É falso que Boulos subiu 2% em apenas uma atualização da apuração

Às 18h02, Pablo Marçal (PRTB) aparecia com 29,06% dos votos e Guilherme Boulos com 27,30%. Já às 18h56, Boulos registrava 29,18% dos votos, e Marçal, 28,30% (veja aqui e aqui). É possível verificar nos gráficos das apurações publicadas pelo portal g1 e pelo Estado de S. Paulo que houve cerca de 30 atualizações de resultados parciais neste período, e não apenas uma como aponta o vídeo enganoso.

Houve também a evolução de urnas apuradas. No período mostrado no vídeo, o total de urnas apuradas foi de 1,5% às 18h02 (veja aqui) a 44,85% depois do resultado da parcial de 18h56 (aqui).

Virada ocorreu no tempo indicado no vídeo. Guilherme Boulos passou à frente de Pablo Marçal às 18h40, como verificado pelo UOL Confere.

Sem comprovação de fraudes na urna eletrônica. As urnas eletrônicas são usadas no Brasil desde 1996, e nunca houve qualquer confirmação de fraude nas eleições por causa delas (aqui). Em 2014, o candidato derrotado na eleição presidencial, Aécio Neves (PSDB), questionou o pleito e o partido solicitou uma auditoria. A análise feita pelo PSDB constatou que não houve fraude. Em 2022, sob Bolsonaro, as Forças Armadas também fizeram um relatório como entidade fiscalizadora do processo eleitoral junto ao TSE. O documento não citou indício de fraude na eleição. No mesmo ano, o partido de Bolsonaro (PL) também questionou as urnas. As alegações do partido eram enganosas e foram desmentidas (leia aqui).

Viralização. No Instagram, um vídeo com o conteúdo desinformativo registrava mais de 500 mil reproduções.

Este conteúdo também foi checado por Reuters e Estadão Verifica.



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