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18 Apr 2025, Fri

Da batalha contra a meningite meningocócica ao pódio: conheça a trajetória do atleta Rodolpho Riskalla | Marcas Parceiras


O ano era 2015 e poucos meses separavam o atleta Rodolpho Riskalla de uma oportunidade de representar o Brasil nas Olimpíadas que aconteceriam no ano seguinte, no Rio de Janeiro. Naquele ano, o cavaleiro contraiu meningite meningocócica, o que resultou em sequelas como a amputação das suas duas pernas, da mão direita e de alguns dedos da mão esquerda. A doença tornou essa distância um pouco maior, mas não impossível de ser alcançada: no fim do tratamento e ainda sem próteses, ele voltou a montar e conquistou a tão sonhada vaga.

Desde criança, Rodolpho participava de competições. Foram anos de treino e preparativos, e, em 2015, aos 30 anos, iria começar o processo seletivo para participar das Olimpíadas no Brasil. Foi em meio à fase preliminar que surgiram os primeiros sintomas durante uma viagem ao Brasil – ele se mudou para a França em 2012, aos 27 anos. Enjoo, febre alta e fortes dores no corpo: apesar de serem sinais comuns de outras doenças, a mãe do rapaz se preocupou com seu estado e rapidamente o levou ao hospital. “Foi realmente a minha sorte, porque eu cheguei no hospital implorando para me olharem porque eu não conseguia nem sair do carro, andar e sequer ficar de pé.”

Os primeiros sintomas apareceram durante uma viagem ao Brasil e, em pouco tempo, ele recebeu a notícia das amputações — Foto: Divulgação
Os primeiros sintomas apareceram durante uma viagem ao Brasil e, em pouco tempo, ele recebeu a notícia das amputações — Foto: Divulgação

“Eles foram super-rápidos e logo se tocaram que era meningite. Logo fui para a UTI e me colocaram em coma induzido por duas semanas. Eu tinha uma perspectiva de vida de algumas horas só”, narra o esportista. Ele conta que os médicos chegaram a preparar sua mãe para um possível falecimento. “Para eles, eu já tinha morrido. Nos dias anteriores, eu não tinha nada, era vida normal. É uma coisa que veio muito, muito rápido mesmo, e a minha grande sorte foi que eu estava na casa da minha mãe e ela me levou para o hospital. Eles foram muito bons, me trataram muito rápido, sabiam o que era e deram todos os remédios possíveis”, elogia.

“No Brasil, o que existe de vacina obrigatória no posto eu fui vacinado. Ponto final. Não sabia que existiam diferentes tipos [de meningite] e que, para você ser completamente imunizado, precisa de mais de uma vacina”, conta Rodolpho em entrevista à GQ Brasil. “O problema é que uma vez que você sobrevive a meningite, você tem que sobreviver também às sequelas. Foi assim que vieram as amputações.”

A recuperação foi um processo longo e árduo para Rodolpho e sua família. Ele relata um emagrecimento de mais de 30 quilos, bem como a perda de força e a dificuldade da decisão das amputações. A essa altura, já havia retornado para a França. “Eles me amputaram da melhor maneira possível. Nas duas pernas, foi no tibial, embaixo do joelho, da mesma altura. Mas a mão é diferente da perna, né? Eles tentaram salvar o máximo possível, estudaram bem.” Depois dos procedimentos cirúrgicos, ele foi transferido para um centro de reabilitação perto de Paris. Ali, fez fisioterapia e esperou pelas próteses para retomar sua rotina.

O atleta garantiu a sonhada medalha de prata em Tóquio, em 2021 — Foto: Divulgação
O atleta garantiu a sonhada medalha de prata em Tóquio, em 2021 — Foto: Divulgação

Rodolpho estava no fim do tratamento e se adaptando à nova realidade quando voltou a treinar. O sonho de competir no Brasil ainda estava vivo, mas foi alocado para eventos esportivos dedicados a atletas com algum tipo de deficiência. “Acho que a maioria dos esportistas desse nível são iguais. A gente sempre se coloca em novos desafios e tem esse espírito esportivo e de competição, que também foi o que me fez olhar para frente e sair daquela situação. Você tem que ter um projeto e meu projeto era aquele”, lembra.

Com um cavalo emprestado, o atleta começou a montar novamente. “Senti que ia conseguir fazer aquilo de novo. Voltar a competir foi voltar à minha vida, mostrou que eu estava vivo de novo”, conta. Mesmo com poucas semanas de treino, Rodolpho passou nas classificatórias e viajou para o Brasil meses depois. Em sua terra natal, conquistou o sétimo lugar em equipes e o décimo no individual nas Paralimpíadas Rio 2016.

O atleta ainda revela que não há planos de se aposentar do esporte tão cedo — Foto: Divulgação
O atleta ainda revela que não há planos de se aposentar do esporte tão cedo — Foto: Divulgação

Rodolpho saiu vitorioso: ele foi o vencedor do FEI Awards na categoria Against All Odds (Contra Todas as Adversidades), prêmio promovido pela Federação Equestre Internacional para os destaques da competição. Esse foi só o começo de uma nova trajetória vitoriosa no hipismo. O atleta garantiu a sonhada medalha de prata em Tóquio, em 2021, e não tem planos de se aposentar no esporte.

Agora, quase uma década depois, ele se divide entre o emprego como assistente de eventos na Dior e os treinos no hipismo. Um conselho? “É muito importante a gente se prevenir contra qualquer doença, mas se posso falar uma coisa é, por favor, falem com seus médicos. Eles vão saber como lidar com isso, dar a melhor instrução para você e seus filhos, e você vai estar protegendo não apenas a si, mas também ao próximo.”

Causa e prevenção da doença

A meningite pode ser causada por diversos agentes infecciosos, como bactérias, fungos e vírus, mas, a meningite meningocócica, causada pela bactéria Neisseria meningitidis, também chamada de meningococo, se destaca por sua gravidade e rápida evolução. Mesmo sendo mais comum em bebês no primeiro ano de vida e em crianças pequenas, ela pode acometer pessoas de todas as faixas etárias,1-3 como aconteceu com Rodolpho. Apesar da gravidade, há prevenção: o SUS oferece gratuitamente a vacina meningocócica ACWY como dose única ou de reforço para adolescentes entre 11 e 14 anos de idade e a vacina meningocócica C, com doses aos 3, 5 e 12 meses de idade. As vacinas meningocócicas B e ACWY também estão disponíveis na rede particular para outras faixas etárias.4-6

Material dirigido ao público em geral. Por favor, consulte o seu médico.

Conteúdo produzido em parceria com a GSK.

1. WORLD HEALTH ORGANIZATION. Meningitis. Disponível em: <www.who.int/en/news-room/fact sheets/detail/meningococcal-meningitis>. Acesso em: 17. Dez. 2024;
2. BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Saúde de A a Z. Meningite. Disponível em: <https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z-1/m/meningite>. Acesso em: 17. Dez. 2024;
3. SOCIEDADE BRASILEIRA DE IMUNIZAÇÕES. Família SBIm. Doenças. Meningite meningocócica. Disponível em: <https://familia.sbim.org.br/doencas/meningite-meningococica>. Acesso em: 17. Dez. 2024.
4. SOCIEDADE BRASILEIRA DE IMUNIZAÇÕES. Calendário de vacinação do nascimento à terceira idade: recomendações da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) – 2024/2025 (atualizado em 27/03/2024). Disponível em: <https://sbim.org.br/images/calendarios/calend-sbim-0-100-2024- 2025.pdf>. Acesso em: 17. Dez. 2024
5. SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA. Calendário de vacinação da SBP 2023. Disponível em: <https://www.sbp.com.br/imprensa/detalhe/nid/calendario-de-vacinacao-da-sbp-atualizacao 2023/>. Acesso em: 17. Dez. 2024
6. BRASIL. Ministério da Saúde. Calendário Nacional de Vacinação. Disponível em: <https://www.gov.br/saude/pt-br/vacinacao/calendario>. Acesso em: 17. Dez. 2024

NP-BR-GVU-JRNA-240011 – Dez/2024

O ano era 2015 e poucos meses separavam o atleta Rodolpho Riskalla de uma oportunidade de representar o Brasil nas Olimpíadas que aconteceriam no ano seguinte, no Rio de Janeiro. Naquele ano, o cavaleiro contraiu meningite meningocócica, o que resultou em sequelas como a amputação das suas duas pernas, da mão direita e de alguns dedos da mão esquerda. A doença tornou essa distância um pouco maior, mas não impossível de ser alcançada: no fim do tratamento e ainda sem próteses, ele voltou a montar e conquistou a tão sonhada vaga.

Desde criança, Rodolpho participava de competições. Foram anos de treino e preparativos, e, em 2015, aos 30 anos, iria começar o processo seletivo para participar das Olimpíadas no Brasil. Foi em meio à fase preliminar que surgiram os primeiros sintomas durante uma viagem ao Brasil – ele se mudou para a França em 2012, aos 27 anos. Enjoo, febre alta e fortes dores no corpo: apesar de serem sinais comuns de outras doenças, a mãe do rapaz se preocupou com seu estado e rapidamente o levou ao hospital. “Foi realmente a minha sorte, porque eu cheguei no hospital implorando para me olharem porque eu não conseguia nem sair do carro, andar e sequer ficar de pé.”

Os primeiros sintomas apareceram durante uma viagem ao Brasil e, em pouco tempo, ele recebeu a notícia das amputações — Foto: Divulgação
Os primeiros sintomas apareceram durante uma viagem ao Brasil e, em pouco tempo, ele recebeu a notícia das amputações — Foto: Divulgação

“Eles foram super-rápidos e logo se tocaram que era meningite. Logo fui para a UTI e me colocaram em coma induzido por duas semanas. Eu tinha uma perspectiva de vida de algumas horas só”, narra o esportista. Ele conta que os médicos chegaram a preparar sua mãe para um possível falecimento. “Para eles, eu já tinha morrido. Nos dias anteriores, eu não tinha nada, era vida normal. É uma coisa que veio muito, muito rápido mesmo, e a minha grande sorte foi que eu estava na casa da minha mãe e ela me levou para o hospital. Eles foram muito bons, me trataram muito rápido, sabiam o que era e deram todos os remédios possíveis”, elogia.

“No Brasil, o que existe de vacina obrigatória no posto eu fui vacinado. Ponto final. Não sabia que existiam diferentes tipos [de meningite] e que, para você ser completamente imunizado, precisa de mais de uma vacina”, conta Rodolpho em entrevista à GQ Brasil. “O problema é que uma vez que você sobrevive a meningite, você tem que sobreviver também às sequelas. Foi assim que vieram as amputações.”

A recuperação foi um processo longo e árduo para Rodolpho e sua família. Ele relata um emagrecimento de mais de 30 quilos, bem como a perda de força e a dificuldade da decisão das amputações. A essa altura, já havia retornado para a França. “Eles me amputaram da melhor maneira possível. Nas duas pernas, foi no tibial, embaixo do joelho, da mesma altura. Mas a mão é diferente da perna, né? Eles tentaram salvar o máximo possível, estudaram bem.” Depois dos procedimentos cirúrgicos, ele foi transferido para um centro de reabilitação perto de Paris. Ali, fez fisioterapia e esperou pelas próteses para retomar sua rotina.

O atleta garantiu a sonhada medalha de prata em Tóquio, em 2021 — Foto: Divulgação
O atleta garantiu a sonhada medalha de prata em Tóquio, em 2021 — Foto: Divulgação

Rodolpho estava no fim do tratamento e se adaptando à nova realidade quando voltou a treinar. O sonho de competir no Brasil ainda estava vivo, mas foi alocado para eventos esportivos dedicados a atletas com algum tipo de deficiência. “Acho que a maioria dos esportistas desse nível são iguais. A gente sempre se coloca em novos desafios e tem esse espírito esportivo e de competição, que também foi o que me fez olhar para frente e sair daquela situação. Você tem que ter um projeto e meu projeto era aquele”, lembra.

Com um cavalo emprestado, o atleta começou a montar novamente. “Senti que ia conseguir fazer aquilo de novo. Voltar a competir foi voltar à minha vida, mostrou que eu estava vivo de novo”, conta. Mesmo com poucas semanas de treino, Rodolpho passou nas classificatórias e viajou para o Brasil meses depois. Em sua terra natal, conquistou o sétimo lugar em equipes e o décimo no individual nas Paralimpíadas Rio 2016.

O atleta ainda revela que não há planos de se aposentar do esporte tão cedo — Foto: Divulgação
O atleta ainda revela que não há planos de se aposentar do esporte tão cedo — Foto: Divulgação

Rodolpho saiu vitorioso: ele foi o vencedor do FEI Awards na categoria Against All Odds (Contra Todas as Adversidades), prêmio promovido pela Federação Equestre Internacional para os destaques da competição. Esse foi só o começo de uma nova trajetória vitoriosa no hipismo. O atleta garantiu a sonhada medalha de prata em Tóquio, em 2021, e não tem planos de se aposentar no esporte.

Agora, quase uma década depois, ele se divide entre o emprego como assistente de eventos na Dior e os treinos no hipismo. Um conselho? “É muito importante a gente se prevenir contra qualquer doença, mas se posso falar uma coisa é, por favor, falem com seus médicos. Eles vão saber como lidar com isso, dar a melhor instrução para você e seus filhos, e você vai estar protegendo não apenas a si, mas também ao próximo.”

Causa e prevenção da doença

A meningite pode ser causada por diversos agentes infecciosos, como bactérias, fungos e vírus, mas, a meningite meningocócica, causada pela bactéria Neisseria meningitidis, também chamada de meningococo, se destaca por sua gravidade e rápida evolução. Mesmo sendo mais comum em bebês no primeiro ano de vida e em crianças pequenas, ela pode acometer pessoas de todas as faixas etárias,1-3 como aconteceu com Rodolpho. Apesar da gravidade, há prevenção: o SUS oferece gratuitamente a vacina meningocócica ACWY como dose única ou de reforço para adolescentes entre 11 e 14 anos de idade e a vacina meningocócica C, com doses aos 3, 5 e 12 meses de idade. As vacinas meningocócicas B e ACWY também estão disponíveis na rede particular para outras faixas etárias.4-6

Material dirigido ao público em geral. Por favor, consulte o seu médico.

Conteúdo produzido em parceria com a GSK.

1. WORLD HEALTH ORGANIZATION. Meningitis. Disponível em: <www.who.int/en/news-room/fact sheets/detail/meningococcal-meningitis>. Acesso em: 17. Dez. 2024;
2. BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Saúde de A a Z. Meningite. Disponível em: <https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z-1/m/meningite>. Acesso em: 17. Dez. 2024;
3. SOCIEDADE BRASILEIRA DE IMUNIZAÇÕES. Família SBIm. Doenças. Meningite meningocócica. Disponível em: <https://familia.sbim.org.br/doencas/meningite-meningococica>. Acesso em: 17. Dez. 2024.
4. SOCIEDADE BRASILEIRA DE IMUNIZAÇÕES. Calendário de vacinação do nascimento à terceira idade: recomendações da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) – 2024/2025 (atualizado em 27/03/2024). Disponível em: <https://sbim.org.br/images/calendarios/calend-sbim-0-100-2024- 2025.pdf>. Acesso em: 17. Dez. 2024
5. SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA. Calendário de vacinação da SBP 2023. Disponível em: <https://www.sbp.com.br/imprensa/detalhe/nid/calendario-de-vacinacao-da-sbp-atualizacao 2023/>. Acesso em: 17. Dez. 2024
6. BRASIL. Ministério da Saúde. Calendário Nacional de Vacinação. Disponível em: <https://www.gov.br/saude/pt-br/vacinacao/calendario>. Acesso em: 17. Dez. 2024

NP-BR-GVU-JRNA-240011 – Dez/2024



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