34 milhões recebem 1ª parcela; saiba as datas

Aposentados, pensionistas e beneficiários de auxílios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) terão um alívio financeiro neste mês com o pagamento antecipado da primeira parcela do 13º salário. Anunciada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a medida vai alcançar cerca de 34 milhões de brasileiros, injetando R$ 73,3 bilhões na economia entre abril e maio de 2025. O decreto que oficializa a liberação foi publicado no Diário Oficial da União em 4 de abril, confirmando as datas de depósito da primeira metade entre 24 de abril e 8 de maio. A iniciativa, que ocorre pelo sexto ano consecutivo, visa estimular o consumo e oferecer suporte a milhões de famílias em um período de desafios econômicos. O calendário prioriza quem ganha até um salário-mínimo, enquanto a segunda parcela está programada para o fim de maio e início de junho.

Cerca de 70,5% dos beneficiários, ou 28,68 milhões de pessoas, recebem até R$ 1.518 por mês, valor correspondente ao piso nacional em 2025. Esses segurados terão os depósitos creditados primeiro, seguindo o número final do cartão de benefício. Já os 11,98 milhões que ganham acima desse valor, incluindo os 10,6 mil que recebem o teto previdenciário de R$ 8.157,41, terão os pagamentos escalonados a partir de maio. O INSS também alerta para a circulação de notícias falsas sobre um suposto 14º salário, esclarecendo que não há previsão para tal benefício e recomendando que os segurados busquem informações apenas em canais oficiais.

Consultar as datas e valores é simples, seja pelo site ou aplicativo Meu INSS, com login via CPF e senha, ou pela Central 135, que atende de segunda a sábado. O processo de pagamento segue um cronograma bem definido, e os beneficiários podem conferir os detalhes do depósito pelo extrato disponível online. A antecipação do 13º, que tradicionalmente ocorre no segundo semestre, reflete uma estratégia do governo para aquecer a economia no primeiro quadrimestre, beneficiando diretamente aposentados, pensionistas e outros segurados em todo o país.

Calendário oficial de pagamentos

O cronograma do 13º salário do INSS é organizado com base no número final do cartão de benefício, desconsiderando o dígito verificador após o traço. Para quem recebe até um salário-mínimo, os depósitos da primeira parcela começam em 24 de abril e vão até 30 de abril, enquanto a segunda parcela será paga entre 26 de maio e 30 de maio. Já os beneficiários com renda acima do piso nacional recebem a primeira metade entre 2 e 8 de maio, e a segunda entre 2 e 6 de junho.

Determinar o dia exato do pagamento é fácil. Por exemplo, um cartão com final 3 (como 999.999.993-9) terá o depósito da primeira parcela em 28 de abril, se o benefício for de até R$ 1.518, ou em 5 de maio, se ultrapassar esse valor. O INSS processa os pagamentos em dias úteis, garantindo que os valores estejam disponíveis nas contas bancárias ou nas agências da Caixa Econômica Federal, onde muitos aposentados recebem.

Abaixo, os principais marcos do calendário:

• 24 a 30 de abril: 1ª parcela para quem ganha até R$ 1.518.
• 2 a 8 de maio: 1ª parcela para quem recebe acima de R$ 1.518.
• 26 a 30 de maio: 2ª parcela para quem ganha até R$ 1.518.
• 2 a 6 de junho: 2ª parcela para quem recebe acima de R$ 1.518.

Quem tem direito ao benefício

O 13º salário do INSS abrange um grupo amplo de segurados. São 23,71 milhões de aposentados, 8,51 milhões de pensionistas, 1,95 milhão de beneficiários de auxílios (como auxílio-doença e acidente) e 84,17 mil contemplados por outros programas previdenciários. Dados de fevereiro mostram que, do total de 34 milhões de beneficiários, a maioria depende do valor como principal fonte de renda, especialmente entre os que recebem o piso nacional.

Receber o 13º exige apenas que o segurado estivesse ativo no sistema do INSS até o início do ano. Quem começou a receber benefícios após janeiro de 2025 terá o valor proporcional ao número de meses de contribuição. Por exemplo, um aposentado que passou a receber o benefício em março terá direito a 10/12 do 13º, calculado sobre o valor mensal de seu pagamento.

Aposentados e pensionistas representam a maior fatia dos contemplados, mas os auxílios temporários, como o auxílio-doença, também entram na lista. Já trabalhadores com carteira assinada ou beneficiários de programas sociais como o Bolsa Família não estão incluídos, pois o 13º do INSS é exclusivo para segurados da Previdência Social.

Impacto econômico da antecipação

Injetar R$ 73,3 bilhões na economia em um curto espaço de tempo tem efeitos diretos no comércio e nos serviços. A antecipação do 13º do INSS, que começou em 2020 como resposta à pandemia, tornou-se uma política recorrente para estimular o consumo no primeiro semestre. Em 2024, o pagamento movimentou R$ 68 bilhões, e a projeção para 2025 reflete o aumento no número de beneficiários e a correção do salário-mínimo.

Pequenos negócios, como supermercados e farmácias, sentem o impacto mais rápido, já que muitos segurados usam o dinheiro extra para despesas essenciais. Em cidades menores, onde o INSS é uma das principais fontes de renda, o efeito é ainda mais pronunciado, ajudando a girar a economia local. Economistas apontam que cada real pago gera um impacto multiplicador de até R$ 1,50 em circulação, beneficiando desde lojistas até prestadores de serviços.

A medida também alivia o orçamento de milhões de famílias. Com a inflação acumulada pressionando o custo de vida, o adiantamento permite quitar dívidas ou antecipar compras, oferecendo fôlego financeiro antes do segundo semestre, quando gastos como impostos e matrículas escolares costumam pesar.

Como consultar o pagamento

Verificar os detalhes do 13º é um processo simples e acessível. Pelo site ou aplicativo Meu INSS, o segurado faz login com CPF e senha, acessa o menu “Extrato de Contribuição” e baixa o documento em PDF. O extrato mostra o valor exato da parcela, a data de depósito e eventuais descontos, como Imposto de Renda para quem recebe acima de R$ 2.287,62 mensais.

Para quem prefere o atendimento telefônico, a Central 135 funciona de segunda a sábado, das 7h às 22h. Basta informar o CPF e responder a perguntas de segurança para confirmar a identidade. O serviço é gratuito de telefones fixos e tem custo de ligação local para celulares, sendo uma opção prática para quem não usa a internet.

Ambos os canais permitem acompanhar o pagamento em tempo real, evitando idas desnecessárias a agências bancárias. O INSS recomenda que os segurados evitem aglomerações e priorizem os meios digitais, especialmente em datas próximas ao depósito, quando o movimento nas filas aumenta.

Alerta contra notícias falsas

Informações incorretas sobre um suposto 14º salário têm circulado em redes sociais e aplicativos de mensagens. O INSS esclarece que não há qualquer previsão para esse pagamento extra em 2025, e que tais boatos são falsos. A proposta de um 14º salário já foi discutida no Congresso em anos anteriores, mas nunca saiu do papel, e o governo reforça que apenas o 13º está garantido.

Essas fake news geram confusão entre os beneficiários, que muitas vezes acreditam em promessas de depósitos adicionais no fim do ano. Para evitar golpes, o INSS orienta que os segurados confiram informações apenas em canais oficiais, como o site do instituto, o aplicativo Meu INSS ou a Central 135. Desconfiar de mensagens em grupos ou vídeos sensacionalistas é essencial para não cair em fraudes.

A disseminação de boatos também sobrecarrega os canais de atendimento, com milhares de ligações de pessoas buscando esclarecimentos. O instituto intensificou campanhas para desmentir os rumores, destacando que qualquer novidade sobre benefícios será anunciada oficialmente.

Histórico da antecipação do 13º

A prática de antecipar o 13º salário do INSS começou em 2020, durante a pandemia de Covid-19, como forma de socorrer aposentados e pensionistas em um momento de crise. Naquele ano, os pagamentos foram feitos em abril e maio, injetando R$ 47 bilhões na economia. O sucesso da medida levou à sua repetição em 2021, 2022, 2023 e 2024, sempre com valores crescentes devido à expansão do número de beneficiários e à correção dos benefícios.

Em 2025, a antecipação chega ao sexto ano consecutivo, consolidando-se como uma política fixa do governo Lula. A decisão é tomada por decreto presidencial, geralmente publicado no início do ano, e reflete tanto a necessidade econômica quanto a pressão de entidades representativas de aposentados. Em 2006, o 13º foi instituído como lei, mas sua antecipação depende de aval anual do Executivo.

O volume de recursos liberados cresceu ao longo dos anos. Em 2023, foram R$ 62 bilhões, e em 2024, R$ 68 bilhões, mostrando um aumento constante no impacto financeiro da medida. Para 2025, os R$ 73,3 bilhões representam o maior montante já pago, beneficiando diretamente 34 milhões de segurados.

Perfil dos beneficiários

Os 34 milhões de contemplados pelo 13º formam um grupo diversificado. A maior parte, 23,71 milhões, são aposentados por idade ou tempo de contribuição, muitos dos quais dependem exclusivamente do INSS para sobreviver. Outros 8,51 milhões são pensionistas, geralmente viúvos ou dependentes de segurados falecidos, enquanto 1,95 milhão recebem auxílios temporários, como o auxílio-doença, que também têm direito ao benefício proporcional.

Entre os que ganham até um salário-mínimo, predominam idosos acima de 60 anos e trabalhadores rurais, que representam cerca de 30% dos beneficiários do INSS. Já entre os que recebem acima do piso, estão profissionais que contribuíram por mais tempo ou com salários maiores, como servidores públicos aposentados e trabalhadores urbanos de alta renda. Os 10,6 mil que atingem o teto de R$ 8.157,41 são uma minoria, mas recebem parcelas significativas do 13º.

A divisão reflete a desigualdade no sistema previdenciário. Enquanto 70,5% dos segurados vivem com até R$ 1.518, os 29,5% restantes têm benefícios que variam entre o piso e o teto, impactando diretamente o valor recebido no 13º. Essa distribuição também influencia o consumo, com os de menor renda gastando mais em itens básicos e os de maior renda aplicando o extra em bens duráveis ou poupança.

Benefícios para a economia local

Cidades pequenas e médias sentem o efeito do 13º do INSS de forma mais intensa. Em municípios onde o benefício é a principal fonte de renda, como nas regiões Norte e Nordeste, o pagamento antecipado aquece o comércio local logo após o depósito. Lojistas de gêneros alimentícios, vestuário e eletrodomésticos relatam aumento nas vendas, especialmente entre abril e maio, quando a primeira parcela é liberada.

Em áreas urbanas, o impacto se dilui, mas ainda é significativo. Grandes redes de supermercados e farmácias ajustam estoques para atender à demanda extra, enquanto o setor de serviços, como salões de beleza e oficinas mecânicas, também registra movimento maior. Em 2024, o comércio varejista cresceu 3,2% no primeiro semestre, um salto atribuído em parte à antecipação do 13º.

O dinheiro circula rapidamente, beneficiando trabalhadores informais e autônomos que dependem desse fluxo. Em estados como Minas Gerais e Bahia, onde o número de beneficiários é elevado, prefeituras locais também aproveitam o momento para organizar feiras e eventos, ampliando o alcance econômico do pagamento.

Regras do pagamento do 13º

O 13º salário do INSS é pago em duas parcelas, cada uma correspondendo a 50% do valor do benefício mensal. Para quem recebe R$ 1.518, a primeira parcela será de R$ 759, depositada sem descontos. Já a segunda parcela, paga em maio ou junho, pode ter deduções de Imposto de Renda, dependendo da renda total do segurado. Beneficiários com até R$ 2.287,62 mensais são isentos, enquanto os acima disso têm alíquotas progressivas.

Segurados que recebem proporcionalmente, como os que começaram o benefício em 2025, têm o cálculo ajustado. Um aposentado com benefício de R$ 2.000 iniciado em abril receberá R$ 833,33 no total, divididos em duas parcelas de R$ 416,66. O INSS faz os ajustes automaticamente, e o valor aparece no extrato disponível no Meu INSS.

Auxílios temporários seguem a mesma lógica. Um trabalhador em auxílio-doença desde janeiro, com benefício de R$ 1.518, receberá as duas parcelas integrais de R$ 759. Já os que estão em benefícios por incapacidade parcial têm o valor proporcional ao período ativo no ano.

Canais de atendimento do INSS

O INSS oferece múltiplas opções para os segurados acompanharem o 13º. O aplicativo Meu INSS, disponível para Android e iOS, é o mais prático, permitindo acesso ao extrato, agendamento de perícias e consulta a datas de pagamento. O login exige apenas CPF e senha, e o sistema é atualizado em tempo real com os depósitos.

Pela Central 135, o atendimento é personalizado. Operadores confirmam informações como o número do benefício, o valor do 13º e o dia exato do crédito, além de esclarecer dúvidas sobre descontos ou proporcionalidade. O serviço funciona em horário comercial, mas pode ter filas de espera em dias de pico, como nas vésperas dos pagamentos.

Agências físicas também estão disponíveis, mas o INSS recomenda o uso apenas em casos de necessidade, como perda de documentos ou problemas não resolvidos pelos canais digitais. A prioridade é reduzir o atendimento presencial, facilitando o acesso para os 34 milhões de beneficiários espalhados pelo país.

Combate a fraudes e golpes

A antecipação do 13º aumenta o risco de golpes contra aposentados e pensionistas. Criminosos aproveitam o período para enviar mensagens falsas prometendo valores extras ou solicitando dados pessoais. O INSS alerta que não entra em contato por telefone ou WhatsApp pedindo informações como senhas ou números de conta, e que qualquer comunicação oficial ocorre pelos canais próprios.

Em 2024, mais de 15 mil denúncias de fraudes relacionadas a benefícios foram registradas, muitas delas ligadas a promessas de pagamentos fictícios. Os idosos são os principais alvos, e o instituto orienta que qualquer suspeita seja reportada à Ouvidoria pelo telefone 135 ou ao site oficial. Verificar o extrato regularmente ajuda a identificar movimentações estranhas.

Bancos e a Polícia Federal também atuam para coibir essas práticas. Campanhas educativas reforçam que o 13º é depositado automaticamente, sem necessidade de cadastro ou pagamento de taxas, protegendo os segurados de abordagens fraudulentas.

Efeitos sociais do pagamento

Além do impacto econômico, o 13º do INSS tem reflexos sociais importantes. Para muitas famílias, o valor extra significa a diferença entre pagar contas atrasadas ou garantir o básico, como remédios e alimentos. Em comunidades carentes, o benefício sustenta não só os segurados, mas também filhos e netos que dependem dessa renda.

Organizações de apoio a idosos relatam que a antecipação reduz a vulnerabilidade de aposentados no primeiro semestre, quando despesas como IPTU e material escolar pressionam o orçamento. Em 2023, cerca de 40% dos beneficiários usaram o 13º para quitar dívidas, enquanto 25% aplicaram em saúde, segundo dados de pesquisas nacionais.

O pagamento também fortalece o vínculo entre o governo e os segurados, que veem na antecipação uma resposta às suas necessidades. Em ano eleitoral, como 2026 se aproxima, a medida ganha peso político, mas seu alcance vai além, atendendo a uma demanda real de milhões de brasileiros.

Detalhes do cronograma de maio e junho

A segunda parcela do 13º segue um calendário próprio, começando em 26 de maio para quem ganha até R$ 1.518 e em 2 de junho para quem recebe acima disso. Veja as datas completas para o final 3:

• 28 de maio: 2ª parcela para benefícios até R$ 1.518.
• 5 de junho: 2ª parcela para benefícios acima de R$ 1.518.

Os depósitos ocorrem em dias úteis, e o INSS ajusta o cronograma para evitar feriados, garantindo que todos recebam dentro do prazo. A diferença entre as parcelas é que a segunda pode incluir descontos, enquanto a primeira é paga integralmente, exceto em casos de proporcionalidade.

O escalonamento evita sobrecarga no sistema bancário e facilita o atendimento nas agências. Quem saca em lotéricas ou caixas eletrônicos deve ficar atento às datas, já que o movimento costuma aumentar no fim de cada mês.

Distribuição regional dos beneficiários

São Paulo lidera o número de beneficiários do 13º, com cerca de 6,5 milhões de segurados, seguido por Minas Gerais (3,8 milhões) e Rio de Janeiro (2,9 milhões). No Nordeste, Bahia e Pernambuco somam juntos mais de 4 milhões, enquanto o Sul tem Rio Grande do Sul como destaque, com 2,1 milhões. A região Norte, com menos aposentados, registra 1,2 milhão de contemplados.

Essa distribuição reflete a densidade populacional e o perfil etário de cada estado. Regiões com mais idosos, como o Sudeste, concentram maior número de aposentadorias, enquanto o Nordeste tem forte presença de benefícios rurais. O Centro-Oeste, com 1,8 milhão de beneficiários, tem crescimento impulsionado pela migração de aposentados para cidades como Goiânia e Brasília.

O impacto econômico varia conforme a região. No Norte e Nordeste, o 13º representa até 10% do PIB de alguns municípios, enquanto no Sudeste o efeito é mais diluído, mas ainda essencial para o varejo e os serviços.