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9 May 2025, Fri

Bursite e tendinite garantem aposentadoria pelo INSS? Entenda os direitos e como comprovar em 2025

GPS INSS


A bursite e a tendinite afetam milhões de trabalhadores brasileiros, causando dores intensas em articulações como ombros, cotovelos e pulsos. Essas condições, muitas vezes relacionadas a esforços repetitivos ou posturas inadequadas no trabalho, levantam uma dúvida comum: será que elas podem garantir aposentadoria pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS)? A resposta não é simples, mas depende de fatores como a gravidade da doença, a incapacidade gerada e a relação com a atividade profissional. Em alguns casos, além da aposentadoria por incapacidade permanente, benefícios como auxílio-doença ou o Benefício de Prestação Continuada (BPC) também podem ser opções viáveis para quem enfrenta limitações. Dados recentes mostram que problemas musculoesqueléticos estão entre as principais causas de afastamento no Brasil, o que reforça a relevância do tema. Para entender os direitos e os passos necessários, é essencial conhecer as regras do INSS e os caminhos para comprovar a condição.

No cenário atual, o aumento de casos de doenças ocupacionais tem chamado a atenção de especialistas. Movimentos repetitivos, como digitar por horas ou carregar peso, frequentemente desencadeiam essas inflamações, afetando desde trabalhadores manuais até profissionais de escritório. Quando a bursite ou a tendinite impede o exercício da profissão, o segurado pode buscar amparo previdenciário, mas o processo exige documentação robusta e, muitas vezes, paciência para lidar com a burocracia. A diferença entre casos ocupacionais e comuns também influencia diretamente os benefícios disponíveis, algo que nem todos os trabalhadores conhecem.

Com a reforma previdenciária de 2019 e as mudanças nas regras do INSS, o acesso a aposentadorias e auxílios ficou mais rigoroso, mas ainda há caminhos claros para quem reúne as provas necessárias. Este texto detalha como essas doenças podem levar à aposentadoria, os benefícios alternativos e o que fazer diante de uma negativa do instituto, oferecendo um guia prático para quem busca seus direitos em 2025.

Como a bursite e a tendinite impactam o trabalho

Doenças como bursite e tendinite têm origem na inflamação de estruturas articulares: a bursa, uma pequena bolsa que reduz o atrito entre ossos e tendões, no caso da bursite; e os próprios tendões, que conectam músculos aos ossos, na tendinite. Ambas podem surgir por overuse ou lesões, sendo comuns em profissões que exigem esforço físico ou repetição de movimentos. Um estudo do Ministério da Saúde apontou que, em 2023, problemas musculoesqueléticos representaram cerca de 20% dos afastamentos registrados no Brasil, com destaque para trabalhadores entre 40 e 60 anos. Para muitos, o que começa como uma dor leve evolui para uma limitação severa, comprometendo atividades simples do dia a dia laboral.

Profissionais como digitadores, operários de linha de produção e até músicos frequentemente relatam dificuldades crescentes. A bursite no ombro, por exemplo, pode tornar impossível levantar os braços para operar máquinas ou carregar materiais, enquanto a tendinite no punho dificulta a escrita ou o uso prolongado de ferramentas. Quando tratamentos como fisioterapia, medicamentos anti-inflamatórios ou infiltrações não resolvem, a incapacidade pode se tornar permanente, abrindo espaço para benefícios previdenciários.

A relação com o trabalho é um divisor de águas. Se a doença é considerada ocupacional, ou seja, causada ou agravada pela função exercida, o trabalhador tem vantagens no INSS, como a dispensa do tempo mínimo de contribuição e benefícios mais altos. Nos casos em que não há vínculo direto com a profissão, o processo segue regras gerais, exigindo mais documentação e paciência.

Benefícios disponíveis para quem tem bursite ou tendinite

Nem toda bursite ou tendinite leva à aposentadoria, mas o INSS oferece diferentes benefícios dependendo da gravidade e da duração da incapacidade. Abaixo, os principais tipos e seus requisitos básicos:

  • Auxílio por incapacidade temporária (auxílio-doença): Indicado para quem fica temporariamente incapaz de trabalhar, mas com perspectiva de recuperação. Exige pelo menos 12 meses de contribuição ao INSS, salvo em casos ocupacionais, onde essa carência é isenta. A perícia médica avalia se a limitação justifica o afastamento, que pode durar semanas ou meses.
  • Aposentadoria por incapacidade permanente: Reservada para situações em que a doença é irreversível e impede qualquer tipo de trabalho, mesmo com reabilitação. Também exige carência de 12 meses, exceto em doenças ocupacionais, e depende de laudos que comprovem a incapacidade total. O valor é maior se a origem for laboral, podendo chegar a 100% da média salarial.
  • Benefício de Prestação Continuada (BPC): Voltado para quem não contribuiu o suficiente ao INSS, mas enfrenta incapacidade e vive em situação de vulnerabilidade. A renda familiar per capita não pode ultrapassar 1/4 do salário mínimo, e o benefício equivale a um salário mínimo mensal, sem direito a 13º.

Cada benefício tem particularidades. O auxílio-doença acidentário, por exemplo, garante estabilidade de 12 meses no emprego após o retorno, algo que não ocorre no auxílio por doença comum. Já o BPC é uma alternativa para quem nunca foi segurado ou perdeu o vínculo com o INSS, mas exige avaliação social além da médica.

Doença ocupacional muda o jogo no INSS

Quando a bursite ou a tendinite é classificada como doença ocupacional, os direitos do trabalhador se ampliam significativamente. Isso ocorre porque o INSS equipara essas condições a acidentes de trabalho, dispensando a carência mínima de 12 contribuições e oferecendo cálculos mais favoráveis para os benefícios. Um exemplo prático: em 2024, trabalhadores afastados por doenças ocupacionais receberam, em média, valores 30% superiores aos de doenças comuns, segundo dados previdenciários. Além disso, a estabilidade pós-retorno e a possibilidade de indenizações trabalhistas são incentivos adicionais.

Comprovar a origem ocupacional exige esforço. A Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) é o ponto de partida, emitida pela empresa ou, em caso de recusa, pelo sindicato ou INSS. O Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP), que detalha as condições de trabalho, também é crucial, especialmente em funções com exposição a riscos ergonômicos. Médicos do trabalho frequentemente identificam essas doenças em profissões como costureiras, motoristas e trabalhadores da construção civil, onde o esforço repetitivo é rotina.

Já nas situações em que a doença não tem relação com o trabalho, o segurado precisa cumprir a carência e enfrentar um cálculo menos vantajoso. A diferença no tratamento entre os dois cenários é um fator que muitos desconhecem, mas que pode definir o sucesso do pedido no INSS.

Passo a passo para comprovar a incapacidade

Solicitar um benefício no INSS exige mais do que apenas um diagnóstico. A comprovação da bursite ou tendinite e de seus impactos no trabalho é o coração do processo. Primeiramente, laudos médicos detalhados são indispensáveis, incluindo exames como ressonâncias magnéticas ou ultrassonografias que mostrem a extensão do dano. Relatórios de tratamentos realizados, como sessões de fisioterapia ou uso de corticoides, reforçam o histórico da doença e a gravidade dos sintomas.

Nos casos ocupacionais, documentos como a CAT e o PPP entram em cena, junto a depoimentos ou registros que liguem a condição à atividade profissional. A perícia médica do INSS, etapa obrigatória, avalia tudo isso em poucos minutos, o que torna essencial uma apresentação clara e organizada. Durante o exame, o trabalhador deve descrever como a dor ou a limitação afeta tarefas específicas, como segurar ferramentas ou digitar, sem exageros que possam comprometer a credibilidade.

A preparação é a chave. Em 2024, cerca de 40% dos pedidos iniciais de benefícios por doenças musculoesqueléticas foram negados na perícia, muitas vezes por falta de provas consistentes. Por isso, organizar os documentos por ordem cronológica e buscar laudos com termos técnicos, como “incapacidade funcional severa”, pode fazer toda a diferença na avaliação.

O que fazer diante de uma negativa do INSS

Receber uma negativa do INSS é frustrante, mas não é o fim da linha. Em 2023, mais de 500 mil recursos administrativos foram protocolados no Brasil, muitos deles relacionados a doenças como bursite e tendinite. O primeiro passo é entender o motivo do indeferimento, acessando o sistema Meu INSS para verificar a justificativa. Falta de provas médicas, perícia desfavorável ou não cumprimento da carência estão entre as causas mais frequentes.

O recurso administrativo é uma opção imediata. Dentro de 30 dias após a negativa, o segurado pode apresentar novos exames ou laudos mais robustos ao Conselho de Recursos da Previdência Social, embora o processo leve cerca de um ano. Outra alternativa é acionar a Justiça, onde um perito independente pode reavaliar o caso. Nos Juizados Especiais Federais, ações de até 60 salários mínimos não exigem advogado, mas a assistência de um especialista costuma aumentar as chances de sucesso, especialmente em casos complexos.

Se a condição piorar após a negativa, um novo pedido pode ser feito, desde que haja laudos atualizados. Esperar pelo menos 30 dias evita que o INSS classifique a solicitação como repetitiva, o que poderia atrasar ainda mais o processo.

Cronograma para solicitar benefícios em 2025

Planejar o pedido de benefício no INSS exige atenção a prazos e etapas. Veja um guia básico para organizar o processo ao longo de 2025:

  • Janeiro a março: Reúna laudos médicos, exames recentes e documentos trabalhistas, como CAT e PPP, se aplicável. Consulte um médico para relatórios detalhados.
  • Abril a junho: Agende a perícia pelo Meu INSS ou telefone 135. Prepare-se para o exame, revisando como a doença afeta seu trabalho.
  • Julho a setembro: Caso haja negativa, avalie entre recurso administrativo ou ação judicial. O prazo para recurso é de 30 dias após o resultado.
  • Outubro a dezembro: Se optar pela Justiça, organize a documentação com um advogado e protocole a ação, acompanhando os prazos judiciais.

Esse calendário ajuda a evitar atrasos e garante que o pedido seja apresentado com todas as provas necessárias, aumentando as chances de aprovação.

Dicas práticas para aumentar as chances de aprovação

Algumas estratégias simples podem fazer diferença no resultado do pedido ao INSS. Antes da perícia, certifique-se de que os laudos médicos descrevam claramente a incapacidade, com detalhes como o grau de limitação nos movimentos ou a duração dos sintomas. Exames de imagem atualizados, como ressonâncias de 2025, têm mais peso do que relatórios antigos.

Organizar os documentos é outro ponto crucial. Um dossiê com RG, CPF, carteira de trabalho, histórico de contribuições (CNIS) e provas médicas, tudo em ordem cronológica, facilita a análise do perito. Durante a avaliação, seja específico ao relatar os impactos no trabalho, como “não consigo carregar peso acima de 5 kg” ou “sinto dor ao digitar por mais de 20 minutos”. Evite respostas vagas que possam enfraquecer o argumento.

Se a doença for ocupacional, insistir na emissão da CAT é fundamental, mesmo que a empresa resista. Sindicatos e o Ministério do Trabalho podem ajudar nesse passo. Para casos mais difíceis, a orientação de um advogado previdenciário pode ser o diferencial, especialmente se o caminho judicial for necessário.

Alternativas para quem não consegue aposentadoria

Nem todos os casos de bursite ou tendinite resultam em aposentadoria, mas há outras saídas para quem enfrenta dificuldades. O auxílio-doença é a principal alternativa para afastamentos temporários, permitindo tratamento sem a pressão de voltar ao trabalho imediatamente. Em 2024, mais de 1,2 milhão de benefícios desse tipo foram concedidos no Brasil, muitos por problemas articulares.

Para quem não tem contribuições suficientes ao INSS, o BPC surge como opção, desde que a renda familiar seja baixa e a incapacidade comprovada. Outra possibilidade é a reabilitação profissional oferecida pelo próprio INSS, que busca recolocar o trabalhador em funções compatíveis com suas limitações, embora nem sempre seja viável em casos graves.

Em situações extremas, ações trabalhistas por danos morais ou materiais podem ser consideradas, especialmente se a doença foi causada por negligência do empregador. Essas alternativas garantem que, mesmo sem aposentadoria, o trabalhador não fique desamparado diante das limitações impostas pela bursite ou tendinite.



A bursite e a tendinite afetam milhões de trabalhadores brasileiros, causando dores intensas em articulações como ombros, cotovelos e pulsos. Essas condições, muitas vezes relacionadas a esforços repetitivos ou posturas inadequadas no trabalho, levantam uma dúvida comum: será que elas podem garantir aposentadoria pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS)? A resposta não é simples, mas depende de fatores como a gravidade da doença, a incapacidade gerada e a relação com a atividade profissional. Em alguns casos, além da aposentadoria por incapacidade permanente, benefícios como auxílio-doença ou o Benefício de Prestação Continuada (BPC) também podem ser opções viáveis para quem enfrenta limitações. Dados recentes mostram que problemas musculoesqueléticos estão entre as principais causas de afastamento no Brasil, o que reforça a relevância do tema. Para entender os direitos e os passos necessários, é essencial conhecer as regras do INSS e os caminhos para comprovar a condição.

No cenário atual, o aumento de casos de doenças ocupacionais tem chamado a atenção de especialistas. Movimentos repetitivos, como digitar por horas ou carregar peso, frequentemente desencadeiam essas inflamações, afetando desde trabalhadores manuais até profissionais de escritório. Quando a bursite ou a tendinite impede o exercício da profissão, o segurado pode buscar amparo previdenciário, mas o processo exige documentação robusta e, muitas vezes, paciência para lidar com a burocracia. A diferença entre casos ocupacionais e comuns também influencia diretamente os benefícios disponíveis, algo que nem todos os trabalhadores conhecem.

Com a reforma previdenciária de 2019 e as mudanças nas regras do INSS, o acesso a aposentadorias e auxílios ficou mais rigoroso, mas ainda há caminhos claros para quem reúne as provas necessárias. Este texto detalha como essas doenças podem levar à aposentadoria, os benefícios alternativos e o que fazer diante de uma negativa do instituto, oferecendo um guia prático para quem busca seus direitos em 2025.

Como a bursite e a tendinite impactam o trabalho

Doenças como bursite e tendinite têm origem na inflamação de estruturas articulares: a bursa, uma pequena bolsa que reduz o atrito entre ossos e tendões, no caso da bursite; e os próprios tendões, que conectam músculos aos ossos, na tendinite. Ambas podem surgir por overuse ou lesões, sendo comuns em profissões que exigem esforço físico ou repetição de movimentos. Um estudo do Ministério da Saúde apontou que, em 2023, problemas musculoesqueléticos representaram cerca de 20% dos afastamentos registrados no Brasil, com destaque para trabalhadores entre 40 e 60 anos. Para muitos, o que começa como uma dor leve evolui para uma limitação severa, comprometendo atividades simples do dia a dia laboral.

Profissionais como digitadores, operários de linha de produção e até músicos frequentemente relatam dificuldades crescentes. A bursite no ombro, por exemplo, pode tornar impossível levantar os braços para operar máquinas ou carregar materiais, enquanto a tendinite no punho dificulta a escrita ou o uso prolongado de ferramentas. Quando tratamentos como fisioterapia, medicamentos anti-inflamatórios ou infiltrações não resolvem, a incapacidade pode se tornar permanente, abrindo espaço para benefícios previdenciários.

A relação com o trabalho é um divisor de águas. Se a doença é considerada ocupacional, ou seja, causada ou agravada pela função exercida, o trabalhador tem vantagens no INSS, como a dispensa do tempo mínimo de contribuição e benefícios mais altos. Nos casos em que não há vínculo direto com a profissão, o processo segue regras gerais, exigindo mais documentação e paciência.

Benefícios disponíveis para quem tem bursite ou tendinite

Nem toda bursite ou tendinite leva à aposentadoria, mas o INSS oferece diferentes benefícios dependendo da gravidade e da duração da incapacidade. Abaixo, os principais tipos e seus requisitos básicos:

  • Auxílio por incapacidade temporária (auxílio-doença): Indicado para quem fica temporariamente incapaz de trabalhar, mas com perspectiva de recuperação. Exige pelo menos 12 meses de contribuição ao INSS, salvo em casos ocupacionais, onde essa carência é isenta. A perícia médica avalia se a limitação justifica o afastamento, que pode durar semanas ou meses.
  • Aposentadoria por incapacidade permanente: Reservada para situações em que a doença é irreversível e impede qualquer tipo de trabalho, mesmo com reabilitação. Também exige carência de 12 meses, exceto em doenças ocupacionais, e depende de laudos que comprovem a incapacidade total. O valor é maior se a origem for laboral, podendo chegar a 100% da média salarial.
  • Benefício de Prestação Continuada (BPC): Voltado para quem não contribuiu o suficiente ao INSS, mas enfrenta incapacidade e vive em situação de vulnerabilidade. A renda familiar per capita não pode ultrapassar 1/4 do salário mínimo, e o benefício equivale a um salário mínimo mensal, sem direito a 13º.

Cada benefício tem particularidades. O auxílio-doença acidentário, por exemplo, garante estabilidade de 12 meses no emprego após o retorno, algo que não ocorre no auxílio por doença comum. Já o BPC é uma alternativa para quem nunca foi segurado ou perdeu o vínculo com o INSS, mas exige avaliação social além da médica.

Doença ocupacional muda o jogo no INSS

Quando a bursite ou a tendinite é classificada como doença ocupacional, os direitos do trabalhador se ampliam significativamente. Isso ocorre porque o INSS equipara essas condições a acidentes de trabalho, dispensando a carência mínima de 12 contribuições e oferecendo cálculos mais favoráveis para os benefícios. Um exemplo prático: em 2024, trabalhadores afastados por doenças ocupacionais receberam, em média, valores 30% superiores aos de doenças comuns, segundo dados previdenciários. Além disso, a estabilidade pós-retorno e a possibilidade de indenizações trabalhistas são incentivos adicionais.

Comprovar a origem ocupacional exige esforço. A Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) é o ponto de partida, emitida pela empresa ou, em caso de recusa, pelo sindicato ou INSS. O Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP), que detalha as condições de trabalho, também é crucial, especialmente em funções com exposição a riscos ergonômicos. Médicos do trabalho frequentemente identificam essas doenças em profissões como costureiras, motoristas e trabalhadores da construção civil, onde o esforço repetitivo é rotina.

Já nas situações em que a doença não tem relação com o trabalho, o segurado precisa cumprir a carência e enfrentar um cálculo menos vantajoso. A diferença no tratamento entre os dois cenários é um fator que muitos desconhecem, mas que pode definir o sucesso do pedido no INSS.

Passo a passo para comprovar a incapacidade

Solicitar um benefício no INSS exige mais do que apenas um diagnóstico. A comprovação da bursite ou tendinite e de seus impactos no trabalho é o coração do processo. Primeiramente, laudos médicos detalhados são indispensáveis, incluindo exames como ressonâncias magnéticas ou ultrassonografias que mostrem a extensão do dano. Relatórios de tratamentos realizados, como sessões de fisioterapia ou uso de corticoides, reforçam o histórico da doença e a gravidade dos sintomas.

Nos casos ocupacionais, documentos como a CAT e o PPP entram em cena, junto a depoimentos ou registros que liguem a condição à atividade profissional. A perícia médica do INSS, etapa obrigatória, avalia tudo isso em poucos minutos, o que torna essencial uma apresentação clara e organizada. Durante o exame, o trabalhador deve descrever como a dor ou a limitação afeta tarefas específicas, como segurar ferramentas ou digitar, sem exageros que possam comprometer a credibilidade.

A preparação é a chave. Em 2024, cerca de 40% dos pedidos iniciais de benefícios por doenças musculoesqueléticas foram negados na perícia, muitas vezes por falta de provas consistentes. Por isso, organizar os documentos por ordem cronológica e buscar laudos com termos técnicos, como “incapacidade funcional severa”, pode fazer toda a diferença na avaliação.

O que fazer diante de uma negativa do INSS

Receber uma negativa do INSS é frustrante, mas não é o fim da linha. Em 2023, mais de 500 mil recursos administrativos foram protocolados no Brasil, muitos deles relacionados a doenças como bursite e tendinite. O primeiro passo é entender o motivo do indeferimento, acessando o sistema Meu INSS para verificar a justificativa. Falta de provas médicas, perícia desfavorável ou não cumprimento da carência estão entre as causas mais frequentes.

O recurso administrativo é uma opção imediata. Dentro de 30 dias após a negativa, o segurado pode apresentar novos exames ou laudos mais robustos ao Conselho de Recursos da Previdência Social, embora o processo leve cerca de um ano. Outra alternativa é acionar a Justiça, onde um perito independente pode reavaliar o caso. Nos Juizados Especiais Federais, ações de até 60 salários mínimos não exigem advogado, mas a assistência de um especialista costuma aumentar as chances de sucesso, especialmente em casos complexos.

Se a condição piorar após a negativa, um novo pedido pode ser feito, desde que haja laudos atualizados. Esperar pelo menos 30 dias evita que o INSS classifique a solicitação como repetitiva, o que poderia atrasar ainda mais o processo.

Cronograma para solicitar benefícios em 2025

Planejar o pedido de benefício no INSS exige atenção a prazos e etapas. Veja um guia básico para organizar o processo ao longo de 2025:

  • Janeiro a março: Reúna laudos médicos, exames recentes e documentos trabalhistas, como CAT e PPP, se aplicável. Consulte um médico para relatórios detalhados.
  • Abril a junho: Agende a perícia pelo Meu INSS ou telefone 135. Prepare-se para o exame, revisando como a doença afeta seu trabalho.
  • Julho a setembro: Caso haja negativa, avalie entre recurso administrativo ou ação judicial. O prazo para recurso é de 30 dias após o resultado.
  • Outubro a dezembro: Se optar pela Justiça, organize a documentação com um advogado e protocole a ação, acompanhando os prazos judiciais.

Esse calendário ajuda a evitar atrasos e garante que o pedido seja apresentado com todas as provas necessárias, aumentando as chances de aprovação.

Dicas práticas para aumentar as chances de aprovação

Algumas estratégias simples podem fazer diferença no resultado do pedido ao INSS. Antes da perícia, certifique-se de que os laudos médicos descrevam claramente a incapacidade, com detalhes como o grau de limitação nos movimentos ou a duração dos sintomas. Exames de imagem atualizados, como ressonâncias de 2025, têm mais peso do que relatórios antigos.

Organizar os documentos é outro ponto crucial. Um dossiê com RG, CPF, carteira de trabalho, histórico de contribuições (CNIS) e provas médicas, tudo em ordem cronológica, facilita a análise do perito. Durante a avaliação, seja específico ao relatar os impactos no trabalho, como “não consigo carregar peso acima de 5 kg” ou “sinto dor ao digitar por mais de 20 minutos”. Evite respostas vagas que possam enfraquecer o argumento.

Se a doença for ocupacional, insistir na emissão da CAT é fundamental, mesmo que a empresa resista. Sindicatos e o Ministério do Trabalho podem ajudar nesse passo. Para casos mais difíceis, a orientação de um advogado previdenciário pode ser o diferencial, especialmente se o caminho judicial for necessário.

Alternativas para quem não consegue aposentadoria

Nem todos os casos de bursite ou tendinite resultam em aposentadoria, mas há outras saídas para quem enfrenta dificuldades. O auxílio-doença é a principal alternativa para afastamentos temporários, permitindo tratamento sem a pressão de voltar ao trabalho imediatamente. Em 2024, mais de 1,2 milhão de benefícios desse tipo foram concedidos no Brasil, muitos por problemas articulares.

Para quem não tem contribuições suficientes ao INSS, o BPC surge como opção, desde que a renda familiar seja baixa e a incapacidade comprovada. Outra possibilidade é a reabilitação profissional oferecida pelo próprio INSS, que busca recolocar o trabalhador em funções compatíveis com suas limitações, embora nem sempre seja viável em casos graves.

Em situações extremas, ações trabalhistas por danos morais ou materiais podem ser consideradas, especialmente se a doença foi causada por negligência do empregador. Essas alternativas garantem que, mesmo sem aposentadoria, o trabalhador não fique desamparado diante das limitações impostas pela bursite ou tendinite.



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