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14 Mar 2025, Fri

De norte a sul do país: com 13 piscinas, Brasil se tornará absoluto em ondas artificiais em 2026




Número de piscinas no país aumentará em 300% com a entrega de obras em São Paulo, Rio de Janeiro, Sergipe e Paraná; modelo de Curitiba será o 1º no mundo com cobertura e água aquecida Medina testa ondas artificias da Praia da Grama: veja
A revolução das ondas artificiais já é uma realidade consolidada no mundo profissional do surfe. A realização da primeira etapa da história da World Surf League no Oriente Médio, no deserto de Abu Dhabi, é a mais recente prova disso. Novas piscinas e tecnologias são lançadas e transformam o mercado a todo momento, e o Brasil embarcou com tudo nessa nova onda. Três locais já estão em funcionamento no país, e a expectativa é que outros dez empreendimentos sejam inaugurados até o fim de 2026, transformando o Brasil no campeão mundial também em número de piscinas.
+ Como é surfar em um luxuoso clube no interior de SP
Piscina de onda em Abu Dhabi foi construída em meio ao deserto do Oriente Médio
WSL
– Quem acreditaria há 20 anos que Abu Dhabi seria capaz de receber uma etapa da elite do surfe mundial. Aconteceu, o mundo está mudando, o esporte tem essa capacidade de aproximar culturas, promover trocas. Essa revolução é bem-vinda no Oriente Médio, a piscina de onda se tornou uma grande ferramenta de inclusão e está nos ajudando a quebrar paradigmas – revelou Ryan Watkins, gerente geral da Surf Abu Dhabi.
Italo Ferreira testa piscina de ondas em São Paulo com Ponte Estaiada de cenário
O estado de São Paulo, que já tem duas piscinas em funcionamento, terá outras seis. Uma delas é a São Paulo Surf Club, montada em frente à ponte Estaiada, em São Paulo. A piscina que tem como cenário o emblemático ponto da capital paulista recebeu os brasileiros Italo Ferreira e Miguel Pupo nesta quinta-feira para fase final de testes antes da entrega das obras.
Italo Ferreira testa nova piscina de ondas localizada em frente à Ponte Estaiada, na zona sul da capital paulista
Marcelo Maragni
Ainda no sudeste, o Rio de Janeiro terá as primeiras, uma em Mangaratiba e outra em Búzios. O nordeste também entrará no mapa das ondas artificiais com um investimento em Aracaju, Sergipe.
No sul do país, Paraná se juntará a Santa Cataria com a construção de sua primeira piscina. A versão de Curitiba atenderá às demandas da região, que sofre com um inverno rigoroso. As ondas ficarão dentro de uma estrutura fechada, com direito a água aquecida, algo inédito a nível mundial. A previsão de inauguração é julho deste ano.
Projeto da piscina de Curitiba, a primeira coberta e com água aquecida
Divulgação
A piscina curitibana é parte do negócio da Surf Center, juntamente com os exemplares de Ribeirão Preto e São Paulo – já lançados. Esta rede nacional de piscinas usa tecnologia 100% brasileira e pretende entregar até 2032 um total de 20 locais. A expansão chegará às capitais Belo Horizonte, Porto Alegre e Brasília.
Projeto da piscina do Surf Center em São Paulo mostra interação dos espectadores com as ondas
Divulgação
Neste formato de negócio, a piscina faz parte de um clube social de uso exclusivo para associados. No caso de Curitiba todos os títulos pré-comercializados foram vendidos, com valores iniciais de R$ 45 mil. Após a inauguração, os valores aumentarão quase 400%, aproximadamente R$ 200 mil. A ideia da Surf Center é que o associado possa futuramente utilizar qualquer piscina da rede no país.
– No mundo inteiro tem vários tipos de onda. A onda de Saquarema é diferente da onda de Maresias, que é diferente da onda de Noronha, que é diferente da onda de Natal, que é diferente da onda da Austrália, do Havaí ou da África do Sul. Piscina é um tipo de onda diferente. O melhor surfista é aquele que tem a maior regularidade nos diferentes tipos de onda. A gente não vê a piscina como um esporte separado, a gente vê a piscina como mais um tipo de onda que faz parte desse circuito, que faz parte desse caminho do surfista, do desenvolvimento do esporte, e que cria desafios diferentes. Então o melhor surfista é aquele que também sabe dominar esse tipo de onda – ponderou Ivan Martinho, presidente da WSL América Latina.
Ivan Martinho, presidente da WSL América Latina, fala sobre evolução das piscinas
Winne Fernandes
Parte do calendário do Championship Tour com a etapa de Saquarema, no Rio de Janeiro, o Brasil ainda não tem piscinas em funcionamento ou construção com a tecnologia Kelly Slater Wave, a única homologada pela WSL para receber a elite do surfe mundial. Em 2023, a Praia da Grama, primeira piscina inaugurada no país chegou a receber uma etapa do Qualifying Series em Itupeva, São Paulo.
– Essa onda do Kelly foi a primeira que eu pesquisei, ela é de fato a melhor onda do mundo, uma experiência única para surfistas de alta performance. Porém, é um modelo de negócio muito caro, não funciona como investimento na prática para o grande público – explicou Caio Segall, investidor responsável pela construção da Praia da Grama.
Inclusão é tendência
Segundo o incorporador, as piscinas brasileiras ainda não são democráticas no quesito “acessibilidade financeira”, mas há uma tendência de inclusão nos próximos anos conforme o mercado for se expandindo. A Praia da Grama, por exemplo, fica dentro de um condomínio de luxo e é exclusiva aos seus moradores e convidados. O próximo investimento de Caio Segall, em parceria com o tricampeão mundial Gabriel Medina, será no formato clube social para associados na capital paulista.
– As tecnologias conforme vão sendo compradas mais e mais, conforme o mundo vai disseminando, elas baixam de valor. Primeiro o “Tesla” era caríssimo, o mesmo com os produtos “Apple”. E assim que essas marcas começaram a ganhar escala foram diminuindo de preço. Eu acho que isso deve acontecer no caso das piscinas, eu acho que é um negócio que tem potencial de ganhar escala monumental – explicou.
Gabriel Medina visita obra de piscina que será lançada em São Paulo ainda em 2025
Reprodução instagram
No caso da Austrália, país de onde vêm as principais marcas e investimentos no surfe, as piscinas já são abertas ao público, sendo possível surfar as ondas artificiais diante do pagamento de ingressos. A sessões de surfe custam em torno de 100 dólares australianos, em média R$ 400,00.
Italo, Filipinho e Tati-Weston Webb aprovam
Entre a tempestade brasileira, a revolução das ondas artificiais é bem-vinda. Campeões de quatro das cinco etapas do Championshipp Tour realizadas em piscinas, desde a estreia em 2018 no Surf Ranch, os brasileiros têm adaptado à rotina de treinos em decorrência das ondas artificiais. Campeão em Abu Dhabi, Italo Ferreira disse que vem treinando muito nas piscinas de ondas.
– Eu venho surfando muito nas piscinas de ondas, especialmente em São Paulo, na Boa Vista, onde eu tenho me dedicado muito mais lá do que no mar porque o tempo é curto e um dia na piscina parece que você fez uma viagem de surfe de uma semana, e aí você compensa o tempo, testa os equipamentos e realmente consegue performar. Eu aproveito cada momento, cada detalhe – explicou.
Ítalo Ferreira vence a etapa de Abu Dhabi do Circuito Mundial de Surfe
Filipe Toledo também é um defensor das ondas artificiais. Campeão do Surf Ranch em 2021, ele acredita que a piscina é a melhor alternativa para as Olimpíadas, onde o campeão é definido em poucos dias e nem sempre em locais de boas condições de mar, o que deixa a escolha dos países-sede também mais democrática.
– Eu já falei uma vez que acho que as Olimpíadas devem ser realizadas em piscinas e continuo achando isso, acho mais justo. As chances são as mesmas para todos, são exatas, repetidas, o que favorece de fato quem é melhor, não quem teve sorte ou falta sorte por conta das condições do mar – explicou.
Filipe Toledo em ação na piscina de onda em Abu Dhabi
WSL
Tatiana Weston-Webb bateu na trave duas vezes com dois vice e se diz encantada para além do caráter justo das ondas artificiais. Para ela o mais interessante é o caráter inclusivo das piscinas, já que países sem ondas de qualidade suficientes para a WSL podem ter a chance de receber os melhores do mundo.
– Todo ano o calendário é muito parecido, para quem já está há muitos anos no tour fica repetitivo. Não vou dizer que eu não gosto de ir para esses mesmos mares de ondas maravilhosas porque não é verdade, mas você já sabe o que esperar, entende?! Ir para Abu Dhabi foi muito mais do que só surfe, uma experiência de troca com a cultura local, da gente com quem mora la. Há muito tempo eu não lembro de me sentir assim, encantada pela possibilidade de fazer turismo num lugar tão diferente para a gente – concluiu.
Veja lista de piscinas de ondas pelo Brasil:
Em atividade
Praia da Grama – Itupeva (SP)
Surfland – Garopaba (SC)
Boa Vista Village – Porto Feliz (SP)
Em construção
Brasil Surf Club – Búzios (RJ) e Mangaratiba (RJ)
Beyond The Club – São Paulo (SP)
Ilhas de Atibaia – Atibaia (SP)
Inzuma Resort – Aracaju (SE)
Reserva Beach Club – Alphaville (SP)
São Paulo Surf Club – São Paulo (SP)
Surf Center – Curitiba (PR), Ribeirão Preto (SP) e São Paulo (SP)


Número de piscinas no país aumentará em 300% com a entrega de obras em São Paulo, Rio de Janeiro, Sergipe e Paraná; modelo de Curitiba será o 1º no mundo com cobertura e água aquecida Medina testa ondas artificias da Praia da Grama: veja
A revolução das ondas artificiais já é uma realidade consolidada no mundo profissional do surfe. A realização da primeira etapa da história da World Surf League no Oriente Médio, no deserto de Abu Dhabi, é a mais recente prova disso. Novas piscinas e tecnologias são lançadas e transformam o mercado a todo momento, e o Brasil embarcou com tudo nessa nova onda. Três locais já estão em funcionamento no país, e a expectativa é que outros dez empreendimentos sejam inaugurados até o fim de 2026, transformando o Brasil no campeão mundial também em número de piscinas.
+ Como é surfar em um luxuoso clube no interior de SP
Piscina de onda em Abu Dhabi foi construída em meio ao deserto do Oriente Médio
WSL
– Quem acreditaria há 20 anos que Abu Dhabi seria capaz de receber uma etapa da elite do surfe mundial. Aconteceu, o mundo está mudando, o esporte tem essa capacidade de aproximar culturas, promover trocas. Essa revolução é bem-vinda no Oriente Médio, a piscina de onda se tornou uma grande ferramenta de inclusão e está nos ajudando a quebrar paradigmas – revelou Ryan Watkins, gerente geral da Surf Abu Dhabi.
Italo Ferreira testa piscina de ondas em São Paulo com Ponte Estaiada de cenário
O estado de São Paulo, que já tem duas piscinas em funcionamento, terá outras seis. Uma delas é a São Paulo Surf Club, montada em frente à ponte Estaiada, em São Paulo. A piscina que tem como cenário o emblemático ponto da capital paulista recebeu os brasileiros Italo Ferreira e Miguel Pupo nesta quinta-feira para fase final de testes antes da entrega das obras.
Italo Ferreira testa nova piscina de ondas localizada em frente à Ponte Estaiada, na zona sul da capital paulista
Marcelo Maragni
Ainda no sudeste, o Rio de Janeiro terá as primeiras, uma em Mangaratiba e outra em Búzios. O nordeste também entrará no mapa das ondas artificiais com um investimento em Aracaju, Sergipe.
No sul do país, Paraná se juntará a Santa Cataria com a construção de sua primeira piscina. A versão de Curitiba atenderá às demandas da região, que sofre com um inverno rigoroso. As ondas ficarão dentro de uma estrutura fechada, com direito a água aquecida, algo inédito a nível mundial. A previsão de inauguração é julho deste ano.
Projeto da piscina de Curitiba, a primeira coberta e com água aquecida
Divulgação
A piscina curitibana é parte do negócio da Surf Center, juntamente com os exemplares de Ribeirão Preto e São Paulo – já lançados. Esta rede nacional de piscinas usa tecnologia 100% brasileira e pretende entregar até 2032 um total de 20 locais. A expansão chegará às capitais Belo Horizonte, Porto Alegre e Brasília.
Projeto da piscina do Surf Center em São Paulo mostra interação dos espectadores com as ondas
Divulgação
Neste formato de negócio, a piscina faz parte de um clube social de uso exclusivo para associados. No caso de Curitiba todos os títulos pré-comercializados foram vendidos, com valores iniciais de R$ 45 mil. Após a inauguração, os valores aumentarão quase 400%, aproximadamente R$ 200 mil. A ideia da Surf Center é que o associado possa futuramente utilizar qualquer piscina da rede no país.
– No mundo inteiro tem vários tipos de onda. A onda de Saquarema é diferente da onda de Maresias, que é diferente da onda de Noronha, que é diferente da onda de Natal, que é diferente da onda da Austrália, do Havaí ou da África do Sul. Piscina é um tipo de onda diferente. O melhor surfista é aquele que tem a maior regularidade nos diferentes tipos de onda. A gente não vê a piscina como um esporte separado, a gente vê a piscina como mais um tipo de onda que faz parte desse circuito, que faz parte desse caminho do surfista, do desenvolvimento do esporte, e que cria desafios diferentes. Então o melhor surfista é aquele que também sabe dominar esse tipo de onda – ponderou Ivan Martinho, presidente da WSL América Latina.
Ivan Martinho, presidente da WSL América Latina, fala sobre evolução das piscinas
Winne Fernandes
Parte do calendário do Championship Tour com a etapa de Saquarema, no Rio de Janeiro, o Brasil ainda não tem piscinas em funcionamento ou construção com a tecnologia Kelly Slater Wave, a única homologada pela WSL para receber a elite do surfe mundial. Em 2023, a Praia da Grama, primeira piscina inaugurada no país chegou a receber uma etapa do Qualifying Series em Itupeva, São Paulo.
– Essa onda do Kelly foi a primeira que eu pesquisei, ela é de fato a melhor onda do mundo, uma experiência única para surfistas de alta performance. Porém, é um modelo de negócio muito caro, não funciona como investimento na prática para o grande público – explicou Caio Segall, investidor responsável pela construção da Praia da Grama.
Inclusão é tendência
Segundo o incorporador, as piscinas brasileiras ainda não são democráticas no quesito “acessibilidade financeira”, mas há uma tendência de inclusão nos próximos anos conforme o mercado for se expandindo. A Praia da Grama, por exemplo, fica dentro de um condomínio de luxo e é exclusiva aos seus moradores e convidados. O próximo investimento de Caio Segall, em parceria com o tricampeão mundial Gabriel Medina, será no formato clube social para associados na capital paulista.
– As tecnologias conforme vão sendo compradas mais e mais, conforme o mundo vai disseminando, elas baixam de valor. Primeiro o “Tesla” era caríssimo, o mesmo com os produtos “Apple”. E assim que essas marcas começaram a ganhar escala foram diminuindo de preço. Eu acho que isso deve acontecer no caso das piscinas, eu acho que é um negócio que tem potencial de ganhar escala monumental – explicou.
Gabriel Medina visita obra de piscina que será lançada em São Paulo ainda em 2025
Reprodução instagram
No caso da Austrália, país de onde vêm as principais marcas e investimentos no surfe, as piscinas já são abertas ao público, sendo possível surfar as ondas artificiais diante do pagamento de ingressos. A sessões de surfe custam em torno de 100 dólares australianos, em média R$ 400,00.
Italo, Filipinho e Tati-Weston Webb aprovam
Entre a tempestade brasileira, a revolução das ondas artificiais é bem-vinda. Campeões de quatro das cinco etapas do Championshipp Tour realizadas em piscinas, desde a estreia em 2018 no Surf Ranch, os brasileiros têm adaptado à rotina de treinos em decorrência das ondas artificiais. Campeão em Abu Dhabi, Italo Ferreira disse que vem treinando muito nas piscinas de ondas.
– Eu venho surfando muito nas piscinas de ondas, especialmente em São Paulo, na Boa Vista, onde eu tenho me dedicado muito mais lá do que no mar porque o tempo é curto e um dia na piscina parece que você fez uma viagem de surfe de uma semana, e aí você compensa o tempo, testa os equipamentos e realmente consegue performar. Eu aproveito cada momento, cada detalhe – explicou.
Ítalo Ferreira vence a etapa de Abu Dhabi do Circuito Mundial de Surfe
Filipe Toledo também é um defensor das ondas artificiais. Campeão do Surf Ranch em 2021, ele acredita que a piscina é a melhor alternativa para as Olimpíadas, onde o campeão é definido em poucos dias e nem sempre em locais de boas condições de mar, o que deixa a escolha dos países-sede também mais democrática.
– Eu já falei uma vez que acho que as Olimpíadas devem ser realizadas em piscinas e continuo achando isso, acho mais justo. As chances são as mesmas para todos, são exatas, repetidas, o que favorece de fato quem é melhor, não quem teve sorte ou falta sorte por conta das condições do mar – explicou.
Filipe Toledo em ação na piscina de onda em Abu Dhabi
WSL
Tatiana Weston-Webb bateu na trave duas vezes com dois vice e se diz encantada para além do caráter justo das ondas artificiais. Para ela o mais interessante é o caráter inclusivo das piscinas, já que países sem ondas de qualidade suficientes para a WSL podem ter a chance de receber os melhores do mundo.
– Todo ano o calendário é muito parecido, para quem já está há muitos anos no tour fica repetitivo. Não vou dizer que eu não gosto de ir para esses mesmos mares de ondas maravilhosas porque não é verdade, mas você já sabe o que esperar, entende?! Ir para Abu Dhabi foi muito mais do que só surfe, uma experiência de troca com a cultura local, da gente com quem mora la. Há muito tempo eu não lembro de me sentir assim, encantada pela possibilidade de fazer turismo num lugar tão diferente para a gente – concluiu.
Veja lista de piscinas de ondas pelo Brasil:
Em atividade
Praia da Grama – Itupeva (SP)
Surfland – Garopaba (SC)
Boa Vista Village – Porto Feliz (SP)
Em construção
Brasil Surf Club – Búzios (RJ) e Mangaratiba (RJ)
Beyond The Club – São Paulo (SP)
Ilhas de Atibaia – Atibaia (SP)
Inzuma Resort – Aracaju (SE)
Reserva Beach Club – Alphaville (SP)
São Paulo Surf Club – São Paulo (SP)
Surf Center – Curitiba (PR), Ribeirão Preto (SP) e São Paulo (SP)



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