A Sexta-feira Santa é um dos feriados mais aguardados por milhões de brasileiros, marcando o início de um período de reflexão e celebrações religiosas. Em 2025, a data cai no dia 18 de abril, consolidando-se como um feriado nacional que interrompe a rotina de trabalho e movimenta o calendário em todo o país. Instituída oficialmente pela Lei 9.093, de 12 de setembro de 1995, essa pausa anual está diretamente ligada à Semana Santa, que neste ano ocorre entre os dias 13 e 20 de abril. Diferentemente do que muitos pensam, a Páscoa, celebrada no domingo seguinte, não é feriado, mas a Sexta-feira Santa garante um dia de descanso oficial, influenciando atividades econômicas, escolares e até o turismo interno.
Esse feriado não tem data fixa no calendário, o que gera curiosidade e planejamento antecipado entre a população. Ele é definido sempre como a sexta-feira que antecede o Domingo de Páscoa, sendo resultado de um cálculo baseado no calendário lunar. A Páscoa, por sua vez, ocorre no primeiro domingo após a primeira lua cheia do equinócio de outono no hemisfério sul, o que explica a variação anual. Em 2025, a Quaresma, período de 40 dias que prepara os fiéis para a Páscoa, termina justamente na Semana Santa, com a Sexta-feira Santa sendo o ponto alto de recolhimento para os cristãos, que lembram a crucificação de Jesus Cristo.
A relevância do feriado vai além da esfera religiosa. Bancos, repartições públicas e parte do comércio fecham as portas, enquanto o setor de serviços, como restaurantes e hotéis, registra aumento de movimento. Para quem aproveita a data para viajar ou descansar, o feriado prolongado é uma oportunidade de organizar escapadas curtas, especialmente em cidades com forte tradição religiosa, como Ouro Preto, em Minas Gerais, ou São João del-Rei, conhecidas pelas procissões marcantes. Já nas escolas, a pausa costuma se estender, com muitas instituições emendando o fim de semana.
O que acontece na Semana Santa de 2025
A Semana Santa é um período carregado de simbolismo para os cristãos, especialmente os católicos, que seguem uma sequência de ritos e celebrações ao longo de sete dias. Em 2025, tudo começa no dia 13 de abril, com o Domingo de Ramos, que marca a entrada de Jesus em Jerusalém. Nesse dia, as igrejas realizam a bênção dos ramos, geralmente feitos de palmeiras, que os fiéis levam para casa como sinal de fé. A data abre oficialmente a semana mais importante do calendário litúrgico, preparando o cenário para os eventos que culminam na Páscoa.
Entre os dias 14 e 16 de abril, segunda, terça e quarta-feira, respectivamente, a Igreja Católica promove reflexões sobre a Paixão de Cristo, embora essas datas não sejam feriados. São dias de preparação, com missas e momentos de oração que relembram os últimos passos de Jesus antes da crucificação. A Quinta-feira Santa, no dia 17 de abril, ganha destaque com a celebração da missa do Lava-pés, um ritual em que os padres lavam os pés de fiéis, simbolizando humildade e serviço, em referência ao gesto de Jesus com seus discípulos.
Já a Sexta-feira Santa, no dia 18, é o ápice da Semana Santa em termos de solenidade. Considerada feriado nacional, a data é marcada pela adoração da cruz em igrejas de todo o país, com cerimônias que relembram a morte de Cristo. Muitos fiéis participam de procissões silenciosas ou encenações da Via-Sacra, enquanto outros optam por jejum ou abstinência de carne, práticas tradicionais entre os católicos. O comércio, especialmente em cidades menores, tende a operar em horário reduzido, enquanto grandes redes varejistas mantêm as portas abertas, aproveitando o fluxo de consumidores.
- Principais eventos da Sexta-feira Santa em 2025:
- Adoração da cruz nas igrejas, geralmente às 15h, horário simbólico da morte de Jesus.
- Procissões em cidades históricas, como Tiradentes (MG) e Salvador (BA).
- Missas especiais com leituras da Paixão de Cristo.
- Redução de atividades comerciais e serviços públicos.

Impactos do feriado no cotidiano brasileiro
O feriado da Sexta-feira Santa mexe diretamente com a rotina de trabalho e o funcionamento de diversos setores no Brasil. Em 2025, com a data caindo no dia 18 de abril, uma sexta-feira, a pausa se estende automaticamente ao fim de semana, criando um feriado prolongado de três dias. Isso afeta desde o planejamento das empresas até o tráfego nas estradas, que registra aumento significativo de veículos saindo das grandes cidades rumo ao interior ou ao litoral.
Bancos e instituições financeiras suspendem o atendimento ao público, seguindo determinação do Banco Central, o que exige que a população antecipe transações como pagamentos e saques. Repartições públicas, como prefeituras e fóruns, também fecham, enquanto serviços essenciais, como hospitais e transporte público, operam em regime especial. No setor privado, a decisão de parar ou não varia: indústrias podem manter turnos reduzidos, mas lojas e supermercados em áreas urbanas frequentemente permanecem abertos, especialmente em shoppings.
O turismo é um dos grandes beneficiados. Dados históricos mostram que feriados prolongados como esse movimentam milhões de passageiros em rodoviárias e aeroportos. Em 2024, por exemplo, a Associação Brasileira das Empresas Aéreas reportou um aumento de 12% no fluxo de voos domésticos durante a Semana Santa, tendência que deve se repetir em 2025. Destinos religiosos, como Aparecida, no interior de São Paulo, e o Santuário de Nossa Senhora da Piedade, em Minas Gerais, esperam receber milhares de visitantes, atraídos tanto pela fé quanto pela programação cultural.
Por outro lado, o feriado também impacta a economia de maneira mista. Enquanto o setor de serviços, como bares e hotéis, lucra com o movimento, outras áreas, como o comércio de bens duráveis, enfrentam quedas nas vendas devido ao menor número de dias úteis. Pequenos empresários, especialmente em cidades menos turísticas, relatam dificuldades para equilibrar os custos com a paralisação parcial das atividades.
Tradições e celebrações pelo Brasil
A Sexta-feira Santa no Brasil é marcada por uma rica diversidade de tradições que misturam religiosidade, cultura popular e até gastronomia. Em cidades históricas como Ouro Preto, as ruas se enchem de fiéis acompanhando procissões que remontam ao período colonial, com imagens sacras carregadas em andores e cânticos entoados ao anoitecer. Em Salvador, a influência africana se faz presente nas celebrações, com ritmos e oferendas que dialogam com o catolicismo trazido pelos portugueses.
No interior do Nordeste, como em Caruaru, Pernambuco, encenações da Paixão de Cristo atraem multidões, muitas vezes ao ar livre, com atores locais interpretando os momentos finais da vida de Jesus. Já no Sul e Sudeste, a data é marcada por missas solenes e pelo tradicional costume de evitar carne vermelha, substituída por peixes em pratos típicos como a moqueca ou o bacalhau. Em São Paulo, a Arquidiocese organiza eventos que reúnem milhares de pessoas na Catedral da Sé, enquanto paróquias menores promovem vigílias ao longo do dia.
A força dessas tradições também se reflete nos números. Estima-se que cerca de 70% da população brasileira se identifique como cristã, segundo dados do IBGE, o que explica a relevância da Semana Santa no calendário nacional. Em 2025, com o feriado caindo em uma sexta-feira, a expectativa é que as celebrações ganhem ainda mais adesão, especialmente nas comunidades que planejam atividades ao longo de todo o fim de semana.
- Tradições regionais da Sexta-feira Santa:
- Procissões noturnas em Minas Gerais, com destaque para Ouro Preto e Congonhas.
- Encenações teatrais no Nordeste, como em Fazenda Nova (PE).
- Consumo de peixes e frutos do mar em todo o país.
- Via-Sacra ao vivo em igrejas e praças públicas.
Como o calendário da Semana Santa é definido
Determinar as datas da Semana Santa não é tarefa simples, e o processo envolve uma combinação de astronomia e tradição religiosa. A Páscoa, que fecha a semana, é celebrada no primeiro domingo após a primeira lua cheia do equinócio de outono no hemisfério sul, conhecido como “lua pascal”. Esse cálculo, adotado desde o Concílio de Niceia, em 325 d.C., faz com que a data varie entre 22 de março e 25 de abril. Em 2025, o equinócio ocorre em 20 de março, e a lua cheia seguinte aparece em 17 de abril, definindo o Domingo de Páscoa para o dia 20.
A Sexta-feira Santa, por sua vez, é fixada como o antepenúltimo dia da Semana Santa, dois dias antes da Páscoa. Esse sistema explica por que o feriado nacional não tem um dia fixo, diferentemente de datas como o Natal ou o Dia da Independência. A Quaresma, que antecede a Semana Santa, começa 46 dias antes da Páscoa, com a Quarta-feira de Cinzas marcando seu início. Em 2025, essa data caiu em 5 de março, alinhando todo o calendário litúrgico até o dia 20 de abril.
Esse método de cálculo tem raízes históricas profundas. No cristianismo primitivo, a Páscoa era celebrada em datas diferentes entre as comunidades, até que o Concílio de Niceia unificou o critério. Hoje, o resultado é um feriado móvel que exige atenção de empregadores, escolas e até do governo para ajustar agendas anualmente. Para 2025, a Semana Santa entre 13 e 20 de abril já está no radar de quem organiza eventos ou planeja atividades.
Dias da Semana Santa em detalhes
Cada dia da Semana Santa tem um significado específico dentro da tradição cristã, e em 2025 o calendário segue o mesmo padrão de anos anteriores, mas com datas ajustadas. O Domingo de Ramos, em 13 de abril, abre a semana com a celebração da chegada de Jesus a Jerusalém, simbolizada pela distribuição de ramos bentos. Nos três dias seguintes, de 14 a 16 de abril, as celebrações são mais discretas, com foco na preparação espiritual dos fiéis.
A Quinta-feira Santa, dia 17, é marcada pela missa do Lava-pés, que relembra o gesto de humildade de Jesus ao lavar os pés dos apóstolos. Em muitas paróquias, o altar é despojado ao fim da celebração, simbolizando luto pela morte iminente de Cristo. Já o Sábado de Aleluia, no dia 19, é o momento de espera pela ressurreição, com a Vigília Pascal sendo o ponto alto, geralmente realizada à noite, com leituras bíblicas que percorrem a história da salvação.
O Domingo de Páscoa, dia 20, encerra a semana com a celebração da ressurreição de Jesus, o evento central da fé cristã. Missas festivas, com cânticos e sinos, tomam conta das igrejas, enquanto famílias se reúnem para almoços que muitas vezes incluem ovos de chocolate, uma tradição secular incorporada ao feriado. Apesar de não ser feriado oficial, o domingo já faz parte do descanso semanal, o que amplifica seu impacto cultural.
- Calendário da Semana Santa 2025:
- 13/04: Domingo de Ramos – Bênção dos ramos.
- 17/04: Quinta-feira Santa – Missa do Lava-pés.
- 18/04: Sexta-feira Santa – Feriado e adoração da cruz.
- 19/04: Sábado de Aleluia – Vigília Pascal.
- 20/04: Domingo de Páscoa – Celebração da ressurreição.
Planejamento para o feriado de 18 de abril
Com a Sexta-feira Santa caindo em 18 de abril de 2025, o feriado prolongado oferece oportunidades para diversas atividades, desde viagens até momentos de introspecção. Para quem trabalha, a pausa começa na sexta e se estende até o domingo, dia 20, o que facilita escapadas para destinos próximos. Cidades como Paraty, no Rio de Janeiro, e Gramado, no Rio Grande do Sul, já se preparam para receber turistas atraídos tanto pela religiosidade quanto pelo clima ameno do outono.
Escolas e universidades frequentemente ampliam o recesso, emendando a quinta-feira em algumas regiões, o que pode resultar em até quatro dias de folga para estudantes. Empresas, por outro lado, precisam ajustar escalas, especialmente em setores como varejo e saúde, que não param completamente. A proximidade com o feriado de Tiradentes, em 21 de abril, uma segunda-feira, pode ainda criar um feriadão ainda maior em alguns casos, dependendo de decisões locais ou negociações trabalhistas.
Para os fiéis, o feriado é uma chance de participar de retiros espirituais ou acompanhar celebrações locais. Em Aparecida, por exemplo, o Santuário Nacional organiza uma programação intensa, com missas ao longo do dia e procissões que atraem peregrinos de várias partes do país. Já para quem prefere o descanso, o período é ideal para aproveitar promoções de pacotes de viagem, que costumam surgir com antecedência em agências e sites especializados.
Curiosidades sobre a Sexta-feira Santa no Brasil
A Sexta-feira Santa carrega particularidades que a tornam única no contexto brasileiro. Uma delas é a influência cultural que vai além do cristianismo, incorporando elementos regionais que enriquecem as celebrações. No Amazonas, por exemplo, comunidades ribeirinhas realizam procissões em barcos pelos rios, uma adaptação local das tradições europeias. Em Goiás, a Festa da Boa Morte, em cidades como Pirenópolis, mistura religiosidade com festejos populares, incluindo fogos de artifício e danças.
Outro aspecto interessante é o impacto gastronômico. O costume de evitar carne vermelha na sexta-feira leva a um aumento no consumo de peixes, como o tambaqui no Norte e o pintado no Centro-Oeste. Supermercados e feiras registram picos de venda na semana anterior, enquanto restaurantes criam cardápios especiais para atrair clientes. Estima-se que o consumo de pescado cresça até 30% nesse período, movimentando a pesca artesanal e a aquicultura.
A data também inspira produções culturais. No teatro, encenações como a Paixão de Cristo de Nova Jerusalém, em Pernambuco, chegam a reunir mais de 70 mil espectadores em uma única temporada, com cenários grandiosos e elencos que incluem artistas conhecidos. Na televisão, emissoras abertas dedicam parte da programação a filmes e especiais temáticos, reforçando a presença da Sexta-feira Santa no imaginário nacional.

A Sexta-feira Santa é um dos feriados mais aguardados por milhões de brasileiros, marcando o início de um período de reflexão e celebrações religiosas. Em 2025, a data cai no dia 18 de abril, consolidando-se como um feriado nacional que interrompe a rotina de trabalho e movimenta o calendário em todo o país. Instituída oficialmente pela Lei 9.093, de 12 de setembro de 1995, essa pausa anual está diretamente ligada à Semana Santa, que neste ano ocorre entre os dias 13 e 20 de abril. Diferentemente do que muitos pensam, a Páscoa, celebrada no domingo seguinte, não é feriado, mas a Sexta-feira Santa garante um dia de descanso oficial, influenciando atividades econômicas, escolares e até o turismo interno.
Esse feriado não tem data fixa no calendário, o que gera curiosidade e planejamento antecipado entre a população. Ele é definido sempre como a sexta-feira que antecede o Domingo de Páscoa, sendo resultado de um cálculo baseado no calendário lunar. A Páscoa, por sua vez, ocorre no primeiro domingo após a primeira lua cheia do equinócio de outono no hemisfério sul, o que explica a variação anual. Em 2025, a Quaresma, período de 40 dias que prepara os fiéis para a Páscoa, termina justamente na Semana Santa, com a Sexta-feira Santa sendo o ponto alto de recolhimento para os cristãos, que lembram a crucificação de Jesus Cristo.
A relevância do feriado vai além da esfera religiosa. Bancos, repartições públicas e parte do comércio fecham as portas, enquanto o setor de serviços, como restaurantes e hotéis, registra aumento de movimento. Para quem aproveita a data para viajar ou descansar, o feriado prolongado é uma oportunidade de organizar escapadas curtas, especialmente em cidades com forte tradição religiosa, como Ouro Preto, em Minas Gerais, ou São João del-Rei, conhecidas pelas procissões marcantes. Já nas escolas, a pausa costuma se estender, com muitas instituições emendando o fim de semana.
O que acontece na Semana Santa de 2025
A Semana Santa é um período carregado de simbolismo para os cristãos, especialmente os católicos, que seguem uma sequência de ritos e celebrações ao longo de sete dias. Em 2025, tudo começa no dia 13 de abril, com o Domingo de Ramos, que marca a entrada de Jesus em Jerusalém. Nesse dia, as igrejas realizam a bênção dos ramos, geralmente feitos de palmeiras, que os fiéis levam para casa como sinal de fé. A data abre oficialmente a semana mais importante do calendário litúrgico, preparando o cenário para os eventos que culminam na Páscoa.
Entre os dias 14 e 16 de abril, segunda, terça e quarta-feira, respectivamente, a Igreja Católica promove reflexões sobre a Paixão de Cristo, embora essas datas não sejam feriados. São dias de preparação, com missas e momentos de oração que relembram os últimos passos de Jesus antes da crucificação. A Quinta-feira Santa, no dia 17 de abril, ganha destaque com a celebração da missa do Lava-pés, um ritual em que os padres lavam os pés de fiéis, simbolizando humildade e serviço, em referência ao gesto de Jesus com seus discípulos.
Já a Sexta-feira Santa, no dia 18, é o ápice da Semana Santa em termos de solenidade. Considerada feriado nacional, a data é marcada pela adoração da cruz em igrejas de todo o país, com cerimônias que relembram a morte de Cristo. Muitos fiéis participam de procissões silenciosas ou encenações da Via-Sacra, enquanto outros optam por jejum ou abstinência de carne, práticas tradicionais entre os católicos. O comércio, especialmente em cidades menores, tende a operar em horário reduzido, enquanto grandes redes varejistas mantêm as portas abertas, aproveitando o fluxo de consumidores.
- Principais eventos da Sexta-feira Santa em 2025:
- Adoração da cruz nas igrejas, geralmente às 15h, horário simbólico da morte de Jesus.
- Procissões em cidades históricas, como Tiradentes (MG) e Salvador (BA).
- Missas especiais com leituras da Paixão de Cristo.
- Redução de atividades comerciais e serviços públicos.

Impactos do feriado no cotidiano brasileiro
O feriado da Sexta-feira Santa mexe diretamente com a rotina de trabalho e o funcionamento de diversos setores no Brasil. Em 2025, com a data caindo no dia 18 de abril, uma sexta-feira, a pausa se estende automaticamente ao fim de semana, criando um feriado prolongado de três dias. Isso afeta desde o planejamento das empresas até o tráfego nas estradas, que registra aumento significativo de veículos saindo das grandes cidades rumo ao interior ou ao litoral.
Bancos e instituições financeiras suspendem o atendimento ao público, seguindo determinação do Banco Central, o que exige que a população antecipe transações como pagamentos e saques. Repartições públicas, como prefeituras e fóruns, também fecham, enquanto serviços essenciais, como hospitais e transporte público, operam em regime especial. No setor privado, a decisão de parar ou não varia: indústrias podem manter turnos reduzidos, mas lojas e supermercados em áreas urbanas frequentemente permanecem abertos, especialmente em shoppings.
O turismo é um dos grandes beneficiados. Dados históricos mostram que feriados prolongados como esse movimentam milhões de passageiros em rodoviárias e aeroportos. Em 2024, por exemplo, a Associação Brasileira das Empresas Aéreas reportou um aumento de 12% no fluxo de voos domésticos durante a Semana Santa, tendência que deve se repetir em 2025. Destinos religiosos, como Aparecida, no interior de São Paulo, e o Santuário de Nossa Senhora da Piedade, em Minas Gerais, esperam receber milhares de visitantes, atraídos tanto pela fé quanto pela programação cultural.
Por outro lado, o feriado também impacta a economia de maneira mista. Enquanto o setor de serviços, como bares e hotéis, lucra com o movimento, outras áreas, como o comércio de bens duráveis, enfrentam quedas nas vendas devido ao menor número de dias úteis. Pequenos empresários, especialmente em cidades menos turísticas, relatam dificuldades para equilibrar os custos com a paralisação parcial das atividades.
Tradições e celebrações pelo Brasil
A Sexta-feira Santa no Brasil é marcada por uma rica diversidade de tradições que misturam religiosidade, cultura popular e até gastronomia. Em cidades históricas como Ouro Preto, as ruas se enchem de fiéis acompanhando procissões que remontam ao período colonial, com imagens sacras carregadas em andores e cânticos entoados ao anoitecer. Em Salvador, a influência africana se faz presente nas celebrações, com ritmos e oferendas que dialogam com o catolicismo trazido pelos portugueses.
No interior do Nordeste, como em Caruaru, Pernambuco, encenações da Paixão de Cristo atraem multidões, muitas vezes ao ar livre, com atores locais interpretando os momentos finais da vida de Jesus. Já no Sul e Sudeste, a data é marcada por missas solenes e pelo tradicional costume de evitar carne vermelha, substituída por peixes em pratos típicos como a moqueca ou o bacalhau. Em São Paulo, a Arquidiocese organiza eventos que reúnem milhares de pessoas na Catedral da Sé, enquanto paróquias menores promovem vigílias ao longo do dia.
A força dessas tradições também se reflete nos números. Estima-se que cerca de 70% da população brasileira se identifique como cristã, segundo dados do IBGE, o que explica a relevância da Semana Santa no calendário nacional. Em 2025, com o feriado caindo em uma sexta-feira, a expectativa é que as celebrações ganhem ainda mais adesão, especialmente nas comunidades que planejam atividades ao longo de todo o fim de semana.
- Tradições regionais da Sexta-feira Santa:
- Procissões noturnas em Minas Gerais, com destaque para Ouro Preto e Congonhas.
- Encenações teatrais no Nordeste, como em Fazenda Nova (PE).
- Consumo de peixes e frutos do mar em todo o país.
- Via-Sacra ao vivo em igrejas e praças públicas.
Como o calendário da Semana Santa é definido
Determinar as datas da Semana Santa não é tarefa simples, e o processo envolve uma combinação de astronomia e tradição religiosa. A Páscoa, que fecha a semana, é celebrada no primeiro domingo após a primeira lua cheia do equinócio de outono no hemisfério sul, conhecido como “lua pascal”. Esse cálculo, adotado desde o Concílio de Niceia, em 325 d.C., faz com que a data varie entre 22 de março e 25 de abril. Em 2025, o equinócio ocorre em 20 de março, e a lua cheia seguinte aparece em 17 de abril, definindo o Domingo de Páscoa para o dia 20.
A Sexta-feira Santa, por sua vez, é fixada como o antepenúltimo dia da Semana Santa, dois dias antes da Páscoa. Esse sistema explica por que o feriado nacional não tem um dia fixo, diferentemente de datas como o Natal ou o Dia da Independência. A Quaresma, que antecede a Semana Santa, começa 46 dias antes da Páscoa, com a Quarta-feira de Cinzas marcando seu início. Em 2025, essa data caiu em 5 de março, alinhando todo o calendário litúrgico até o dia 20 de abril.
Esse método de cálculo tem raízes históricas profundas. No cristianismo primitivo, a Páscoa era celebrada em datas diferentes entre as comunidades, até que o Concílio de Niceia unificou o critério. Hoje, o resultado é um feriado móvel que exige atenção de empregadores, escolas e até do governo para ajustar agendas anualmente. Para 2025, a Semana Santa entre 13 e 20 de abril já está no radar de quem organiza eventos ou planeja atividades.
Dias da Semana Santa em detalhes
Cada dia da Semana Santa tem um significado específico dentro da tradição cristã, e em 2025 o calendário segue o mesmo padrão de anos anteriores, mas com datas ajustadas. O Domingo de Ramos, em 13 de abril, abre a semana com a celebração da chegada de Jesus a Jerusalém, simbolizada pela distribuição de ramos bentos. Nos três dias seguintes, de 14 a 16 de abril, as celebrações são mais discretas, com foco na preparação espiritual dos fiéis.
A Quinta-feira Santa, dia 17, é marcada pela missa do Lava-pés, que relembra o gesto de humildade de Jesus ao lavar os pés dos apóstolos. Em muitas paróquias, o altar é despojado ao fim da celebração, simbolizando luto pela morte iminente de Cristo. Já o Sábado de Aleluia, no dia 19, é o momento de espera pela ressurreição, com a Vigília Pascal sendo o ponto alto, geralmente realizada à noite, com leituras bíblicas que percorrem a história da salvação.
O Domingo de Páscoa, dia 20, encerra a semana com a celebração da ressurreição de Jesus, o evento central da fé cristã. Missas festivas, com cânticos e sinos, tomam conta das igrejas, enquanto famílias se reúnem para almoços que muitas vezes incluem ovos de chocolate, uma tradição secular incorporada ao feriado. Apesar de não ser feriado oficial, o domingo já faz parte do descanso semanal, o que amplifica seu impacto cultural.
- Calendário da Semana Santa 2025:
- 13/04: Domingo de Ramos – Bênção dos ramos.
- 17/04: Quinta-feira Santa – Missa do Lava-pés.
- 18/04: Sexta-feira Santa – Feriado e adoração da cruz.
- 19/04: Sábado de Aleluia – Vigília Pascal.
- 20/04: Domingo de Páscoa – Celebração da ressurreição.
Planejamento para o feriado de 18 de abril
Com a Sexta-feira Santa caindo em 18 de abril de 2025, o feriado prolongado oferece oportunidades para diversas atividades, desde viagens até momentos de introspecção. Para quem trabalha, a pausa começa na sexta e se estende até o domingo, dia 20, o que facilita escapadas para destinos próximos. Cidades como Paraty, no Rio de Janeiro, e Gramado, no Rio Grande do Sul, já se preparam para receber turistas atraídos tanto pela religiosidade quanto pelo clima ameno do outono.
Escolas e universidades frequentemente ampliam o recesso, emendando a quinta-feira em algumas regiões, o que pode resultar em até quatro dias de folga para estudantes. Empresas, por outro lado, precisam ajustar escalas, especialmente em setores como varejo e saúde, que não param completamente. A proximidade com o feriado de Tiradentes, em 21 de abril, uma segunda-feira, pode ainda criar um feriadão ainda maior em alguns casos, dependendo de decisões locais ou negociações trabalhistas.
Para os fiéis, o feriado é uma chance de participar de retiros espirituais ou acompanhar celebrações locais. Em Aparecida, por exemplo, o Santuário Nacional organiza uma programação intensa, com missas ao longo do dia e procissões que atraem peregrinos de várias partes do país. Já para quem prefere o descanso, o período é ideal para aproveitar promoções de pacotes de viagem, que costumam surgir com antecedência em agências e sites especializados.
Curiosidades sobre a Sexta-feira Santa no Brasil
A Sexta-feira Santa carrega particularidades que a tornam única no contexto brasileiro. Uma delas é a influência cultural que vai além do cristianismo, incorporando elementos regionais que enriquecem as celebrações. No Amazonas, por exemplo, comunidades ribeirinhas realizam procissões em barcos pelos rios, uma adaptação local das tradições europeias. Em Goiás, a Festa da Boa Morte, em cidades como Pirenópolis, mistura religiosidade com festejos populares, incluindo fogos de artifício e danças.
Outro aspecto interessante é o impacto gastronômico. O costume de evitar carne vermelha na sexta-feira leva a um aumento no consumo de peixes, como o tambaqui no Norte e o pintado no Centro-Oeste. Supermercados e feiras registram picos de venda na semana anterior, enquanto restaurantes criam cardápios especiais para atrair clientes. Estima-se que o consumo de pescado cresça até 30% nesse período, movimentando a pesca artesanal e a aquicultura.
A data também inspira produções culturais. No teatro, encenações como a Paixão de Cristo de Nova Jerusalém, em Pernambuco, chegam a reunir mais de 70 mil espectadores em uma única temporada, com cenários grandiosos e elencos que incluem artistas conhecidos. Na televisão, emissoras abertas dedicam parte da programação a filmes e especiais temáticos, reforçando a presença da Sexta-feira Santa no imaginário nacional.
