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12 Mar 2025, Wed

representatividade negra ganha força nas novelas com 3 protagonistas em destaque

Alessandra Poggi


A presença de mulheres negras como protagonistas nas novelas brasileiras marca um avanço significativo na televisão em 2025. Gabz, de 25 anos, vive Viola, uma chef de cozinha na trama das 21h Mania de Você, enquanto Duda Santos brilha em Garota do Momento e Jéssica Ellen encanta em Volta por Cima. Esse momento, celebrado no Dia Internacional da Mulher, reflete uma mudança histórica na forma como a TV retrata a diversidade do Brasil. A atriz, que está prestes a encerrar sua participação na novela escrita por João Emanuel Carneiro, destaca a importância desse marco para meninas negras que agora podem se enxergar em personagens centrais das tramas globais.

Gabz, em entrevista recente, expressou seu orgulho ao fazer parte dessa transformação. Para ela, a visibilidade de protagonistas negras nas três novelas inéditas atualmente no ar é mais do que uma conquista pessoal: é um passo rumo a um Brasil mais real e inclusivo. A artista, que veio da periferia, sabe bem o quanto é difícil chegar a esse patamar e reconhece o impacto de sua imagem na tela. Crianças e jovens têm se aproximado dela para compartilhar como sua presença as inspira, reforçando o poder da representatividade na construção de novas narrativas.

O caminho até aqui não foi simples. Viver de arte no Brasil já é um desafio, mas para mulheres negras, os obstáculos são ainda maiores. Gabz reflete sobre as barreiras que enfrentou e celebra a oportunidade de ser uma referência positiva. A atriz, que estreou como protagonista em um dos horários mais nobres da televisão, carrega a responsabilidade de representar milhões de meninas que sonham com carreiras de sucesso, seja na atuação ou em outras áreas.

O marco histórico das protagonistas negras na TV brasileira

Pela primeira vez, as novelas das 19h, 20h e 21h exibidas pela Globo trazem simultaneamente mulheres negras no centro das histórias. Em Mania de Você, Viola, interpretada por Gabz, é uma jovem determinada que comanda a cozinha com talento e enfrenta os desafios de sua trajetória com garra. Já em Garota do Momento, Duda Santos dá vida a uma personagem vibrante que conquista o público com sua autenticidade. Na faixa das 20h, Jéssica Ellen, como protagonista de Volta por Cima, traz profundidade a uma narrativa repleta de reviravoltas. Essa coincidência de escalações reflete uma demanda crescente por diversidade e um olhar mais atento às histórias que representam a população brasileira.

A relevância desse momento vai além da ficção. Dados do IBGE mostram que as mulheres negras representam mais de 28% da população do país, mas historicamente elas foram sub-representadas ou estereotipadas na mídia. A presença de Gabz, Duda e Jéssica em papéis principais rompe com padrões antigos e abre portas para uma nova geração de artistas. A TV, que por décadas priorizou narrativas centradas em personagens brancos, agora começa a espelhar a pluralidade cultural e racial do Brasil, atendendo a um público que há muito clamava por identificação.

Esse avanço não é isolado. Nos últimos anos, produções audiovisuais têm ampliado a participação de atores negros em papéis de destaque. Novelas como Bom Sucesso (2019) e Amor de Mãe (2020) já haviam dado passos importantes nesse sentido, mas a convergência atual nas três faixas de horário inéditas sinaliza uma mudança mais estrutural. A escalação dessas atrizes também responde a um movimento social que cobra mais equidade e inclusão em todas as esferas, incluindo o entretenimento.

Por que a representatividade importa nas telas

Ser protagonista em uma novela das 21h trouxe a Gabz um misto de emoção e responsabilidade. Quando recebeu o convite para Mania de Você, ela percebeu o peso de estar em um horário tradicionalmente reservado para grandes nomes da dramaturgia. Como novata, o desafio era ainda maior, mas a atriz transformou a pressão em motivação. Seu papel como Viola não é apenas uma conquista pessoal, mas um símbolo de possibilidades para meninas negras que, muitas vezes, não se veem representadas em posições de liderança ou sucesso na mídia.

A importância da representatividade vai além do simbolismo. Estudos mostram que a exposição a modelos positivos na infância e adolescência impacta diretamente a autoestima e as aspirações de jovens. Para Gabz, ouvir de meninas negras que ela é uma inspiração reforça o quanto sua presença na TV pode influenciar vidas. A atriz relata que recebe mensagens frequentes de crianças e adolescentes que se sentem encorajadas a sonhar mais alto ao vê-la na tela, algo que ela mesma não teve em abundância enquanto crescia na periferia.

Outro ponto relevante é o efeito cascata que essa visibilidade gera na indústria. A presença de protagonistas negras incentiva roteiristas a criar histórias mais diversas e abre espaço para novos talentos. A escalação de Duda Santos e Jéssica Ellen em tramas distintas reforça essa tendência, mostrando que há público e demanda para narrativas plurais. O sucesso dessas novelas também prova que a diversidade não é apenas uma questão ética, mas uma estratégia que dialoga com a realidade de milhões de brasileiros.

Os desafios de chegar ao topo na dramaturgia

Chegar ao papel de protagonista não foi uma jornada fácil para Gabz. Vinda da periferia, ela enfrentou as barreiras típicas de quem busca espaço em um mercado competitivo e historicamente desigual. A atriz lembra que, para muitas meninas como ela, o caminho para a arte não é claro, e as oportunidades são escassas. Ainda assim, sua determinação e talento a levaram a um dos papéis mais cobiçados da televisão brasileira, em uma novela que tem mobilizado o público desde sua estreia.

Os obstáculos enfrentados por mulheres negras na dramaturgia são inúmeros. Apesar de o Brasil ser um país de maioria negra, a representatividade na TV sempre foi limitada. Atrizes como Zezé Motta e Taís Araújo abriram portas nas décadas passadas, mas o progresso foi lento. Gabz, Duda Santos e Jéssica Ellen representam uma nova geração que colhe os frutos dessas pioneiras enquanto pavimenta o caminho para as próximas. O sucesso delas também joga luz sobre a necessidade de mais investimentos em formação e oportunidades para artistas negros.

Fatos que mostram a dimensão desse desafio:

  • Mulheres negras representam mais de 28% da população brasileira, mas ocupam menos de 5% dos papéis protagonistas em novelas históricas.
  • A presença de atores negros em papéis principais cresceu 15% nos últimos cinco anos na TV aberta.
  • Novelas com elencos diversos têm registrado índices de audiência acima da média nos últimos anos.

Cronologia da representatividade negra nas novelas

A evolução da participação de mulheres negras como protagonistas na TV brasileira pode ser observada em momentos-chave. Um breve panorama histórico destaca como o cenário mudou ao longo do tempo:

  • 1970-1980: Zezé Motta marcou época em papéis coadjuvantes, mas protagonistas negras eram raras.
  • 1995: Taís Araújo se tornou a primeira protagonista negra de uma novela das 19h em Xica da Silva, na extinta Manchete.
  • 2019: Bom Sucesso trouxe Grazi Massafera e Fabiula Nascimento dividindo o protagonismo com temas raciais em destaque.
  • 2025: Gabz, Duda Santos e Jéssica Ellen assumem o centro das tramas nas três faixas de horário da Globo.

Essa trajetória mostra um avanço gradual, mas o marco atual é inédito por sua simultaneidade. A presença de três protagonistas negras em novelas distintas sinaliza um momento de consolidação, que pode inspirar outras emissoras e produtores a seguirem o mesmo caminho.

O impacto nas novas gerações

Gabz não esconde a emoção ao falar do retorno que recebe do público. Crianças negras, especialmente meninas, têm se aproximado dela para contar como se sentem representadas ao vê-la em Mania de Você. Para a atriz, esse feedback é a prova de que seu trabalho transcende a ficção e toca a realidade de quem nunca se viu nas telas. Ela acredita que essa identificação é essencial para construir um Brasil mais justo e diverso.

Duda Santos e Jéssica Ellen também têm colhido elogios por suas atuações. Em Garota do Momento, Duda interpreta uma jovem cheia de energia que reflete os sonhos da juventude atual, enquanto Jéssica, em Volta por Cima, traz uma personagem complexa que cativa pela força e vulnerabilidade. Juntas, as três atrizes formam um trio que não apenas entretém, mas também provoca reflexões sobre identidade e pertencimento.

O impacto disso é visível nas ruas e nas redes sociais. Fãs de diferentes idades celebram a oportunidade de ver histórias mais próximas de suas realidades, e o sucesso das novelas reforça que a diversidade é um caminho sem volta na televisão brasileira. Para Gabz, o sonho agora é que esse momento histórico se torne rotina, com ainda mais portas abertas para novos talentos negros.



A presença de mulheres negras como protagonistas nas novelas brasileiras marca um avanço significativo na televisão em 2025. Gabz, de 25 anos, vive Viola, uma chef de cozinha na trama das 21h Mania de Você, enquanto Duda Santos brilha em Garota do Momento e Jéssica Ellen encanta em Volta por Cima. Esse momento, celebrado no Dia Internacional da Mulher, reflete uma mudança histórica na forma como a TV retrata a diversidade do Brasil. A atriz, que está prestes a encerrar sua participação na novela escrita por João Emanuel Carneiro, destaca a importância desse marco para meninas negras que agora podem se enxergar em personagens centrais das tramas globais.

Gabz, em entrevista recente, expressou seu orgulho ao fazer parte dessa transformação. Para ela, a visibilidade de protagonistas negras nas três novelas inéditas atualmente no ar é mais do que uma conquista pessoal: é um passo rumo a um Brasil mais real e inclusivo. A artista, que veio da periferia, sabe bem o quanto é difícil chegar a esse patamar e reconhece o impacto de sua imagem na tela. Crianças e jovens têm se aproximado dela para compartilhar como sua presença as inspira, reforçando o poder da representatividade na construção de novas narrativas.

O caminho até aqui não foi simples. Viver de arte no Brasil já é um desafio, mas para mulheres negras, os obstáculos são ainda maiores. Gabz reflete sobre as barreiras que enfrentou e celebra a oportunidade de ser uma referência positiva. A atriz, que estreou como protagonista em um dos horários mais nobres da televisão, carrega a responsabilidade de representar milhões de meninas que sonham com carreiras de sucesso, seja na atuação ou em outras áreas.

O marco histórico das protagonistas negras na TV brasileira

Pela primeira vez, as novelas das 19h, 20h e 21h exibidas pela Globo trazem simultaneamente mulheres negras no centro das histórias. Em Mania de Você, Viola, interpretada por Gabz, é uma jovem determinada que comanda a cozinha com talento e enfrenta os desafios de sua trajetória com garra. Já em Garota do Momento, Duda Santos dá vida a uma personagem vibrante que conquista o público com sua autenticidade. Na faixa das 20h, Jéssica Ellen, como protagonista de Volta por Cima, traz profundidade a uma narrativa repleta de reviravoltas. Essa coincidência de escalações reflete uma demanda crescente por diversidade e um olhar mais atento às histórias que representam a população brasileira.

A relevância desse momento vai além da ficção. Dados do IBGE mostram que as mulheres negras representam mais de 28% da população do país, mas historicamente elas foram sub-representadas ou estereotipadas na mídia. A presença de Gabz, Duda e Jéssica em papéis principais rompe com padrões antigos e abre portas para uma nova geração de artistas. A TV, que por décadas priorizou narrativas centradas em personagens brancos, agora começa a espelhar a pluralidade cultural e racial do Brasil, atendendo a um público que há muito clamava por identificação.

Esse avanço não é isolado. Nos últimos anos, produções audiovisuais têm ampliado a participação de atores negros em papéis de destaque. Novelas como Bom Sucesso (2019) e Amor de Mãe (2020) já haviam dado passos importantes nesse sentido, mas a convergência atual nas três faixas de horário inéditas sinaliza uma mudança mais estrutural. A escalação dessas atrizes também responde a um movimento social que cobra mais equidade e inclusão em todas as esferas, incluindo o entretenimento.

Por que a representatividade importa nas telas

Ser protagonista em uma novela das 21h trouxe a Gabz um misto de emoção e responsabilidade. Quando recebeu o convite para Mania de Você, ela percebeu o peso de estar em um horário tradicionalmente reservado para grandes nomes da dramaturgia. Como novata, o desafio era ainda maior, mas a atriz transformou a pressão em motivação. Seu papel como Viola não é apenas uma conquista pessoal, mas um símbolo de possibilidades para meninas negras que, muitas vezes, não se veem representadas em posições de liderança ou sucesso na mídia.

A importância da representatividade vai além do simbolismo. Estudos mostram que a exposição a modelos positivos na infância e adolescência impacta diretamente a autoestima e as aspirações de jovens. Para Gabz, ouvir de meninas negras que ela é uma inspiração reforça o quanto sua presença na TV pode influenciar vidas. A atriz relata que recebe mensagens frequentes de crianças e adolescentes que se sentem encorajadas a sonhar mais alto ao vê-la na tela, algo que ela mesma não teve em abundância enquanto crescia na periferia.

Outro ponto relevante é o efeito cascata que essa visibilidade gera na indústria. A presença de protagonistas negras incentiva roteiristas a criar histórias mais diversas e abre espaço para novos talentos. A escalação de Duda Santos e Jéssica Ellen em tramas distintas reforça essa tendência, mostrando que há público e demanda para narrativas plurais. O sucesso dessas novelas também prova que a diversidade não é apenas uma questão ética, mas uma estratégia que dialoga com a realidade de milhões de brasileiros.

Os desafios de chegar ao topo na dramaturgia

Chegar ao papel de protagonista não foi uma jornada fácil para Gabz. Vinda da periferia, ela enfrentou as barreiras típicas de quem busca espaço em um mercado competitivo e historicamente desigual. A atriz lembra que, para muitas meninas como ela, o caminho para a arte não é claro, e as oportunidades são escassas. Ainda assim, sua determinação e talento a levaram a um dos papéis mais cobiçados da televisão brasileira, em uma novela que tem mobilizado o público desde sua estreia.

Os obstáculos enfrentados por mulheres negras na dramaturgia são inúmeros. Apesar de o Brasil ser um país de maioria negra, a representatividade na TV sempre foi limitada. Atrizes como Zezé Motta e Taís Araújo abriram portas nas décadas passadas, mas o progresso foi lento. Gabz, Duda Santos e Jéssica Ellen representam uma nova geração que colhe os frutos dessas pioneiras enquanto pavimenta o caminho para as próximas. O sucesso delas também joga luz sobre a necessidade de mais investimentos em formação e oportunidades para artistas negros.

Fatos que mostram a dimensão desse desafio:

  • Mulheres negras representam mais de 28% da população brasileira, mas ocupam menos de 5% dos papéis protagonistas em novelas históricas.
  • A presença de atores negros em papéis principais cresceu 15% nos últimos cinco anos na TV aberta.
  • Novelas com elencos diversos têm registrado índices de audiência acima da média nos últimos anos.

Cronologia da representatividade negra nas novelas

A evolução da participação de mulheres negras como protagonistas na TV brasileira pode ser observada em momentos-chave. Um breve panorama histórico destaca como o cenário mudou ao longo do tempo:

  • 1970-1980: Zezé Motta marcou época em papéis coadjuvantes, mas protagonistas negras eram raras.
  • 1995: Taís Araújo se tornou a primeira protagonista negra de uma novela das 19h em Xica da Silva, na extinta Manchete.
  • 2019: Bom Sucesso trouxe Grazi Massafera e Fabiula Nascimento dividindo o protagonismo com temas raciais em destaque.
  • 2025: Gabz, Duda Santos e Jéssica Ellen assumem o centro das tramas nas três faixas de horário da Globo.

Essa trajetória mostra um avanço gradual, mas o marco atual é inédito por sua simultaneidade. A presença de três protagonistas negras em novelas distintas sinaliza um momento de consolidação, que pode inspirar outras emissoras e produtores a seguirem o mesmo caminho.

O impacto nas novas gerações

Gabz não esconde a emoção ao falar do retorno que recebe do público. Crianças negras, especialmente meninas, têm se aproximado dela para contar como se sentem representadas ao vê-la em Mania de Você. Para a atriz, esse feedback é a prova de que seu trabalho transcende a ficção e toca a realidade de quem nunca se viu nas telas. Ela acredita que essa identificação é essencial para construir um Brasil mais justo e diverso.

Duda Santos e Jéssica Ellen também têm colhido elogios por suas atuações. Em Garota do Momento, Duda interpreta uma jovem cheia de energia que reflete os sonhos da juventude atual, enquanto Jéssica, em Volta por Cima, traz uma personagem complexa que cativa pela força e vulnerabilidade. Juntas, as três atrizes formam um trio que não apenas entretém, mas também provoca reflexões sobre identidade e pertencimento.

O impacto disso é visível nas ruas e nas redes sociais. Fãs de diferentes idades celebram a oportunidade de ver histórias mais próximas de suas realidades, e o sucesso das novelas reforça que a diversidade é um caminho sem volta na televisão brasileira. Para Gabz, o sonho agora é que esse momento histórico se torne rotina, com ainda mais portas abertas para novos talentos negros.



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