A antecipação do 13º salário para aposentados, pensionistas e beneficiários de auxílios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) já está confirmada para 2025, trazendo alívio financeiro a milhões de brasileiros. Diferente do que muitos imaginam, nem todos terão o valor depositado em abril. O calendário de pagamentos, que segue um modelo escalonado, prioriza quem ganha até um salário mínimo, enquanto os segurados com benefícios acima desse valor terão de esperar até maio para receber a primeira parcela. Ao todo, mais de 34 milhões de pessoas serão contempladas, com uma injeção de R$ 73,3 bilhões na economia nacional. A medida, assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mantém uma prática adotada nos últimos anos para estimular o consumo e oferecer suporte aos segurados em um período de desafios econômicos.
O processo de pagamento será dividido em duas etapas, como já é tradicional. A primeira parcela, equivalente a 50% do valor do benefício, estará disponível entre 24 de abril e 8 de maio, enquanto a segunda, que pode incluir descontos como Imposto de Renda para quem é obrigado a pagar, será liberada entre 26 de maio e 6 de junho. Esse escalonamento leva em conta o número final do cartão de benefício, desconsiderando o dígito verificador após o traço, conhecido como Número de Inscrição Social (NIS). A estratégia ajuda a organizar a distribuição dos recursos, evitando problemas nos sistemas bancários e garantindo que o dinheiro chegue de forma ordenada aos beneficiários.
Para os segurados que recebem até um salário mínimo, fixado em R$ 1.518 em 2025, o pagamento da primeira parcela começa no dia 24 de abril. Já aqueles que têm benefícios superiores a esse valor terão os depósitos iniciados em 2 de maio. A diferença nas datas reflete uma logística que prioriza os aposentados e pensionistas de menor renda, grupo que representa cerca de 70,5% dos segurados do INSS, ou seja, aproximadamente 28,68 milhões de pessoas. Enquanto isso, os 11,98 milhões que recebem acima do piso terão um cronograma ajustado para os primeiros dias do mês seguinte, garantindo que todos sejam atendidos dentro do prazo estipulado.
Quem recebe o 13º do INSS e quando?
O direito ao 13º salário abrange uma ampla gama de beneficiários do INSS, mas nem todos os segurados estão incluídos. Aposentados, pensionistas e quem recebe auxílios como por incapacidade temporária, acidente ou reclusão têm o benefício garantido. No entanto, quem começou a receber após janeiro de 2025 ou tem benefícios temporários terá o valor calculado proporcionalmente ao tempo de recebimento. Por exemplo, um segurado que passou a ser aposentado em julho receberá metade do 13º, enquanto quem já estava no sistema desde o início do ano terá o montante integral.
Já os beneficiários do Benefício de Prestação Continuada (BPC), pago a idosos acima de 65 anos e pessoas com deficiência de baixa renda, não têm direito ao 13º. O mesmo vale para quem recebe a Renda Mensal Vitalícia (RMV), programas considerados assistenciais e não previdenciários. Essa distinção é importante, pois muitos confundem os benefícios e acabam esperando um pagamento que não virá. No total, o INSS atende mais de 40 milhões de pessoas mensalmente, mas apenas os 34,2 milhões enquadrados nas categorias previdenciárias receberão o abono anual.
A antecipação do 13º, que começou como medida emergencial durante a pandemia de Covid-19 em 2020, tornou-se uma política recorrente. Nos últimos seis anos, o governo federal optou por liberar as parcelas no primeiro semestre, geralmente entre abril e junho, para aquecer a economia e atender às demandas dos segurados. Em 2025, a decisão mantém esse padrão, com o decreto presidencial publicado no início de abril, reforçando o compromisso de oferecer suporte financeiro antes das datas tradicionais de agosto e dezembro.
Calendário detalhado dos pagamentos
Saber exatamente quando o dinheiro estará na conta é essencial para o planejamento financeiro dos beneficiários. O INSS organiza os depósitos com base no valor do benefício e no número final do NIS. Confira como funciona:
- Para quem ganha até um salário mínimo (R$ 1.518):
- Final 1: 24 de abril
- Final 2: 25 de abril
- Final 3: 28 de abril
- Final 4: 29 de abril
- Final 5: 30 de abril
- Final 6: 2 de maio
- Final 7: 5 de maio
- Final 8: 6 de maio
- Final 9: 7 de maio
- Final 0: 8 de maio
- Para quem ganha acima do salário mínimo:
- Finais 1 e 6: 2 de maio
- Finais 2 e 7: 5 de maio
- Finais 3 e 8: 6 de maio
- Finais 4 e 9: 7 de maio
- Finais 5 e 0: 8 de maio
A segunda parcela segue o mesmo escalonamento, começando em 26 de maio para os de menor renda e em 2 de junho para os de maior renda, encerrando em 6 de junho. Essa estrutura permite que os bancos processem os pagamentos sem sobrecarga, enquanto os beneficiários podem se organizar para usar o dinheiro extra em despesas como contas, compras ou até investimentos pessoais.
Impacto econômico da antecipação
A liberação de R$ 73,3 bilhões na economia brasileira com o 13º do INSS tem efeitos diretos no consumo, especialmente em cidades menores, onde os benefícios previdenciários são uma fonte significativa de renda. Comerciantes, farmacêuticos e prestadores de serviços locais já se preparam para um aumento nas vendas, principalmente em maio, quando o pagamento coincide com o Dia das Mães, uma das datas mais importantes para o varejo. Esse volume de recursos representa um estímulo considerável, ajudando a movimentar setores que dependem do poder de compra dos aposentados e pensionistas.
Diferentemente do que ocorre no mercado de trabalho formal, onde o 13º tradicionalmente é pago no final do ano, a antecipação para o primeiro semestre permite que os segurados do INSS tenham acesso ao dinheiro em um momento estratégico. Muitos aproveitam para quitar dívidas acumuladas no início do ano, como impostos e contas sazonais, ou para cobrir gastos essenciais, como medicamentos e alimentação. A medida também reduz a pressão financeira no segundo semestre, quando os beneficiários recebem apenas o valor mensal do benefício, sem extras.
Outro ponto relevante é o perfil dos beneficiários. Dos 34,2 milhões que receberão o 13º, cerca de 28,68 milhões ganham até um salário mínimo, enquanto 11,98 milhões têm renda superior, incluindo os 10,6 mil que recebem o teto previdenciário de R$ 8.157,41. Essa distribuição reflete a realidade de um sistema que atende majoritariamente pessoas de baixa renda, para quem o abono anual faz diferença significativa no orçamento familiar.
Como consultar o pagamento do 13º?
Consultar as datas e valores exatos do 13º é simples e pode ser feito por diferentes canais. O aplicativo Meu INSS, disponível para Android e iOS, é uma das opções mais práticas. Basta fazer login com CPF e senha, acessar a seção de extrato de pagamento e verificar as informações. O site oficial do INSS oferece o mesmo serviço, com a vantagem de permitir o download de comprovantes em PDF para quem precisa de registros físicos.

Para quem não tem acesso à internet ou prefere atendimento humano, o telefone 135 é uma alternativa confiável. O serviço funciona de segunda a sábado, das 7h às 22h, e exige que o beneficiário informe o CPF e responda a perguntas de segurança para evitar fraudes. Em todos os casos, o INSS recomenda que os segurados fiquem atentos a golpes, como mensagens falsas prometendo “liberação antecipada” ou pedindo dados pessoais. As informações oficiais só devem ser buscadas nos canais mencionados.
Os extratos detalhados, com os valores exatos de cada parcela, estarão disponíveis nas plataformas digitais nas próximas semanas. Para quem recebe benefícios temporários, como auxílio por incapacidade, o cálculo proporcional será informado no mesmo documento, garantindo transparência no processo.
Por que nem todos recebem em abril?
Apesar de a antecipação começar em 24 de abril, nem todos os beneficiários terão o dinheiro depositado nesse mês. A explicação está no escalonamento adotado pelo INSS, que separa os pagamentos por faixa de renda e número final do NIS. Quem ganha acima do salário mínimo, por exemplo, só verá a primeira parcela em maio, a partir do dia 2. Essa divisão é uma prática consolidada, usada tanto no 13º quanto nos pagamentos mensais regulares, para garantir eficiência na distribuição dos recursos.
Além disso, há casos específicos que alteram o cronograma. Segurados que começaram a receber o benefício após janeiro de 2025 terão o 13º proporcional, mas o depósito segue o mesmo calendário dos demais. Já quem tem benefícios temporários com término previsto antes de dezembro receberá um valor ajustado, com eventual acerto de contas caso o benefício cesse antes do esperado. Essas regras visam equilibrar os pagamentos e evitar inconsistências.
A diferenciação também reflete a logística do sistema previdenciário, que precisa atender milhões de pessoas em um curto espaço de tempo. Com mais de 40 milhões de benefícios pagos mensalmente, o INSS depende de uma estrutura robusta para processar os dados e liberar os valores sem atrasos. O escalonamento, portanto, é uma solução prática que beneficia tanto os segurados quanto as instituições envolvidas.
Benefícios para a economia local
O impacto do 13º do INSS vai além das contas bancárias dos beneficiários. Em cidades pequenas e médias, onde os aposentados e pensionistas representam uma parcela expressiva da população economicamente ativa, o dinheiro extra movimenta o comércio local de forma significativa. Lojas de roupas, supermercados e farmácias já relatam aumento nas vendas nos períodos de pagamento, especialmente quando coincidem com datas comemorativas como o Dia das Mães.
Essa injeção de R$ 73,3 bilhões também tem reflexos indiretos, como a geração de empregos temporários no varejo e o fortalecimento de pequenos negócios. Em muitas regiões, os benefícios previdenciários são a principal fonte de renda, sustentando cerca de 70% dos municípios brasileiros. A antecipação, portanto, não só alivia o bolso dos segurados, mas também funciona como um motor para a economia em escala nacional.
Para os beneficiários, o dinheiro chega em um momento crucial. Gastos com saúde, como consultas e remédios, estão entre as prioridades, especialmente para os idosos, que formam a maior parte dos segurados. Outros destinam o valor a melhorias no lar ou ao pagamento de dívidas, contribuindo para uma redução no endividamento familiar no início do ano.
Curiosidades sobre o 13º do INSS
O 13º salário do INSS tem características que nem todos conhecem. Confira alguns pontos interessantes:
- A primeira parcela, paga entre abril e maio, não tem desconto de Imposto de Renda, que só é aplicado na segunda parcela, se aplicável.
- Quem recebe salário-maternidade também tem direito ao 13º proporcional, mas o valor é pago junto com a última parcela do benefício, não no calendário geral.
- O abono anual foi antecipado pela primeira vez em 2020, durante a pandemia, e desde então se tornou uma prática regular.
- Cerca de 10,6 mil segurados recebem o teto do INSS, R$ 8.157,41, o que significa um 13º de até R$ 4.078,70 por parcela para esse grupo.
Esses detalhes mostram como o sistema previdenciário se adapta às necessidades dos beneficiários, oferecendo flexibilidade e suporte em diferentes situações.
Histórico da antecipação
A prática de antecipar o 13º do INSS não é nova. Tudo começou em 2020, quando o governo federal decidiu liberar as parcelas no primeiro semestre para mitigar os efeitos econômicos da pandemia de Covid-19. Naquele ano, os pagamentos ocorreram entre abril e maio, uma medida repetida em 2021 devido à continuidade da crise sanitária. Em 2022, ano de eleições, a antecipação foi mantida, consolidando-se como uma estratégia para aquecer a economia.
Nos anos seguintes, 2023 e 2024, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva continuou a política, com pagamentos entre abril e junho. Em 2025, a decisão de manter o cronograma reflete tanto uma demanda dos aposentados quanto um cálculo econômico. O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, foi um dos principais articuladores da medida, destacando a importância de cuidar dos segurados e garantir proteção social em um contexto de inflação e aumento do custo de vida.
Antes da pandemia, o 13º seguia o calendário tradicional, com a primeira parcela em agosto e a segunda em dezembro. A mudança para o primeiro semestre atendeu a uma reivindicação antiga dos aposentados, que buscavam maior flexibilidade para lidar com despesas ao longo do ano. Hoje, a antecipação é vista como um benefício duplo: alívio financeiro para os segurados e estímulo para a economia.
Cuidados contra golpes
Com a proximidade dos pagamentos, os beneficiários devem redobrar a atenção para evitar cair em golpes. Mensagens falsas em redes sociais e aplicativos de mensagem, prometendo “liberação antecipada” ou pedindo dados pessoais, são comuns nessa época. O INSS alerta que não entra em contato por telefone ou e-mail solicitando informações sensíveis, como senhas ou números de contas.
A recomendação é clara: todas as consultas devem ser feitas pelos canais oficiais, como o aplicativo Meu INSS, o site ou o telefone 135. Qualquer comunicação fora desses meios deve ser tratada como suspeita. Em 2024, milhares de aposentados relataram tentativas de fraude, o que reforça a necessidade de vigilância em 2025, especialmente com o volume de R$ 73,3 bilhões em circulação.
Para quem usa o telefone 135, o atendimento exige apenas o CPF e algumas perguntas de segurança, sem necessidade de compartilhar dados bancários. Já nas plataformas digitais, o login com CPF e senha é suficiente para acessar todas as informações, garantindo praticidade e proteção aos usuários.
Planejamento financeiro com o 13º
Receber o 13º no primeiro semestre exige planejamento dos beneficiários, já que o valor extra não estará disponível no final do ano. Especialistas sugerem usar a primeira parcela para despesas imediatas, como contas atrasadas ou compras essenciais, e reservar parte da segunda parcela para imprevistos ao longo dos meses seguintes. A ausência do abono em dezembro, período de gastos altos com Natal e Ano Novo, pode pegar desprevenidos quem não se organizar.
Entre os segurados de baixa renda, a tendência é que o dinheiro seja direcionado a necessidades básicas, como alimentação e saúde. Já quem recebe valores maiores, incluindo o teto previdenciário, pode optar por investimentos ou melhorias no padrão de vida. Independentemente da estratégia, a antecipação oferece uma oportunidade de ajustar as finanças em um momento em que os custos ainda estão sob controle.
A experiência dos últimos anos mostra que muitos aposentados conseguem quitar dívidas com o 13º, reduzindo o peso dos juros no orçamento. Outros preferem antecipar compras sazonais, como presentes de Dia das Mães, aproveitando promoções e evitando gastos concentrados no fim do ano. A chave, segundo especialistas, é o uso consciente do recurso.
Distribuição regional dos recursos
O volume de R$ 73,3 bilhões do 13º do INSS não será distribuído de forma homogênea pelo país. A região Sudeste, por exemplo, ficará com a maior fatia, cerca de R$ 36,2 bilhões, devido ao grande número de beneficiários em estados como São Paulo e Minas Gerais. Outras regiões, como Nordeste e Sul, também terão aportes significativos, refletindo a concentração de aposentados e pensionistas.
Essa distribuição tem impacto direto nas economias locais. Em municípios onde os benefícios do INSS são a principal fonte de renda, o dinheiro extra pode representar até 70% da movimentação financeira mensal. Pequenos comerciantes, como donos de mercados e farmácias, já contam com esse incremento para equilibrar as contas e planejar estoques.
Os dados mostram ainda que os benefícios previdenciários alcançam mais de 40 milhões de brasileiros por mês, com um valor total superior a R$ 77 bilhões. O 13º, portanto, é apenas uma parte desse sistema, mas sua antecipação amplifica os efeitos em um curto espaço de tempo, beneficiando tanto os segurados quanto os setores que dependem do consumo.
Diferenças entre parcelas
A primeira parcela do 13º, liberada entre abril e maio, tem uma característica importante: não sofre desconto de Imposto de Renda, o que garante 50% do benefício integral na conta do segurado. Já a segunda parcela, paga entre maio e junho, pode ter retenção de IR para quem está na faixa tributável, dependendo da renda total anual. Essa diferença é um ponto de atenção para quem planeja os gastos.
Outro aspecto é o cálculo proporcional. Beneficiários que começaram a receber o INSS em 2025 terão o 13º ajustado ao número de meses de benefício. Por exemplo, quem se aposentou em março receberá 10/12 do valor total, dividido em duas parcelas. Para auxílios temporários, como o por incapacidade, o montante também é proporcional ao período de recebimento, com acerto final se o benefício encerrar antes de dezembro.
Essas regras garantem equidade no pagamento, mas exigem que os segurados entendam como o valor é calculado. O extrato disponível no Meu INSS traz todos os detalhes, incluindo eventuais descontos e ajustes, facilitando o acompanhamento por parte dos beneficiários.
Expectativas para o futuro
A antecipação do 13º em 2025 reforça uma tendência que pode se tornar permanente. Desde 2020, os segurados do INSS têm se beneficiado dessa política, que alia alívio financeiro a estímulo econômico. A decisão de manter os pagamentos no primeiro semestre reflete tanto a pressão dos aposentados por maior flexibilidade quanto a estratégia do governo de injetar recursos em momentos de baixa atividade comercial.
Para os beneficiários, a medida é um respiro em um cenário de inflação persistente e aumento nos custos de vida. Com o salário mínimo ajustado para R$ 1.518 e o teto em R$ 8.157,41, o 13º representa uma oportunidade de equilibrar as contas ou investir em qualidade de vida. A continuidade dessa política, no entanto, dependerá de fatores como o Orçamento da União e as prioridades econômicas do governo nos próximos anos.
Enquanto isso, os 34,2 milhões de segurados já podem se preparar para receber o abono a partir de 24 de abril. O calendário escalonado, a consulta facilitada e o impacto na economia local mostram como o 13º do INSS vai além de um simples pagamento, influenciando a vida de milhões de brasileiros e o funcionamento de diversos setores.

A antecipação do 13º salário para aposentados, pensionistas e beneficiários de auxílios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) já está confirmada para 2025, trazendo alívio financeiro a milhões de brasileiros. Diferente do que muitos imaginam, nem todos terão o valor depositado em abril. O calendário de pagamentos, que segue um modelo escalonado, prioriza quem ganha até um salário mínimo, enquanto os segurados com benefícios acima desse valor terão de esperar até maio para receber a primeira parcela. Ao todo, mais de 34 milhões de pessoas serão contempladas, com uma injeção de R$ 73,3 bilhões na economia nacional. A medida, assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mantém uma prática adotada nos últimos anos para estimular o consumo e oferecer suporte aos segurados em um período de desafios econômicos.
O processo de pagamento será dividido em duas etapas, como já é tradicional. A primeira parcela, equivalente a 50% do valor do benefício, estará disponível entre 24 de abril e 8 de maio, enquanto a segunda, que pode incluir descontos como Imposto de Renda para quem é obrigado a pagar, será liberada entre 26 de maio e 6 de junho. Esse escalonamento leva em conta o número final do cartão de benefício, desconsiderando o dígito verificador após o traço, conhecido como Número de Inscrição Social (NIS). A estratégia ajuda a organizar a distribuição dos recursos, evitando problemas nos sistemas bancários e garantindo que o dinheiro chegue de forma ordenada aos beneficiários.
Para os segurados que recebem até um salário mínimo, fixado em R$ 1.518 em 2025, o pagamento da primeira parcela começa no dia 24 de abril. Já aqueles que têm benefícios superiores a esse valor terão os depósitos iniciados em 2 de maio. A diferença nas datas reflete uma logística que prioriza os aposentados e pensionistas de menor renda, grupo que representa cerca de 70,5% dos segurados do INSS, ou seja, aproximadamente 28,68 milhões de pessoas. Enquanto isso, os 11,98 milhões que recebem acima do piso terão um cronograma ajustado para os primeiros dias do mês seguinte, garantindo que todos sejam atendidos dentro do prazo estipulado.
Quem recebe o 13º do INSS e quando?
O direito ao 13º salário abrange uma ampla gama de beneficiários do INSS, mas nem todos os segurados estão incluídos. Aposentados, pensionistas e quem recebe auxílios como por incapacidade temporária, acidente ou reclusão têm o benefício garantido. No entanto, quem começou a receber após janeiro de 2025 ou tem benefícios temporários terá o valor calculado proporcionalmente ao tempo de recebimento. Por exemplo, um segurado que passou a ser aposentado em julho receberá metade do 13º, enquanto quem já estava no sistema desde o início do ano terá o montante integral.
Já os beneficiários do Benefício de Prestação Continuada (BPC), pago a idosos acima de 65 anos e pessoas com deficiência de baixa renda, não têm direito ao 13º. O mesmo vale para quem recebe a Renda Mensal Vitalícia (RMV), programas considerados assistenciais e não previdenciários. Essa distinção é importante, pois muitos confundem os benefícios e acabam esperando um pagamento que não virá. No total, o INSS atende mais de 40 milhões de pessoas mensalmente, mas apenas os 34,2 milhões enquadrados nas categorias previdenciárias receberão o abono anual.
A antecipação do 13º, que começou como medida emergencial durante a pandemia de Covid-19 em 2020, tornou-se uma política recorrente. Nos últimos seis anos, o governo federal optou por liberar as parcelas no primeiro semestre, geralmente entre abril e junho, para aquecer a economia e atender às demandas dos segurados. Em 2025, a decisão mantém esse padrão, com o decreto presidencial publicado no início de abril, reforçando o compromisso de oferecer suporte financeiro antes das datas tradicionais de agosto e dezembro.
Calendário detalhado dos pagamentos
Saber exatamente quando o dinheiro estará na conta é essencial para o planejamento financeiro dos beneficiários. O INSS organiza os depósitos com base no valor do benefício e no número final do NIS. Confira como funciona:
- Para quem ganha até um salário mínimo (R$ 1.518):
- Final 1: 24 de abril
- Final 2: 25 de abril
- Final 3: 28 de abril
- Final 4: 29 de abril
- Final 5: 30 de abril
- Final 6: 2 de maio
- Final 7: 5 de maio
- Final 8: 6 de maio
- Final 9: 7 de maio
- Final 0: 8 de maio
- Para quem ganha acima do salário mínimo:
- Finais 1 e 6: 2 de maio
- Finais 2 e 7: 5 de maio
- Finais 3 e 8: 6 de maio
- Finais 4 e 9: 7 de maio
- Finais 5 e 0: 8 de maio
A segunda parcela segue o mesmo escalonamento, começando em 26 de maio para os de menor renda e em 2 de junho para os de maior renda, encerrando em 6 de junho. Essa estrutura permite que os bancos processem os pagamentos sem sobrecarga, enquanto os beneficiários podem se organizar para usar o dinheiro extra em despesas como contas, compras ou até investimentos pessoais.
Impacto econômico da antecipação
A liberação de R$ 73,3 bilhões na economia brasileira com o 13º do INSS tem efeitos diretos no consumo, especialmente em cidades menores, onde os benefícios previdenciários são uma fonte significativa de renda. Comerciantes, farmacêuticos e prestadores de serviços locais já se preparam para um aumento nas vendas, principalmente em maio, quando o pagamento coincide com o Dia das Mães, uma das datas mais importantes para o varejo. Esse volume de recursos representa um estímulo considerável, ajudando a movimentar setores que dependem do poder de compra dos aposentados e pensionistas.
Diferentemente do que ocorre no mercado de trabalho formal, onde o 13º tradicionalmente é pago no final do ano, a antecipação para o primeiro semestre permite que os segurados do INSS tenham acesso ao dinheiro em um momento estratégico. Muitos aproveitam para quitar dívidas acumuladas no início do ano, como impostos e contas sazonais, ou para cobrir gastos essenciais, como medicamentos e alimentação. A medida também reduz a pressão financeira no segundo semestre, quando os beneficiários recebem apenas o valor mensal do benefício, sem extras.
Outro ponto relevante é o perfil dos beneficiários. Dos 34,2 milhões que receberão o 13º, cerca de 28,68 milhões ganham até um salário mínimo, enquanto 11,98 milhões têm renda superior, incluindo os 10,6 mil que recebem o teto previdenciário de R$ 8.157,41. Essa distribuição reflete a realidade de um sistema que atende majoritariamente pessoas de baixa renda, para quem o abono anual faz diferença significativa no orçamento familiar.
Como consultar o pagamento do 13º?
Consultar as datas e valores exatos do 13º é simples e pode ser feito por diferentes canais. O aplicativo Meu INSS, disponível para Android e iOS, é uma das opções mais práticas. Basta fazer login com CPF e senha, acessar a seção de extrato de pagamento e verificar as informações. O site oficial do INSS oferece o mesmo serviço, com a vantagem de permitir o download de comprovantes em PDF para quem precisa de registros físicos.

Para quem não tem acesso à internet ou prefere atendimento humano, o telefone 135 é uma alternativa confiável. O serviço funciona de segunda a sábado, das 7h às 22h, e exige que o beneficiário informe o CPF e responda a perguntas de segurança para evitar fraudes. Em todos os casos, o INSS recomenda que os segurados fiquem atentos a golpes, como mensagens falsas prometendo “liberação antecipada” ou pedindo dados pessoais. As informações oficiais só devem ser buscadas nos canais mencionados.
Os extratos detalhados, com os valores exatos de cada parcela, estarão disponíveis nas plataformas digitais nas próximas semanas. Para quem recebe benefícios temporários, como auxílio por incapacidade, o cálculo proporcional será informado no mesmo documento, garantindo transparência no processo.
Por que nem todos recebem em abril?
Apesar de a antecipação começar em 24 de abril, nem todos os beneficiários terão o dinheiro depositado nesse mês. A explicação está no escalonamento adotado pelo INSS, que separa os pagamentos por faixa de renda e número final do NIS. Quem ganha acima do salário mínimo, por exemplo, só verá a primeira parcela em maio, a partir do dia 2. Essa divisão é uma prática consolidada, usada tanto no 13º quanto nos pagamentos mensais regulares, para garantir eficiência na distribuição dos recursos.
Além disso, há casos específicos que alteram o cronograma. Segurados que começaram a receber o benefício após janeiro de 2025 terão o 13º proporcional, mas o depósito segue o mesmo calendário dos demais. Já quem tem benefícios temporários com término previsto antes de dezembro receberá um valor ajustado, com eventual acerto de contas caso o benefício cesse antes do esperado. Essas regras visam equilibrar os pagamentos e evitar inconsistências.
A diferenciação também reflete a logística do sistema previdenciário, que precisa atender milhões de pessoas em um curto espaço de tempo. Com mais de 40 milhões de benefícios pagos mensalmente, o INSS depende de uma estrutura robusta para processar os dados e liberar os valores sem atrasos. O escalonamento, portanto, é uma solução prática que beneficia tanto os segurados quanto as instituições envolvidas.
Benefícios para a economia local
O impacto do 13º do INSS vai além das contas bancárias dos beneficiários. Em cidades pequenas e médias, onde os aposentados e pensionistas representam uma parcela expressiva da população economicamente ativa, o dinheiro extra movimenta o comércio local de forma significativa. Lojas de roupas, supermercados e farmácias já relatam aumento nas vendas nos períodos de pagamento, especialmente quando coincidem com datas comemorativas como o Dia das Mães.
Essa injeção de R$ 73,3 bilhões também tem reflexos indiretos, como a geração de empregos temporários no varejo e o fortalecimento de pequenos negócios. Em muitas regiões, os benefícios previdenciários são a principal fonte de renda, sustentando cerca de 70% dos municípios brasileiros. A antecipação, portanto, não só alivia o bolso dos segurados, mas também funciona como um motor para a economia em escala nacional.
Para os beneficiários, o dinheiro chega em um momento crucial. Gastos com saúde, como consultas e remédios, estão entre as prioridades, especialmente para os idosos, que formam a maior parte dos segurados. Outros destinam o valor a melhorias no lar ou ao pagamento de dívidas, contribuindo para uma redução no endividamento familiar no início do ano.
Curiosidades sobre o 13º do INSS
O 13º salário do INSS tem características que nem todos conhecem. Confira alguns pontos interessantes:
- A primeira parcela, paga entre abril e maio, não tem desconto de Imposto de Renda, que só é aplicado na segunda parcela, se aplicável.
- Quem recebe salário-maternidade também tem direito ao 13º proporcional, mas o valor é pago junto com a última parcela do benefício, não no calendário geral.
- O abono anual foi antecipado pela primeira vez em 2020, durante a pandemia, e desde então se tornou uma prática regular.
- Cerca de 10,6 mil segurados recebem o teto do INSS, R$ 8.157,41, o que significa um 13º de até R$ 4.078,70 por parcela para esse grupo.
Esses detalhes mostram como o sistema previdenciário se adapta às necessidades dos beneficiários, oferecendo flexibilidade e suporte em diferentes situações.
Histórico da antecipação
A prática de antecipar o 13º do INSS não é nova. Tudo começou em 2020, quando o governo federal decidiu liberar as parcelas no primeiro semestre para mitigar os efeitos econômicos da pandemia de Covid-19. Naquele ano, os pagamentos ocorreram entre abril e maio, uma medida repetida em 2021 devido à continuidade da crise sanitária. Em 2022, ano de eleições, a antecipação foi mantida, consolidando-se como uma estratégia para aquecer a economia.
Nos anos seguintes, 2023 e 2024, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva continuou a política, com pagamentos entre abril e junho. Em 2025, a decisão de manter o cronograma reflete tanto uma demanda dos aposentados quanto um cálculo econômico. O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, foi um dos principais articuladores da medida, destacando a importância de cuidar dos segurados e garantir proteção social em um contexto de inflação e aumento do custo de vida.
Antes da pandemia, o 13º seguia o calendário tradicional, com a primeira parcela em agosto e a segunda em dezembro. A mudança para o primeiro semestre atendeu a uma reivindicação antiga dos aposentados, que buscavam maior flexibilidade para lidar com despesas ao longo do ano. Hoje, a antecipação é vista como um benefício duplo: alívio financeiro para os segurados e estímulo para a economia.
Cuidados contra golpes
Com a proximidade dos pagamentos, os beneficiários devem redobrar a atenção para evitar cair em golpes. Mensagens falsas em redes sociais e aplicativos de mensagem, prometendo “liberação antecipada” ou pedindo dados pessoais, são comuns nessa época. O INSS alerta que não entra em contato por telefone ou e-mail solicitando informações sensíveis, como senhas ou números de contas.
A recomendação é clara: todas as consultas devem ser feitas pelos canais oficiais, como o aplicativo Meu INSS, o site ou o telefone 135. Qualquer comunicação fora desses meios deve ser tratada como suspeita. Em 2024, milhares de aposentados relataram tentativas de fraude, o que reforça a necessidade de vigilância em 2025, especialmente com o volume de R$ 73,3 bilhões em circulação.
Para quem usa o telefone 135, o atendimento exige apenas o CPF e algumas perguntas de segurança, sem necessidade de compartilhar dados bancários. Já nas plataformas digitais, o login com CPF e senha é suficiente para acessar todas as informações, garantindo praticidade e proteção aos usuários.
Planejamento financeiro com o 13º
Receber o 13º no primeiro semestre exige planejamento dos beneficiários, já que o valor extra não estará disponível no final do ano. Especialistas sugerem usar a primeira parcela para despesas imediatas, como contas atrasadas ou compras essenciais, e reservar parte da segunda parcela para imprevistos ao longo dos meses seguintes. A ausência do abono em dezembro, período de gastos altos com Natal e Ano Novo, pode pegar desprevenidos quem não se organizar.
Entre os segurados de baixa renda, a tendência é que o dinheiro seja direcionado a necessidades básicas, como alimentação e saúde. Já quem recebe valores maiores, incluindo o teto previdenciário, pode optar por investimentos ou melhorias no padrão de vida. Independentemente da estratégia, a antecipação oferece uma oportunidade de ajustar as finanças em um momento em que os custos ainda estão sob controle.
A experiência dos últimos anos mostra que muitos aposentados conseguem quitar dívidas com o 13º, reduzindo o peso dos juros no orçamento. Outros preferem antecipar compras sazonais, como presentes de Dia das Mães, aproveitando promoções e evitando gastos concentrados no fim do ano. A chave, segundo especialistas, é o uso consciente do recurso.
Distribuição regional dos recursos
O volume de R$ 73,3 bilhões do 13º do INSS não será distribuído de forma homogênea pelo país. A região Sudeste, por exemplo, ficará com a maior fatia, cerca de R$ 36,2 bilhões, devido ao grande número de beneficiários em estados como São Paulo e Minas Gerais. Outras regiões, como Nordeste e Sul, também terão aportes significativos, refletindo a concentração de aposentados e pensionistas.
Essa distribuição tem impacto direto nas economias locais. Em municípios onde os benefícios do INSS são a principal fonte de renda, o dinheiro extra pode representar até 70% da movimentação financeira mensal. Pequenos comerciantes, como donos de mercados e farmácias, já contam com esse incremento para equilibrar as contas e planejar estoques.
Os dados mostram ainda que os benefícios previdenciários alcançam mais de 40 milhões de brasileiros por mês, com um valor total superior a R$ 77 bilhões. O 13º, portanto, é apenas uma parte desse sistema, mas sua antecipação amplifica os efeitos em um curto espaço de tempo, beneficiando tanto os segurados quanto os setores que dependem do consumo.
Diferenças entre parcelas
A primeira parcela do 13º, liberada entre abril e maio, tem uma característica importante: não sofre desconto de Imposto de Renda, o que garante 50% do benefício integral na conta do segurado. Já a segunda parcela, paga entre maio e junho, pode ter retenção de IR para quem está na faixa tributável, dependendo da renda total anual. Essa diferença é um ponto de atenção para quem planeja os gastos.
Outro aspecto é o cálculo proporcional. Beneficiários que começaram a receber o INSS em 2025 terão o 13º ajustado ao número de meses de benefício. Por exemplo, quem se aposentou em março receberá 10/12 do valor total, dividido em duas parcelas. Para auxílios temporários, como o por incapacidade, o montante também é proporcional ao período de recebimento, com acerto final se o benefício encerrar antes de dezembro.
Essas regras garantem equidade no pagamento, mas exigem que os segurados entendam como o valor é calculado. O extrato disponível no Meu INSS traz todos os detalhes, incluindo eventuais descontos e ajustes, facilitando o acompanhamento por parte dos beneficiários.
Expectativas para o futuro
A antecipação do 13º em 2025 reforça uma tendência que pode se tornar permanente. Desde 2020, os segurados do INSS têm se beneficiado dessa política, que alia alívio financeiro a estímulo econômico. A decisão de manter os pagamentos no primeiro semestre reflete tanto a pressão dos aposentados por maior flexibilidade quanto a estratégia do governo de injetar recursos em momentos de baixa atividade comercial.
Para os beneficiários, a medida é um respiro em um cenário de inflação persistente e aumento nos custos de vida. Com o salário mínimo ajustado para R$ 1.518 e o teto em R$ 8.157,41, o 13º representa uma oportunidade de equilibrar as contas ou investir em qualidade de vida. A continuidade dessa política, no entanto, dependerá de fatores como o Orçamento da União e as prioridades econômicas do governo nos próximos anos.
Enquanto isso, os 34,2 milhões de segurados já podem se preparar para receber o abono a partir de 24 de abril. O calendário escalonado, a consulta facilitada e o impacto na economia local mostram como o 13º do INSS vai além de um simples pagamento, influenciando a vida de milhões de brasileiros e o funcionamento de diversos setores.
