Psicodelia gótica do The Cult empolga Rio ao iniciar turnê brasileira

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“O vocalista Ian Astbury não passa de um pavão sonhando em ser Jim Morrison, escreveu o jornalista Thales de Menezes sobre “Love” (1985), segundo álbum de estúdio do The Cult, no especial “Os 100 melhores discos de rock” publicado na revista Playboy em maio de 2004. “Mas o guitar hero Billy Duffy faz toda a diferença”, completou ele.

Em 2025, esse trabalho que ocupa um lugar especial na discografia do grupo e que, segundo Astbury, representa a base do DNA do The Cult — “um momento de criação pura e intuitiva”, disse ele a Igor Miranda para a Rolling Stone Brasil — completa 40 anos de lançamento. Uma turnê comemorativa seria justa, necessária até.

Foto: Paty Sigiliano @paty_sigilianophotos

Todavia, em sua oitava vinda ao Brasil, o quarteto completado por Charlie Jones (Page/Plant, Imelda May) no baixo e John Tempesta (White Zombie, Testament, Helmet, Exodus) na bateria visou ao agrado a gregos e troianos, passeando por distintas fases da carreira em 1h30 cravada sobre o palco do Vivo Rio (RJ), no compromisso inicial do presente giro pelo país. São Paulo (Vibra, 23/02) e Curitiba (Live, 25/02).

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Foto: Paty Sigiliano @paty_sigilianophotos

Baroness

Às vésperas de uma turnê norte-americana onde tocará os álbuns “Red Album” (2007) e “Blue Record” (2009) na íntegra, o Baroness abraçou a missão de abrir os shows do The Cult na América do Sul. John Baizley (vocal e guitarra), Gina Gleason (guitarra), Nick Jost (baixo) e Sebastian Thomson (bateria) poderiam muito bem ter oferecido uma amostra do que estadunidenses verão de 7 a 31 de maio, mas optaram pela bola de segurança ao apresentar uma versão encurtada do repertório tocado na Europa em outubro e novembro do ano passado.

Foto: Paty Sigiliano @paty_sigilianophotos

Sendo assim, “Last Words” não pegou ninguém de surpresa. Nem os poucos que já conheciam o trabalho dos americanos, nem os muitos que não faziam a menor ideia do que se tratava.

A missão de convencimento seria árdua. Felizmente para o Baroness, muitas de suas músicas ancoram-se em bons refrães (que o diga “Shock Me”), apesar do grau de experimentalismo em forma e estrutura junto à tentativa de reproduzir todas as camadas e efeitos esbarrando nas limitações do sistema de som, mas sem prejuízos ao impacto da performance.

Foto: Paty Sigiliano @paty_sigilianophotos

O público, inicialmente tímido, logo se entregou ao som, com headbanging e expressões de pura apreciação. À introdução de “A Horse Called Golgotha”, com o ataque de guitarras gêmeas de Baizley e Gleason, a conquista havia sido lavrada. Para os versados na língua inglesa, o teor metafórico das letras foi um contágio a mais.

Foto: Paty Sigiliano @paty_sigilianophotos

Um discurso contrapondo o clima frio da política nos Estados Unidos à energia calorosa dos sul-americanos gerou reações mistas por parte dos 50 mais que não se dão conta do real e nojento significado dos bonés “Make America great again”. Como dinossauros em defesa do meteoro, houve quem fechasse a expressão diante das palavras certeiras de Baizley, um porta-voz nato e, sobretudo, destemido.

Foto: Paty Sigiliano @paty_sigilianophotos

“Chlorine & Wine” e “Tourniquet” — com Jost revelando-se o grande suporte principal da amálgama sonora — foram os destaques da segunda metade do show de 1h que passou voando, tal qual a bateria de Thomson, solista por excelência, revestindo o sludge raiz da banda com um verniz prog diferenciado.

Foto: Paty Sigiliano @paty_sigilianophotos

Repertório — Baroness:

  1. Last Words
  2. Under the Wheel
  3. A Horse Called Golgotha
  4. March to the Sea
  5. Green Theme
  6. Shock Me
  7. Chlorine & Wine
  8. Swollen and Halo
  9. Tourniquet
  10. Isak
Foto: Paty Sigiliano @paty_sigilianophotos

The Cult

Certas coisas nunca mudam. O esquema de luzes (ou a falta delas) provê ao show do The Cult uma atmosfera gótico-psicodélica tal qual a guitarra de Billy Duffy no já citado “Love”.

Aliás, embora não se tratasse de comemoração em caráter oficial, o disco foi o contemplado com mais músicas no setlist. Quatro das dezoito canções originam-se do revolucionário trabalho lançado em 1985.

Foto: Paty Sigiliano @paty_sigilianophotos

Nada de telões, também. E para assegurar que nenhum espírito obsessor comprometesse a performance, coube a um roadie blindar amps, pedais, bateria etc com um defumador. A fumaça oriunda deste mesclava-se à dos baseados acesos pelo público surpreendentemente grande em se tratando da capital fluminense e de um show cujo ingresso, dependendo do setor, poderia ultrapassar mil reais.

Menezes pode ter soado levemente grosseiro na crítica que abre o texto, mas Astbury, de fato, pavoneia pelo palco, com direito a uma esvoaçante saia, num estilo que em nada remete ao travado cantor do The Doors — o qual substituiu mais notavelmente na empreitada The Doors of the 21st Century, posteriormente renomeada para Riders on the Storm.

Foto: Paty Sigiliano @paty_sigilianophotos

OK que na dobradinha inicial — “In the Clouds” e “Rise” — o vocalista manteve-se sob um controle quase que medicamentoso. Entretanto, bastou Billy engrenar o riff de guitarra que abre “Wild Flower” — uma carta de amor e devoção a Keith Richards reforçada pela presença do lendário Vox AC30, amplificador número um do Stone — para que ele se soltasse, talvez incorporando uma entidade vacinada contra os efeitos repelentes dos defumadores.

Foto: Paty Sigiliano @paty_sigilianophotos

“Esta foi ‘Mirror’, falou Ian após a execução da única faixa do recente e incrível “Under the Midnight Sun” (2023), o pandemic baby do The Cult. Na sequência, “War (The Process)” evidencia os punhos de marreta de Tempesta e o chão chega a reverberar os graves gravíssimos de Jones nesta que é a mais cáustica das faixas de “Beyond Good and Evil” (2001), trabalho que marcou a volta do grupo após seis anos e meio longe de silêncio suplantado pelo lançamento de coletâneas e afins.

Foto: Paty Sigiliano @paty_sigilianophotos

Duas cadeiras são posicionadas nos spots de Ian e Billy no palco. Com sua Gretsch White Falcon em mãos, o guitarrista senta-se enquanto o vocalista ignora a presença do objeto atrás de si. Poucas notas são necessárias ao maestro deste “Qual é a Música?” até que o público mate tratar-se de “Edie (Ciao Baby)”, o tributo do The Cult a Edie Segwick, a atriz e socialite americana cuja associação com o artista Andy Warhol não a livrou de um fim trágico.

Os dedos médio, anelar e mínimo de Duffy tremem, um tremor algo suspeito, enquanto ele dedilha os acordes do segundo single de “Sonic Temple” (1989). A voz de Astbury começa a dar pequenos sinais da idade; algo que ele combate, ou pelo menos tenta combater, abreviando fraseados mais longos, adaptando-os a sua capacidade respiratória de um senhor de 62 anos (embora fisicamente não aparente) ou simplesmente jogando para a galera — que mata no peito e põe no fundo da rede.

Foto: Paty Sigiliano @paty_sigilianophotos

Ausente dos setlists desde 2022, o mantra sob o véu de clássico do rock “Revolution” foi um presente aos cariocas. Com o contraponto “Sweet Soul Sister” coladinho — talvez o momento mais “guitar hero” de Duffy em toda a noite —, teve-se uma amostragem digna da heterogeneidade da música do The Cult, que metamorfoseia seu som a cada disco, nunca deixando-se levar pelas tendências ou derrapando nos barrancos do lugar-comum. “Rain”, “Spiritwalker” e “Fire Woman”, sem o mínimo de respiro entre uma e outra, encerraram o set principal.

Foto: Paty Sigiliano @paty_sigilianophotos

“Onde nós estamos mesmo?”, questionou Billy. “Rio de Janeiro, né? Então façam barulho, porra!” Apesar de incessantes queixas em relação ao que parecia ser seu retorno de palco, o guitarrista era o mais feliz lá em cima. Enquanto Ian olhava com desprezo para “a praga dos celulares”, o colega sorria, apontava, caprichava nas poses e nas expressões. Personalidades distintas cuja fusão compõem a mola propulsora de uma banda fundamental.

Foto: Paty Sigiliano @paty_sigilianophotos

No bis, “She Sells Sanctuary” perfura o clima etéreo e contemplativo deixado por “Brother Wolf, Sister Moon”. Terreno preparado para “Love Removal Machine”, a mais stoniana do altamente stoniano álbum “Electric” (1987).

“Ajudem-nos a voltar”, pediu Duffy, com os roadies já desplugando cabos e desligando equipamentos. “Mostrem [aos promoters locais] o quanto vocês querem ver o The Cult em 2026”. Se depender de volume de ovação, assiduidade e disposição para esgotar merch de valores astronômicos (R$ 200 a camiseta, R$ 400 o moletom), nem será preciso aguardar até o ano que vem.

Foto: Paty Sigiliano @paty_sigilianophotos

The Cult — ao vivo no Rio de Janeiro

  • Local: Vivo Rio
  • Data: 22 de fevereiro de 2025
  • Turnê: L’America 8525
  • Produção: Liberation MC

Repertório:

  1. In the Clouds
  2. Rise
  3. Wild Flower
  4. Star
  5. The Witch
  6. Mirror
  7. War (The Process)
  8. Edie (Ciao Baby)
  9. Revolution
  10. Sweet Soul Sister
  11. Lucifer
  12. Resurrection Joe
  13. Rain
  14. Spiritwalker
  15. Fire Woman

Bis:

  1. Brother Wolf, Sister Moon
  2. She Sells Sanctuary
  3. Love Removal Machine
Foto: Paty Sigiliano @paty_sigilianophotos

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“O vocalista Ian Astbury não passa de um pavão sonhando em ser Jim Morrison, escreveu o jornalista Thales de Menezes sobre “Love” (1985), segundo álbum de estúdio do The Cult, no especial “Os 100 melhores discos de rock” publicado na revista Playboy em maio de 2004. “Mas o guitar hero Billy Duffy faz toda a diferença”, completou ele.

Em 2025, esse trabalho que ocupa um lugar especial na discografia do grupo e que, segundo Astbury, representa a base do DNA do The Cult — “um momento de criação pura e intuitiva”, disse ele a Igor Miranda para a Rolling Stone Brasil — completa 40 anos de lançamento. Uma turnê comemorativa seria justa, necessária até.

Foto: Paty Sigiliano @paty_sigilianophotos

Todavia, em sua oitava vinda ao Brasil, o quarteto completado por Charlie Jones (Page/Plant, Imelda May) no baixo e John Tempesta (White Zombie, Testament, Helmet, Exodus) na bateria visou ao agrado a gregos e troianos, passeando por distintas fases da carreira em 1h30 cravada sobre o palco do Vivo Rio (RJ), no compromisso inicial do presente giro pelo país. São Paulo (Vibra, 23/02) e Curitiba (Live, 25/02).

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Baroness

Às vésperas de uma turnê norte-americana onde tocará os álbuns “Red Album” (2007) e “Blue Record” (2009) na íntegra, o Baroness abraçou a missão de abrir os shows do The Cult na América do Sul. John Baizley (vocal e guitarra), Gina Gleason (guitarra), Nick Jost (baixo) e Sebastian Thomson (bateria) poderiam muito bem ter oferecido uma amostra do que estadunidenses verão de 7 a 31 de maio, mas optaram pela bola de segurança ao apresentar uma versão encurtada do repertório tocado na Europa em outubro e novembro do ano passado.

Foto: Paty Sigiliano @paty_sigilianophotos

Sendo assim, “Last Words” não pegou ninguém de surpresa. Nem os poucos que já conheciam o trabalho dos americanos, nem os muitos que não faziam a menor ideia do que se tratava.

A missão de convencimento seria árdua. Felizmente para o Baroness, muitas de suas músicas ancoram-se em bons refrães (que o diga “Shock Me”), apesar do grau de experimentalismo em forma e estrutura junto à tentativa de reproduzir todas as camadas e efeitos esbarrando nas limitações do sistema de som, mas sem prejuízos ao impacto da performance.

Foto: Paty Sigiliano @paty_sigilianophotos

O público, inicialmente tímido, logo se entregou ao som, com headbanging e expressões de pura apreciação. À introdução de “A Horse Called Golgotha”, com o ataque de guitarras gêmeas de Baizley e Gleason, a conquista havia sido lavrada. Para os versados na língua inglesa, o teor metafórico das letras foi um contágio a mais.

Foto: Paty Sigiliano @paty_sigilianophotos

Um discurso contrapondo o clima frio da política nos Estados Unidos à energia calorosa dos sul-americanos gerou reações mistas por parte dos 50 mais que não se dão conta do real e nojento significado dos bonés “Make America great again”. Como dinossauros em defesa do meteoro, houve quem fechasse a expressão diante das palavras certeiras de Baizley, um porta-voz nato e, sobretudo, destemido.

Foto: Paty Sigiliano @paty_sigilianophotos

“Chlorine & Wine” e “Tourniquet” — com Jost revelando-se o grande suporte principal da amálgama sonora — foram os destaques da segunda metade do show de 1h que passou voando, tal qual a bateria de Thomson, solista por excelência, revestindo o sludge raiz da banda com um verniz prog diferenciado.

Foto: Paty Sigiliano @paty_sigilianophotos

Repertório — Baroness:

  1. Last Words
  2. Under the Wheel
  3. A Horse Called Golgotha
  4. March to the Sea
  5. Green Theme
  6. Shock Me
  7. Chlorine & Wine
  8. Swollen and Halo
  9. Tourniquet
  10. Isak
Foto: Paty Sigiliano @paty_sigilianophotos

The Cult

Certas coisas nunca mudam. O esquema de luzes (ou a falta delas) provê ao show do The Cult uma atmosfera gótico-psicodélica tal qual a guitarra de Billy Duffy no já citado “Love”.

Aliás, embora não se tratasse de comemoração em caráter oficial, o disco foi o contemplado com mais músicas no setlist. Quatro das dezoito canções originam-se do revolucionário trabalho lançado em 1985.

Foto: Paty Sigiliano @paty_sigilianophotos

Nada de telões, também. E para assegurar que nenhum espírito obsessor comprometesse a performance, coube a um roadie blindar amps, pedais, bateria etc com um defumador. A fumaça oriunda deste mesclava-se à dos baseados acesos pelo público surpreendentemente grande em se tratando da capital fluminense e de um show cujo ingresso, dependendo do setor, poderia ultrapassar mil reais.

Menezes pode ter soado levemente grosseiro na crítica que abre o texto, mas Astbury, de fato, pavoneia pelo palco, com direito a uma esvoaçante saia, num estilo que em nada remete ao travado cantor do The Doors — o qual substituiu mais notavelmente na empreitada The Doors of the 21st Century, posteriormente renomeada para Riders on the Storm.

Foto: Paty Sigiliano @paty_sigilianophotos

OK que na dobradinha inicial — “In the Clouds” e “Rise” — o vocalista manteve-se sob um controle quase que medicamentoso. Entretanto, bastou Billy engrenar o riff de guitarra que abre “Wild Flower” — uma carta de amor e devoção a Keith Richards reforçada pela presença do lendário Vox AC30, amplificador número um do Stone — para que ele se soltasse, talvez incorporando uma entidade vacinada contra os efeitos repelentes dos defumadores.

Foto: Paty Sigiliano @paty_sigilianophotos

“Esta foi ‘Mirror’, falou Ian após a execução da única faixa do recente e incrível “Under the Midnight Sun” (2023), o pandemic baby do The Cult. Na sequência, “War (The Process)” evidencia os punhos de marreta de Tempesta e o chão chega a reverberar os graves gravíssimos de Jones nesta que é a mais cáustica das faixas de “Beyond Good and Evil” (2001), trabalho que marcou a volta do grupo após seis anos e meio longe de silêncio suplantado pelo lançamento de coletâneas e afins.

Foto: Paty Sigiliano @paty_sigilianophotos

Duas cadeiras são posicionadas nos spots de Ian e Billy no palco. Com sua Gretsch White Falcon em mãos, o guitarrista senta-se enquanto o vocalista ignora a presença do objeto atrás de si. Poucas notas são necessárias ao maestro deste “Qual é a Música?” até que o público mate tratar-se de “Edie (Ciao Baby)”, o tributo do The Cult a Edie Segwick, a atriz e socialite americana cuja associação com o artista Andy Warhol não a livrou de um fim trágico.

Os dedos médio, anelar e mínimo de Duffy tremem, um tremor algo suspeito, enquanto ele dedilha os acordes do segundo single de “Sonic Temple” (1989). A voz de Astbury começa a dar pequenos sinais da idade; algo que ele combate, ou pelo menos tenta combater, abreviando fraseados mais longos, adaptando-os a sua capacidade respiratória de um senhor de 62 anos (embora fisicamente não aparente) ou simplesmente jogando para a galera — que mata no peito e põe no fundo da rede.

Foto: Paty Sigiliano @paty_sigilianophotos

Ausente dos setlists desde 2022, o mantra sob o véu de clássico do rock “Revolution” foi um presente aos cariocas. Com o contraponto “Sweet Soul Sister” coladinho — talvez o momento mais “guitar hero” de Duffy em toda a noite —, teve-se uma amostragem digna da heterogeneidade da música do The Cult, que metamorfoseia seu som a cada disco, nunca deixando-se levar pelas tendências ou derrapando nos barrancos do lugar-comum. “Rain”, “Spiritwalker” e “Fire Woman”, sem o mínimo de respiro entre uma e outra, encerraram o set principal.

Foto: Paty Sigiliano @paty_sigilianophotos

“Onde nós estamos mesmo?”, questionou Billy. “Rio de Janeiro, né? Então façam barulho, porra!” Apesar de incessantes queixas em relação ao que parecia ser seu retorno de palco, o guitarrista era o mais feliz lá em cima. Enquanto Ian olhava com desprezo para “a praga dos celulares”, o colega sorria, apontava, caprichava nas poses e nas expressões. Personalidades distintas cuja fusão compõem a mola propulsora de uma banda fundamental.

Foto: Paty Sigiliano @paty_sigilianophotos

No bis, “She Sells Sanctuary” perfura o clima etéreo e contemplativo deixado por “Brother Wolf, Sister Moon”. Terreno preparado para “Love Removal Machine”, a mais stoniana do altamente stoniano álbum “Electric” (1987).

“Ajudem-nos a voltar”, pediu Duffy, com os roadies já desplugando cabos e desligando equipamentos. “Mostrem [aos promoters locais] o quanto vocês querem ver o The Cult em 2026”. Se depender de volume de ovação, assiduidade e disposição para esgotar merch de valores astronômicos (R$ 200 a camiseta, R$ 400 o moletom), nem será preciso aguardar até o ano que vem.

Foto: Paty Sigiliano @paty_sigilianophotos

The Cult — ao vivo no Rio de Janeiro

  • Local: Vivo Rio
  • Data: 22 de fevereiro de 2025
  • Turnê: L’America 8525
  • Produção: Liberation MC

Repertório:

  1. In the Clouds
  2. Rise
  3. Wild Flower
  4. Star
  5. The Witch
  6. Mirror
  7. War (The Process)
  8. Edie (Ciao Baby)
  9. Revolution
  10. Sweet Soul Sister
  11. Lucifer
  12. Resurrection Joe
  13. Rain
  14. Spiritwalker
  15. Fire Woman

Bis:

  1. Brother Wolf, Sister Moon
  2. She Sells Sanctuary
  3. Love Removal Machine
Foto: Paty Sigiliano @paty_sigilianophotos

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