Fortes chuvas castigaram São Paulo na tarde desta quinta-feira (10), deixando um rastro de transtornos na capital e na região metropolitana. Entre os principais impactos, uma cratera se abriu na Marginal Tietê, uma das vias mais movimentadas da cidade, entre as pistas local e central, antes da ponte Atílio Fontana, no sentido da rodovia Castello Branco. A interdição imediata do trecho afetado gerou congestionamentos extensos e complicou a vida de motoristas que dependem da avenida para se deslocar. Equipes de engenharia foram acionadas para avaliar a gravidade do problema, enquanto autoridades trabalham para conter os danos e restabelecer o fluxo.
A tempestade que atingiu a cidade não se limitou à Marginal Tietê. Diversos pontos de alagamento foram registrados em bairros da capital, dificultando o tráfego e mobilizando a Defesa Civil. O volume de água surpreendeu até mesmo os paulistanos acostumados às chuvas sazonais, evidenciando a força do temporal que caiu ao longo da tarde. A situação na Marginal, no entanto, chamou atenção pelo impacto imediato em uma das artérias viárias mais cruciais de São Paulo, responsável por conectar diversas regiões e rodovias importantes.
Uma cratera gigante se abriu no meio da pista na Marginal Tietê, em São Paulo, interditou faixas e causou um verdadeiro nó no trânsito. A forte chuva das últimas horas pode ter contribuído para o caos. Motoristas enfrentam congestionamento intenso, enquanto equipes já trabalham… pic.twitter.com/yR1pzB2W8C
— Cidade Alerta (@cidadealerta) April 10, 2025
O isolamento da área foi rápido, mas não evitou que o trânsito se transformasse em um caos. Motoristas relataram longas filas e desvios improvisados, enquanto a polícia e agentes de tráfego tentavam organizar o fluxo em meio à chuva persistente. A abertura da cratera levanta questões sobre a infraestrutura da cidade e os efeitos das condições climáticas extremas, que vêm se intensificando nos últimos anos.
Impacto imediato no trânsito da capital
A interdição na Marginal Tietê pegou de surpresa quem trafegava pela via no início da tarde. O buraco, que se formou entre as pistas local e central, obrigou as autoridades a bloquear o trecho no sentido Castello Branco, uma das direções mais movimentadas naquele horário. Com isso, o fluxo de veículos foi desviado para vias alternativas, como as avenidas próximas, que rapidamente ficaram saturadas.
Testemunhas no local descreveram o momento em que o asfalto cedeu como repentino e assustador. A chuva forte, que já dificultava a visibilidade, tornou o cenário ainda mais caótico. Imagens captadas por motoristas mostraram a dimensão do problema: um buraco profundo e largo, com água escorrendo pelas bordas, evidenciando a força da enxurrada que comprometeu a estrutura da pista.
O congestionamento se estendeu por quilômetros, afetando não só a Marginal Tietê, mas também rodovias conectadas, como a Bandeirantes e a Anhanguera. A situação foi agravada pela proximidade do horário de pico, quando o volume de carros aumenta significativamente. Sem previsão inicial para a liberação do trecho, muitos motoristas optaram por buscar rotas alternativas, enquanto outros permaneceram presos no engarrafamento.
Resposta das autoridades à crise
Equipes da Companhia de Engenharia de Tráfego foram mobilizadas rapidamente para sinalizar o local e orientar os condutores. Policiais militares também atuaram na área, ajudando a evitar acidentes e organizar os desvios. A prioridade, segundo as autoridades, é garantir a segurança dos motoristas enquanto engenheiros avaliam a extensão dos danos e definem os próximos passos para a recuperação da pista.
A Defesa Civil, por sua vez, emitiu alertas para a população devido aos riscos de novos alagamentos e deslizamentos em outras regiões da cidade. A chuva intensa colocou toda a capital em estado de atenção, com monitoramento constante das áreas mais vulneráveis. Na Marginal Tietê, o trabalho inicial se concentrou em isolar a cratera e evitar que o problema se agravasse com o tráfego de veículos pesados.
Detalhes da cratera na Marginal Tietê
- Localização: entre as pistas local e central, antes da ponte Atílio Fontana, sentido Castello Branco.
- Causa: fortes chuvas que comprometeram o asfalto, levando ao colapso da estrutura.
- Impacto: interdição total do trecho afetado, sem previsão imediata de liberação.
- Dimensões: buraco profundo e largo, com água acumulada, dificultando a avaliação inicial.
Histórico de problemas na Marginal Tietê
A Marginal Tietê não é estranha a incidentes como o desta quinta-feira. Em fevereiro de 2022, um desmoronamento em uma obra da Linha 6-Laranja do Metrô abriu uma cratera na pista local, próximo à Freguesia do Ó, interditando a via por dias. Na ocasião, o rompimento de uma galeria de esgoto foi apontado como a causa, e o reparo exigiu o uso de milhares de metros cúbicos de concreto e pedras para estabilizar o terreno. O incidente deixou marcas no trânsito da cidade e reacendeu debates sobre a manutenção da infraestrutura urbana.
Outro caso marcante ocorreu em 2007, quando uma obra do Metrô na Marginal Pinheiros resultou em uma cratera de 80 metros de diâmetro, tragédia que deixou sete mortos. Esses episódios evidenciam a vulnerabilidade das vias marginais de São Paulo, que margeiam rios e enfrentam desafios constantes relacionados a chuvas e obras subterrâneas. O evento atual, embora sem vítimas até o momento, reforça a necessidade de cuidados redobrados em períodos de temporais.
A repetição de problemas na Marginal Tietê levanta questões sobre o impacto das chuvas extremas e a capacidade da infraestrutura de suportar condições adversas. Especialistas já apontaram que o solo da região, aliado ao grande volume de tráfego e às intervenções urbanas, pode ser um fator agravante em situações como essa. A cratera de hoje, embora menor que incidentes anteriores, é mais um alerta para a cidade.
Efeitos das chuvas além da Marginal
As chuvas que abriram a cratera na Marginal Tietê também trouxeram transtornos a outras áreas de São Paulo. Bairros como Vila Madalena, Pompéia e Butantã registraram pontos de alagamento, com ruas intransitáveis e veículos ilhados. Na zona norte, árvores caíram em decorrência dos ventos fortes que acompanharam o temporal, bloqueando vias e exigindo a intervenção de equipes da prefeitura.
Na região metropolitana, cidades como Osasco e Barueri enfrentaram problemas semelhantes, com enchentes rápidas que surpreenderam moradores. O volume de água acumulado em poucas horas superou a capacidade de drenagem em diversos pontos, evidenciando a fragilidade do sistema em dias de chuva intensa. A Defesa Civil manteve o estado de atenção, orientando a população a evitar áreas de risco e acompanhar as atualizações meteorológicas.
A situação na capital foi agravada pelo fato de o temporal ter ocorrido em um horário de grande movimento. Com escolas, escritórios e comércios em pleno funcionamento, o impacto das chuvas se refletiu não só no trânsito, mas também na rotina de milhares de pessoas. A combinação de alagamentos e a cratera na Marginal Tietê transformou a tarde em um teste de paciência para os paulistanos.
Medidas emergenciais em andamento
Engenheiros e técnicos da prefeitura estão no local da cratera desde o início da tarde, trabalhando para entender a extensão do dano. A primeira etapa envolveu o isolamento completo do trecho, com barreiras e sinalizações para impedir o acesso de veículos. Em seguida, começaram as análises do solo e da estrutura da pista, que determinarão o tipo de reparo necessário.
A chuva, que diminuiu no fim da tarde, facilitou o início dos trabalhos, mas a presença de água acumulada na cratera ainda é um obstáculo. Bombas de sucção foram instaladas para drenar o local, enquanto equipes avaliam se há risco de novos desmoronamentos. A expectativa é que um diagnóstico preliminar seja concluído nas próximas horas, permitindo o planejamento da recuperação da via.
A Companhia de Engenharia de Tráfego ajustou os desvios na região, orientando motoristas a usar rotas como a Marginal Pinheiros e o Rodoanel, quando possível. Ônibus que passam pelo trecho afetado também tiveram seus itinerários alterados, impactando cerca de 40 mil passageiros que dependem das linhas locais. A prefeitura informou que as medidas são temporárias e que o foco é restabelecer a normalidade o mais rápido possível.
O que se sabe até agora sobre o incidente
- A cratera surgiu por volta das 14h, após horas de chuva intensa.
- O trecho interditado fica entre as pistas local e central da Marginal Tietê.
- Não há registros de feridos ou acidentes graves relacionados ao buraco.
- Equipes técnicas seguem no local, sem prazo definido para a liberação da via.
- O temporal afetou outras áreas da cidade, com alagamentos e quedas de árvores.
Como as chuvas afetam a infraestrutura de São Paulo
São Paulo tem um histórico de desafios com chuvas fortes, especialmente em vias como a Marginal Tietê, que margeia o rio de mesmo nome. O sistema de drenagem, apesar de extenso, frequentemente não dá conta do volume de água em temporais como o desta quinta-feira. Isso ocorre porque a urbanização intensa impermeabilizou o solo, dificultando a absorção natural da chuva.
A Marginal Tietê, por sua localização e importância, é particularmente vulnerável. Construída ao longo do rio Tietê, a via enfrenta problemas como erosão do solo e acúmulo de detritos, que podem comprometer sua estabilidade. Incidentes como o de hoje mostram como eventos climáticos extremos testam os limites da infraestrutura da cidade, exigindo respostas rápidas e soluções de longo prazo.
O aumento na frequência e intensidade das chuvas, associado às mudanças climáticas, também é um fator que preocupa especialistas. Dados recentes mostram que São Paulo tem enfrentado temporais mais severos nos últimos anos, com volumes de água que superam as médias históricas. Esse cenário pressiona as autoridades a repensar o planejamento urbano e investir em obras que mitiguem os impactos.
A rotina alterada dos motoristas
Para quem depende da Marginal Tietê, o dia foi de adaptação forçada. Motoristas de aplicativos, entregadores e trabalhadores que usam a via diariamente precisaram buscar alternativas em meio ao caos. Muitos relataram atrasos significativos, enquanto outros optaram por esperar a chuva passar antes de seguir viagem.
Os congestionamentos se estenderam até o início da noite, mesmo com a redução da chuva. A interdição de um trecho importante da Marginal afetou diretamente o acesso às rodovias Castello Branco, Bandeirantes e Anhanguera, rotas essenciais para quem sai ou entra na capital. Caminhoneiros, em especial, enfrentaram dificuldades, já que a via é um corredor logístico crucial.
A situação também impactou o transporte público. Linhas de ônibus que passam pela região foram desviadas, causando confusão entre os passageiros. Paradas lotadas e atrasos nos horários foram relatados por usuários, que tiveram de ajustar seus planos em meio à incerteza sobre a liberação da pista.
Próximos passos na recuperação da pista
A avaliação técnica da cratera é o primeiro passo para definir o cronograma de reparos. Engenheiros precisam determinar se o dano se limita ao asfalto ou se há comprometimento mais profundo no solo e nas estruturas subterrâneas. Dependendo da gravidade, o conserto pode levar dias ou até semanas, como já ocorreu em incidentes anteriores na Marginal Tietê.
O uso de concreto e pedras para preencher o buraco é uma possibilidade, a exemplo do que foi feito em 2022. Naquele caso, mais de 4 mil metros cúbicos de material foram usados para estabilizar a pista, e o processo levou cerca de 48 horas para liberar parcialmente o tráfego. Desta vez, a presença de água acumulada pode complicar os trabalhos, exigindo drenagem prévia.
A prefeitura e o governo estadual acompanham a situação de perto, cientes do impacto econômico e social da interdição. A Marginal Tietê é uma das principais vias de escoamento de mercadorias e passageiros em São Paulo, e sua paralisação afeta diretamente a dinâmica da cidade. A expectativa é que atualizações sobre o andamento dos reparos sejam divulgadas em breve.
Alerta para os próximos dias
A Defesa Civil mantém São Paulo em estado de atenção, já que a previsão indica mais chuva para os próximos dias. O solo encharcado e os sistemas de drenagem sobrecarregados aumentam o risco de novos incidentes, seja na Marginal Tietê, seja em outras regiões da cidade. Moradores de áreas próximas a encostas e rios foram orientados a ficar atentos a sinais de instabilidade.
O temporal desta quinta-feira foi apenas um dos eventos climáticos que têm marcado o início de abril na capital. Registros mostram que a chuva acumulada nas últimas semanas já supera a média esperada para o período, o que pode agravar a situação em vias e bairros vulneráveis. A população foi aconselhada a evitar deslocamentos desnecessários enquanto o tempo não se estabilizar.
A cratera na Marginal Tietê serve como um lembrete dos desafios que São Paulo enfrenta em dias de chuva intensa. A combinação de infraestrutura antiga, urbanização desordenada e condições climáticas adversas cria um cenário que exige respostas rápidas e planejamento eficaz para evitar transtornos ainda maiores.

Fortes chuvas castigaram São Paulo na tarde desta quinta-feira (10), deixando um rastro de transtornos na capital e na região metropolitana. Entre os principais impactos, uma cratera se abriu na Marginal Tietê, uma das vias mais movimentadas da cidade, entre as pistas local e central, antes da ponte Atílio Fontana, no sentido da rodovia Castello Branco. A interdição imediata do trecho afetado gerou congestionamentos extensos e complicou a vida de motoristas que dependem da avenida para se deslocar. Equipes de engenharia foram acionadas para avaliar a gravidade do problema, enquanto autoridades trabalham para conter os danos e restabelecer o fluxo.
A tempestade que atingiu a cidade não se limitou à Marginal Tietê. Diversos pontos de alagamento foram registrados em bairros da capital, dificultando o tráfego e mobilizando a Defesa Civil. O volume de água surpreendeu até mesmo os paulistanos acostumados às chuvas sazonais, evidenciando a força do temporal que caiu ao longo da tarde. A situação na Marginal, no entanto, chamou atenção pelo impacto imediato em uma das artérias viárias mais cruciais de São Paulo, responsável por conectar diversas regiões e rodovias importantes.
Uma cratera gigante se abriu no meio da pista na Marginal Tietê, em São Paulo, interditou faixas e causou um verdadeiro nó no trânsito. A forte chuva das últimas horas pode ter contribuído para o caos. Motoristas enfrentam congestionamento intenso, enquanto equipes já trabalham… pic.twitter.com/yR1pzB2W8C
— Cidade Alerta (@cidadealerta) April 10, 2025
O isolamento da área foi rápido, mas não evitou que o trânsito se transformasse em um caos. Motoristas relataram longas filas e desvios improvisados, enquanto a polícia e agentes de tráfego tentavam organizar o fluxo em meio à chuva persistente. A abertura da cratera levanta questões sobre a infraestrutura da cidade e os efeitos das condições climáticas extremas, que vêm se intensificando nos últimos anos.
Impacto imediato no trânsito da capital
A interdição na Marginal Tietê pegou de surpresa quem trafegava pela via no início da tarde. O buraco, que se formou entre as pistas local e central, obrigou as autoridades a bloquear o trecho no sentido Castello Branco, uma das direções mais movimentadas naquele horário. Com isso, o fluxo de veículos foi desviado para vias alternativas, como as avenidas próximas, que rapidamente ficaram saturadas.
Testemunhas no local descreveram o momento em que o asfalto cedeu como repentino e assustador. A chuva forte, que já dificultava a visibilidade, tornou o cenário ainda mais caótico. Imagens captadas por motoristas mostraram a dimensão do problema: um buraco profundo e largo, com água escorrendo pelas bordas, evidenciando a força da enxurrada que comprometeu a estrutura da pista.
O congestionamento se estendeu por quilômetros, afetando não só a Marginal Tietê, mas também rodovias conectadas, como a Bandeirantes e a Anhanguera. A situação foi agravada pela proximidade do horário de pico, quando o volume de carros aumenta significativamente. Sem previsão inicial para a liberação do trecho, muitos motoristas optaram por buscar rotas alternativas, enquanto outros permaneceram presos no engarrafamento.
Resposta das autoridades à crise
Equipes da Companhia de Engenharia de Tráfego foram mobilizadas rapidamente para sinalizar o local e orientar os condutores. Policiais militares também atuaram na área, ajudando a evitar acidentes e organizar os desvios. A prioridade, segundo as autoridades, é garantir a segurança dos motoristas enquanto engenheiros avaliam a extensão dos danos e definem os próximos passos para a recuperação da pista.
A Defesa Civil, por sua vez, emitiu alertas para a população devido aos riscos de novos alagamentos e deslizamentos em outras regiões da cidade. A chuva intensa colocou toda a capital em estado de atenção, com monitoramento constante das áreas mais vulneráveis. Na Marginal Tietê, o trabalho inicial se concentrou em isolar a cratera e evitar que o problema se agravasse com o tráfego de veículos pesados.
Detalhes da cratera na Marginal Tietê
- Localização: entre as pistas local e central, antes da ponte Atílio Fontana, sentido Castello Branco.
- Causa: fortes chuvas que comprometeram o asfalto, levando ao colapso da estrutura.
- Impacto: interdição total do trecho afetado, sem previsão imediata de liberação.
- Dimensões: buraco profundo e largo, com água acumulada, dificultando a avaliação inicial.
Histórico de problemas na Marginal Tietê
A Marginal Tietê não é estranha a incidentes como o desta quinta-feira. Em fevereiro de 2022, um desmoronamento em uma obra da Linha 6-Laranja do Metrô abriu uma cratera na pista local, próximo à Freguesia do Ó, interditando a via por dias. Na ocasião, o rompimento de uma galeria de esgoto foi apontado como a causa, e o reparo exigiu o uso de milhares de metros cúbicos de concreto e pedras para estabilizar o terreno. O incidente deixou marcas no trânsito da cidade e reacendeu debates sobre a manutenção da infraestrutura urbana.
Outro caso marcante ocorreu em 2007, quando uma obra do Metrô na Marginal Pinheiros resultou em uma cratera de 80 metros de diâmetro, tragédia que deixou sete mortos. Esses episódios evidenciam a vulnerabilidade das vias marginais de São Paulo, que margeiam rios e enfrentam desafios constantes relacionados a chuvas e obras subterrâneas. O evento atual, embora sem vítimas até o momento, reforça a necessidade de cuidados redobrados em períodos de temporais.
A repetição de problemas na Marginal Tietê levanta questões sobre o impacto das chuvas extremas e a capacidade da infraestrutura de suportar condições adversas. Especialistas já apontaram que o solo da região, aliado ao grande volume de tráfego e às intervenções urbanas, pode ser um fator agravante em situações como essa. A cratera de hoje, embora menor que incidentes anteriores, é mais um alerta para a cidade.
Efeitos das chuvas além da Marginal
As chuvas que abriram a cratera na Marginal Tietê também trouxeram transtornos a outras áreas de São Paulo. Bairros como Vila Madalena, Pompéia e Butantã registraram pontos de alagamento, com ruas intransitáveis e veículos ilhados. Na zona norte, árvores caíram em decorrência dos ventos fortes que acompanharam o temporal, bloqueando vias e exigindo a intervenção de equipes da prefeitura.
Na região metropolitana, cidades como Osasco e Barueri enfrentaram problemas semelhantes, com enchentes rápidas que surpreenderam moradores. O volume de água acumulado em poucas horas superou a capacidade de drenagem em diversos pontos, evidenciando a fragilidade do sistema em dias de chuva intensa. A Defesa Civil manteve o estado de atenção, orientando a população a evitar áreas de risco e acompanhar as atualizações meteorológicas.
A situação na capital foi agravada pelo fato de o temporal ter ocorrido em um horário de grande movimento. Com escolas, escritórios e comércios em pleno funcionamento, o impacto das chuvas se refletiu não só no trânsito, mas também na rotina de milhares de pessoas. A combinação de alagamentos e a cratera na Marginal Tietê transformou a tarde em um teste de paciência para os paulistanos.
Medidas emergenciais em andamento
Engenheiros e técnicos da prefeitura estão no local da cratera desde o início da tarde, trabalhando para entender a extensão do dano. A primeira etapa envolveu o isolamento completo do trecho, com barreiras e sinalizações para impedir o acesso de veículos. Em seguida, começaram as análises do solo e da estrutura da pista, que determinarão o tipo de reparo necessário.
A chuva, que diminuiu no fim da tarde, facilitou o início dos trabalhos, mas a presença de água acumulada na cratera ainda é um obstáculo. Bombas de sucção foram instaladas para drenar o local, enquanto equipes avaliam se há risco de novos desmoronamentos. A expectativa é que um diagnóstico preliminar seja concluído nas próximas horas, permitindo o planejamento da recuperação da via.
A Companhia de Engenharia de Tráfego ajustou os desvios na região, orientando motoristas a usar rotas como a Marginal Pinheiros e o Rodoanel, quando possível. Ônibus que passam pelo trecho afetado também tiveram seus itinerários alterados, impactando cerca de 40 mil passageiros que dependem das linhas locais. A prefeitura informou que as medidas são temporárias e que o foco é restabelecer a normalidade o mais rápido possível.
O que se sabe até agora sobre o incidente
- A cratera surgiu por volta das 14h, após horas de chuva intensa.
- O trecho interditado fica entre as pistas local e central da Marginal Tietê.
- Não há registros de feridos ou acidentes graves relacionados ao buraco.
- Equipes técnicas seguem no local, sem prazo definido para a liberação da via.
- O temporal afetou outras áreas da cidade, com alagamentos e quedas de árvores.
Como as chuvas afetam a infraestrutura de São Paulo
São Paulo tem um histórico de desafios com chuvas fortes, especialmente em vias como a Marginal Tietê, que margeia o rio de mesmo nome. O sistema de drenagem, apesar de extenso, frequentemente não dá conta do volume de água em temporais como o desta quinta-feira. Isso ocorre porque a urbanização intensa impermeabilizou o solo, dificultando a absorção natural da chuva.
A Marginal Tietê, por sua localização e importância, é particularmente vulnerável. Construída ao longo do rio Tietê, a via enfrenta problemas como erosão do solo e acúmulo de detritos, que podem comprometer sua estabilidade. Incidentes como o de hoje mostram como eventos climáticos extremos testam os limites da infraestrutura da cidade, exigindo respostas rápidas e soluções de longo prazo.
O aumento na frequência e intensidade das chuvas, associado às mudanças climáticas, também é um fator que preocupa especialistas. Dados recentes mostram que São Paulo tem enfrentado temporais mais severos nos últimos anos, com volumes de água que superam as médias históricas. Esse cenário pressiona as autoridades a repensar o planejamento urbano e investir em obras que mitiguem os impactos.
A rotina alterada dos motoristas
Para quem depende da Marginal Tietê, o dia foi de adaptação forçada. Motoristas de aplicativos, entregadores e trabalhadores que usam a via diariamente precisaram buscar alternativas em meio ao caos. Muitos relataram atrasos significativos, enquanto outros optaram por esperar a chuva passar antes de seguir viagem.
Os congestionamentos se estenderam até o início da noite, mesmo com a redução da chuva. A interdição de um trecho importante da Marginal afetou diretamente o acesso às rodovias Castello Branco, Bandeirantes e Anhanguera, rotas essenciais para quem sai ou entra na capital. Caminhoneiros, em especial, enfrentaram dificuldades, já que a via é um corredor logístico crucial.
A situação também impactou o transporte público. Linhas de ônibus que passam pela região foram desviadas, causando confusão entre os passageiros. Paradas lotadas e atrasos nos horários foram relatados por usuários, que tiveram de ajustar seus planos em meio à incerteza sobre a liberação da pista.
Próximos passos na recuperação da pista
A avaliação técnica da cratera é o primeiro passo para definir o cronograma de reparos. Engenheiros precisam determinar se o dano se limita ao asfalto ou se há comprometimento mais profundo no solo e nas estruturas subterrâneas. Dependendo da gravidade, o conserto pode levar dias ou até semanas, como já ocorreu em incidentes anteriores na Marginal Tietê.
O uso de concreto e pedras para preencher o buraco é uma possibilidade, a exemplo do que foi feito em 2022. Naquele caso, mais de 4 mil metros cúbicos de material foram usados para estabilizar a pista, e o processo levou cerca de 48 horas para liberar parcialmente o tráfego. Desta vez, a presença de água acumulada pode complicar os trabalhos, exigindo drenagem prévia.
A prefeitura e o governo estadual acompanham a situação de perto, cientes do impacto econômico e social da interdição. A Marginal Tietê é uma das principais vias de escoamento de mercadorias e passageiros em São Paulo, e sua paralisação afeta diretamente a dinâmica da cidade. A expectativa é que atualizações sobre o andamento dos reparos sejam divulgadas em breve.
Alerta para os próximos dias
A Defesa Civil mantém São Paulo em estado de atenção, já que a previsão indica mais chuva para os próximos dias. O solo encharcado e os sistemas de drenagem sobrecarregados aumentam o risco de novos incidentes, seja na Marginal Tietê, seja em outras regiões da cidade. Moradores de áreas próximas a encostas e rios foram orientados a ficar atentos a sinais de instabilidade.
O temporal desta quinta-feira foi apenas um dos eventos climáticos que têm marcado o início de abril na capital. Registros mostram que a chuva acumulada nas últimas semanas já supera a média esperada para o período, o que pode agravar a situação em vias e bairros vulneráveis. A população foi aconselhada a evitar deslocamentos desnecessários enquanto o tempo não se estabilizar.
A cratera na Marginal Tietê serve como um lembrete dos desafios que São Paulo enfrenta em dias de chuva intensa. A combinação de infraestrutura antiga, urbanização desordenada e condições climáticas adversas cria um cenário que exige respostas rápidas e planejamento eficaz para evitar transtornos ainda maiores.
