Breaking
19 Apr 2025, Sat

Acidente fatal na BR-153 mata piloto Eduardo Imamura e Bento, de 7 anos

Eduardo Imamura e Filho Bento de 7 anos


Um grave acidente na Rodovia Transbrasiliana (BR-153), em Marília, interior de São Paulo, chocou a região ao vitimar o piloto de Fórmula 1600 Eduardo Imamura, de 35 anos, e seu filho Bento Imamura, de apenas 7 anos. A colisão frontal entre a caminhonete dirigida por Eduardo e um caminhão ocorreu na tarde de sábado, dia 5 de abril, no quilômetro 218 da rodovia. O piloto morreu no local, enquanto Bento lutou por três dias no Hospital das Clínicas de Marília, vindo a falecer na madrugada de terça-feira, dia 8. A tragédia, registrada por uma câmera na cabine do caminhão, abalou amigos, familiares e a comunidade do automobilismo, que perderam um talento nas pistas e uma criança cheia de vida. Além deles, a esposa de Eduardo, Aline, e outro passageiro estavam no veículo, mas sofreram ferimentos leves e seguem sob cuidados médicos. A Polícia Rodoviária Federal investiga as causas do acidente, que deixou a caminhonete completamente destruída após o impacto.

A família Imamura vivia um momento de celebração dias antes da tragédia. Bento havia completado 7 anos em 2 de abril, e uma postagem nas redes sociais de Eduardo, transformando uma foto do casal com o filho em desenho, foi o último registro público antes do acidente. A morte do menino foi anunciada no Instagram oficial do piloto com uma mensagem emocionante: “Ele lutou bravamente esses últimos dias, mas agora descansa nos braços de Deus, ao lado do seu querido pai, Eduardo. Que encontrem juntos a paz eterna”. O velório de Bento está marcado para começar às 12h desta terça-feira, no Velório da Saudade, em Marília, com o sepultamento previsto para as 17h no Cemitério da Saudade, mesmo local onde Eduardo foi enterrado no domingo, dia 6.

O caso gerou comoção em todo o país, com homenagens de colegas de pista e fãs do automobilismo. Eduardo, que competiu pela equipe San Race nas temporadas de 2023 e 2024, era reconhecido por sua dedicação e paixão nas corridas de Fórmula 1600. João Guimarães, também piloto da categoria, lamentou a perda de “um amigo querido” cuja ausência será sentida em Interlagos e em todas as pistas onde brilhou. A equipe San Race expressou solidariedade à família, destacando o vazio deixado por Eduardo. A tragédia eleva para 11 o número de mortes no trânsito de Marília em 2025, reacendendo debates sobre a segurança na BR-153, uma rodovia de pista simples conhecida por acidentes graves.

Detalhes do acidente na BR-153

O acidente que tirou as vidas de Eduardo e Bento Imamura aconteceu por volta das 15h30 de sábado, na altura do quilômetro 218 da BR-153, entre Marília e Lins. Eduardo dirigia uma caminhonete Volkswagen Amarok no sentido Marília quando, por motivos ainda sob investigação, invadiu a pista contrária e colidiu de frente com um caminhão que seguia no sentido oposto. As imagens captadas pela câmera do caminhão mostram o momento exato da batida, com a Amarok desviando levemente para a esquerda antes do impacto devastador.

  • Local: quilômetro 218 da BR-153, Marília (SP)
  • Horário: aproximadamente 15h30, sábado, 5 de abril
  • Veículos: caminhonete Volkswagen Amarok e caminhão de carga
  • Resultado: dois mortos (Eduardo e Bento), dois feridos leves

A força da colisão foi tão intensa que a caminhonete tombou e foi arrastada por cerca de 70 metros, saindo da pista e ficando irreconhecível. O caminhoneiro acionou os freios e colidiu com um barranco, parando no acostamento, mas saiu ileso. O Corpo de Bombeiros tentou reanimar Eduardo no local, mas ele não resistiu aos ferimentos. Bento foi socorrido em estado grave e transferido do Hospital das Clínicas para a Santa Casa de Misericórdia de Marília, onde permaneceu internado até seu falecimento.

Quem era Eduardo Imamura

Eduardo Imamura, de 35 anos, era um nome conhecido no automobilismo brasileiro, especialmente na Fórmula 1600, categoria em que todos os carros têm o mesmo padrão de motor, destacando a habilidade e estratégia dos pilotos. Nascido em Marília, ele começou sua trajetória nas pistas em 2018, quando teve a primeira experiência com kart e foi convidado por Cristiano Denardi para uma prova. Em 2020, migrou para a Fórmula 1600, onde acumulou conquistas notáveis: vice-campeão paulista em 2020, campeão paulista em 2021 e vencedor da Copa do Brasil em 2023.

Apaixonado por velocidade desde criança, Eduardo também tinha experiência no motocross antes de se dedicar aos monopostos. Sua estreia em Interlagos, em 2018, foi marcada por dois pódios, um feito raro para um novato na Fórmula Vee, como a categoria era chamada à época. Ele competiu pela equipe San Race nas últimas duas temporadas, deixando um legado de talento e carisma. Nas redes sociais, se apresentava com a frase “trabalho, corrida e família”, refletindo suas prioridades. A última etapa que disputou foi um marco em sua carreira, e ele planejava competir novamente em breve.

Bento Imamura e a luta pela vida

Bento Torres Imamura, de apenas 7 anos, era o filho único de Eduardo e Aline Imamura. Nascido em 2 de abril de 2018, ele completara o aniversário poucos dias antes do acidente. Após a colisão, foi levado em estado crítico ao Hospital das Clínicas de Marília, onde passou por procedimentos de emergência. No sábado, foi transferido para a Santa Casa de Misericórdia, mas seu quadro permaneceu gravíssimo, com múltiplas lesões internas causadas pelo impacto.

A equipe médica lutou por sua vida durante três dias, enquanto familiares e amigos organizaram correntes de oração nas redes sociais. Uma publicação no Instagram de Eduardo, feita após sua morte, pedia apoio para a recuperação do menino, que “lutou bravamente” até a madrugada de terça-feira, quando seu falecimento foi confirmado. A perda de Bento, poucos dias após a de seu pai, intensificou a dor de Aline e de toda a comunidade que acompanhava o caso.

A família no momento da tragédia

Além de Eduardo e Bento, a caminhonete Amarok levava Aline Imamura, esposa do piloto, de 38 anos, e um passageiro de 25 anos, cuja identidade não foi divulgada. Aline sofreu ferimentos leves e foi atendida no Hospital das Clínicas, recebendo alta em seguida. O outro ocupante também teve lesões leves e segue em observação, mas sem risco de vida. A família viajava junta, possivelmente retornando de um compromisso, quando o acidente mudou suas vidas para sempre.

Aline, que agora enfrenta a perda do marido e do filho, tem recebido apoio de amigos e familiares. A última postagem de Eduardo antes do acidente, um desenho estilizado da família, foi feita horas antes da viagem, simbolizando a união do casal e de Bento. A tragédia abalou não apenas os亲人 próximos, mas toda a cidade de Marília, onde os Imamura eram conhecidos e queridos.

Repercussão no automobilismo

A morte de Eduardo Imamura deixou o automobilismo brasileiro em luto. Pilotos, equipes e fãs usaram as redes sociais para expressar tristeza e prestar homenagens. João Guimarães, colega de Fórmula 1600, destacou a perda de um talento e amigo, lembrando o impacto de Eduardo nas pistas, especialmente em Interlagos, onde fez história como novato. “Sua paixão pelo automobilismo brilhou em todos os lugares”, escreveu Guimarães, ecoando o sentimento de muitos.

A equipe San Race, onde Eduardo competiu em 2023 e 2024, publicou uma nota de pesar, exaltando sua dedicação e o vazio deixado por sua partida. “Sentimos muito por essa perda e deixamos toda nossa força e solidariedade à família, aos amigos e a todos que conviveram com o Edu”, diz o texto. Outros pilotos, como Levi Simões e Heitor Nogueira, também lamentaram a tragédia, destacando o legado de Imamura na Fórmula 1600, uma categoria que valoriza a perícia acima de tudo.

A Fórmula 1600, presente em 14 países, é conhecida por ser a maior categoria de monopostos do mundo, e Eduardo era um de seus expoentes no Brasil. Sua ausência nas próximas corridas será sentida, mas seu nome permanece como inspiração para novos pilotos que sonham em seguir seus passos nas pistas.

Investigação e segurança na BR-153

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) assumiu a investigação do acidente, que ainda não tem causas definidas. A principal hipótese é que a caminhonete de Eduardo invadiu a pista contrária, mas os motivos dessa manobra – distração, falha mecânica ou condições da via – estão sendo apurados. Peritos da Polícia Científica analisam os destroços da Amarok e do caminhão, enquanto o vídeo da câmera embarcada serve como peça-chave para reconstruir os últimos segundos antes da colisão.

A BR-153, também chamada Rodovia Transbrasiliana, é uma pista simples em muitos trechos, como o do acidente, o que aumenta o risco de colisões frontais. Em 2025, Marília já registrou 11 mortes no trânsito, sendo este o caso mais grave até agora. A rodovia, que corta o interior de São Paulo, tem histórico de acidentes letais, e moradores locais frequentemente cobram melhorias, como duplicação e sinalização mais eficaz. O caminhoneiro envolvido, que não se feriu, colabora com as autoridades, mas não há indícios de culpa até o momento.

Bento de 7 anos, filho de Eduardo Imamura
Bento de 7 anos, filho de Eduardo Imamura – Foto: Instagram

Homenagens e despedidas

A despedida de Eduardo Imamura aconteceu no domingo, dia 6, no Cemitério da Saudade, em Marília, com a presença de familiares, amigos e colegas do automobilismo. O velório foi marcado por homenagens emocionadas, com pedidos de oração pela recuperação de Bento, então internado. Após a morte do menino, um novo velório foi organizado para terça-feira, começando às 12h no Velório da Saudade, com sepultamento às 17h no mesmo cemitério, unindo pai e filho no descanso final.

Nas redes sociais, as homenagens se multiplicaram. Amigos compartilharam fotos de Eduardo nas pistas e com a família, enquanto fãs deixaram mensagens de apoio a Aline. “Dudu virou o anjo protetor do Bento, cuida dele e da esposa aí de cima”, escreveu uma seguidora. Outra publicação destacou: “Uma perda que ficará marcada em nossas vidas, descanse em paz”. A conta oficial da Fórmula 1600 também prestou tributo, lembrando Eduardo como “mais que um piloto”.

Contexto do acidente em Marília

Marília, cidade de cerca de 240 mil habitantes no interior paulista, foi profundamente impactada pela tragédia. O acidente na BR-153, a 90 quilômetros de Ourinhos e próximo a Lins, ocorreu em um trecho movimentado, mas sem barreiras ou divisórias, o que potencializa o perigo em ultrapassagens ou desvios. Em 2024, a região registrou 47 mortes em rodovias, e os números de 2025 já preocupam as autoridades locais.

A morte de Eduardo e Bento elevou o total de óbitos no trânsito de Marília para 11 neste ano, superando a média dos últimos meses. A prefeitura e o governo estadual enfrentam pressão para investir em infraestrutura viária, enquanto a população organiza campanhas por mais segurança. O caso também reacende o debate sobre o uso de câmeras em veículos, que, como neste acidente, ajudam a esclarecer responsabilidades e alertar sobre os riscos das estradas.

Legado de Eduardo nas pistas

Eduardo Imamura deixou uma marca indelével na Fórmula 1600. Sua estreia em Interlagos, em 2018, com dois quintos lugares, foi a melhor de um novato naquele ano, segundo a organização da categoria. Ele competiu na Copa ECPA, em Piracicaba, antes de se destacar no Campeonato Paulista, onde foi vice-campeão em 2020 e campeão em 2021. Em 2023, conquistou a Copa do Brasil, consolidando-se como um dos principais pilotos da San Race.

  • Vice-campeão Paulista: 2020
  • Campeão Paulista: 2021
  • Copa do Brasil: 2023

Apaixonado por corridas desde jovem, Eduardo encontrou no automobilismo uma forma de unir trabalho e família, sempre com o apoio de patrocinadores como a Jhonny Lee, empresa de cosméticos que o acompanhou em várias etapas. Sua trajetória inspira novos pilotos, especialmente em Marília, onde era um símbolo de determinação e sucesso nas pistas.

Apoio à família Imamura

Aline Imamura, agora viúva e sem o filho, tornou-se o foco de apoio da comunidade. Amigos e familiares organizaram redes de solidariedade, enquanto mensagens nas redes sociais pedem força para que ela enfrente esse momento de luto duplo. A equipe San Race e a Fórmula 1600 também se comprometeram a homenagear Eduardo em futuras corridas, possivelmente com minutos de silêncio ou exibição de faixas em Interlagos.

A esposa de Eduardo, que escapou com ferimentos leves, estava ao lado de Bento durante sua internação, acompanhando de perto os esforços médicos. O outro passageiro, um jovem de 25 anos, também recebe suporte, mas seu estado não inspira maiores cuidados. A tragédia uniu a cidade em torno da família, com gestos de carinho que vão desde orações até ajuda prática para os dias difíceis que virão.

Debate sobre segurança viária

A colisão na BR-153 reacendeu discussões sobre a segurança nas rodovias brasileiras, especialmente em trechos de pista simples como o de Marília. A falta de duplicação, a sinalização insuficiente e a alta circulação de caminhões são problemas recorrentes na Transbrasiliana, que corta vários estados e é vital para o transporte de cargas. Em 2023, o governo federal anunciou planos de melhorias na rodovia, mas as obras avançam lentamente, frustrando motoristas e moradores.

A câmera do caminhão, que registrou o acidente, destaca a importância de tecnologias para investigação e prevenção. Especialistas defendem que mais fiscalização e campanhas educativas poderiam reduzir o número de mortes, que no Brasil ultrapassa 30 mil por ano em rodovias. No caso de Eduardo e Bento, a análise do vídeo pode esclarecer se houve falha humana ou mecânica, mas não apaga a necessidade de mudanças estruturais na BR-153.



Um grave acidente na Rodovia Transbrasiliana (BR-153), em Marília, interior de São Paulo, chocou a região ao vitimar o piloto de Fórmula 1600 Eduardo Imamura, de 35 anos, e seu filho Bento Imamura, de apenas 7 anos. A colisão frontal entre a caminhonete dirigida por Eduardo e um caminhão ocorreu na tarde de sábado, dia 5 de abril, no quilômetro 218 da rodovia. O piloto morreu no local, enquanto Bento lutou por três dias no Hospital das Clínicas de Marília, vindo a falecer na madrugada de terça-feira, dia 8. A tragédia, registrada por uma câmera na cabine do caminhão, abalou amigos, familiares e a comunidade do automobilismo, que perderam um talento nas pistas e uma criança cheia de vida. Além deles, a esposa de Eduardo, Aline, e outro passageiro estavam no veículo, mas sofreram ferimentos leves e seguem sob cuidados médicos. A Polícia Rodoviária Federal investiga as causas do acidente, que deixou a caminhonete completamente destruída após o impacto.

A família Imamura vivia um momento de celebração dias antes da tragédia. Bento havia completado 7 anos em 2 de abril, e uma postagem nas redes sociais de Eduardo, transformando uma foto do casal com o filho em desenho, foi o último registro público antes do acidente. A morte do menino foi anunciada no Instagram oficial do piloto com uma mensagem emocionante: “Ele lutou bravamente esses últimos dias, mas agora descansa nos braços de Deus, ao lado do seu querido pai, Eduardo. Que encontrem juntos a paz eterna”. O velório de Bento está marcado para começar às 12h desta terça-feira, no Velório da Saudade, em Marília, com o sepultamento previsto para as 17h no Cemitério da Saudade, mesmo local onde Eduardo foi enterrado no domingo, dia 6.

O caso gerou comoção em todo o país, com homenagens de colegas de pista e fãs do automobilismo. Eduardo, que competiu pela equipe San Race nas temporadas de 2023 e 2024, era reconhecido por sua dedicação e paixão nas corridas de Fórmula 1600. João Guimarães, também piloto da categoria, lamentou a perda de “um amigo querido” cuja ausência será sentida em Interlagos e em todas as pistas onde brilhou. A equipe San Race expressou solidariedade à família, destacando o vazio deixado por Eduardo. A tragédia eleva para 11 o número de mortes no trânsito de Marília em 2025, reacendendo debates sobre a segurança na BR-153, uma rodovia de pista simples conhecida por acidentes graves.

Detalhes do acidente na BR-153

O acidente que tirou as vidas de Eduardo e Bento Imamura aconteceu por volta das 15h30 de sábado, na altura do quilômetro 218 da BR-153, entre Marília e Lins. Eduardo dirigia uma caminhonete Volkswagen Amarok no sentido Marília quando, por motivos ainda sob investigação, invadiu a pista contrária e colidiu de frente com um caminhão que seguia no sentido oposto. As imagens captadas pela câmera do caminhão mostram o momento exato da batida, com a Amarok desviando levemente para a esquerda antes do impacto devastador.

  • Local: quilômetro 218 da BR-153, Marília (SP)
  • Horário: aproximadamente 15h30, sábado, 5 de abril
  • Veículos: caminhonete Volkswagen Amarok e caminhão de carga
  • Resultado: dois mortos (Eduardo e Bento), dois feridos leves

A força da colisão foi tão intensa que a caminhonete tombou e foi arrastada por cerca de 70 metros, saindo da pista e ficando irreconhecível. O caminhoneiro acionou os freios e colidiu com um barranco, parando no acostamento, mas saiu ileso. O Corpo de Bombeiros tentou reanimar Eduardo no local, mas ele não resistiu aos ferimentos. Bento foi socorrido em estado grave e transferido do Hospital das Clínicas para a Santa Casa de Misericórdia de Marília, onde permaneceu internado até seu falecimento.

Quem era Eduardo Imamura

Eduardo Imamura, de 35 anos, era um nome conhecido no automobilismo brasileiro, especialmente na Fórmula 1600, categoria em que todos os carros têm o mesmo padrão de motor, destacando a habilidade e estratégia dos pilotos. Nascido em Marília, ele começou sua trajetória nas pistas em 2018, quando teve a primeira experiência com kart e foi convidado por Cristiano Denardi para uma prova. Em 2020, migrou para a Fórmula 1600, onde acumulou conquistas notáveis: vice-campeão paulista em 2020, campeão paulista em 2021 e vencedor da Copa do Brasil em 2023.

Apaixonado por velocidade desde criança, Eduardo também tinha experiência no motocross antes de se dedicar aos monopostos. Sua estreia em Interlagos, em 2018, foi marcada por dois pódios, um feito raro para um novato na Fórmula Vee, como a categoria era chamada à época. Ele competiu pela equipe San Race nas últimas duas temporadas, deixando um legado de talento e carisma. Nas redes sociais, se apresentava com a frase “trabalho, corrida e família”, refletindo suas prioridades. A última etapa que disputou foi um marco em sua carreira, e ele planejava competir novamente em breve.

Bento Imamura e a luta pela vida

Bento Torres Imamura, de apenas 7 anos, era o filho único de Eduardo e Aline Imamura. Nascido em 2 de abril de 2018, ele completara o aniversário poucos dias antes do acidente. Após a colisão, foi levado em estado crítico ao Hospital das Clínicas de Marília, onde passou por procedimentos de emergência. No sábado, foi transferido para a Santa Casa de Misericórdia, mas seu quadro permaneceu gravíssimo, com múltiplas lesões internas causadas pelo impacto.

A equipe médica lutou por sua vida durante três dias, enquanto familiares e amigos organizaram correntes de oração nas redes sociais. Uma publicação no Instagram de Eduardo, feita após sua morte, pedia apoio para a recuperação do menino, que “lutou bravamente” até a madrugada de terça-feira, quando seu falecimento foi confirmado. A perda de Bento, poucos dias após a de seu pai, intensificou a dor de Aline e de toda a comunidade que acompanhava o caso.

A família no momento da tragédia

Além de Eduardo e Bento, a caminhonete Amarok levava Aline Imamura, esposa do piloto, de 38 anos, e um passageiro de 25 anos, cuja identidade não foi divulgada. Aline sofreu ferimentos leves e foi atendida no Hospital das Clínicas, recebendo alta em seguida. O outro ocupante também teve lesões leves e segue em observação, mas sem risco de vida. A família viajava junta, possivelmente retornando de um compromisso, quando o acidente mudou suas vidas para sempre.

Aline, que agora enfrenta a perda do marido e do filho, tem recebido apoio de amigos e familiares. A última postagem de Eduardo antes do acidente, um desenho estilizado da família, foi feita horas antes da viagem, simbolizando a união do casal e de Bento. A tragédia abalou não apenas os亲人 próximos, mas toda a cidade de Marília, onde os Imamura eram conhecidos e queridos.

Repercussão no automobilismo

A morte de Eduardo Imamura deixou o automobilismo brasileiro em luto. Pilotos, equipes e fãs usaram as redes sociais para expressar tristeza e prestar homenagens. João Guimarães, colega de Fórmula 1600, destacou a perda de um talento e amigo, lembrando o impacto de Eduardo nas pistas, especialmente em Interlagos, onde fez história como novato. “Sua paixão pelo automobilismo brilhou em todos os lugares”, escreveu Guimarães, ecoando o sentimento de muitos.

A equipe San Race, onde Eduardo competiu em 2023 e 2024, publicou uma nota de pesar, exaltando sua dedicação e o vazio deixado por sua partida. “Sentimos muito por essa perda e deixamos toda nossa força e solidariedade à família, aos amigos e a todos que conviveram com o Edu”, diz o texto. Outros pilotos, como Levi Simões e Heitor Nogueira, também lamentaram a tragédia, destacando o legado de Imamura na Fórmula 1600, uma categoria que valoriza a perícia acima de tudo.

A Fórmula 1600, presente em 14 países, é conhecida por ser a maior categoria de monopostos do mundo, e Eduardo era um de seus expoentes no Brasil. Sua ausência nas próximas corridas será sentida, mas seu nome permanece como inspiração para novos pilotos que sonham em seguir seus passos nas pistas.

Investigação e segurança na BR-153

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) assumiu a investigação do acidente, que ainda não tem causas definidas. A principal hipótese é que a caminhonete de Eduardo invadiu a pista contrária, mas os motivos dessa manobra – distração, falha mecânica ou condições da via – estão sendo apurados. Peritos da Polícia Científica analisam os destroços da Amarok e do caminhão, enquanto o vídeo da câmera embarcada serve como peça-chave para reconstruir os últimos segundos antes da colisão.

A BR-153, também chamada Rodovia Transbrasiliana, é uma pista simples em muitos trechos, como o do acidente, o que aumenta o risco de colisões frontais. Em 2025, Marília já registrou 11 mortes no trânsito, sendo este o caso mais grave até agora. A rodovia, que corta o interior de São Paulo, tem histórico de acidentes letais, e moradores locais frequentemente cobram melhorias, como duplicação e sinalização mais eficaz. O caminhoneiro envolvido, que não se feriu, colabora com as autoridades, mas não há indícios de culpa até o momento.

Bento de 7 anos, filho de Eduardo Imamura
Bento de 7 anos, filho de Eduardo Imamura – Foto: Instagram

Homenagens e despedidas

A despedida de Eduardo Imamura aconteceu no domingo, dia 6, no Cemitério da Saudade, em Marília, com a presença de familiares, amigos e colegas do automobilismo. O velório foi marcado por homenagens emocionadas, com pedidos de oração pela recuperação de Bento, então internado. Após a morte do menino, um novo velório foi organizado para terça-feira, começando às 12h no Velório da Saudade, com sepultamento às 17h no mesmo cemitério, unindo pai e filho no descanso final.

Nas redes sociais, as homenagens se multiplicaram. Amigos compartilharam fotos de Eduardo nas pistas e com a família, enquanto fãs deixaram mensagens de apoio a Aline. “Dudu virou o anjo protetor do Bento, cuida dele e da esposa aí de cima”, escreveu uma seguidora. Outra publicação destacou: “Uma perda que ficará marcada em nossas vidas, descanse em paz”. A conta oficial da Fórmula 1600 também prestou tributo, lembrando Eduardo como “mais que um piloto”.

Contexto do acidente em Marília

Marília, cidade de cerca de 240 mil habitantes no interior paulista, foi profundamente impactada pela tragédia. O acidente na BR-153, a 90 quilômetros de Ourinhos e próximo a Lins, ocorreu em um trecho movimentado, mas sem barreiras ou divisórias, o que potencializa o perigo em ultrapassagens ou desvios. Em 2024, a região registrou 47 mortes em rodovias, e os números de 2025 já preocupam as autoridades locais.

A morte de Eduardo e Bento elevou o total de óbitos no trânsito de Marília para 11 neste ano, superando a média dos últimos meses. A prefeitura e o governo estadual enfrentam pressão para investir em infraestrutura viária, enquanto a população organiza campanhas por mais segurança. O caso também reacende o debate sobre o uso de câmeras em veículos, que, como neste acidente, ajudam a esclarecer responsabilidades e alertar sobre os riscos das estradas.

Legado de Eduardo nas pistas

Eduardo Imamura deixou uma marca indelével na Fórmula 1600. Sua estreia em Interlagos, em 2018, com dois quintos lugares, foi a melhor de um novato naquele ano, segundo a organização da categoria. Ele competiu na Copa ECPA, em Piracicaba, antes de se destacar no Campeonato Paulista, onde foi vice-campeão em 2020 e campeão em 2021. Em 2023, conquistou a Copa do Brasil, consolidando-se como um dos principais pilotos da San Race.

  • Vice-campeão Paulista: 2020
  • Campeão Paulista: 2021
  • Copa do Brasil: 2023

Apaixonado por corridas desde jovem, Eduardo encontrou no automobilismo uma forma de unir trabalho e família, sempre com o apoio de patrocinadores como a Jhonny Lee, empresa de cosméticos que o acompanhou em várias etapas. Sua trajetória inspira novos pilotos, especialmente em Marília, onde era um símbolo de determinação e sucesso nas pistas.

Apoio à família Imamura

Aline Imamura, agora viúva e sem o filho, tornou-se o foco de apoio da comunidade. Amigos e familiares organizaram redes de solidariedade, enquanto mensagens nas redes sociais pedem força para que ela enfrente esse momento de luto duplo. A equipe San Race e a Fórmula 1600 também se comprometeram a homenagear Eduardo em futuras corridas, possivelmente com minutos de silêncio ou exibição de faixas em Interlagos.

A esposa de Eduardo, que escapou com ferimentos leves, estava ao lado de Bento durante sua internação, acompanhando de perto os esforços médicos. O outro passageiro, um jovem de 25 anos, também recebe suporte, mas seu estado não inspira maiores cuidados. A tragédia uniu a cidade em torno da família, com gestos de carinho que vão desde orações até ajuda prática para os dias difíceis que virão.

Debate sobre segurança viária

A colisão na BR-153 reacendeu discussões sobre a segurança nas rodovias brasileiras, especialmente em trechos de pista simples como o de Marília. A falta de duplicação, a sinalização insuficiente e a alta circulação de caminhões são problemas recorrentes na Transbrasiliana, que corta vários estados e é vital para o transporte de cargas. Em 2023, o governo federal anunciou planos de melhorias na rodovia, mas as obras avançam lentamente, frustrando motoristas e moradores.

A câmera do caminhão, que registrou o acidente, destaca a importância de tecnologias para investigação e prevenção. Especialistas defendem que mais fiscalização e campanhas educativas poderiam reduzir o número de mortes, que no Brasil ultrapassa 30 mil por ano em rodovias. No caso de Eduardo e Bento, a análise do vídeo pode esclarecer se houve falha humana ou mecânica, mas não apaga a necessidade de mudanças estruturais na BR-153.



Leave a Reply

Your email address will not be published. Required fields are marked *