Breaking
14 Mar 2025, Fri

Daniela Beyruti e Boninho unem forças para transformar o SBT após 20 anos de espera

Daniela Beyruti


Após mais de duas décadas de tentativas frustradas, as famílias Abravanel e Oliveira Sobrinho finalmente concretizam uma parceria que promete revolucionar o Sistema Brasileiro de Televisão (SBT). Daniela Beyruti, presidente da emissora e filha de Silvio Santos, selou um acordo com José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boninho, ex-diretor da Globo, em um movimento que resgata um sonho antigo iniciado em 2003, quando Boni, pai de Boninho, quase assumiu um cargo no canal. Naquele ano, um contrato chegou a ser assinado em um encontro festivo na sede do SBT, em Anhanguera, mas foi desfeito horas depois por decisão de Silvio Santos. Agora, em 2025, a segunda geração das duas famílias toma as rédeas dessa união, trazendo expectativas altas para o futuro da emissora. Daniela, focada em recuperar o DNA original do SBT, e Boninho, com sua expertise em realities e programas de entretenimento, planejam desde reality shows de confinamento até a volta de formatos como “The Voice” na grade do canal.

A história desse encontro começou no final de uma tarde em 2003, quando Boni desembarcou de helicóptero no SBT acompanhado de Edwaldo Pacote, seu fiel aliado. Recebido por José Roberto Maluf, então vice-presidente da emissora, o evento contou com a presença de figuras como o advogado Edson Kawano e o diretor Luiz Eduardo Borgeth, que havia deixado a Globo após 36 anos. A assinatura do contrato foi rápida, e Silvio Santos apareceu para dar as boas-vindas, mas na madrugada seguinte, ele ligou para Boni pedindo que o acordo fosse rasgado, alegando impossibilidade de cumprir o combinado. Esse episódio ficou na memória como um “quase” que agora, passados 21 anos, ganha vida nova com Daniela e Boninho à frente.

O momento atual é de otimismo no SBT. Após a saída de Boninho da Globo em setembro de 2024, onde trabalhou por 40 anos comandando sucessos como o “Big Brother Brasil”, ele se tornou um nome cobiçado no mercado. Daniela, que assumiu a presidência do canal após a morte de Silvio Santos em agosto de 2024, viu na experiência do diretor uma oportunidade de ouro para revitalizar a emissora, que perdeu a vice-liderança em audiência para a Record nos últimos anos. Projetos ambiciosos, como um reality de confinamento e a aquisição do “The Voice”, já estão em andamento, com a promessa de resgatar o brilho do SBT na TV aberta.

Uma parceria com raízes no passado

Relembrar o quase-acordo de 2003 é essencial para entender a relevância do que acontece agora. Naquela ocasião, o desembarque de Boni no SBT foi cercado de simbolismo: um dos maiores nomes da televisão brasileira, responsável por transformar a Globo em líder de audiência, estava prestes a unir forças com Silvio Santos, o ícone da TV popular. O encontro na Anhanguera foi marcado por conversas prévias e ajustes, culminando na assinatura de um contrato que parecia selar a parceria. A presença de Silvio, sorridente, reforçava a expectativa de uma nova era, mas a reviravolta na madrugada mostrou como os planos podem mudar rapidamente.

Agora, Daniela Beyruti e Boninho carregam o legado de seus pais. A presidente do SBT, em entrevista recente, destacou que a parceria com Boninho é estratégica, especialmente para realities. “Não faria sentido fazer sem ele, é o melhor do ramo”, afirmou, sinalizando a confiança no diretor para liderar projetos como um programa de confinamento que pode ocupar o espaço entre o “BBB” e “A Fazenda”. A aquisição do “The Voice” para 2025 também foi confirmada, com Boninho à frente da produção, reforçando a aposta em formatos de sucesso global.

A relação entre as famílias vai além dos negócios. Em 23 de fevereiro de 2025, Daniela compartilhou uma foto nas redes sociais ao lado de Boninho, Boni, e suas irmãs Patrícia e Rebeca Abravanel, com a legenda “Que encontro especial”. O registro reacendeu especulações sobre a ida de Boninho ao SBT, que se confirmaram dias depois com anúncios oficiais, consolidando uma união que mistura história pessoal e ambição profissional.

Projetos que prometem agitar a TV brasileira

Boninho chega ao SBT com um currículo impressionante: foram 40 anos na Globo, onde dirigiu mais de 20 edições do “Big Brother Brasil” e outros formatos como “No Limite”. Sua saída da emissora, anunciada em outubro de 2024, marcou o fim de uma era, mas abriu portas para novos desafios. No SBT, ele assume a produção de um reality de confinamento, especulado como uma versão brasileira de “House of Villains”, sucesso nos Estados Unidos que reúne vilões de realities. Daniela Beyruti já indicou que o programa pode estrear em 2025, mas, caso a produção exija mais tempo, fica para 2026, priorizando qualidade.

Outro destaque é o retorno do “The Voice” à TV aberta pelo SBT. Encerrado na Globo em 2023 após 12 temporadas, o reality musical foi comprado pela emissora de Daniela, que planeja lançá-lo ainda em 2025. A escolha do apresentador segue em aberto, mas nomes como Tiago Leifert, ex-Globo, foram cogitados, embora ele tenha manifestado interesse em focar no futebol. A produção, sob comando de Boninho, busca atrair o público jovem e famílias, mirando um espaço na grade que combine entretenimento e emoção.

Além dos realities, há planos para uma revista eletrônica matinal, possivelmente com Ana Furtado, esposa de Boninho, no comando. O projeto, ainda em negociação, reflete a intenção de diversificar a programação do SBT e competir diretamente com Globo e Record nas manhãs, uma faixa historicamente dominada por programas como “Mais Você” e “Hoje em Dia”. Essa variedade de formatos mostra a ambição de Daniela e Boninho em reposicionar o SBT no mercado.

O impacto da união no SBT e na TV aberta

A chegada de Boninho ao SBT é vista como um divisor de águas. Nos últimos anos, a emissora enfrentou dificuldades para manter a vice-liderança, com a Record ganhando terreno com realities como “A Fazenda” e novelas bíblicas. Em 2024, o SBT registrou prejuízo, e Daniela Beyruti assumiu o desafio de reerguer o canal após a morte de Silvio Santos. A parceria com Boninho traz não apenas experiência, mas também uma marca consolidada no entretenimento, essencial para atrair anunciantes e público.

Os números reforçam o potencial do movimento. O “Big Brother Brasil”, sob comando de Boninho, alcançava médias superiores a 25 pontos de audiência no Ibope, enquanto “The Voice” mantinha índices sólidos entre 15 e 20 pontos nas noites de quinta-feira na Globo. No SBT, esses formatos podem revitalizar uma grade que hoje depende de reprises e programas consolidados como o de Ratinho. A meta é clara: superar a Record, que em 2024 consolidou 5,8 pontos de média anual contra 4,2 do SBT, e reduzir a distância para a Globo, líder com 12,5 pontos.

A parceria também mira o público jovem, cada vez mais distante da TV aberta por conta do streaming. Com formatos dinâmicos e a expertise de Boninho, o SBT quer oferecer conteúdo que rivalize com plataformas como Netflix e Disney+, que em 2024 capturaram 28% do tempo de tela no Brasil, segundo dados da Kantar Ibope Media. A volta do “The Voice” e um reality de confinamento são apostas para reconquistar essa audiência.

Cronograma da nova era do SBT

Daniela e Boninho já traçaram um calendário inicial para seus projetos. Veja as principais datas planejadas:

  • Fevereiro de 2025: Reunião definitiva entre Daniela Beyruti e Boninho para assinar contratos e alinhar produções, realizada em 20 de fevereiro.
  • Março a junho de 2025: Desenvolvimento do reality de confinamento e do “The Voice”, com escolha de elenco e apresentadores.
  • Segundo semestre de 2025: Estreia do “The Voice” no SBT, prevista para o terceiro trimestre, e possível lançamento da revista matinal com Ana Furtado.
  • 2026: Caso o reality de confinamento exija mais preparo, a estreia fica para o primeiro semestre.

Esse cronograma reflete o cuidado de Daniela em evitar produções apressadas, priorizando qualidade para garantir o sucesso dos projetos.

Expectativas e desafios da parceria

A união entre Daniela Beyruti e Boninho carrega expectativas enormes. Para Daniela, o desafio é resgatar o “DNA do SBT”, como ela mesma definiu, reduzindo a dependência de novelas estrangeiras, que em 2024 ocuparam 30% da grade, e trazendo produções originais que remetam aos tempos áureos da emissora. Boninho, por sua vez, precisa provar que seu sucesso não estava atrelado apenas à estrutura da Globo, adaptando-se aos recursos e à cultura do SBT.

Entre os planos, há a intenção de equilibrar a programação. Daniela já sinalizou que novelas importadas, como as turcas que estrearam em 2024, serão usadas com parcimônia, dando espaço a conteúdos locais. Em 2003, o SBT exibia 40 horas semanais de produções próprias, número que caiu para 25 em 2024. A parceria com Boninho visa reverter essa tendência, apostando em formatos que engajem o público e gerem receita publicitária.

A pressão é alta, mas o histórico das duas famílias dá respaldo ao otimismo. Silvio Santos transformou o SBT em um império com programas como “Casa dos Artistas”, enquanto Boni elevou a Globo ao topo com inovações como o “Fantástico”. Agora, Daniela e Boninho têm a chance de escrever um novo capítulo nessa história, unindo legado e modernidade.

Nomes por trás do sucesso

Boninho não chega sozinho ao SBT. Sua produtora, em parceria com Julio Casares, será responsável pelas novas atrações, trazendo profissionais experientes. Ana Furtado, com passagens por “Vídeo Show” e “É de Casa”, é cotada para a revista matinal, enquanto nomes como Tiago Leifert e Rodrigo Faro foram mencionados em negociações. No comando executivo, Daniela conta com Fernando Fischer, que, apesar de perder o cargo de COO em fevereiro de 2025, segue como diretor de relações institucionais do Grupo Silvio Santos.

A equipe de Boninho já trabalha na pré-produção dos realities, enquanto Daniela supervisiona a estratégia geral. A sinergia entre os dois é evidente: ela aporta a visão de negócios herdada de Silvio, e ele traz a criatividade que marcou gerações na Globo. Juntos, eles planejam levar o SBT a uma audiência média de 6 pontos em 2025, superando os 4,2 de 2024.

Curiosidades da união histórica

Alguns detalhes dessa parceria surpreendem até os mais atentos à TV brasileira. Confira:

  • Em 2003, o contrato de Boni com o SBT foi assinado em menos de duas horas, mas desfeito em um telefonema de três minutos.
  • Boninho dirigiu o primeiro reality do SBT, “Casa dos Artistas”, em 2001, antes de consolidar sua carreira na Globo.
  • Daniela assumiu a presidência do SBT com apenas 47 anos, sendo a mais jovem das filhas de Silvio a liderar a emissora.
  • O “The Voice” terá sua 13ª temporada brasileira no SBT, após 12 na Globo, com Boninho como elo entre as duas fases.

Esses fatos mostram como o passado e o presente se entrelaçam nessa união, que agora ganha forma definitiva.

Um novo capítulo para o SBT

Com a parceria selada, Daniela Beyruti e Boninho iniciam uma jornada que pode redefinir o SBT. Desde o anúncio da saída de Boninho da Globo, em 13 de outubro de 2024, até a reunião com Daniela em 20 de fevereiro de 2025, o processo foi rápido, mas bem estruturado. Os projetos em andamento, como o reality de confinamento e o “The Voice”, têm potencial para atrair mais de 10 milhões de telespectadores por episódio, segundo projeções baseadas em índices de formatos similares.

A economia da TV aberta também agradece. Em 2024, o Carnaval do Rio movimentou R$ 2,2 bilhões, e o SBT quer aproveitar eventos como esse para promover suas novidades, com Boninho planejando ações especiais na Sapucaí em 2026. Enquanto isso, Daniela foca em reduzir custos, como os R$ 50 milhões anuais com novelas estrangeiras, e investir em produções próprias que custam, em média, R$ 10 milhões por temporada.

O futuro do SBT está nas mãos de duas figuras que conhecem profundamente a televisão brasileira. Daniela, com o legado de Silvio Santos, e Boninho, com a experiência de quatro décadas, unem forças para provar que a emissora ainda tem muito a oferecer, mais de 20 anos após o primeiro “quase” entre suas famílias.

Após mais de duas décadas de tentativas frustradas, as famílias Abravanel e Oliveira Sobrinho finalmente concretizam uma parceria que promete revolucionar o Sistema Brasileiro de Televisão (SBT). Daniela Beyruti, presidente da emissora e filha de Silvio Santos, selou um acordo com José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boninho, ex-diretor da Globo, em um movimento que resgata um sonho antigo iniciado em 2003, quando Boni, pai de Boninho, quase assumiu um cargo no canal. Naquele ano, um contrato chegou a ser assinado em um encontro festivo na sede do SBT, em Anhanguera, mas foi desfeito horas depois por decisão de Silvio Santos. Agora, em 2025, a segunda geração das duas famílias toma as rédeas dessa união, trazendo expectativas altas para o futuro da emissora. Daniela, focada em recuperar o DNA original do SBT, e Boninho, com sua expertise em realities e programas de entretenimento, planejam desde reality shows de confinamento até a volta de formatos como “The Voice” na grade do canal.

A história desse encontro começou no final de uma tarde em 2003, quando Boni desembarcou de helicóptero no SBT acompanhado de Edwaldo Pacote, seu fiel aliado. Recebido por José Roberto Maluf, então vice-presidente da emissora, o evento contou com a presença de figuras como o advogado Edson Kawano e o diretor Luiz Eduardo Borgeth, que havia deixado a Globo após 36 anos. A assinatura do contrato foi rápida, e Silvio Santos apareceu para dar as boas-vindas, mas na madrugada seguinte, ele ligou para Boni pedindo que o acordo fosse rasgado, alegando impossibilidade de cumprir o combinado. Esse episódio ficou na memória como um “quase” que agora, passados 21 anos, ganha vida nova com Daniela e Boninho à frente.

O momento atual é de otimismo no SBT. Após a saída de Boninho da Globo em setembro de 2024, onde trabalhou por 40 anos comandando sucessos como o “Big Brother Brasil”, ele se tornou um nome cobiçado no mercado. Daniela, que assumiu a presidência do canal após a morte de Silvio Santos em agosto de 2024, viu na experiência do diretor uma oportunidade de ouro para revitalizar a emissora, que perdeu a vice-liderança em audiência para a Record nos últimos anos. Projetos ambiciosos, como um reality de confinamento e a aquisição do “The Voice”, já estão em andamento, com a promessa de resgatar o brilho do SBT na TV aberta.

Uma parceria com raízes no passado

Relembrar o quase-acordo de 2003 é essencial para entender a relevância do que acontece agora. Naquela ocasião, o desembarque de Boni no SBT foi cercado de simbolismo: um dos maiores nomes da televisão brasileira, responsável por transformar a Globo em líder de audiência, estava prestes a unir forças com Silvio Santos, o ícone da TV popular. O encontro na Anhanguera foi marcado por conversas prévias e ajustes, culminando na assinatura de um contrato que parecia selar a parceria. A presença de Silvio, sorridente, reforçava a expectativa de uma nova era, mas a reviravolta na madrugada mostrou como os planos podem mudar rapidamente.

Agora, Daniela Beyruti e Boninho carregam o legado de seus pais. A presidente do SBT, em entrevista recente, destacou que a parceria com Boninho é estratégica, especialmente para realities. “Não faria sentido fazer sem ele, é o melhor do ramo”, afirmou, sinalizando a confiança no diretor para liderar projetos como um programa de confinamento que pode ocupar o espaço entre o “BBB” e “A Fazenda”. A aquisição do “The Voice” para 2025 também foi confirmada, com Boninho à frente da produção, reforçando a aposta em formatos de sucesso global.

A relação entre as famílias vai além dos negócios. Em 23 de fevereiro de 2025, Daniela compartilhou uma foto nas redes sociais ao lado de Boninho, Boni, e suas irmãs Patrícia e Rebeca Abravanel, com a legenda “Que encontro especial”. O registro reacendeu especulações sobre a ida de Boninho ao SBT, que se confirmaram dias depois com anúncios oficiais, consolidando uma união que mistura história pessoal e ambição profissional.

Projetos que prometem agitar a TV brasileira

Boninho chega ao SBT com um currículo impressionante: foram 40 anos na Globo, onde dirigiu mais de 20 edições do “Big Brother Brasil” e outros formatos como “No Limite”. Sua saída da emissora, anunciada em outubro de 2024, marcou o fim de uma era, mas abriu portas para novos desafios. No SBT, ele assume a produção de um reality de confinamento, especulado como uma versão brasileira de “House of Villains”, sucesso nos Estados Unidos que reúne vilões de realities. Daniela Beyruti já indicou que o programa pode estrear em 2025, mas, caso a produção exija mais tempo, fica para 2026, priorizando qualidade.

Outro destaque é o retorno do “The Voice” à TV aberta pelo SBT. Encerrado na Globo em 2023 após 12 temporadas, o reality musical foi comprado pela emissora de Daniela, que planeja lançá-lo ainda em 2025. A escolha do apresentador segue em aberto, mas nomes como Tiago Leifert, ex-Globo, foram cogitados, embora ele tenha manifestado interesse em focar no futebol. A produção, sob comando de Boninho, busca atrair o público jovem e famílias, mirando um espaço na grade que combine entretenimento e emoção.

Além dos realities, há planos para uma revista eletrônica matinal, possivelmente com Ana Furtado, esposa de Boninho, no comando. O projeto, ainda em negociação, reflete a intenção de diversificar a programação do SBT e competir diretamente com Globo e Record nas manhãs, uma faixa historicamente dominada por programas como “Mais Você” e “Hoje em Dia”. Essa variedade de formatos mostra a ambição de Daniela e Boninho em reposicionar o SBT no mercado.

O impacto da união no SBT e na TV aberta

A chegada de Boninho ao SBT é vista como um divisor de águas. Nos últimos anos, a emissora enfrentou dificuldades para manter a vice-liderança, com a Record ganhando terreno com realities como “A Fazenda” e novelas bíblicas. Em 2024, o SBT registrou prejuízo, e Daniela Beyruti assumiu o desafio de reerguer o canal após a morte de Silvio Santos. A parceria com Boninho traz não apenas experiência, mas também uma marca consolidada no entretenimento, essencial para atrair anunciantes e público.

Os números reforçam o potencial do movimento. O “Big Brother Brasil”, sob comando de Boninho, alcançava médias superiores a 25 pontos de audiência no Ibope, enquanto “The Voice” mantinha índices sólidos entre 15 e 20 pontos nas noites de quinta-feira na Globo. No SBT, esses formatos podem revitalizar uma grade que hoje depende de reprises e programas consolidados como o de Ratinho. A meta é clara: superar a Record, que em 2024 consolidou 5,8 pontos de média anual contra 4,2 do SBT, e reduzir a distância para a Globo, líder com 12,5 pontos.

A parceria também mira o público jovem, cada vez mais distante da TV aberta por conta do streaming. Com formatos dinâmicos e a expertise de Boninho, o SBT quer oferecer conteúdo que rivalize com plataformas como Netflix e Disney+, que em 2024 capturaram 28% do tempo de tela no Brasil, segundo dados da Kantar Ibope Media. A volta do “The Voice” e um reality de confinamento são apostas para reconquistar essa audiência.

Cronograma da nova era do SBT

Daniela e Boninho já traçaram um calendário inicial para seus projetos. Veja as principais datas planejadas:

  • Fevereiro de 2025: Reunião definitiva entre Daniela Beyruti e Boninho para assinar contratos e alinhar produções, realizada em 20 de fevereiro.
  • Março a junho de 2025: Desenvolvimento do reality de confinamento e do “The Voice”, com escolha de elenco e apresentadores.
  • Segundo semestre de 2025: Estreia do “The Voice” no SBT, prevista para o terceiro trimestre, e possível lançamento da revista matinal com Ana Furtado.
  • 2026: Caso o reality de confinamento exija mais preparo, a estreia fica para o primeiro semestre.

Esse cronograma reflete o cuidado de Daniela em evitar produções apressadas, priorizando qualidade para garantir o sucesso dos projetos.

Expectativas e desafios da parceria

A união entre Daniela Beyruti e Boninho carrega expectativas enormes. Para Daniela, o desafio é resgatar o “DNA do SBT”, como ela mesma definiu, reduzindo a dependência de novelas estrangeiras, que em 2024 ocuparam 30% da grade, e trazendo produções originais que remetam aos tempos áureos da emissora. Boninho, por sua vez, precisa provar que seu sucesso não estava atrelado apenas à estrutura da Globo, adaptando-se aos recursos e à cultura do SBT.

Entre os planos, há a intenção de equilibrar a programação. Daniela já sinalizou que novelas importadas, como as turcas que estrearam em 2024, serão usadas com parcimônia, dando espaço a conteúdos locais. Em 2003, o SBT exibia 40 horas semanais de produções próprias, número que caiu para 25 em 2024. A parceria com Boninho visa reverter essa tendência, apostando em formatos que engajem o público e gerem receita publicitária.

A pressão é alta, mas o histórico das duas famílias dá respaldo ao otimismo. Silvio Santos transformou o SBT em um império com programas como “Casa dos Artistas”, enquanto Boni elevou a Globo ao topo com inovações como o “Fantástico”. Agora, Daniela e Boninho têm a chance de escrever um novo capítulo nessa história, unindo legado e modernidade.

Nomes por trás do sucesso

Boninho não chega sozinho ao SBT. Sua produtora, em parceria com Julio Casares, será responsável pelas novas atrações, trazendo profissionais experientes. Ana Furtado, com passagens por “Vídeo Show” e “É de Casa”, é cotada para a revista matinal, enquanto nomes como Tiago Leifert e Rodrigo Faro foram mencionados em negociações. No comando executivo, Daniela conta com Fernando Fischer, que, apesar de perder o cargo de COO em fevereiro de 2025, segue como diretor de relações institucionais do Grupo Silvio Santos.

A equipe de Boninho já trabalha na pré-produção dos realities, enquanto Daniela supervisiona a estratégia geral. A sinergia entre os dois é evidente: ela aporta a visão de negócios herdada de Silvio, e ele traz a criatividade que marcou gerações na Globo. Juntos, eles planejam levar o SBT a uma audiência média de 6 pontos em 2025, superando os 4,2 de 2024.

Curiosidades da união histórica

Alguns detalhes dessa parceria surpreendem até os mais atentos à TV brasileira. Confira:

  • Em 2003, o contrato de Boni com o SBT foi assinado em menos de duas horas, mas desfeito em um telefonema de três minutos.
  • Boninho dirigiu o primeiro reality do SBT, “Casa dos Artistas”, em 2001, antes de consolidar sua carreira na Globo.
  • Daniela assumiu a presidência do SBT com apenas 47 anos, sendo a mais jovem das filhas de Silvio a liderar a emissora.
  • O “The Voice” terá sua 13ª temporada brasileira no SBT, após 12 na Globo, com Boninho como elo entre as duas fases.

Esses fatos mostram como o passado e o presente se entrelaçam nessa união, que agora ganha forma definitiva.

Um novo capítulo para o SBT

Com a parceria selada, Daniela Beyruti e Boninho iniciam uma jornada que pode redefinir o SBT. Desde o anúncio da saída de Boninho da Globo, em 13 de outubro de 2024, até a reunião com Daniela em 20 de fevereiro de 2025, o processo foi rápido, mas bem estruturado. Os projetos em andamento, como o reality de confinamento e o “The Voice”, têm potencial para atrair mais de 10 milhões de telespectadores por episódio, segundo projeções baseadas em índices de formatos similares.

A economia da TV aberta também agradece. Em 2024, o Carnaval do Rio movimentou R$ 2,2 bilhões, e o SBT quer aproveitar eventos como esse para promover suas novidades, com Boninho planejando ações especiais na Sapucaí em 2026. Enquanto isso, Daniela foca em reduzir custos, como os R$ 50 milhões anuais com novelas estrangeiras, e investir em produções próprias que custam, em média, R$ 10 milhões por temporada.

O futuro do SBT está nas mãos de duas figuras que conhecem profundamente a televisão brasileira. Daniela, com o legado de Silvio Santos, e Boninho, com a experiência de quatro décadas, unem forças para provar que a emissora ainda tem muito a oferecer, mais de 20 anos após o primeiro “quase” entre suas famílias.

Leave a Reply

Your email address will not be published. Required fields are marked *