By rikififi90 
Treinador foi escolhido pelo modelo ofensivo e pela filosofia de trabalho com aproveitamento de jovens; comentaristas analisam perfil para o Alvinegro O Botafogo escolheu o português Renato Paiva, de 54 anos, para ser seu novo comandante. A opção de John Textor passou pela filosofia de futebol adotada pelo treinador, apresentado nessa sexta-feira. Mas que estilo de jogo é esse, afinal?
O ge explica as preferências do técnico português, que preza por “atacar com muitos e defender com poucos”, e analisa como Paiva pode ajudar o Alvinegro até dezembro de 2026, quando termina seu contrato.
Renato Paiva se apresenta ao Botafogo: “Não é ganhar só por ganhar. Há uma forma que o tor
+ Dono do Botafogo, Textor manda recado para a torcida do Flamengo: “Não pode ganhar um jogo e falar m…”
— Temos que ter um equilíbrio entre ataque e defesa. Uma equipe grande tem que saber atacar de várias formas. Uma equipe grande tem que saber entrar nas defesas de maneiras diferentes. Quero que ataquemos com muitos e saibamos defender com poucos. Saber defender com poucos tem a ver com questões posicionais. Às vezes você acha que está controlando o adversário, mas não está — disse Paiva durante sua apresentação, acrescentando:
— O segundo gol do Racing, na Argentina, foi assim. Precisamos eliminar referências de contra-ataques dos adversários. As equipes grandes costumam criar muito e, quando você não é eficiente, o adversário chega pouco e faz. Temos que jogar com um bloco curto, com muita pressão. Quando perdermos a bola, todos têm que tentar eliminar a posse do adversário. O mais importante é que a partir de terça-feira os jogadores consigam entender. Acredito muito nos treinos. Vamos trazer de volta a organização defensiva sem perder o DNA ofensivo da equipe.
+ Renato Paiva vai levar quatro profissionais à comissão técnica do Botafogo; veja nomes e funções
Renato Paiva é o novo técnico do Botafogo
Divulgação
Paiva almejou jogar futebol profissionalmente e chegou até os juniores do Vitória de Setúbal, em Portugal. Por imposição dos pais, entretanto, deu sequência aos estudos e fez faculdade. Deu os primeiros passos como treinador no futsal, seguiu carreira e acabou parando no Benfica – seu clube do coração.
O técnico permaneceu no gigante português por 18 anos, desenvolvendo seu trabalho na base. Começou como auxiliar até ser alçado, degrau por degrau, ao time B do Benfica. Em sua trajetória, atuou na formação de nomes como Ederson, Bernardo Silva, João Félix e Rúben Dias, entre outros.
Há quatro anos, deixou Portugal e a Europa para assumir o Independiente Del Valle, sua primeira experiência na América do Sul. Na equipe de Quito, Paiva conduziu o elenco a um título inédito na Liga Equador 2021/2022. Nos anos seguintes, também passou por León (México), Bahia e Toluca (México). Este, na opinião do próprio Renato, é o melhor trabalho de sua carreira até aqui.
+ Renato Paiva exalta ter sido escolhido e promete Botafogo ofensivo: “Atacar com muitos e defender com poucos”
Renato Paiva é o novo técnico do Botafogo
Vitor Silva/BFR
+ Textor diz que está satisfeito com janela do Botafogo: “Time mais forte do que em fevereiro de 2024”
A trajetória de Renato Paiva pode ser comparada ao último treinador alvinegro, Artur Jorge, que também foi escolhido para o “projeto Botafogo”. Nos bastidores do clube carioca, há um planejamento que visa formar jogadores na base e alçá-los ao profissional, projetando o retorno esportivo até serem reconhecidos e vendidos posteriormente. Esse olhar foi um dos pontos positivos para a contratação de Paiva.
— Temos jogadores jovens que deixam água na boca para trabalhar para que eles tenham rendimento esportivo o mais rápido possível. Esse equilíbrio é sempre muito difícil em um clube grande. Tem que dar essa oportunidade aos jovens, mas sempre em contexto favorável para eles crescerem e não comprometerem o resultado. Como dizia John (Textor), o elenco nunca nos deixa satisfeitos, sempre falta alguma coisa, mas estou muito satisfeito com o que vou encontrar — disse Renato.
A ofensividade de que John Textor afirma não abrir mão foi amplamente debatida. O empresário americano também destacou o conhecimento prévio de Paiva sobre o elenco do Botafogo. Antes mesmo de assinar o contrato, o técnico já assistia e analisava partidas do Alvinegro enquanto o cargo estava vago.
+ Textor diz que permitirá faixas de protesto no Botafogo, mas reclama: “É patético que eu receba mensagem de ódio”
Renato Paiva é o novo técnico do Botafogo
Vitor Silva/BFR
Como Paiva pode ajudar? Comentaristas opinam
Marcelo Raed: “O meu recorte de comparação é com o Bahia de 2023. Era um time que jogava um futebol mais posicional e cadenciado, bem diferente do estilo de jogo de verticalidade do Artur Jorge. Porém, como o elenco mudou bastante, com a saída das peças principais e a chegada de jogadores com novas características, é possível que o Renato consiga adaptar o jogo do time. A passagem pelo Bahia ficou marcada também pela utilização de jogadores fora da posição habitual, certa teimosia e fragilidade defensiva. Boa ou ruim, acho que é a escolha que se mostrou possível. Renato Paiva não foi nem a quinta opção ventilada pelo Textor, mas a questão do técnico já tinha saído de controle há algum tempo. Então, ao meu ver, é mais uma justificativa do que uma escolha.”
+ Contratações do Botafogo para 2025: veja quem chega, quem fica e quem vai embora
+ Vai e vem do mercado: acompanhe as últimas movimentações dos clubes
Fellipe Bastos: “É mais uma aposta do que uma certeza porque no Bahia não fez um bom trabalho. Apesar da idade (54 anos), é um profissional novo dentro na nossa realidade do futebol brasileiro, mas pode evoluir seu trabalho. Gosta da posse de bola e de futebol ofensivo, que propõe. Pode dar certo, mas a última amostragem dele no Brasil não foi tão boa.”
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Treinador foi escolhido pelo modelo ofensivo e pela filosofia de trabalho com aproveitamento de jovens; comentaristas analisam perfil para o Alvinegro O Botafogo escolheu o português Renato Paiva, de 54 anos, para ser seu novo comandante. A opção de John Textor passou pela filosofia de futebol adotada pelo treinador, apresentado nessa sexta-feira. Mas que estilo de jogo é esse, afinal?
O ge explica as preferências do técnico português, que preza por “atacar com muitos e defender com poucos”, e analisa como Paiva pode ajudar o Alvinegro até dezembro de 2026, quando termina seu contrato.
Renato Paiva se apresenta ao Botafogo: “Não é ganhar só por ganhar. Há uma forma que o tor
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— Temos que ter um equilíbrio entre ataque e defesa. Uma equipe grande tem que saber atacar de várias formas. Uma equipe grande tem que saber entrar nas defesas de maneiras diferentes. Quero que ataquemos com muitos e saibamos defender com poucos. Saber defender com poucos tem a ver com questões posicionais. Às vezes você acha que está controlando o adversário, mas não está — disse Paiva durante sua apresentação, acrescentando:
— O segundo gol do Racing, na Argentina, foi assim. Precisamos eliminar referências de contra-ataques dos adversários. As equipes grandes costumam criar muito e, quando você não é eficiente, o adversário chega pouco e faz. Temos que jogar com um bloco curto, com muita pressão. Quando perdermos a bola, todos têm que tentar eliminar a posse do adversário. O mais importante é que a partir de terça-feira os jogadores consigam entender. Acredito muito nos treinos. Vamos trazer de volta a organização defensiva sem perder o DNA ofensivo da equipe.
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Renato Paiva é o novo técnico do Botafogo
Divulgação
Paiva almejou jogar futebol profissionalmente e chegou até os juniores do Vitória de Setúbal, em Portugal. Por imposição dos pais, entretanto, deu sequência aos estudos e fez faculdade. Deu os primeiros passos como treinador no futsal, seguiu carreira e acabou parando no Benfica – seu clube do coração.
O técnico permaneceu no gigante português por 18 anos, desenvolvendo seu trabalho na base. Começou como auxiliar até ser alçado, degrau por degrau, ao time B do Benfica. Em sua trajetória, atuou na formação de nomes como Ederson, Bernardo Silva, João Félix e Rúben Dias, entre outros.
Há quatro anos, deixou Portugal e a Europa para assumir o Independiente Del Valle, sua primeira experiência na América do Sul. Na equipe de Quito, Paiva conduziu o elenco a um título inédito na Liga Equador 2021/2022. Nos anos seguintes, também passou por León (México), Bahia e Toluca (México). Este, na opinião do próprio Renato, é o melhor trabalho de sua carreira até aqui.
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Vitor Silva/BFR
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A trajetória de Renato Paiva pode ser comparada ao último treinador alvinegro, Artur Jorge, que também foi escolhido para o “projeto Botafogo”. Nos bastidores do clube carioca, há um planejamento que visa formar jogadores na base e alçá-los ao profissional, projetando o retorno esportivo até serem reconhecidos e vendidos posteriormente. Esse olhar foi um dos pontos positivos para a contratação de Paiva.
— Temos jogadores jovens que deixam água na boca para trabalhar para que eles tenham rendimento esportivo o mais rápido possível. Esse equilíbrio é sempre muito difícil em um clube grande. Tem que dar essa oportunidade aos jovens, mas sempre em contexto favorável para eles crescerem e não comprometerem o resultado. Como dizia John (Textor), o elenco nunca nos deixa satisfeitos, sempre falta alguma coisa, mas estou muito satisfeito com o que vou encontrar — disse Renato.
A ofensividade de que John Textor afirma não abrir mão foi amplamente debatida. O empresário americano também destacou o conhecimento prévio de Paiva sobre o elenco do Botafogo. Antes mesmo de assinar o contrato, o técnico já assistia e analisava partidas do Alvinegro enquanto o cargo estava vago.
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Vitor Silva/BFR
Como Paiva pode ajudar? Comentaristas opinam
Marcelo Raed: “O meu recorte de comparação é com o Bahia de 2023. Era um time que jogava um futebol mais posicional e cadenciado, bem diferente do estilo de jogo de verticalidade do Artur Jorge. Porém, como o elenco mudou bastante, com a saída das peças principais e a chegada de jogadores com novas características, é possível que o Renato consiga adaptar o jogo do time. A passagem pelo Bahia ficou marcada também pela utilização de jogadores fora da posição habitual, certa teimosia e fragilidade defensiva. Boa ou ruim, acho que é a escolha que se mostrou possível. Renato Paiva não foi nem a quinta opção ventilada pelo Textor, mas a questão do técnico já tinha saído de controle há algum tempo. Então, ao meu ver, é mais uma justificativa do que uma escolha.”
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Fellipe Bastos: “É mais uma aposta do que uma certeza porque no Bahia não fez um bom trabalho. Apesar da idade (54 anos), é um profissional novo dentro na nossa realidade do futebol brasileiro, mas pode evoluir seu trabalho. Gosta da posse de bola e de futebol ofensivo, que propõe. Pode dar certo, mas a última amostragem dele no Brasil não foi tão boa.”
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