárias acumuladas. Proprietários que organizam a documentação e os pagamentos no mesmo dia da apreensão podem reduzir significativamente os custos.
- Dicas para economizar:
- Pague os débitos assim que receber o CRR.
- Consulte o parcelamento de multas em bancos credenciados.
- Envie a documentação completa para evitar retrabalho.
- Verifique o status do veículo online antes de ir ao pátio.
O Detran-SP também alerta para golpes envolvendo falsas promessas de liberação rápida. Motoristas devem usar apenas os canais oficiais e desconfiar de intermediários que cobram taxas extras. A transparência no processo é garantida pelo portal do órgão, que detalha todas as etapas.

Veículos apreendidos por infrações de trânsito geram dor de cabeça para motoristas em todo o país. Em São Paulo, o Departamento Estadual de Trânsito (Detran-SP) gerencia um sistema com 233 pátios que abrigam cerca de 125 mil carros, motos e caminhões retidos. O processo para liberar esses bens exige organização, pagamento de taxas e apresentação de documentos específicos. Motoristas precisam agir rápido, já que a espera prolongada pode levar à perda do veículo em leilões.
O prazo de 60 dias para retirada é uma regra rígida, conforme o artigo 328 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB). Após esse período, o veículo pode ser avaliado e leiloado, deixando o proprietário sem opções de recuperação. A burocracia, embora complexa, é detalhada pelo Detran-SP em um procedimento acessível online.
Para esclarecer o processo, o Detran-SP disponibiliza orientações claras:
- Identificar o órgão responsável pelo recolhimento.
- Pagar débitos como multas, impostos e taxas de estadia.
- Enviar documentação digitalizada pelo site oficial.
- Comparecer ao pátio com o ofício de liberação.
Essas etapas, embora simples, exigem atenção aos detalhes para evitar atrasos ou custos adicionais. O sistema foi modernizado em 2024, trazendo ferramentas como o Sistema de Recolhimento de Veículos (SRV), que agiliza o acesso às informações.
Taxas pesam no bolso dos motoristas
O custo para liberar um veículo apreendido pode surpreender. Em São Paulo, as taxas são fixas e aplicadas em todo o estado. A diária no pátio custa R$ 38,90, enquanto o reboque sai por R$ 388,96. Além disso, há uma taxa de liberação de R$ 19,17, paga em bancos conveniados ou casas lotéricas.
Esses valores acumulam rapidamente. Um carro que permanece 10 dias no pátio gera R$ 389 em diárias, sem contar multas pendentes ou outros débitos, como IPVA atrasado. O Detran-SP alerta que os pagamentos devem ser feitos diretamente ao pátio, e os motoristas precisam exigir nota fiscal para evitar cobranças indevidas. O presidente do Detran-SP, Eduardo Aggio, reforça a importância de verificar as taxas tabeladas.
Para veículos com problemas mecânicos, como mau estado de conservação, o proprietário deve arcar com reparos antes da liberação. Isso pode incluir consertos em oficinas credenciadas e uma nova vistoria para comprovar que o veículo está em condições de circular. Em casos de infrações graves, como dirigir sob efeito de álcool, multas adicionais elevam ainda mais os custos.
Sistema de recolhimento ganha modernização
A partir de outubro de 2024, o Detran-SP implementou o Sistema de Recolhimento de Veículos (SRV). A ferramenta fornece um QR Code ao motorista no momento da apreensão, direcionando-o à página de liberação no site oficial. Com isso, o condutor sabe imediatamente para qual pátio o veículo será levado e pode iniciar o processo sem demora.
O SRV reduz o tempo de espera e minimiza erros na identificação do órgão responsável. Antes, muitos motoristas enfrentavam dificuldades para localizar o veículo, especialmente quando a apreensão era feita por órgãos como a Polícia Militar ou o Departamento de Estradas e Rodagem (DER). Agora, o sistema centraliza as informações, facilitando o acesso.

- Benefícios do SRV:
- Acesso imediato ao pátio de destino.
- Instruções claras para pagamento e documentação.
- Redução de erros administrativos.
- Agilidade no envio do ofício de liberação.
A modernização reflete o esforço do Detran-SP para melhorar a eficiência. Em 2024, cerca de 215,2 mil veículos foram apreendidos, com 151,1 mil já liberados, segundo dados do órgão. A tecnologia também ajuda a evitar que veículos fiquem esquecidos nos pátios, reduzindo o risco de leilões.
Documentação exige atenção redobrada
O processo de liberação começa com a entrega de documentos digitalizados pelo site do Detran-SP. O proprietário ou seu procurador deve providenciar itens como identificação pessoal, comprovante de recolhimento (CRR) e recibos de pagamento de débitos. A lista varia conforme a situação do veículo.
Casos específicos demandam papéis adicionais. Para veículos em processo de transferência, é necessário apresentar o contrato de compra e venda. Se o carro foi roubado, um boletim de ocorrência pode isentar o proprietário de algumas taxas, como multas e IPVA atrasados. Veículos com ordem judicial de liberação exigem a determinação expressa do juiz.
- Documentos básicos para liberação:
- Identificação do proprietário (frente e verso).
- Certificado de Recolhimento e Remoção (CRR).
- Comprovantes de pagamento de multas e impostos.
- Recibo da taxa de estadia e reboque.
- Procuração autenticada, se aplicável.
O envio incorreto de documentos pode atrasar o processo. O Detran-SP analisa os arquivos em até 48 horas e emite o ofício de liberação por e-mail. Motoristas devem revisar cuidadosamente os requisitos no portal antes de protocolar o pedido.
Órgãos envolvidos complicam o processo
Nem todas as apreensões são responsabilidade do Detran-SP. Outros órgãos, como a Polícia Militar, a Polícia Rodoviária Federal e o DER, também realizam remoções. A informação sobre o órgão responsável está no Certificado de Recolhimento e Remoção (CRR), entregue no momento da apreensão.
Quando o Detran-SP não é o responsável, o motorista deve consultar o procedimento no órgão indicado. Cada entidade tem regras próprias, o que pode gerar confusão. Por exemplo, veículos apreendidos pela Polícia Rodoviária Federal seguem normas federais, enquanto o DER aplica regulamentações estaduais para rodovias.
Essa divisão de responsabilidades exige que o motorista aja rapidamente para identificar o caminho correto. Em São Paulo, apenas um dos 233 pátios é gerido diretamente pelo Detran-SP, localizado na Avenida Presidente Wilson, na capital. Os demais são administrados por empresas privadas credenciadas ou por prefeituras, o que pode variar os procedimentos.
Prazos apertados e risco de leilão
O prazo de 60 dias para liberar um veículo é uma preocupação constante. Após esse período, o Detran-SP pode avaliar o bem e destiná-lo a leilão, conforme o CTB. Em 2024, cerca de 10 mil veículos foram apreendidos apenas no início do ano, e muitos proprietários enfrentam dificuldades para cumprir o prazo.
O leilão ocorre quando o veículo não é reclamado ou quando os débitos superam seu valor de mercado. Os recursos arrecadados são usados para quitar dívidas, e o excedente, se houver, é devolvido ao proprietário. No entanto, a maioria dos casos resulta na perda total do bem.
- Fatores que levam ao leilão:
- Falta de pagamento de débitos.
- Não cumprimento do prazo de 60 dias.
- Veículo em mau estado, sem condições de reparo.
- Ausência de documentação regularizada.
O Detran-SP recomenda que os motoristas consultem o status do veículo no site oficial, usando o número do Renavam. A verificação prévia evita surpresas e ajuda a planejar os pagamentos necessários.
Manutenção do veículo eleva custos
Veículos retidos por mau estado de conservação enfrentam exigências adicionais. O proprietário deve reparar componentes danificados, como freios, pneus ou faróis, antes de solicitar a liberação. Esses consertos são feitos em oficinas credenciadas, e o veículo passa por uma vistoria para confirmar as correções.
O transporte do carro até a oficina pode ser autorizado pelo Detran-SP, mas exige um pedido formal. O processo aumenta os custos, já que o motorista paga pelo reparo, pela vistoria e pelas taxas do pátio. Em alguns casos, o valor total supera o preço de mercado do veículo, levando proprietários a abandonar o bem.
A vistoria é obrigatória para garantir que o veículo atenda às normas de segurança. O Detran-SP realiza o procedimento em unidades específicas, e o agendamento é feito online. A aprovação remove o bloqueio administrativo, permitindo a retirada do carro.
Gestão de pátios enfrenta desafios
Os 233 pátios de São Paulo operam sob acordos com prefeituras e o DER, mas apenas um pertence ao Detran-SP. A gestão terceirizada gera críticas, já que alguns pátios enfrentam problemas de organização e superlotação. Apesar disso, o Detran-SP afirma que 56% da capacidade total dos pátios ainda está disponível.
O presidente do Detran-SP, Eduardo Aggio, destaca que a autarquia busca soluções para melhorar o armazenamento dos veículos. Em janeiro de 2024, o Programa de Parcerias de Investimentos do Estado de São Paulo (PPI-SP) aprovou uma proposta para delegar a gestão de pátios a empresas privadas. O modelo está em fase de estudos e deve ser implementado nos próximos anos.
A terceirização visa reduzir custos e aumentar a eficiência. Atualmente, os pátios dependem de guinchos credenciados, que também participam do processo de liberação. A modernização dos serviços é uma prioridade para o Detran-SP, que planeja expandir o uso de tecnologias como o SRV.
Infrações mais comuns levam à apreensão
As infrações que resultam em apreensão variam em gravidade. Dirigir sem habilitação, com a CNH vencida ou sob efeito de álcool são causas frequentes. Veículos com licenciamento atrasado ou em mau estado de conservação também são alvos comuns.
Outras infrações incluem placas ilegíveis, lacres violados ou transporte de passageiros acima do limite permitido. O CTB lista essas situações como passíveis de remoção, e os agentes de trânsito têm autonomia para decidir pela apreensão. Em 2024, o Detran-SP registrou um aumento nas apreensões por licenciamento atrasado, reflexo de dificuldades financeiras enfrentadas por muitos motoristas.
- Infrações que levam à apreensão:
- Condução sem CNH ou com habilitação vencida.
- Veículo com licenciamento atrasado.
- Mau estado de conservação comprometendo a segurança.
- Dirigir sob influência de álcool ou drogas.
- Placas sem condições de legibilidade.
O Detran-SP orienta que os motoristas regularizem a documentação do veículo anualmente para evitar problemas. A consulta de débitos pode ser feita online, usando o Renavam, e ajuda a identificar pendências antes de uma fiscalização.
Casos especiais exigem trâmites adicionais
Veículos envolvidos em crimes, como furtos ou roubos, seguem regras específicas. O proprietário deve apresentar um boletim de ocorrência para isenção de taxas e multas acumuladas durante o período em que o carro esteve fora de sua posse. A liberação ocorre após a autorização da autoridade policial ou judicial.
Para veículos de proprietários falecidos, é necessário apresentar a certidão de óbito e documentos que comprovem a legitimidade do requerente, como um inventário. Em situações de transferência de propriedade, o contrato de compra e venda deve estar devidamente registrado. Esses casos podem prolongar o processo, exigindo paciência do solicitante.
O Detran-SP disponibiliza orientações detalhadas no site oficial para cada tipo de situação. O portal inclui modelos de documentos e instruções para preenchimento, facilitando o acesso às informações. A digitalização do processo eliminou a necessidade de comparecimento presencial em muitos casos.
Agilidade depende do proprietário
O sucesso na liberação de um veículo depende da rapidez do proprietário em cumprir as exigências. O Detran-SP processa os pedidos em até 48 horas, mas atrasos na entrega de documentos ou no pagamento de taxas podem estender o prazo. Motoristas que deixam o veículo no pátio por semanas enfrentam custos elevados e o risco de leilão.
A consulta online do status do veículo é uma ferramenta essencial. O site do Detran-SP permite verificar débitos, localizar o pátio e acompanhar o andamento do pedido. O uso do Renavam ou do CPF do proprietário simplifica o acesso a essas informações.
O Detran-SP recomenda que os motoristas mantenham a documentação do veículo em dia e evitem infrações que levem à apreensão. A regularização prévia de débitos, como IPVA e licenciamento, reduz o risco de problemas durante fiscalizações. A autarquia também incentiva o uso de canais digitais para agilizar os trâmites.
Alternativas para reduzir custos
Alguns motoristas buscam alternativas para minimizar os gastos com a liberação. O parcelamento de multas e impostos, quando disponível, é uma opção em São Paulo. Bancos conveniados oferecem condições para dividir os débitos, aliviando o impacto financeiro.
Outra estratégia é agir imediatamente após a apreensão. Quanto menor o tempo no pátio, menores são as diárias acumuladas. Proprietários que organizam a documentação e os pagamentos no mesmo dia da apreensão podem reduzir significativamente os custos.
- Dicas para economizar:
- Pague os débitos assim que receber o CRR.
- Consulte o parcelamento de multas em bancos credenciados.
- Envie a documentação completa para evitar retrabalho.
- Verifique o status do veículo online antes de ir ao pátio.
O Detran-SP também alerta para golpes envolvendo falsas promessas de liberação rápida. Motoristas devem usar apenas os canais oficiais e desconfiar de intermediários que cobram taxas extras. A transparência no processo é garantida pelo portal do órgão, que detalha todas as etapas.
