Gabi Lopes diz como lidou com depressão e ansiedade: "Reprogramo meu cérebro dos padrões que tive"
Criadora de conteúdo há mais de 15 anos, influenciadora reflete sobre evolução do mercado desde quando ainda nem considerava uma profissão Gabi Lopes celebra 30 anos de idade com metade da vida de experiência nas redes sociais. Parte do time de influenciadores que começaram a criar conteúdo quando nem se considerava uma profissão, a empresária do ramo da influência digital reflete com a Quem sobre estar na internet desde quando tudo era “barro” ao dizer que o “mato” está sendo cortado só agora.
“Hoje, se você olhar para rede social, é muito um recorte do que a pessoa quer ser ou do melhor lado da pessoa. É uma realidade inventada pela própria pessoa que vive. É um lugar que você tem que olhar, porque é um lugar de muita artificialidade ao mesmo tempo, de muita grama do vizinho muito verde, porque você não está vendo os bastidores do vizinho”, afirma.
Initial plugin text
Ela acredita que o tempo fez com que alguns influenciadores começassem a se preocupar mais com a credibilidade e responsabilidade do conteúdo. “Esse mercado já foi muito informal, começou de um jeito que não tinha nome. Primeiro, foi ‘tuiteiro’, depois foi influenciador, blogueira, mesmo que ninguém tivesse blog, e agora creator. Hoje, a gente entende que é uma profissão de fato a criação de conteúdo, tanto para publicidade quanto para orgânico nas suas redes sociais”, avalia.
Gabi Lopes
Reprodução/Instagram
Influenciar diferente de influenciador
“Tem esse lugar mais profissional e tem o creator se preocupando mais com a credibilidade da mensagem que ele passa. Coisa que há anos não tinha tanto. Influenciar para mim é relevante, porque se você parar para pensar, todo mundo influencia, estou aqui te olhando, um relógio legal, vou lá comprar um, porque vi no seu pulso. Influenciar é diferente de ser influenciador”, afirma.
Ela defende a ideia de que qualquer um pode influenciar o outro a qualquer momento com informações, estilo ou vivência, mas o influenciador cria conteúdo sobre isso. “Influenciar é diferente de ser influenciador. Tudo hoje é influência…um curso, estudo, tudo você está sendo influenciado. Para mim, influenciar isso é uma coisa mais geral, qualquer um pode fazer”, explica.
Saiba-mais taboola
Saúde mental
Gabi admite que muita terapia semanal com psicóloga é fundamental para se preservar no mundo de exposições e comparações das redes sociais. “Às vezes, ficava uns meses sem fazer, dois, três, já voltava. Assim como todo mundo, porque vejo que teve esse momento no nosso mercado, tive minha depressão, uma crise muito forte. Tive quase um ano e meio aí de depressão. Fiquei bem mal, tive também crise de ansiedade. Tudo isso foi um pouco antes da pandemia”, relatou.
Ela ainda conta que começou um tratamento voltado para o cérebro há cerca de quatro anos. “Reprogramo meu cérebro para desprogramar esses padrões que tive. Tenho certeza que não só pela parte dos influenciadores, porque tenho mais oito profissões, mas acho que comecei a trabalhar muito cedo, quatro anos de idade, recebia caixinha e tinha que pensar o que fazer com isso, que foi guardar”, conta ela, que também é atriz, modelo e algumas outras vertentes.
“É muita responsabilidade trabalhar com internet desde nova. Tem comparação, hater, tudo muito delicado, mas nunca me senti tão bem. Acho que os 30 anos contribuem muito, mas a caminhada também. Quando você olha para trás, tudo dói menos, porque você já caminhou muito tempo”, completou.
Gabi Lopes
Reprodução/Instagram
Diferencial de quem está desde o ‘barro’
A dona do Gabi Weekend, viagem cheia de atrações com time de influenciadores no Caribe, também reflete sobre o diferencial para se manter relevante por tanto tempo em um meio tão volátil. “Não estou na internet desde quando tudo era mato, porque acho que o mato está saindo agora, a gente começou a cortar o mato. Estou desde quando era barro, quando a gente não tinha nome. As marcas ligavam e perguntavam quando cobrava por um tweet, eu falava: Léo Picon, quanto que você vai cobrar? Quando ele tinha 10, 11 anos. Uma loucura”, afirma.
“Acho que você atinge aquilo o que você quer. Se você olha para o lado e vê alguém muito rico, você pode ter certeza que aquela pessoa quis ficar muito rica e ela trabalhou duro, fez o que precisou fazer para chegar ali. Sempre quis deixar um legado, sempre quis deixar uma história, fazer parte, contribuir. Sempre fui muito leonina, de andar em bando”, completa.
Ela ainda frisa que sempre fez questão de levar os amigos junto nas oportunidades com o perfil de que querer promover as realizações. “Quando podia, ‘vendia’ meus amigos, ajudava a negociar, queria fazer as coisas acontecerem. Acho que como um diferencial meu pode ser a fazedora, mas um outro diferencial sem dúvida é porque quis criar um caminho e deixar um legado. Estou só no início de tudo isso, mas estou indo”, conclui.
Gabi Lopes
Reprodução/Instagram
Mais lidas da semana
Post Comment