Breaking
8 Apr 2025, Tue

saiba como briga por R$ 6 milhões expôs racha iniciado em 2018 na Laboratório Fantasma

Emicida e Fióti


A relação entre os irmãos Emicida e Evandro Fióti, marcada por 16 anos de parceria na construção da Laboratório Fantasma, entrou em colapso em março deste ano, quando o rapper anunciou o fim da colaboração profissional com o irmão. O que parecia ser uma decisão recente, no entanto, tem raízes mais profundas, remontando pelo menos a 2018, conforme revelado por Fióti em entrevista recente. A disputa, que agora tramita na Justiça, envolve acusações de saques de R$ 6 milhões e expõe tensões que vinham se acumulando nos bastidores da empresa criada na periferia de São Paulo. O caso ganhou destaque nas redes sociais e na imprensa, trazendo à tona detalhes de um racha que abalou uma das histórias de sucesso mais emblemáticas do rap nacional.

Fundada em 2009, a Laboratório Fantasma nasceu com o propósito inicial de gerenciar a carreira de Emicida, que começava a despontar como um dos principais nomes do hip-hop brasileiro. Com o tempo, o empreendimento foi além da música, expandindo-se para áreas como moda, produção cultural e gestão de outros artistas. O sucesso da dupla transformou a LAB, como também é chamada, em um símbolo de empreendedorismo afro-brasileiro, mas os desentendimentos entre os irmãos acabaram por colocar em xeque o futuro da empresa. Emicida, cujo nome verdadeiro é Leandro Roque de Oliveira, e Fióti, registrado como Evandro Roque de Oliveira, agora travam uma batalha judicial que revela divergências financeiras e pessoais.

No centro do conflito está a acusação de que Fióti teria realizado transferências bancárias no valor de R$ 6 milhões sem a autorização do irmão. O rapper, ao descobrir as movimentações em janeiro deste ano, anulou uma procuração que dava a Fióti poderes de gestão na empresa, bloqueando seu acesso às contas. A resposta de Fióti veio em forma de um processo na Justiça, no qual ele busca retomar o controle financeiro e contestar as alegações de irregularidades. O caso, que corre na 37ª Vara Cível de São Paulo, já teve uma decisão inicial: a Justiça negou o pedido liminar de Fióti para restabelecer seu acesso às contas, indicando que as provas apresentadas ainda precisam de análise mais aprofundada.

Origens do distanciamento entre Emicida e Fióti

Fióti revelou que as primeiras sinais de desgaste na relação com o irmão surgiram entre 2017 e 2018. Naquele período, ele percebeu um afastamento que, segundo ele, foi se intensificando com o passar dos anos. “Percebi que existia um distanciamento entre nós, foi ali mais ou menos entre 2017 e 2018”, declarou em entrevista exibida no último domingo. Apesar disso, a parceria profissional continuou, sustentada pelo sucesso da Laboratório Fantasma e pela imagem pública de união entre os irmãos.

A empresa, que começou como um projeto modesto na Zona Norte de São Paulo, cresceu exponencialmente ao longo da última década. Além de gerenciar a carreira de Emicida, a LAB passou a representar outros artistas, como Rael e Drik Barbosa, e a investir em projetos de moda, com destaque para desfiles na São Paulo Fashion Week. O sucesso financeiro e cultural, no entanto, não foi suficiente para evitar os atritos internos, que culminaram no rompimento anunciado no dia 28 de março.

Emicida formalizou o fim da parceria com um comunicado nas redes sociais, afirmando que Fióti não representava mais os interesses de sua carreira artística. Horas depois, Fióti respondeu com uma nota própria, na qual anunciou o encerramento de seu ciclo de 16 anos à frente da LAB e o início de uma nova fase focada em sua carreira musical. A troca de mensagens públicas marcou o início de uma guerra de narrativas que logo ganhou contornos judiciais.

As acusações de saques milionários

Central na disputa está a questão financeira. Emicida alega que, em janeiro deste ano, foi surpreendido por uma transferência de R$ 1 milhão da conta da Laboratório Fantasma para uma conta pessoal de Fióti. Uma investigação mais detalhada, segundo a defesa do rapper, revelou que o valor total retirado pelo irmão chegava a R$ 6 milhões, em movimentações que teriam ocorrido entre junho do ano passado e fevereiro deste ano. Para Emicida, os saques foram realizados sem seu consentimento, configurando uma quebra de confiança grave.

Fióti, por sua vez, nega qualquer irregularidade. Ele afirma que todas as transferências foram feitas dentro das regras de governança da empresa e que os valores representam a divisão de lucros acordada entre os sócios ao longo dos 16 anos de parceria. “Todas as transferências para ambos os sócios e a divisão de lucros desses 16 anos sempre foram feitas seguindo os ritos de governança da área administrativa e financeira”, declarou. Ele reforça que nunca agiu de forma antiética, citando sua trajetória desde os tempos em que trabalhou como servente de pedreiro e líder em uma rede de fast-food.

Documentos apresentados à Justiça mostram que, em 20 de janeiro, Fióti enviou um e-mail a Emicida informando sobre uma retirada de R$ 2 milhões em lucros da empresa. A defesa do rapper, no entanto, argumenta que o endereço de e-mail usado não era mais acessado por Emicida, o que teria impedido a comunicação efetiva. Além disso, os advogados de Emicida apontam que os R$ 4 milhões restantes, transferidos em outras ocasiões, não foram justificados até o momento.


  • Fatos que marcaram o início da disputa:
    • Emicida descobre transferência de R$ 1 milhão em janeiro deste ano.
    • Investigação revela saques totais de R$ 6 milhões entre junho do ano passado e fevereiro deste ano.
    • Fióti envia e-mail em 20 de janeiro informando retirada de R$ 2 milhões, mas Emicida alega não ter recebido a notificação.
    • Justiça nega pedido liminar de Fióti para retomar acesso às contas da LAB em abril.

Laboratório Fantasma: o império construído pelos irmãos

A Laboratório Fantasma é mais do que uma empresa; é um marco no cenário cultural brasileiro. Criada em 2009, ela surgiu com a missão de impulsionar a carreira de Emicida, que na época era um jovem rapper emergente da cena underground. Com o passar dos anos, o empreendimento se transformou em um conglomerado que inclui produção musical, comercialização de roupas e livros, e gestão de artistas. A LAB tornou-se conhecida por sua abordagem inovadora, misturando música, moda e ativismo social.

O sucesso da empresa foi impulsionado pela visão empreendedora dos irmãos. Emicida trouxe o talento artístico, enquanto Fióti se destacou na administração e na expansão dos negócios. Juntos, eles levaram a marca a eventos como a São Paulo Fashion Week, onde a LAB apresentou coleções que celebravam a cultura negra e periférica. A empresa também se tornou um ponto de apoio para outros artistas, como Rael, que mantém uma carreira sólida, e Drik Barbosa, que recentemente se viu afetada pelo conflito entre os irmãos.

Apesar do crescimento, a estrutura societária da LAB revela desigualdades. Na empresa principal, Emicida detém 90% do capital, enquanto Fióti possui apenas 10%. Em outra vertente do grupo, dedicada à marca de roupas, a propriedade é exclusivamente de Fióti. Essa divisão, segundo analistas, pode ter contribuído para as tensões que culminaram na disputa atual.

O impacto nos bastidores da empresa

A briga entre Emicida e Fióti não afetou apenas os dois irmãos; ela reverberou entre funcionários, artistas e até mesmo na família. Uma reunião realizada um dia antes do anúncio oficial do rompimento, em 27 de março, foi marcada por um bate-boca entre os sócios, que chocou os presentes. Durante o encontro, que tinha como objetivo oficializar a saída de Fióti, Emicida abandonou a discussão antes do fim, após um impasse com o irmão.

Funcionários da Laboratório Fantasma relataram um clima de tensão nos dias seguintes ao episódio. A incerteza sobre o futuro da empresa, que por anos foi um exemplo de estabilidade no mercado independente, deixou a equipe dividida. Alguns defendem a versão de Emicida, enquanto outros apoiam Fióti, criando um ambiente de polarização interna.

Artistas ligados à LAB também sentiram os reflexos do conflito. Drik Barbosa, uma das principais apostas da empresa, enviou um e-mail anexado ao processo judicial em que expressa sua intenção de deixar a produtora. Ela alega que a disputa prejudicou sua carreira e que uma atitude “súbita” de Emicida foi um “desrespeito” ao seu trabalho e à sua equipe. A rapper, escalada para o Lollapalooza deste ano, busca uma saída harmoniosa da parceria com a LAB.

A posição da família no conflito

Dona Jacira, mãe de Emicida e Fióti, emergiu como uma figura central no drama familiar. Em uma carta aberta publicada nas redes sociais na quinta-feira passada, ela tomou partido do filho mais novo, Fióti. “Fióti, sua dor é nossa dor”, escreveu, em um texto emocionado que também critica as acusações contra ele. Jacira pediu que a “verdade” fosse reconhecida e que a harmonia fosse restabelecida, sugerindo que as alegações de Emicida seriam uma “maldição lançada em forma de calúnia”.

A manifestação de Jacira intensificou a repercussão do caso. Fãs notaram que ela deixou de seguir Emicida nas redes sociais, mantendo apenas o vínculo virtual com Fióti. A postura da matriarca dividiu opiniões: enquanto alguns a veem como uma mãe tentando proteger um filho injustiçado, outros interpretam sua atitude como um sinal de ruptura definitiva na família.

A carta de Jacira também destaca o papel das mulheres na história da Laboratório Fantasma. “Falo em nome das mulheres que estão à frente da LAB desde quando ninguém via possibilidade”, afirmou, sugerindo uma rede de apoio que transcende o conflito entre os irmãos.

Cronologia dos eventos principais

Os desdobramentos da disputa entre Emicida e Fióti podem ser acompanhados por uma linha do tempo que reflete a escalada do conflito:

  • 2017-2018: Fióti percebe os primeiros sinais de distanciamento na relação com Emicida.
  • 2009: Fundação da Laboratório Fantasma pelos irmãos na Zona Norte de São Paulo.
  • Junho do ano passado: Início das transferências bancárias que somariam R$ 6 milhões, segundo Emicida.
  • 20 de janeiro deste ano: Fióti envia e-mail informando retirada de R$ 2 milhões em lucros.
  • Fevereiro deste ano: Emicida identifica saques adicionais e anula procuração de Fióti.
  • 27 de março: Reunião tensa termina com Emicida deixando o encontro.
  • 28 de março: Anúncio oficial do fim da parceria nas redes sociais.
  • 2 de abril: Justiça nega pedido liminar de Fióti para acessar contas da LAB.
  • 4 de abril: Emicida publica comunicado defendendo a decisão como “madura”.
  • 6 de abril: Fióti fala sobre o distanciamento ao Fantástico.

O que diz Emicida sobre o rompimento

No dia 4 de abril, Emicida quebrou o silêncio com um comunicado detalhado nas redes sociais. Ele afirmou que o fim da parceria com Fióti não foi uma decisão impulsiva, mas sim o resultado de “diversas tentativas de alcançar uma harmonia” em questões essenciais à gestão da Laboratório Fantasma e de sua carreira. O rapper negou ter acusado o irmão de “roubo” ou “desvio”, criticando a abordagem de parte da imprensa que usou esses termos para descrever o conflito.

A nota de Emicida também expressa o desejo de um “acordo amigável” para resolver a disputa. Ele destacou que os advogados de ambos os lados já retomaram o diálogo, sinalizando uma possível negociação extrajudicial. “É desejo de Leandro que a paz volte a reinar entre os irmãos”, diz o texto, que foi amplamente compartilhado por fãs e seguidores.

Apesar da tentativa de apaziguar os ânimos, o comunicado não aborda diretamente as acusações financeiras contra Fióti. Nos autos do processo, Emicida descreve os saques como “graves” e “atitude vil”, o que contrasta com o tom conciliador da nota pública.

A defesa de Fióti e os vídeos em evidência

Fióti, por outro lado, tem se empenhado em provar que suas ações foram legítimas. Ele apresentou à Justiça um e-mail enviado em janeiro, no qual avisava Emicida sobre a retirada de R$ 2 milhões, e um vídeo de uma reunião da Laboratório Fantasma em que o rapper supostamente autoriza repasses financeiros. Na gravação, realizada por videoconferência, Emicida sugere que Fióti seja transferido como sócio para uma das empresas do grupo com uma cota de 10%, visando adequação fiscal.

A defesa de Fióti alega que o vídeo foi editado e tirado de contexto pela equipe de Emicida, mas insiste que ele comprova a transparência nas movimentações. “Todas as transferências foram autorizadas e acordadas em reunião com o gerente financeiro e demais sócios”, afirmou Fióti, reforçando que os R$ 2 milhões foram divididos igualmente entre os irmãos em quatro parcelas de R$ 500 mil, realizadas em fevereiro.

A equipe de Emicida, por sua vez, reconhece as transferências, mas as classifica como “valores devidos enquanto artista”, sugerindo que a distribuição de lucros foi desproporcional. O vídeo, segundo os advogados do rapper, omite o contexto completo da conversa, o que será esclarecido no andamento do processo.

Reflexos na carreira dos artistas da LAB

A disputa entre os fundadores da Laboratório Fantasma já impacta os artistas ligados à empresa. Drik Barbosa, uma das principais vozes femininas do rap brasileiro, foi diretamente afetada. Em um e-mail anexado ao processo, ela relata que a crise familiar comprometeu sua trajetória profissional. “Não vejo como minha carreira pode continuar na LAB dessa forma”, escreveu, apontando uma atitude de Emicida como um “desrespeito” à sua equipe e à história construída com a empresa.

Rael, outro nome forte do catálogo da LAB, segue com sua carreira em ascensão, com um novo álbum em andamento. No entanto, o futuro dele na empresa permanece incerto, já que a produtora passou a orbitar quase exclusivamente em torno de Emicida nos últimos anos. Outros projetos, como a marca de roupas, também encolheram, limitando-se a peças de merchandising do rapper.

A saída de Fióti e a instabilidade na gestão levantam dúvidas sobre a capacidade da Laboratório Fantasma de manter sua relevância no mercado independente. Antes um celeiro de novos talentos, a empresa agora enfrenta o desafio de redefinir sua identidade em meio ao conflito.


Detalhes financeiros em jogo

Os números envolvidos na disputa impressionam. Segundo os autos do processo, as transferências questionadas por Emicida incluem:

  • R$ 1 milhão identificado em janeiro deste ano.
  • R$ 4 milhões em saques entre junho do ano passado e julho deste ano.
  • R$ 1,5 milhão em três movimentações de R$ 500 mil cada, realizadas em fevereiro.

Fióti contesta a narrativa, afirmando que os R$ 2 milhões mencionados no e-mail de janeiro foram divididos igualmente, com Emicida recebendo quatro parcelas de R$ 500 mil entre os dias 7 e 20 de fevereiro. A defesa do rapper, porém, insiste que os R$ 4 milhões adicionais não têm justificativa clara, o que mantém o impasse judicial.

A estrutura financeira da Laboratório Fantasma também é um ponto de debate. Enquanto Emicida controla 90% da empresa principal, Fióti detém 10% e é o único proprietário da marca de roupas. Essa desigualdade societária pode ter alimentado as divergências sobre a divisão de lucros, especialmente em um momento de grande faturamento.

A reação do público e da imprensa

A briga entre Emicida e Fióti gerou uma onda de reações nas redes sociais. Fãs lamentaram o fim de uma parceria que inspirou gerações, enquanto outros tomaram partido no conflito. A hashtag #EmicidaEFióti chegou aos trending topics no dia do anúncio, com milhares de comentários divididos entre apoio ao rapper e críticas às ações de Fióti.

A imprensa, por sua vez, ampliou a cobertura do caso. Reportagens detalharam as movimentações financeiras, os comunicados oficiais e até o posicionamento de Dona Jacira. Alguns veículos usaram termos como “roubo” e “desvio” para descrever as acusações de Emicida, o que levou o rapper a se pronunciar no dia 4 de abril, rejeitando essas palavras e pedindo uma abordagem mais equilibrada.

O impacto cultural da disputa também foi debatido. A Laboratório Fantasma, vista como um modelo de sucesso negro e periférico, agora enfrenta o risco de ter sua imagem abalada por um conflito interno. Para muitos, o desfecho do caso definirá não apenas o futuro dos irmãos, mas também o legado de um dos projetos mais influentes da música brasileira.

Próximos passos na Justiça

O processo judicial entre Emicida e Fióti está apenas começando. A decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo, em 2 de abril, de negar o pedido liminar de Fióti foi um revés para o empresário, mas o juiz destacou que as alegações de ambos os lados exigem análise mais detalhada. Isso significa que novas provas, como extratos bancários, e-mails e gravações, serão examinadas nos próximos meses.

Enquanto isso, as equipes jurídicas dos irmãos sinalizam um esforço para chegar a um acordo fora dos tribunais. Emicida, em seu comunicado, afirmou que os advogados já retomaram o diálogo, o que pode evitar uma batalha prolongada. Fióti, por sua vez, insiste na transparência de suas ações e busca restabelecer seu acesso às contas da empresa, essencial para sua defesa.

A nomeação de um executivo provisório para gerir a Laboratório Fantasma foi sugerida como uma solução temporária, mas ainda não há consenso sobre essa medida. O desenrolar do caso promete manter a atenção do público e da mídia, com implicações que vão além das finanças e tocam a história de uma família e de um império cultural.

Curiosidades sobre a Laboratório Fantasma

A trajetória da empresa fundada por Emicida e Fióti é repleta de marcos que ajudam a entender seu impacto:

  • Foi criada em 2009 como uma produtora independente na periferia de São Paulo.
  • Em 2016, a LAB estreou na São Paulo Fashion Week, um marco para a moda negra brasileira.
  • Além de Emicida, gerenciou artistas como Rael e Drik Barbosa, ampliando seu alcance no rap.
  • A empresa chegou a faturar milhões com música, moda e eventos culturais ao longo dos anos.
  • Hoje, enfrenta o maior desafio de sua história com a saída de um de seus fundadores.

O futuro incerto da parceria

Após 16 anos de colaboração, o fim da parceria entre Emicida e Fióti deixa mais perguntas do que respostas. A Laboratório Fantasma, que já foi sinônimo de inovação e resistência, agora precisa se reinventar em meio a uma crise de liderança. Enquanto Emicida segue como o principal nome da empresa, Fióti planeja investir em sua carreira musical, um caminho que pode levá-lo a competir no mesmo mercado que ajudou a construir.

A disputa financeira, com seus R$ 6 milhões em jogo, é apenas a ponta do iceberg. Por trás dos números, há uma história de ambição, sucesso e desentendimentos que reflete os desafios de manter um negócio familiar em ascensão. O apoio de Dona Jacira a Fióti e o silêncio de outros familiares, como o pai dos irmãos, adicionam camadas de complexidade ao drama.

Para os fãs, resta acompanhar os próximos capítulos. Seja na Justiça ou em uma reconciliação, o desfecho dessa história terá ecos na música, na moda e na cultura brasileira. Por enquanto, a Laboratório Fantasma segue como um gigante ferido, à espera de um novo rumo.



A relação entre os irmãos Emicida e Evandro Fióti, marcada por 16 anos de parceria na construção da Laboratório Fantasma, entrou em colapso em março deste ano, quando o rapper anunciou o fim da colaboração profissional com o irmão. O que parecia ser uma decisão recente, no entanto, tem raízes mais profundas, remontando pelo menos a 2018, conforme revelado por Fióti em entrevista recente. A disputa, que agora tramita na Justiça, envolve acusações de saques de R$ 6 milhões e expõe tensões que vinham se acumulando nos bastidores da empresa criada na periferia de São Paulo. O caso ganhou destaque nas redes sociais e na imprensa, trazendo à tona detalhes de um racha que abalou uma das histórias de sucesso mais emblemáticas do rap nacional.

Fundada em 2009, a Laboratório Fantasma nasceu com o propósito inicial de gerenciar a carreira de Emicida, que começava a despontar como um dos principais nomes do hip-hop brasileiro. Com o tempo, o empreendimento foi além da música, expandindo-se para áreas como moda, produção cultural e gestão de outros artistas. O sucesso da dupla transformou a LAB, como também é chamada, em um símbolo de empreendedorismo afro-brasileiro, mas os desentendimentos entre os irmãos acabaram por colocar em xeque o futuro da empresa. Emicida, cujo nome verdadeiro é Leandro Roque de Oliveira, e Fióti, registrado como Evandro Roque de Oliveira, agora travam uma batalha judicial que revela divergências financeiras e pessoais.

No centro do conflito está a acusação de que Fióti teria realizado transferências bancárias no valor de R$ 6 milhões sem a autorização do irmão. O rapper, ao descobrir as movimentações em janeiro deste ano, anulou uma procuração que dava a Fióti poderes de gestão na empresa, bloqueando seu acesso às contas. A resposta de Fióti veio em forma de um processo na Justiça, no qual ele busca retomar o controle financeiro e contestar as alegações de irregularidades. O caso, que corre na 37ª Vara Cível de São Paulo, já teve uma decisão inicial: a Justiça negou o pedido liminar de Fióti para restabelecer seu acesso às contas, indicando que as provas apresentadas ainda precisam de análise mais aprofundada.

Origens do distanciamento entre Emicida e Fióti

Fióti revelou que as primeiras sinais de desgaste na relação com o irmão surgiram entre 2017 e 2018. Naquele período, ele percebeu um afastamento que, segundo ele, foi se intensificando com o passar dos anos. “Percebi que existia um distanciamento entre nós, foi ali mais ou menos entre 2017 e 2018”, declarou em entrevista exibida no último domingo. Apesar disso, a parceria profissional continuou, sustentada pelo sucesso da Laboratório Fantasma e pela imagem pública de união entre os irmãos.

A empresa, que começou como um projeto modesto na Zona Norte de São Paulo, cresceu exponencialmente ao longo da última década. Além de gerenciar a carreira de Emicida, a LAB passou a representar outros artistas, como Rael e Drik Barbosa, e a investir em projetos de moda, com destaque para desfiles na São Paulo Fashion Week. O sucesso financeiro e cultural, no entanto, não foi suficiente para evitar os atritos internos, que culminaram no rompimento anunciado no dia 28 de março.

Emicida formalizou o fim da parceria com um comunicado nas redes sociais, afirmando que Fióti não representava mais os interesses de sua carreira artística. Horas depois, Fióti respondeu com uma nota própria, na qual anunciou o encerramento de seu ciclo de 16 anos à frente da LAB e o início de uma nova fase focada em sua carreira musical. A troca de mensagens públicas marcou o início de uma guerra de narrativas que logo ganhou contornos judiciais.

As acusações de saques milionários

Central na disputa está a questão financeira. Emicida alega que, em janeiro deste ano, foi surpreendido por uma transferência de R$ 1 milhão da conta da Laboratório Fantasma para uma conta pessoal de Fióti. Uma investigação mais detalhada, segundo a defesa do rapper, revelou que o valor total retirado pelo irmão chegava a R$ 6 milhões, em movimentações que teriam ocorrido entre junho do ano passado e fevereiro deste ano. Para Emicida, os saques foram realizados sem seu consentimento, configurando uma quebra de confiança grave.

Fióti, por sua vez, nega qualquer irregularidade. Ele afirma que todas as transferências foram feitas dentro das regras de governança da empresa e que os valores representam a divisão de lucros acordada entre os sócios ao longo dos 16 anos de parceria. “Todas as transferências para ambos os sócios e a divisão de lucros desses 16 anos sempre foram feitas seguindo os ritos de governança da área administrativa e financeira”, declarou. Ele reforça que nunca agiu de forma antiética, citando sua trajetória desde os tempos em que trabalhou como servente de pedreiro e líder em uma rede de fast-food.

Documentos apresentados à Justiça mostram que, em 20 de janeiro, Fióti enviou um e-mail a Emicida informando sobre uma retirada de R$ 2 milhões em lucros da empresa. A defesa do rapper, no entanto, argumenta que o endereço de e-mail usado não era mais acessado por Emicida, o que teria impedido a comunicação efetiva. Além disso, os advogados de Emicida apontam que os R$ 4 milhões restantes, transferidos em outras ocasiões, não foram justificados até o momento.


  • Fatos que marcaram o início da disputa:
    • Emicida descobre transferência de R$ 1 milhão em janeiro deste ano.
    • Investigação revela saques totais de R$ 6 milhões entre junho do ano passado e fevereiro deste ano.
    • Fióti envia e-mail em 20 de janeiro informando retirada de R$ 2 milhões, mas Emicida alega não ter recebido a notificação.
    • Justiça nega pedido liminar de Fióti para retomar acesso às contas da LAB em abril.

Laboratório Fantasma: o império construído pelos irmãos

A Laboratório Fantasma é mais do que uma empresa; é um marco no cenário cultural brasileiro. Criada em 2009, ela surgiu com a missão de impulsionar a carreira de Emicida, que na época era um jovem rapper emergente da cena underground. Com o passar dos anos, o empreendimento se transformou em um conglomerado que inclui produção musical, comercialização de roupas e livros, e gestão de artistas. A LAB tornou-se conhecida por sua abordagem inovadora, misturando música, moda e ativismo social.

O sucesso da empresa foi impulsionado pela visão empreendedora dos irmãos. Emicida trouxe o talento artístico, enquanto Fióti se destacou na administração e na expansão dos negócios. Juntos, eles levaram a marca a eventos como a São Paulo Fashion Week, onde a LAB apresentou coleções que celebravam a cultura negra e periférica. A empresa também se tornou um ponto de apoio para outros artistas, como Rael, que mantém uma carreira sólida, e Drik Barbosa, que recentemente se viu afetada pelo conflito entre os irmãos.

Apesar do crescimento, a estrutura societária da LAB revela desigualdades. Na empresa principal, Emicida detém 90% do capital, enquanto Fióti possui apenas 10%. Em outra vertente do grupo, dedicada à marca de roupas, a propriedade é exclusivamente de Fióti. Essa divisão, segundo analistas, pode ter contribuído para as tensões que culminaram na disputa atual.

O impacto nos bastidores da empresa

A briga entre Emicida e Fióti não afetou apenas os dois irmãos; ela reverberou entre funcionários, artistas e até mesmo na família. Uma reunião realizada um dia antes do anúncio oficial do rompimento, em 27 de março, foi marcada por um bate-boca entre os sócios, que chocou os presentes. Durante o encontro, que tinha como objetivo oficializar a saída de Fióti, Emicida abandonou a discussão antes do fim, após um impasse com o irmão.

Funcionários da Laboratório Fantasma relataram um clima de tensão nos dias seguintes ao episódio. A incerteza sobre o futuro da empresa, que por anos foi um exemplo de estabilidade no mercado independente, deixou a equipe dividida. Alguns defendem a versão de Emicida, enquanto outros apoiam Fióti, criando um ambiente de polarização interna.

Artistas ligados à LAB também sentiram os reflexos do conflito. Drik Barbosa, uma das principais apostas da empresa, enviou um e-mail anexado ao processo judicial em que expressa sua intenção de deixar a produtora. Ela alega que a disputa prejudicou sua carreira e que uma atitude “súbita” de Emicida foi um “desrespeito” ao seu trabalho e à sua equipe. A rapper, escalada para o Lollapalooza deste ano, busca uma saída harmoniosa da parceria com a LAB.

A posição da família no conflito

Dona Jacira, mãe de Emicida e Fióti, emergiu como uma figura central no drama familiar. Em uma carta aberta publicada nas redes sociais na quinta-feira passada, ela tomou partido do filho mais novo, Fióti. “Fióti, sua dor é nossa dor”, escreveu, em um texto emocionado que também critica as acusações contra ele. Jacira pediu que a “verdade” fosse reconhecida e que a harmonia fosse restabelecida, sugerindo que as alegações de Emicida seriam uma “maldição lançada em forma de calúnia”.

A manifestação de Jacira intensificou a repercussão do caso. Fãs notaram que ela deixou de seguir Emicida nas redes sociais, mantendo apenas o vínculo virtual com Fióti. A postura da matriarca dividiu opiniões: enquanto alguns a veem como uma mãe tentando proteger um filho injustiçado, outros interpretam sua atitude como um sinal de ruptura definitiva na família.

A carta de Jacira também destaca o papel das mulheres na história da Laboratório Fantasma. “Falo em nome das mulheres que estão à frente da LAB desde quando ninguém via possibilidade”, afirmou, sugerindo uma rede de apoio que transcende o conflito entre os irmãos.

Cronologia dos eventos principais

Os desdobramentos da disputa entre Emicida e Fióti podem ser acompanhados por uma linha do tempo que reflete a escalada do conflito:

  • 2017-2018: Fióti percebe os primeiros sinais de distanciamento na relação com Emicida.
  • 2009: Fundação da Laboratório Fantasma pelos irmãos na Zona Norte de São Paulo.
  • Junho do ano passado: Início das transferências bancárias que somariam R$ 6 milhões, segundo Emicida.
  • 20 de janeiro deste ano: Fióti envia e-mail informando retirada de R$ 2 milhões em lucros.
  • Fevereiro deste ano: Emicida identifica saques adicionais e anula procuração de Fióti.
  • 27 de março: Reunião tensa termina com Emicida deixando o encontro.
  • 28 de março: Anúncio oficial do fim da parceria nas redes sociais.
  • 2 de abril: Justiça nega pedido liminar de Fióti para acessar contas da LAB.
  • 4 de abril: Emicida publica comunicado defendendo a decisão como “madura”.
  • 6 de abril: Fióti fala sobre o distanciamento ao Fantástico.

O que diz Emicida sobre o rompimento

No dia 4 de abril, Emicida quebrou o silêncio com um comunicado detalhado nas redes sociais. Ele afirmou que o fim da parceria com Fióti não foi uma decisão impulsiva, mas sim o resultado de “diversas tentativas de alcançar uma harmonia” em questões essenciais à gestão da Laboratório Fantasma e de sua carreira. O rapper negou ter acusado o irmão de “roubo” ou “desvio”, criticando a abordagem de parte da imprensa que usou esses termos para descrever o conflito.

A nota de Emicida também expressa o desejo de um “acordo amigável” para resolver a disputa. Ele destacou que os advogados de ambos os lados já retomaram o diálogo, sinalizando uma possível negociação extrajudicial. “É desejo de Leandro que a paz volte a reinar entre os irmãos”, diz o texto, que foi amplamente compartilhado por fãs e seguidores.

Apesar da tentativa de apaziguar os ânimos, o comunicado não aborda diretamente as acusações financeiras contra Fióti. Nos autos do processo, Emicida descreve os saques como “graves” e “atitude vil”, o que contrasta com o tom conciliador da nota pública.

A defesa de Fióti e os vídeos em evidência

Fióti, por outro lado, tem se empenhado em provar que suas ações foram legítimas. Ele apresentou à Justiça um e-mail enviado em janeiro, no qual avisava Emicida sobre a retirada de R$ 2 milhões, e um vídeo de uma reunião da Laboratório Fantasma em que o rapper supostamente autoriza repasses financeiros. Na gravação, realizada por videoconferência, Emicida sugere que Fióti seja transferido como sócio para uma das empresas do grupo com uma cota de 10%, visando adequação fiscal.

A defesa de Fióti alega que o vídeo foi editado e tirado de contexto pela equipe de Emicida, mas insiste que ele comprova a transparência nas movimentações. “Todas as transferências foram autorizadas e acordadas em reunião com o gerente financeiro e demais sócios”, afirmou Fióti, reforçando que os R$ 2 milhões foram divididos igualmente entre os irmãos em quatro parcelas de R$ 500 mil, realizadas em fevereiro.

A equipe de Emicida, por sua vez, reconhece as transferências, mas as classifica como “valores devidos enquanto artista”, sugerindo que a distribuição de lucros foi desproporcional. O vídeo, segundo os advogados do rapper, omite o contexto completo da conversa, o que será esclarecido no andamento do processo.

Reflexos na carreira dos artistas da LAB

A disputa entre os fundadores da Laboratório Fantasma já impacta os artistas ligados à empresa. Drik Barbosa, uma das principais vozes femininas do rap brasileiro, foi diretamente afetada. Em um e-mail anexado ao processo, ela relata que a crise familiar comprometeu sua trajetória profissional. “Não vejo como minha carreira pode continuar na LAB dessa forma”, escreveu, apontando uma atitude de Emicida como um “desrespeito” à sua equipe e à história construída com a empresa.

Rael, outro nome forte do catálogo da LAB, segue com sua carreira em ascensão, com um novo álbum em andamento. No entanto, o futuro dele na empresa permanece incerto, já que a produtora passou a orbitar quase exclusivamente em torno de Emicida nos últimos anos. Outros projetos, como a marca de roupas, também encolheram, limitando-se a peças de merchandising do rapper.

A saída de Fióti e a instabilidade na gestão levantam dúvidas sobre a capacidade da Laboratório Fantasma de manter sua relevância no mercado independente. Antes um celeiro de novos talentos, a empresa agora enfrenta o desafio de redefinir sua identidade em meio ao conflito.


Detalhes financeiros em jogo

Os números envolvidos na disputa impressionam. Segundo os autos do processo, as transferências questionadas por Emicida incluem:

  • R$ 1 milhão identificado em janeiro deste ano.
  • R$ 4 milhões em saques entre junho do ano passado e julho deste ano.
  • R$ 1,5 milhão em três movimentações de R$ 500 mil cada, realizadas em fevereiro.

Fióti contesta a narrativa, afirmando que os R$ 2 milhões mencionados no e-mail de janeiro foram divididos igualmente, com Emicida recebendo quatro parcelas de R$ 500 mil entre os dias 7 e 20 de fevereiro. A defesa do rapper, porém, insiste que os R$ 4 milhões adicionais não têm justificativa clara, o que mantém o impasse judicial.

A estrutura financeira da Laboratório Fantasma também é um ponto de debate. Enquanto Emicida controla 90% da empresa principal, Fióti detém 10% e é o único proprietário da marca de roupas. Essa desigualdade societária pode ter alimentado as divergências sobre a divisão de lucros, especialmente em um momento de grande faturamento.

A reação do público e da imprensa

A briga entre Emicida e Fióti gerou uma onda de reações nas redes sociais. Fãs lamentaram o fim de uma parceria que inspirou gerações, enquanto outros tomaram partido no conflito. A hashtag #EmicidaEFióti chegou aos trending topics no dia do anúncio, com milhares de comentários divididos entre apoio ao rapper e críticas às ações de Fióti.

A imprensa, por sua vez, ampliou a cobertura do caso. Reportagens detalharam as movimentações financeiras, os comunicados oficiais e até o posicionamento de Dona Jacira. Alguns veículos usaram termos como “roubo” e “desvio” para descrever as acusações de Emicida, o que levou o rapper a se pronunciar no dia 4 de abril, rejeitando essas palavras e pedindo uma abordagem mais equilibrada.

O impacto cultural da disputa também foi debatido. A Laboratório Fantasma, vista como um modelo de sucesso negro e periférico, agora enfrenta o risco de ter sua imagem abalada por um conflito interno. Para muitos, o desfecho do caso definirá não apenas o futuro dos irmãos, mas também o legado de um dos projetos mais influentes da música brasileira.

Próximos passos na Justiça

O processo judicial entre Emicida e Fióti está apenas começando. A decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo, em 2 de abril, de negar o pedido liminar de Fióti foi um revés para o empresário, mas o juiz destacou que as alegações de ambos os lados exigem análise mais detalhada. Isso significa que novas provas, como extratos bancários, e-mails e gravações, serão examinadas nos próximos meses.

Enquanto isso, as equipes jurídicas dos irmãos sinalizam um esforço para chegar a um acordo fora dos tribunais. Emicida, em seu comunicado, afirmou que os advogados já retomaram o diálogo, o que pode evitar uma batalha prolongada. Fióti, por sua vez, insiste na transparência de suas ações e busca restabelecer seu acesso às contas da empresa, essencial para sua defesa.

A nomeação de um executivo provisório para gerir a Laboratório Fantasma foi sugerida como uma solução temporária, mas ainda não há consenso sobre essa medida. O desenrolar do caso promete manter a atenção do público e da mídia, com implicações que vão além das finanças e tocam a história de uma família e de um império cultural.

Curiosidades sobre a Laboratório Fantasma

A trajetória da empresa fundada por Emicida e Fióti é repleta de marcos que ajudam a entender seu impacto:

  • Foi criada em 2009 como uma produtora independente na periferia de São Paulo.
  • Em 2016, a LAB estreou na São Paulo Fashion Week, um marco para a moda negra brasileira.
  • Além de Emicida, gerenciou artistas como Rael e Drik Barbosa, ampliando seu alcance no rap.
  • A empresa chegou a faturar milhões com música, moda e eventos culturais ao longo dos anos.
  • Hoje, enfrenta o maior desafio de sua história com a saída de um de seus fundadores.

O futuro incerto da parceria

Após 16 anos de colaboração, o fim da parceria entre Emicida e Fióti deixa mais perguntas do que respostas. A Laboratório Fantasma, que já foi sinônimo de inovação e resistência, agora precisa se reinventar em meio a uma crise de liderança. Enquanto Emicida segue como o principal nome da empresa, Fióti planeja investir em sua carreira musical, um caminho que pode levá-lo a competir no mesmo mercado que ajudou a construir.

A disputa financeira, com seus R$ 6 milhões em jogo, é apenas a ponta do iceberg. Por trás dos números, há uma história de ambição, sucesso e desentendimentos que reflete os desafios de manter um negócio familiar em ascensão. O apoio de Dona Jacira a Fióti e o silêncio de outros familiares, como o pai dos irmãos, adicionam camadas de complexidade ao drama.

Para os fãs, resta acompanhar os próximos capítulos. Seja na Justiça ou em uma reconciliação, o desfecho dessa história terá ecos na música, na moda e na cultura brasileira. Por enquanto, a Laboratório Fantasma segue como um gigante ferido, à espera de um novo rumo.



Leave a Reply

Your email address will not be published. Required fields are marked *