Filipe Luís diz que é prazeroso ver o Flamengo e que atletas estão com fome: "Querem ser campeões"
Goleada sobre o Maricá por 5 a 0 garantiu a conquista pela 25ª Taça Guanabara do clube Flamengo 5 x 0 Maricá | melhores momentos | 11ª Rodada | Campeonato Carioca 2025
O Flamengo goleou o Maricá por 5 a 0 no Maracanã e garantiu a conquista da Taça Guanabara pela 25ª vez em sua história. Gerson, Léo Ortiz, Arrascaeta, Luiz Araújo e Matheus Gonçalves marcaram os gols. O técnico Filipe Luís valorizou o desempenho na partida e analisou a vitória.
+ Contratações do Flamengo para 2025: veja quem chega, quem fica e quem vai embora
+ Vai e vem do mercado: acompanhe as últimas movimentações dos clubes
– Eu estou muito feliz pelo jogo, pelo futebol apresentado e principalmente pelo que os jogadores desfrutaram dentro de campo. É uma coisa que eu peço muito. Porque futebol tem que ser jogado com alegria. Eles estão em um momento de forma muito bom e isso se nota dentro de campo. Obviamente que temos muita coisa para ajustar. Mas ganhar não é fácil. Não lembro de outro time ter feito tantos gols no Maricá. Teve três da Portuguesa. Então estou muito orgulhoso pelo momento. Continuar evoluindo, eles têm que se exigir cada vez mais para continuar fazendo uma grande temporada – disse o treinador.
Filipe disse que está sendo prazeroso ver o elenco do Flamengo em campo, especialmente pela postura e comprometimento dos atletas. Para o treinador, seu maior desafio será manter a fome por títulos dos atletas durante toda a temporada.
– Não penso em estar um passo à frente das outras equipes. Penso no nosso modelo, nos nossos pontos fortes e no que temos que melhorar. Como os jogadores entenderam, acreditam e compraram a ideia. Aplicam no campo. Com a qualidade que eles têm acabam potencializando ainda mais o individual. A boa fase é o que todo treinador busca. Todo mundo quer estar sempre bem. O desafio, para mim, é que esse time continue com essa fome. Porque eu estava no meio deles e sei o quanto são ambiciosos para fazer história aqui no Flamengo. Sabendo disso é mais fácil para mim, sei que posso exigir muito porque eles podem aguentar e é o que eles querem. Querem muito conteúdo, exigência porque querem ser campeões. Está sendo muito prazeroso ver isso. Meu desafio é que sigam cada vez mais porque a temporada nem começou ainda.
O Flamengo volta a campo apenas no próximo final de semana, na partida de ida da semifinal do Carioca. O adversário, local e horário serão definidos no domingo, após o fim da 11ª rodada.
Filipe Luís em Flamengo x Maricá
André Durão
+ ✅Clique aqui para seguir o novo canal ge Flamengo no WhatsApp
Outros tópicos
Boa fase de Arrascaeta
– Eu falei para ele que se não estiver bem, não vai jogar (risos). São jogadores que, além de grandes e ídolos, são meus amigos. Eu seria hipócrita se dissesse que jogadores como Bruno Henrique, Gerson e Arrascaeta e não chamasse de amigos. Acho que foi justo ter ido falar com eles pessoalmente que vou tomar decisões que vão incomodar às vezes. O que eu esperava é que isso não afetasse a amizade porque é estritamente profissional. E a resposta dele foi que poderia ficar tranquilo que não iria mudar a amizade. Sei que do meu cargo para o jogador não muda, mas do jogador para o treinador, ele vê como uma figura diferente. Já vivi isso. Existe uma hierarquia. Mas esses jogadores são tão grandes que sabem separar o lado humano do profissional. Em alguns momentos eu tomei decisões, tive que tirar esses jogadores que são meus amigos e nunca deixaram de ser próximos a mim. A equipe está sempre na frente. Eles sabem que eu estou fazendo que acho que é o melhor para equipe e eles entendem bem isso.
Prazer em ver o Flamengo
– Quando eu jogava, sempre pensava que o Flamengo tem uma característica única. A torcida exige que seja apresentado um futebol que não vale só vencer. Isso me chamou muita atenção, porque joguei no Atletico de Madrid que só vencer bastava. Durante esse processo como jogador eu entendi o torcedor e as vaias. A partir desse momento, eu pensei junto com meu auxiliar de criarmos um modelo de jogo em que o torcedor se sentisse representado. Não é a forma que a gente vai ganhar, é escolher a forma que a gente vai perder. Se é para perder, que seja dessa forma, com a bola, pressionando e jogando alto. A chegada do Boto é interessante porque ele falou que quer criar um modelo de jogo para o clube. Nosso modelo está em constante adaptação para que o torcedor sempre se sinta representado pelo que vê em campo. Não vão ser sempre alegrias, mas a intenção é jogar o futebol que deu alegrias a esse torcedor em algum momento. Como foi com Zico, Leandro, Junior e todos esses craques. Depois o Jorge Jesus resgatou isso.
25 vezes campeões! Flamengo vence e jogadores recebem a Taça Guanabara; veja o momento!
Luiz Araújo pedindo passagem?
– É um dos jogadores super importantes na equipe. Eu sei que, deixando ele fora do time titular, vou para casa coma sensação de ter sido injusto. Porque ele está criando isso em mim. Não estou me sentindo injusto porque ele é gente boa, mas porque está mostrando e falando em campo. O treinador tem que tomar decisões. Todos começam o jogo por algum motivo, pensando no plano de jogo, momento, carga física. Mil coisas que posso imaginar. Hoje meu pensamento foi não começar com ele. Mas são tantos jogos que ele com certeza vai jogar. O campo fala e ele está falando em campo.
Disputa entre Luiz Araújo e Plata
– Da mesma forma que eu falei da zaga, vou ter que achar lugar para todo mundo. O bom disso é que temos para o segundo tempo jogadores importantes entrando e melhorando o time. Ter jogadores como Luiz Araújo, Plata, Bruno Henrique, Juninho, todo esse tipo de jogador que um dia via ter que entrar no segundo tempo, vai melhorar a equipe. O Plata é um jogador que pouco a pouco foi trabalhando, sem falar, e cada vez que ele entrava melhorava a equipe. Era sensação de perigo, detalhes táticos que peço e ele absorve todos eles. Tanto ofensivos quanto defensivos. Com e, principalmente, sem a bola. São detalhes que fazem ele ser fundamental para mim. Hoje ele jogou na melhor posição dele que é por dentro. Mas pode jogar na meia esquerda, direita e de atacante. É um jogador super versátil que nos dá muito. É um jogador fundamental para mim.
Importância da Taça GB para a temporada
– É um torneio, não vai dizer como vai ser a temporada. Nossa temporada no Brasileiro começa com o Internacional em casa e a partir desse jogo vamos ver como a gente vai começar. São 38 rodadas. Depois que o Brasileiro começar, o Carioca ficou para trás, a Taça Guanabara ficou para trás. Para o Brasileiro, não vale nada. Sim, vale como preparação, para os jogadores entrarem em forma física, como pré-temporada. Claro que queremos ganhar. O que vai nos deixar para o Brasileiro, absolutamente nada. O Brasileiro começa contra o Internacional e todos começam do zero, os que estão bem e os que estão mal. Vai ser eliminado do Paulista e vai começar o Brasileiro bem.
Bola parada
– É um recurso tão importante quanto todos os outros. Penso que é estado de concentração, acreditar naquilo. Eu já passei por jogar com equipes muito altas e sofrer e com muito baixas e não sofrer. Esses jogadores são muito perigosos porque acreditam. Importante que eles entendam o valor, porque ela (bola parada) desbloqueia jogos.
Memória mais bacana do Carioca
– Estamos trabalhando muito, muitas horas. Alguns podem até empatar, mas ganhar eu não sei. A gente é muito apaixonado pelo que faz, gosto muito do meu trabalho e é muito bom ver isso reproduzindo em campo. O melhor momento acredito que tenha sido o terceiro clássico. Depois do turbilhão de emoções contra o Botafogo e o Fluminense e jogar o terceiro jogo contra o Vasco, e ver os jogadores com o mesmo sangue nos olhos, querendo mais, querendo competir entre eles. Como treinador, foi o momento mais gratificante até agora. Vai chegar a semifinal e depois a final, que são os momentos mais importantes. O time chega em um estado de ânimo muito bom.
Bap abraça Filipe Luís após conquista da Taça Guanabara
Divulgação: Gilvan de Souza/Flamengo
Varela
– O mercado europeu está fechado, o Wesley não vai sair agora. É muito longe pensar no meio do ano. Wesley é um jogador muito importante para mim. Do mesmo jeito que o Varela. Temos que lembrar que antes de eu chegar era ele que jogava e o Wesley era contestado. Os dois têm características diferentes, mas não podemos esquecer do jogador que é o Varela. É titular da seleção, foi para duas Copas do Mundo, jogou contra o Vinicius Jr. e ele fez quase nada contra ele. Temos que entender que jogador temos na mão. Acho que ele não tem o respeito que merece por parte da imprensa e do torcedor, mas sim por parte do treinador, que valoriza o trabalho dele. Se o Wesley sair, virá outro para brigar por posição com o Varela, mas ele é um jogador importantíssimo.
Gerson
– Pelo que conheço, ele se sente confortável estando no campo. É um tipo de jogadores que melhora tendo minutos. Quanto mais joga, melhor fica. Nos dá muito como volante, pode dar mais ainda como meia, porque tem uma qualidade muito grande em não perder a bola mesmo pressionado. Para um treinador que sabe que o adversário vem pressionar, ter um jogador como esse faz a diferença. Hoje imaginei um time mais ofensivo com o Gerson de volante e podendo colocar Plata e Arrasca por dentro. É titular da seleção brasileira de volante e pode ajudar muito a equipe.
Crédito do ótimo desempenho
– Qualidade, ambição e talento primeiro. É o melhor elenco da América. Esse é o primeiro. Parece fácil, mas quando as coisas parecem fáceis é porque tem muito trabalho por trás. Nós trabalhamos muito para poder estar nesse momento de forma. Agora é trabalhar ainda mais para que continue o máximo possível. E que os adversários entendam que é um time que não para, que quer mais e é muito ambicioso.
Gramado sintético
– Eu joguei e passei por isso. Queria começar falando que é importante que os jogadores se unam. Eles não têm noção do poder que eles têm. O futebol é dos jogadores. Somando isso, vi a entrevista do treinador do Palmeiras (Abel Ferreira) falando sobre isso. Concordo em tudo que ele falou. Foi a primeira pessoa que não colocou política no meio. Ele foi verdadeiro com o que pensa. Eu penso o seguinte. Da mesma forma que ele falou. Série A tem que ser regulamentado, para ter gramados naturais e bons e tem que ter multa se não for bom. O que mais vejo aqui são desculpas. Pelo clima, na Arábia é 50 graus e tem um tapete. É investimento. O que vejo é muita gente que fala que não tem coragem de bater de frente. Para fazer tudo isso tem que ter coragem, para tentar proibir.
– O Brasil cresce a passos lentos porque falta gente que tome essas decisões. Que sejam mais agressivos e certeiros com esse assunto do gramado. Vou dar minha opinião porque o Abel não passou pelo que eu passei, que foi o sub-17 do Flamengo. Para jogar nos campos que o sub-17 joga no Carioca e até no Campeonato Brasileiro, é melhor sintético. Do que eu vi na base? Do que adianta preparar um plano de jogo para chegar em um gramado que a bola não anda, que os jogadores não conseguem correr, 11h da manhã. Não é humano. Para isso, melhor colocar sintético. Agora, clubes com condição para vender nosso produto para fora do país, gramado natural. Não tenha dúvida. Todos os jogadores preferem. O Abel falou que tem um top. Eu acho que tem mais. Inter é top, do Corinthians é o melhor do Brasil, Morumbi é muito bom, Juventude é muito bom, Coritiba é muito bom. Já peguei a Vila Belmiro muito boa e ruim também. Tem que regulamentar e colocar o gramado em condições. Investimento.
Experiência na Espanha
– Na Espanha eu peguei muitos gramados ruins, até chegar um presidente na La Liga e obrigou todo mundo a colocar bom. E encher estádio. É obrigatório, encher o estádio. Então que se virem os clubes. O que eu sinto do Brasil é isso, vamos vendo o que os outros países vão fazendo e a passos lentos vamos mudando. Desde que cheguei aqui em 2019, muitas coisas melhoraram. Mas é evidente que estamos atrás. O Maracanã está melhor. Quando acontecem problemas como o que aconteceu com o Thiago, são tomadas atitudes, a empresa deixou um pouco mais macio. O Maracanã eu acho que ano passado foi o estádio com mais jogos no mundo. Não tem estádio que aguente. Mas tem plano para isso. Quando começar a ficar ruim, coloca um novo. Ficamos sem jogar, vamos para volta redonda, Brasília e colocamos um gramado novo. Acho que essa seria uma das soluções.
🗞️ Leia mais notícias do Flamengo
🎧 Ouça o podcast ge Flamengo 🎧
Assista: tudo sobre o Flamengo no ge, na Globo e no sportv
Goleada sobre o Maricá por 5 a 0 garantiu a conquista pela 25ª Taça Guanabara do clube Flamengo 5 x 0 Maricá | melhores momentos | 11ª Rodada | Campeonato Carioca 2025
O Flamengo goleou o Maricá por 5 a 0 no Maracanã e garantiu a conquista da Taça Guanabara pela 25ª vez em sua história. Gerson, Léo Ortiz, Arrascaeta, Luiz Araújo e Matheus Gonçalves marcaram os gols. O técnico Filipe Luís valorizou o desempenho na partida e analisou a vitória.
+ Contratações do Flamengo para 2025: veja quem chega, quem fica e quem vai embora
+ Vai e vem do mercado: acompanhe as últimas movimentações dos clubes
– Eu estou muito feliz pelo jogo, pelo futebol apresentado e principalmente pelo que os jogadores desfrutaram dentro de campo. É uma coisa que eu peço muito. Porque futebol tem que ser jogado com alegria. Eles estão em um momento de forma muito bom e isso se nota dentro de campo. Obviamente que temos muita coisa para ajustar. Mas ganhar não é fácil. Não lembro de outro time ter feito tantos gols no Maricá. Teve três da Portuguesa. Então estou muito orgulhoso pelo momento. Continuar evoluindo, eles têm que se exigir cada vez mais para continuar fazendo uma grande temporada – disse o treinador.
Filipe disse que está sendo prazeroso ver o elenco do Flamengo em campo, especialmente pela postura e comprometimento dos atletas. Para o treinador, seu maior desafio será manter a fome por títulos dos atletas durante toda a temporada.
– Não penso em estar um passo à frente das outras equipes. Penso no nosso modelo, nos nossos pontos fortes e no que temos que melhorar. Como os jogadores entenderam, acreditam e compraram a ideia. Aplicam no campo. Com a qualidade que eles têm acabam potencializando ainda mais o individual. A boa fase é o que todo treinador busca. Todo mundo quer estar sempre bem. O desafio, para mim, é que esse time continue com essa fome. Porque eu estava no meio deles e sei o quanto são ambiciosos para fazer história aqui no Flamengo. Sabendo disso é mais fácil para mim, sei que posso exigir muito porque eles podem aguentar e é o que eles querem. Querem muito conteúdo, exigência porque querem ser campeões. Está sendo muito prazeroso ver isso. Meu desafio é que sigam cada vez mais porque a temporada nem começou ainda.
O Flamengo volta a campo apenas no próximo final de semana, na partida de ida da semifinal do Carioca. O adversário, local e horário serão definidos no domingo, após o fim da 11ª rodada.
Filipe Luís em Flamengo x Maricá
André Durão
+ ✅Clique aqui para seguir o novo canal ge Flamengo no WhatsApp
Outros tópicos
Boa fase de Arrascaeta
– Eu falei para ele que se não estiver bem, não vai jogar (risos). São jogadores que, além de grandes e ídolos, são meus amigos. Eu seria hipócrita se dissesse que jogadores como Bruno Henrique, Gerson e Arrascaeta e não chamasse de amigos. Acho que foi justo ter ido falar com eles pessoalmente que vou tomar decisões que vão incomodar às vezes. O que eu esperava é que isso não afetasse a amizade porque é estritamente profissional. E a resposta dele foi que poderia ficar tranquilo que não iria mudar a amizade. Sei que do meu cargo para o jogador não muda, mas do jogador para o treinador, ele vê como uma figura diferente. Já vivi isso. Existe uma hierarquia. Mas esses jogadores são tão grandes que sabem separar o lado humano do profissional. Em alguns momentos eu tomei decisões, tive que tirar esses jogadores que são meus amigos e nunca deixaram de ser próximos a mim. A equipe está sempre na frente. Eles sabem que eu estou fazendo que acho que é o melhor para equipe e eles entendem bem isso.
Prazer em ver o Flamengo
– Quando eu jogava, sempre pensava que o Flamengo tem uma característica única. A torcida exige que seja apresentado um futebol que não vale só vencer. Isso me chamou muita atenção, porque joguei no Atletico de Madrid que só vencer bastava. Durante esse processo como jogador eu entendi o torcedor e as vaias. A partir desse momento, eu pensei junto com meu auxiliar de criarmos um modelo de jogo em que o torcedor se sentisse representado. Não é a forma que a gente vai ganhar, é escolher a forma que a gente vai perder. Se é para perder, que seja dessa forma, com a bola, pressionando e jogando alto. A chegada do Boto é interessante porque ele falou que quer criar um modelo de jogo para o clube. Nosso modelo está em constante adaptação para que o torcedor sempre se sinta representado pelo que vê em campo. Não vão ser sempre alegrias, mas a intenção é jogar o futebol que deu alegrias a esse torcedor em algum momento. Como foi com Zico, Leandro, Junior e todos esses craques. Depois o Jorge Jesus resgatou isso.
25 vezes campeões! Flamengo vence e jogadores recebem a Taça Guanabara; veja o momento!
Luiz Araújo pedindo passagem?
– É um dos jogadores super importantes na equipe. Eu sei que, deixando ele fora do time titular, vou para casa coma sensação de ter sido injusto. Porque ele está criando isso em mim. Não estou me sentindo injusto porque ele é gente boa, mas porque está mostrando e falando em campo. O treinador tem que tomar decisões. Todos começam o jogo por algum motivo, pensando no plano de jogo, momento, carga física. Mil coisas que posso imaginar. Hoje meu pensamento foi não começar com ele. Mas são tantos jogos que ele com certeza vai jogar. O campo fala e ele está falando em campo.
Disputa entre Luiz Araújo e Plata
– Da mesma forma que eu falei da zaga, vou ter que achar lugar para todo mundo. O bom disso é que temos para o segundo tempo jogadores importantes entrando e melhorando o time. Ter jogadores como Luiz Araújo, Plata, Bruno Henrique, Juninho, todo esse tipo de jogador que um dia via ter que entrar no segundo tempo, vai melhorar a equipe. O Plata é um jogador que pouco a pouco foi trabalhando, sem falar, e cada vez que ele entrava melhorava a equipe. Era sensação de perigo, detalhes táticos que peço e ele absorve todos eles. Tanto ofensivos quanto defensivos. Com e, principalmente, sem a bola. São detalhes que fazem ele ser fundamental para mim. Hoje ele jogou na melhor posição dele que é por dentro. Mas pode jogar na meia esquerda, direita e de atacante. É um jogador super versátil que nos dá muito. É um jogador fundamental para mim.
Importância da Taça GB para a temporada
– É um torneio, não vai dizer como vai ser a temporada. Nossa temporada no Brasileiro começa com o Internacional em casa e a partir desse jogo vamos ver como a gente vai começar. São 38 rodadas. Depois que o Brasileiro começar, o Carioca ficou para trás, a Taça Guanabara ficou para trás. Para o Brasileiro, não vale nada. Sim, vale como preparação, para os jogadores entrarem em forma física, como pré-temporada. Claro que queremos ganhar. O que vai nos deixar para o Brasileiro, absolutamente nada. O Brasileiro começa contra o Internacional e todos começam do zero, os que estão bem e os que estão mal. Vai ser eliminado do Paulista e vai começar o Brasileiro bem.
Bola parada
– É um recurso tão importante quanto todos os outros. Penso que é estado de concentração, acreditar naquilo. Eu já passei por jogar com equipes muito altas e sofrer e com muito baixas e não sofrer. Esses jogadores são muito perigosos porque acreditam. Importante que eles entendam o valor, porque ela (bola parada) desbloqueia jogos.
Memória mais bacana do Carioca
– Estamos trabalhando muito, muitas horas. Alguns podem até empatar, mas ganhar eu não sei. A gente é muito apaixonado pelo que faz, gosto muito do meu trabalho e é muito bom ver isso reproduzindo em campo. O melhor momento acredito que tenha sido o terceiro clássico. Depois do turbilhão de emoções contra o Botafogo e o Fluminense e jogar o terceiro jogo contra o Vasco, e ver os jogadores com o mesmo sangue nos olhos, querendo mais, querendo competir entre eles. Como treinador, foi o momento mais gratificante até agora. Vai chegar a semifinal e depois a final, que são os momentos mais importantes. O time chega em um estado de ânimo muito bom.
Bap abraça Filipe Luís após conquista da Taça Guanabara
Divulgação: Gilvan de Souza/Flamengo
Varela
– O mercado europeu está fechado, o Wesley não vai sair agora. É muito longe pensar no meio do ano. Wesley é um jogador muito importante para mim. Do mesmo jeito que o Varela. Temos que lembrar que antes de eu chegar era ele que jogava e o Wesley era contestado. Os dois têm características diferentes, mas não podemos esquecer do jogador que é o Varela. É titular da seleção, foi para duas Copas do Mundo, jogou contra o Vinicius Jr. e ele fez quase nada contra ele. Temos que entender que jogador temos na mão. Acho que ele não tem o respeito que merece por parte da imprensa e do torcedor, mas sim por parte do treinador, que valoriza o trabalho dele. Se o Wesley sair, virá outro para brigar por posição com o Varela, mas ele é um jogador importantíssimo.
Gerson
– Pelo que conheço, ele se sente confortável estando no campo. É um tipo de jogadores que melhora tendo minutos. Quanto mais joga, melhor fica. Nos dá muito como volante, pode dar mais ainda como meia, porque tem uma qualidade muito grande em não perder a bola mesmo pressionado. Para um treinador que sabe que o adversário vem pressionar, ter um jogador como esse faz a diferença. Hoje imaginei um time mais ofensivo com o Gerson de volante e podendo colocar Plata e Arrasca por dentro. É titular da seleção brasileira de volante e pode ajudar muito a equipe.
Crédito do ótimo desempenho
– Qualidade, ambição e talento primeiro. É o melhor elenco da América. Esse é o primeiro. Parece fácil, mas quando as coisas parecem fáceis é porque tem muito trabalho por trás. Nós trabalhamos muito para poder estar nesse momento de forma. Agora é trabalhar ainda mais para que continue o máximo possível. E que os adversários entendam que é um time que não para, que quer mais e é muito ambicioso.
Gramado sintético
– Eu joguei e passei por isso. Queria começar falando que é importante que os jogadores se unam. Eles não têm noção do poder que eles têm. O futebol é dos jogadores. Somando isso, vi a entrevista do treinador do Palmeiras (Abel Ferreira) falando sobre isso. Concordo em tudo que ele falou. Foi a primeira pessoa que não colocou política no meio. Ele foi verdadeiro com o que pensa. Eu penso o seguinte. Da mesma forma que ele falou. Série A tem que ser regulamentado, para ter gramados naturais e bons e tem que ter multa se não for bom. O que mais vejo aqui são desculpas. Pelo clima, na Arábia é 50 graus e tem um tapete. É investimento. O que vejo é muita gente que fala que não tem coragem de bater de frente. Para fazer tudo isso tem que ter coragem, para tentar proibir.
– O Brasil cresce a passos lentos porque falta gente que tome essas decisões. Que sejam mais agressivos e certeiros com esse assunto do gramado. Vou dar minha opinião porque o Abel não passou pelo que eu passei, que foi o sub-17 do Flamengo. Para jogar nos campos que o sub-17 joga no Carioca e até no Campeonato Brasileiro, é melhor sintético. Do que eu vi na base? Do que adianta preparar um plano de jogo para chegar em um gramado que a bola não anda, que os jogadores não conseguem correr, 11h da manhã. Não é humano. Para isso, melhor colocar sintético. Agora, clubes com condição para vender nosso produto para fora do país, gramado natural. Não tenha dúvida. Todos os jogadores preferem. O Abel falou que tem um top. Eu acho que tem mais. Inter é top, do Corinthians é o melhor do Brasil, Morumbi é muito bom, Juventude é muito bom, Coritiba é muito bom. Já peguei a Vila Belmiro muito boa e ruim também. Tem que regulamentar e colocar o gramado em condições. Investimento.
Experiência na Espanha
– Na Espanha eu peguei muitos gramados ruins, até chegar um presidente na La Liga e obrigou todo mundo a colocar bom. E encher estádio. É obrigatório, encher o estádio. Então que se virem os clubes. O que eu sinto do Brasil é isso, vamos vendo o que os outros países vão fazendo e a passos lentos vamos mudando. Desde que cheguei aqui em 2019, muitas coisas melhoraram. Mas é evidente que estamos atrás. O Maracanã está melhor. Quando acontecem problemas como o que aconteceu com o Thiago, são tomadas atitudes, a empresa deixou um pouco mais macio. O Maracanã eu acho que ano passado foi o estádio com mais jogos no mundo. Não tem estádio que aguente. Mas tem plano para isso. Quando começar a ficar ruim, coloca um novo. Ficamos sem jogar, vamos para volta redonda, Brasília e colocamos um gramado novo. Acho que essa seria uma das soluções.
🗞️ Leia mais notícias do Flamengo
🎧 Ouça o podcast ge Flamengo 🎧
Assista: tudo sobre o Flamengo no ge, na Globo e no sportv
Post Comment