debate revela Tábata como a promessa da centro-direita

DE VOLTA AO FUTURO: RICARDO NUNES
Nunes é candidato de uma coligação-ônibus, que junta o PL de Bolsonaro, os partidos do centrão e o PSD de Gilberto Kassab. A primeira tentação, como já se assanhou em anunciar o senador Ciro Nogueira (PI), presidente do PP, é ver aí a aliança para enfrentar Lula em 2026. Mais desejo do que realidade; mais ilusão do que possibilidade.

Vai acontecer? Não sei. Notem que, até agora, eles não conseguiram se unir nem em torno de um candidato de consenso para a Presidência da Câmara. A disputa está muito longe. De resto, nesse ônibus, está o PL de Jair Bolsonaro, que hoje se diz “o candidato”, sabendo que não será, na certeza de que irá, no dedaço, escolher o postulante. Do PL, pode ser; de toda essa turma, é pouco provável.

É inequívoco que a eventual vitória de Nunes fortalece, no campo da direita, o nome de Tarcísio de Freitas, que se fez o fiador do prefeito-candidato quando o ex-presidente já havia decidido soltar a sua mão, mesmo Nunes tendo feito as abjurações mais abjetas e humilhantes.

“Mas, se fortalece Tarcísio, está bem para Bolsonaro”. Não é bem assim. Uma coisa é o fanfarrão ungir um Tarcísio sem voo próprio, que depende inteiramente da sua condução. Outra é o governador ter autonomia de voo — mais de uma vez, o “chefe” já deixou claro que isso o desagrada. O “frentão” unido para 2026 é só uma projeção mental de Ciro Nogueira. De qualquer modo, Tarcísio, e não Bolsoanro, seria o grande vencedor no caso de Nunes se reeleger.

DE VOLTA AO FUTURO: TÁBATA AMARAL
E agora volto ao começo. Falemos da deputada candidata Tábata Amaral (PSB).

Reproduzo a pergunta que ela dirigiu a Boulos e o comentário que fez depois da sua resposta:
“Candidato, de cada 10 crianças que estão na creche hoje, oito estão em entidades, muitas delas religiosas, que fazem parcerias com a Prefeitura. Na última eleição, você disse que era contra esse modelo; que, se fosse prefeito, acabaria com as parcerias. Agora, você disse que mudou de opinião nessa eleição. No entanto, seu partido, o PSOL, continua sendo o contrário ao modelo de parcerias. Então, eu queria entender: em quem nós devemos acreditar: no Boulos ou no PSOL?”



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