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12 Mar 2025, Wed

CPI das Apostas Esportivas avança em investigações e pressiona Lucas Paquetá e Luiz Henrique

Luiz Henrique Botafogo


A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas do Senado Federal intensificou a apuração sobre possíveis fraudes envolvendo os jogadores Lucas Paquetá, do West Ham, e Luiz Henrique, atualmente no Zenit. Ambos são suspeitos de participação em um esquema de manipulação de cartões amarelos em competições internacionais e nacionais, com apostas registradas em plataformas ilegais. O caso ganhou relevância após a análise de transações financeiras e registros de apostas que apontam para um possível envolvimento de familiares e intermediários. A defesa de Paquetá tentou postergar o depoimento do atleta no Brasil até a decisão da Federação Inglesa (FA), que pode culminar no banimento do meio-campista do futebol profissional. Luiz Henrique, por sua vez, se tornou alvo das investigações ao receber um depósito bancário suspeito após um jogo em que foi advertido com um cartão.

A CPI prorrogou suas atividades por 45 dias para aprofundar a coleta de provas e tentar obter os depoimentos dos jogadores, que podem esclarecer detalhes sobre a relação entre apostas esportivas e manipulação de resultados. A principal linha de investigação gira em torno de um suposto esquema onde atletas forçavam punições para beneficiar apostadores previamente informados. Relatórios obtidos pela comissão mostram um fluxo financeiro expressivo que liga diretamente os jogadores a intermediários envolvidos na manipulação.

As investigações indicam que a prática de manipulação de cartões já ocorre há anos, mas apenas agora os envolvidos estão sendo formalmente investigados. A CPI também estuda a implementação de medidas para impedir que novas fraudes aconteçam, fortalecendo a fiscalização de apostas esportivas no Brasil e ampliando a punição para envolvidos em esquemas fraudulentos.

Suspeitas sobre Lucas Paquetá e os cartões amarelos na Premier League

O meio-campista Lucas Paquetá, jogador do West Ham e presença constante na Seleção Brasileira, está no centro da investigação após registros indicarem que ele teria forçado a aplicação de cartões amarelos em diversas partidas da Premier League. A CPI investiga quatro jogos específicos: contra Leicester City, Leeds United, Aston Villa e Bournemouth. Os dados analisados revelam que, em todos os casos, apostas expressivas foram realizadas em mercados que envolviam cartões amarelos recebidos pelo atleta, e os ganhos dessas apostas foram direcionados para pessoas ligadas a ele.

Entre os envolvidos no esquema está Bruno Tolentino, tio de Lucas Paquetá, que aparece como um dos principais beneficiários das apostas suspeitas. Segundo os relatórios da CPI, Tolentino movimentou mais de R$ 839 mil em apostas, sendo parte desse valor resultante das advertências recebidas pelo jogador em campo. Além disso, Tolentino realizou mais de 258 transações bancárias com valores considerados incompatíveis com sua renda oficial.

A defesa de Paquetá alega que não há comprovação de que o jogador tenha manipulado os cartões e argumenta que ele está sendo julgado pela Federação Inglesa, que pode determinar sua suspensão do futebol. Contudo, a CPI busca avançar na linha investigativa que pode levar o caso para a esfera criminal no Brasil.

Ligação de Luiz Henrique com as transações financeiras suspeitas

Luiz Henrique, atacante que passou pelo Botafogo e atualmente joga no Zenit, da Rússia, também se tornou alvo da CPI. A suspeita surgiu quando a comissão identificou um pagamento de R$ 30 mil feito por Bruno Tolentino para o jogador logo após um jogo em que ele recebeu um cartão amarelo. Esse pagamento levanta a hipótese de que Henrique teria participado do mesmo esquema investigado no caso de Paquetá, ao forçar advertências disciplinares em campo para favorecer apostadores.

Durante sua passagem pelo Real Betis, na Espanha, Luiz Henrique recebeu cartões amarelos em momentos suspeitos, sendo um deles em fevereiro de 2023. A CPI identificou que, logo após essa advertência, houve uma movimentação bancária incomum que envolveu intermediários ligados a apostas esportivas. Os investigadores acreditam que esses indícios reforçam a conexão do jogador com o esquema.

A participação de William Rogatto no esquema e sua prisão pela Interpol

Um dos principais alvos da CPI é William Rogatto, conhecido no meio das apostas como “Rei do Rebaixamento”. Rogatto já confessou manipular resultados de partidas e é apontado como um dos responsáveis por fraudar rebaixamentos de 42 clubes do futebol brasileiro, acumulando cerca de R$ 300 milhões em ganhos ilícitos. Preso pela Interpol em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, ele aguarda extradição para o Brasil e pode ser peça fundamental para a CPI ao fornecer provas sobre a estrutura do esquema de apostas ilegais.

A comissão acredita que o depoimento de Rogatto pode revelar informações detalhadas sobre a atuação de jogadores, apostadores e intermediários no mercado de apostas. O presidente da CPI, senador Jorge Kajuru, afirmou que Rogatto prometeu entregar documentos e registros digitais que podem comprovar a participação de outros atletas e agentes do futebol.

Punições previstas para fraudes em apostas esportivas

O relatório da CPI prevê medidas rigorosas para combater a manipulação de resultados no futebol, incluindo:

  • Aumento das penas para crimes relacionados a fraudes esportivas, com sanções que variam de dois a seis anos de prisão.
  • Criação de mecanismos de monitoramento avançados, como parcerias com casas de apostas para rastrear padrões suspeitos.
  • Maior controle sobre transações financeiras de jogadores e pessoas próximas a eles, evitando o uso de intermediários para ocultar ganhos ilícitos.
  • Proibição de jogadores profissionais participarem de apostas esportivas diretamente ou por meio de terceiros.

Essas medidas visam proteger a integridade esportiva e reduzir a vulnerabilidade do futebol brasileiro a esquemas fraudulentos.

O impacto do escândalo no futebol brasileiro e internacional

A revelação do suposto esquema abalou a credibilidade do futebol brasileiro e trouxe consequências diretas para os jogadores envolvidos. Lucas Paquetá pode enfrentar punições severas, incluindo uma possível rescisão de contrato com o West Ham e o afastamento da Seleção Brasileira. Luiz Henrique, por sua vez, pode ver sua carreira prejudicada caso se confirme seu envolvimento nas fraudes. O episódio também acendeu o alerta para as autoridades esportivas, que buscam implementar novas regras para evitar que situações semelhantes voltem a ocorrer.

A manipulação de resultados não é um problema exclusivo do Brasil. Em diversos países, atletas e intermediários já foram flagrados em esquemas semelhantes. Na Itália, por exemplo, o escândalo “Calciopoli” resultou na rebaixamento da Juventus e punições severas para clubes e dirigentes. Na Espanha, o caso envolvendo apostas suspeitas na La Liga também levou à abertura de investigações sobre partidas manipuladas.

Medidas preventivas para evitar novos escândalos

Diante do crescimento das apostas esportivas, especialistas sugerem uma série de medidas para evitar novos casos de manipulação, tais como:

  • Monitoramento contínuo de padrões suspeitos em casas de apostas.
  • Fiscalização mais rígida sobre transações financeiras de jogadores e seus familiares.
  • Criação de uma agência independente para regular as apostas esportivas no Brasil.
  • Punição imediata para jogadores e intermediários flagrados em atividades suspeitas.

A CPI das Apostas Esportivas continua aprofundando suas investigações e busca responsabilizar todos os envolvidos no esquema. A expectativa é que novas revelações surjam nas próximas semanas, podendo alterar o cenário do futebol nacional e internacional.



A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas do Senado Federal intensificou a apuração sobre possíveis fraudes envolvendo os jogadores Lucas Paquetá, do West Ham, e Luiz Henrique, atualmente no Zenit. Ambos são suspeitos de participação em um esquema de manipulação de cartões amarelos em competições internacionais e nacionais, com apostas registradas em plataformas ilegais. O caso ganhou relevância após a análise de transações financeiras e registros de apostas que apontam para um possível envolvimento de familiares e intermediários. A defesa de Paquetá tentou postergar o depoimento do atleta no Brasil até a decisão da Federação Inglesa (FA), que pode culminar no banimento do meio-campista do futebol profissional. Luiz Henrique, por sua vez, se tornou alvo das investigações ao receber um depósito bancário suspeito após um jogo em que foi advertido com um cartão.

A CPI prorrogou suas atividades por 45 dias para aprofundar a coleta de provas e tentar obter os depoimentos dos jogadores, que podem esclarecer detalhes sobre a relação entre apostas esportivas e manipulação de resultados. A principal linha de investigação gira em torno de um suposto esquema onde atletas forçavam punições para beneficiar apostadores previamente informados. Relatórios obtidos pela comissão mostram um fluxo financeiro expressivo que liga diretamente os jogadores a intermediários envolvidos na manipulação.

As investigações indicam que a prática de manipulação de cartões já ocorre há anos, mas apenas agora os envolvidos estão sendo formalmente investigados. A CPI também estuda a implementação de medidas para impedir que novas fraudes aconteçam, fortalecendo a fiscalização de apostas esportivas no Brasil e ampliando a punição para envolvidos em esquemas fraudulentos.

Suspeitas sobre Lucas Paquetá e os cartões amarelos na Premier League

O meio-campista Lucas Paquetá, jogador do West Ham e presença constante na Seleção Brasileira, está no centro da investigação após registros indicarem que ele teria forçado a aplicação de cartões amarelos em diversas partidas da Premier League. A CPI investiga quatro jogos específicos: contra Leicester City, Leeds United, Aston Villa e Bournemouth. Os dados analisados revelam que, em todos os casos, apostas expressivas foram realizadas em mercados que envolviam cartões amarelos recebidos pelo atleta, e os ganhos dessas apostas foram direcionados para pessoas ligadas a ele.

Entre os envolvidos no esquema está Bruno Tolentino, tio de Lucas Paquetá, que aparece como um dos principais beneficiários das apostas suspeitas. Segundo os relatórios da CPI, Tolentino movimentou mais de R$ 839 mil em apostas, sendo parte desse valor resultante das advertências recebidas pelo jogador em campo. Além disso, Tolentino realizou mais de 258 transações bancárias com valores considerados incompatíveis com sua renda oficial.

A defesa de Paquetá alega que não há comprovação de que o jogador tenha manipulado os cartões e argumenta que ele está sendo julgado pela Federação Inglesa, que pode determinar sua suspensão do futebol. Contudo, a CPI busca avançar na linha investigativa que pode levar o caso para a esfera criminal no Brasil.

Ligação de Luiz Henrique com as transações financeiras suspeitas

Luiz Henrique, atacante que passou pelo Botafogo e atualmente joga no Zenit, da Rússia, também se tornou alvo da CPI. A suspeita surgiu quando a comissão identificou um pagamento de R$ 30 mil feito por Bruno Tolentino para o jogador logo após um jogo em que ele recebeu um cartão amarelo. Esse pagamento levanta a hipótese de que Henrique teria participado do mesmo esquema investigado no caso de Paquetá, ao forçar advertências disciplinares em campo para favorecer apostadores.

Durante sua passagem pelo Real Betis, na Espanha, Luiz Henrique recebeu cartões amarelos em momentos suspeitos, sendo um deles em fevereiro de 2023. A CPI identificou que, logo após essa advertência, houve uma movimentação bancária incomum que envolveu intermediários ligados a apostas esportivas. Os investigadores acreditam que esses indícios reforçam a conexão do jogador com o esquema.

A participação de William Rogatto no esquema e sua prisão pela Interpol

Um dos principais alvos da CPI é William Rogatto, conhecido no meio das apostas como “Rei do Rebaixamento”. Rogatto já confessou manipular resultados de partidas e é apontado como um dos responsáveis por fraudar rebaixamentos de 42 clubes do futebol brasileiro, acumulando cerca de R$ 300 milhões em ganhos ilícitos. Preso pela Interpol em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, ele aguarda extradição para o Brasil e pode ser peça fundamental para a CPI ao fornecer provas sobre a estrutura do esquema de apostas ilegais.

A comissão acredita que o depoimento de Rogatto pode revelar informações detalhadas sobre a atuação de jogadores, apostadores e intermediários no mercado de apostas. O presidente da CPI, senador Jorge Kajuru, afirmou que Rogatto prometeu entregar documentos e registros digitais que podem comprovar a participação de outros atletas e agentes do futebol.

Punições previstas para fraudes em apostas esportivas

O relatório da CPI prevê medidas rigorosas para combater a manipulação de resultados no futebol, incluindo:

  • Aumento das penas para crimes relacionados a fraudes esportivas, com sanções que variam de dois a seis anos de prisão.
  • Criação de mecanismos de monitoramento avançados, como parcerias com casas de apostas para rastrear padrões suspeitos.
  • Maior controle sobre transações financeiras de jogadores e pessoas próximas a eles, evitando o uso de intermediários para ocultar ganhos ilícitos.
  • Proibição de jogadores profissionais participarem de apostas esportivas diretamente ou por meio de terceiros.

Essas medidas visam proteger a integridade esportiva e reduzir a vulnerabilidade do futebol brasileiro a esquemas fraudulentos.

O impacto do escândalo no futebol brasileiro e internacional

A revelação do suposto esquema abalou a credibilidade do futebol brasileiro e trouxe consequências diretas para os jogadores envolvidos. Lucas Paquetá pode enfrentar punições severas, incluindo uma possível rescisão de contrato com o West Ham e o afastamento da Seleção Brasileira. Luiz Henrique, por sua vez, pode ver sua carreira prejudicada caso se confirme seu envolvimento nas fraudes. O episódio também acendeu o alerta para as autoridades esportivas, que buscam implementar novas regras para evitar que situações semelhantes voltem a ocorrer.

A manipulação de resultados não é um problema exclusivo do Brasil. Em diversos países, atletas e intermediários já foram flagrados em esquemas semelhantes. Na Itália, por exemplo, o escândalo “Calciopoli” resultou na rebaixamento da Juventus e punições severas para clubes e dirigentes. Na Espanha, o caso envolvendo apostas suspeitas na La Liga também levou à abertura de investigações sobre partidas manipuladas.

Medidas preventivas para evitar novos escândalos

Diante do crescimento das apostas esportivas, especialistas sugerem uma série de medidas para evitar novos casos de manipulação, tais como:

  • Monitoramento contínuo de padrões suspeitos em casas de apostas.
  • Fiscalização mais rígida sobre transações financeiras de jogadores e seus familiares.
  • Criação de uma agência independente para regular as apostas esportivas no Brasil.
  • Punição imediata para jogadores e intermediários flagrados em atividades suspeitas.

A CPI das Apostas Esportivas continua aprofundando suas investigações e busca responsabilizar todos os envolvidos no esquema. A expectativa é que novas revelações surjam nas próximas semanas, podendo alterar o cenário do futebol nacional e internacional.



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