O Beira-Rio pulsava com a energia de 38.876 torcedores na noite em que o Internacional enfrentou o Atlético Nacional, pela segunda rodada do Grupo F da Taça Conmebol Libertadores 2025. Em um jogo marcado por intensidade, cartões e momentos de genialidade, o Colorado conquistou uma vitória por 2 a 0, com Alan Patrick como protagonista. O meia marcou dois gols de pênalti no segundo tempo, garantindo três pontos cruciais para o time gaúcho em sua campanha na competição continental. A partida, disputada às 19h, teve lances de tirar o fôlego, defesas brilhantes e uma arbitragem que gerou polêmica, especialmente após expulsões no lado colombiano.
A primeira etapa foi equilibrada, com ambas as equipes buscando o ataque. O Inter, jogando em casa, tentou impor seu ritmo desde os minutos iniciais. Wesley, Carbonero e Enner Valencia formavam um trio ofensivo que pressionava a defesa adversária, mas esbarrava na solidez do goleiro Ospina. O Atlético Nacional, por outro lado, apostava na velocidade de Hinestroza, que causou problemas à defesa colorada. Aos 17 minutos, Wesley teve uma grande chance, mas parou em uma defesa segura do arqueiro colombiano. A torcida, empolgada, cantava alto, incentivando o time a buscar o gol.
O jogo ganhou contornos mais ríspidos com o passar do tempo. Carbonero e Bernabei receberam cartões amarelos por faltas em Hinestroza, enquanto o Atlético Nacional também acumulava advertências. Aos 31 minutos, o Inter esteve perto de abrir o placar, quando Alan Patrick cobrou um escanteio preciso para Fernando, que cabeceou na trave. O lance levou o Beira-Rio ao delírio, mas o grito de gol ficou preso na garganta. No intervalo, o placar seguia zerado, com as duas equipes mostrando disposição, mas sem eficiência nas finalizações.
Primeiro tempo de equilíbrio e chances perdidas
O início da partida foi marcado por trocas de posse de bola e tentativas de ambos os lados. Logo aos 3 minutos, Wesley sofreu um choque e precisou de atendimento, mas voltou ao jogo sem maiores problemas. O Inter buscava explorar as laterais, com Bernabei e Carbonero criando jogadas pela esquerda. Aos 9 minutos, Wesley tentou um cruzamento para Carbonero, que chutou para fora, desperdiçando uma boa oportunidade. A torcida, que já lotava o estádio antes mesmo do apito inicial, cantava sem parar, transformando o Beira-Rio em um caldeirão.
Do lado colombiano, Hinestroza era a principal arma. Aos 7 minutos, após um erro de Alan Patrick, o atacante cruzou para Morelos, que chutou longe do gol de Anthoni. A velocidade do camisa 18 do Atlético Nacional exigia atenção constante da defesa colorada, especialmente de Rogel e Vitão. Aos 24 minutos, o Atlético Nacional perdeu Zapata, substituído por Rivero, em uma mudança que buscava dar mais consistência ao meio-campo. Apesar das chances criadas, o primeiro tempo terminou sem gols, com o Inter ligeiramente superior em posse de bola, mas sem conseguir furar o bloqueio adversário.
#INTxNAL | 1-0 | 2T | 23′ – VAR CHAMOU! 📺
Após carrinho VIOLENTO de Hinestroza em Vitinho, árbitro apresenta cartão amarelo para o atacante adversário, mas o vídeo sugere expulsão.
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— Sport Club Internacional (@SCInternacional) April 10, 2025
Momentos decisivos do primeiro tempo
- Aos 17 minutos, Wesley passou pelo marcador e chutou, mas Ospina fez uma grande defesa.
- Aos 31 minutos, Fernando cabeceou na trave após escanteio cobrado por Alan Patrick.
- Aos 35 minutos, Hinestroza driblou a defesa e chutou, mas Anthoni segurou firme.
- Aos 42 minutos, Bernabei recebeu cartão amarelo por falta em Hinestroza.
- Aos 47 minutos, Vitão cortou um passe perigoso de Hinestroza, evitando uma chance clara.
Segundo tempo começa com pressão colorada
A etapa final começou com o Inter mais agressivo. Logo no primeiro minuto, Wesley sofreu uma falta dentro da área, e o árbitro marcou pênalti. Alan Patrick, com categoria, cobrou no canto direito de Ospina, que caiu para o lado oposto, abrindo o placar aos 4 minutos. O gol inflamou a torcida, que passou a cantar ainda mais alto, empurrando o time para frente. O Atlético Nacional sentiu o golpe e tentou responder com Viveros, que, aos 7 minutos, chutou forte, mas parou em uma defesa espetacular de Anthoni.
As substituições começaram a mudar a dinâmica do jogo. O Inter trouxe Vitinho no lugar de Carbonero, enquanto o Atlético Nacional colocou Asprilla no lugar de Morelos. Aos 18 minutos, Alan Patrick quase ampliou o placar com um chute forte, mas Ospina brilhou novamente, defendendo em dois tempos. No rebote, Vitinho cabeceou fraco, e o goleiro colombiano segurou. A pressão colorada era constante, com Wesley e Vitinho criando problemas para a defesa adversária.
Expulsões mudam o rumo da partida
O jogo ganhou contornos dramáticos a partir dos 20 minutos. Hinestroza, principal jogador do Atlético Nacional, foi expulso após um carrinho por trás em Vitinho, revisado pelo VAR. A decisão gerou revolta no banco colombiano, e o técnico Javier Gandolfi também recebeu cartão vermelho por reclamações. Com dois homens a menos, o Atlético Nacional perdeu força ofensiva, enquanto o Inter aproveitava os espaços. Aos 30 minutos, Cardona recebeu cartão amarelo por uma entrada dura em Wesley, evidenciando o descontrole emocional dos visitantes.
Aos 34 minutos, Vitinho sofreu outro pênalti, desta vez após uma carga de Asprilla. Alan Patrick foi novamente para a cobrança e, com frieza, mudou o lado, batendo no canto esquerdo de Ospina, que caiu para o lado direito. O 2 a 0 consolidava a vitória colorada e premiava a atuação inspirada do meia, que também se destacava com passes precisos, como um toque de letra para Wesley aos 31 minutos. O Beira-Rio vibrava, com cânticos exaltando a “Academia do Povo” ecoando pelo estádio.
Lances que definiram o segundo tempo
- 1’: Wesley sofre pênalti, e Alan Patrick abre o placar com cobrança no canto direito.
- 7’: Anthoni faz defesa milagrosa em chute de Viveros, evitando o empate.
- 21’: Hinestroza é expulso após carrinho em Vitinho, revisado pelo VAR.
- 26’: Técnico Javier Gandolfi recebe cartão vermelho por reclamações.
- 36’: Alan Patrick marca o segundo gol de pênalti, consolidando a vitória do Inter.
Inter controla o jogo e garante os três pontos
Com a vantagem no placar e a superioridade numérica, o Inter passou a administrar o jogo. Substituições como as entradas de Bruno Tabata, Borré e Clayton Sampaio deram frescor ao time, que continuava criando chances. Aos 37 minutos, a torcida aplaudiu de pé a atuação de Alan Patrick, que deixava o campo ovacionado. O Atlético Nacional, desorganizado, não conseguia mais ameaçar o gol de Anthoni, que teve uma noite segura, com pelo menos duas defesas decisivas.
O Beira-Rio seguia em festa, com os torcedores cantando músicas tradicionais, como “Salve, Bodinho, Don Elias e também o Falcão”. A vitória colocava o Inter em uma posição mais confortável no Grupo F, após um empate na primeira rodada. A atuação coletiva, aliada ao brilho individual de Alan Patrick, reforçava a confiança do time para a sequência da competição. O Atlético Nacional, por sua vez, saía de Porto Alegre com a necessidade de rever estratégias, especialmente após as expulsões que comprometeram seu desempenho.
Números e destaques da partida
O confronto foi marcado por estatísticas que refletem a superioridade do Inter na etapa final. O Colorado teve 54% de posse de bola, contra 46% do Atlético Nacional. Foram 12 finalizações do Inter, sendo cinco no alvo, enquanto os colombianos chutaram oito vezes, com três chances reais. A arbitragem aplicou sete cartões amarelos (quatro para o Inter e três para o Atlético Nacional) e dois vermelhos para os visitantes. Alan Patrick, com dois gols e uma assistência para jogadas perigosas, foi eleito o melhor em campo.
A torcida colorada também foi um destaque à parte. Com 38.876 presentes, o Beira-Rio registrou o maior público da temporada até aquele momento. Os cânticos, que começaram antes mesmo do apito inicial, não pararam até o fim, criando uma atmosfera que intimidava os adversários e impulsionava os jogadores. O apoio das arquibancadas foi essencial para manter o ritmo do time, mesmo nos momentos de maior pressão do Atlético Nacional.
Cronologia dos principais momentos
- Pré-jogo: Inter informa 12.714 torcedores no Beira-Rio, número que sobe para 38.876 até o início do segundo tempo.
- 17’ do 1T: Wesley chuta, e Ospina defende, em uma das melhores chances do primeiro tempo.
- 31’ do 1T: Fernando acerta a trave em cabeceio após escanteio de Alan Patrick.
- 4’ do 2T: Alan Patrick converte o primeiro pênalti, abrindo o placar para o Inter.
- 36’ do 2T: Alan Patrick marca o segundo gol de pênalti, garantindo a vitória colorada.
Pressão e organização tática do Inter
O técnico Roger Machado, que buscava manter sua série de invencibilidade pelo clube, escalou um time equilibrado, com destaque para a movimentação de Alan Patrick no meio-campo. O meia, além dos gols, foi fundamental na ligação entre defesa e ataque, distribuindo passes precisos e ditando o ritmo do jogo. A entrada de Vitinho no segundo tempo deu mais velocidade ao ataque, enquanto as substituições defensivas, como Clayton Sampaio, reforçaram a solidez do sistema.
O Atlético Nacional, mesmo com desfalques importantes como Matheus Uribe e Sebastián Guzmán, mostrou qualidade no primeiro tempo, mas não resistiu à pressão após as expulsões. Hinestroza, principal jogador dos colombianos, deixou o campo revoltado, enquanto Cardona, outro destaque, não conseguiu manter o mesmo nível após o cartão amarelo. A ausência de um plano tático claro no segundo tempo comprometeu as chances de reação dos visitantes.
Beira-Rio como trunfo colorado
Jogar no Beira-Rio sempre foi uma vantagem para o Inter, e essa partida reforçou essa tradição. A proximidade da torcida com o gramado e o apoio incondicional criaram um ambiente favorável para o Colorado. Desde o pré-jogo, com o hino nacional e os cânticos puxados pelos colorados, o estádio se transformou em um palco de emoção. A presença de 38.876 torcedores foi um recorde na temporada e um indicativo da paixão que move o clube na Libertadores.
O Inter aproveitou o fator casa para pressionar desde o início. Mesmo com um primeiro tempo sem gols, a equipe não se abateu e voltou mais agressiva na etapa final. A torcida, que cantava músicas como “Daria a vida por um campeonato, uma taça a mais”, foi um combustível extra para os jogadores, que responderam com entrega e dedicação até o apito final.
Alan Patrick como líder em campo
A atuação de Alan Patrick foi o grande diferencial da partida. Além dos dois gols de pênalti, o meia mostrou visão de jogo apurada, com passes que desmontavam a defesa adversária. O toque de letra para Wesley, aos 31 minutos do segundo tempo, foi um dos momentos de maior plasticidade do jogo, arrancando aplausos da torcida. Sua liderança em campo, aliada à frieza nas cobranças, consolidou sua importância para o elenco colorado.
Outros jogadores também merecem destaque. Anthoni, com defesas cruciais, garantiu a segurança no gol. Wesley, mesmo sem marcar, foi incansável na criação de jogadas e na conquista dos pênaltis. Vitinho, que entrou no segundo tempo, trouxe dinamismo e sofreu o segundo pênalti, enquanto Vitão e Rogel foram sólidos na defesa, apesar do cartão amarelo do segundo. O conjunto do Inter funcionou, mas Alan Patrick foi, sem dúvidas, o nome da noite.
Impacto na tabela do Grupo F
A vitória colocou o Inter em uma posição mais confortável no Grupo F, com quatro pontos após duas rodadas. O Atlético Nacional, que tinha três pontos, caiu para a terceira colocação, enquanto o Colorado assumiu a vice-liderança, dependendo dos outros resultados da rodada. A campanha na Libertadores é vista como prioridade pelo clube, que busca repetir os feitos históricos de 2006 e 2010, quando conquistou o título continental.
O próximo desafio do Inter será fora de casa, mas a confiança adquirida com a vitória no Beira-Rio dá ao time um impulso importante. Roger Machado, que pode igualar um recorde de invencibilidade com o resultado, já planeja ajustes para manter o nível de atuação. A torcida, por sua vez, segue sonhando com mais noites memoráveis na competição.
Números finais do confronto
- Posse de bola: Inter 54%, Atlético Nacional 46%.
- Finalizações: Inter 12 (5 no gol), Atlético Nacional 8 (3 no gol).
- Escanteios: Inter 4, Atlético Nacional 3.
- Cartões amarelos: Inter 4 (Carbonero, Bernabei, Rogel, Ronaldo), Atlético Nacional 3 (Cardona, outros).
- Cartões vermelhos: Atlético Nacional 2 (Hinestroza, Gandolfi).
Torcida faz a diferença
A presença maciça da torcida colorada foi um dos pontos altos da noite. Desde o pré-jogo, com 12.714 torcedores já no estádio horas antes do apito inicial, até o número final de 38.876, o Beira-Rio mostrou por que é um dos palcos mais temidos da América do Sul. Os cânticos, que variavam entre homenagens a ídolos como Falcão e provocações aos adversários, mantiveram o clima quente durante os 90 minutos.
A interação entre torcida e jogadores foi constante. Após o segundo gol, Alan Patrick correu para as arquibancadas, agradecendo o apoio. A torcida respondeu com aplausos e mais cantos, criando uma conexão que reforça a força do Inter em casa. Essa sinergia será fundamental para os próximos jogos, tanto na Libertadores quanto nas demais competições da temporada.

O Beira-Rio pulsava com a energia de 38.876 torcedores na noite em que o Internacional enfrentou o Atlético Nacional, pela segunda rodada do Grupo F da Taça Conmebol Libertadores 2025. Em um jogo marcado por intensidade, cartões e momentos de genialidade, o Colorado conquistou uma vitória por 2 a 0, com Alan Patrick como protagonista. O meia marcou dois gols de pênalti no segundo tempo, garantindo três pontos cruciais para o time gaúcho em sua campanha na competição continental. A partida, disputada às 19h, teve lances de tirar o fôlego, defesas brilhantes e uma arbitragem que gerou polêmica, especialmente após expulsões no lado colombiano.
A primeira etapa foi equilibrada, com ambas as equipes buscando o ataque. O Inter, jogando em casa, tentou impor seu ritmo desde os minutos iniciais. Wesley, Carbonero e Enner Valencia formavam um trio ofensivo que pressionava a defesa adversária, mas esbarrava na solidez do goleiro Ospina. O Atlético Nacional, por outro lado, apostava na velocidade de Hinestroza, que causou problemas à defesa colorada. Aos 17 minutos, Wesley teve uma grande chance, mas parou em uma defesa segura do arqueiro colombiano. A torcida, empolgada, cantava alto, incentivando o time a buscar o gol.
O jogo ganhou contornos mais ríspidos com o passar do tempo. Carbonero e Bernabei receberam cartões amarelos por faltas em Hinestroza, enquanto o Atlético Nacional também acumulava advertências. Aos 31 minutos, o Inter esteve perto de abrir o placar, quando Alan Patrick cobrou um escanteio preciso para Fernando, que cabeceou na trave. O lance levou o Beira-Rio ao delírio, mas o grito de gol ficou preso na garganta. No intervalo, o placar seguia zerado, com as duas equipes mostrando disposição, mas sem eficiência nas finalizações.
Primeiro tempo de equilíbrio e chances perdidas
O início da partida foi marcado por trocas de posse de bola e tentativas de ambos os lados. Logo aos 3 minutos, Wesley sofreu um choque e precisou de atendimento, mas voltou ao jogo sem maiores problemas. O Inter buscava explorar as laterais, com Bernabei e Carbonero criando jogadas pela esquerda. Aos 9 minutos, Wesley tentou um cruzamento para Carbonero, que chutou para fora, desperdiçando uma boa oportunidade. A torcida, que já lotava o estádio antes mesmo do apito inicial, cantava sem parar, transformando o Beira-Rio em um caldeirão.
Do lado colombiano, Hinestroza era a principal arma. Aos 7 minutos, após um erro de Alan Patrick, o atacante cruzou para Morelos, que chutou longe do gol de Anthoni. A velocidade do camisa 18 do Atlético Nacional exigia atenção constante da defesa colorada, especialmente de Rogel e Vitão. Aos 24 minutos, o Atlético Nacional perdeu Zapata, substituído por Rivero, em uma mudança que buscava dar mais consistência ao meio-campo. Apesar das chances criadas, o primeiro tempo terminou sem gols, com o Inter ligeiramente superior em posse de bola, mas sem conseguir furar o bloqueio adversário.
#INTxNAL | 1-0 | 2T | 23′ – VAR CHAMOU! 📺
Após carrinho VIOLENTO de Hinestroza em Vitinho, árbitro apresenta cartão amarelo para o atacante adversário, mas o vídeo sugere expulsão.
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— Sport Club Internacional (@SCInternacional) April 10, 2025
Momentos decisivos do primeiro tempo
- Aos 17 minutos, Wesley passou pelo marcador e chutou, mas Ospina fez uma grande defesa.
- Aos 31 minutos, Fernando cabeceou na trave após escanteio cobrado por Alan Patrick.
- Aos 35 minutos, Hinestroza driblou a defesa e chutou, mas Anthoni segurou firme.
- Aos 42 minutos, Bernabei recebeu cartão amarelo por falta em Hinestroza.
- Aos 47 minutos, Vitão cortou um passe perigoso de Hinestroza, evitando uma chance clara.
Segundo tempo começa com pressão colorada
A etapa final começou com o Inter mais agressivo. Logo no primeiro minuto, Wesley sofreu uma falta dentro da área, e o árbitro marcou pênalti. Alan Patrick, com categoria, cobrou no canto direito de Ospina, que caiu para o lado oposto, abrindo o placar aos 4 minutos. O gol inflamou a torcida, que passou a cantar ainda mais alto, empurrando o time para frente. O Atlético Nacional sentiu o golpe e tentou responder com Viveros, que, aos 7 minutos, chutou forte, mas parou em uma defesa espetacular de Anthoni.
As substituições começaram a mudar a dinâmica do jogo. O Inter trouxe Vitinho no lugar de Carbonero, enquanto o Atlético Nacional colocou Asprilla no lugar de Morelos. Aos 18 minutos, Alan Patrick quase ampliou o placar com um chute forte, mas Ospina brilhou novamente, defendendo em dois tempos. No rebote, Vitinho cabeceou fraco, e o goleiro colombiano segurou. A pressão colorada era constante, com Wesley e Vitinho criando problemas para a defesa adversária.
Expulsões mudam o rumo da partida
O jogo ganhou contornos dramáticos a partir dos 20 minutos. Hinestroza, principal jogador do Atlético Nacional, foi expulso após um carrinho por trás em Vitinho, revisado pelo VAR. A decisão gerou revolta no banco colombiano, e o técnico Javier Gandolfi também recebeu cartão vermelho por reclamações. Com dois homens a menos, o Atlético Nacional perdeu força ofensiva, enquanto o Inter aproveitava os espaços. Aos 30 minutos, Cardona recebeu cartão amarelo por uma entrada dura em Wesley, evidenciando o descontrole emocional dos visitantes.
Aos 34 minutos, Vitinho sofreu outro pênalti, desta vez após uma carga de Asprilla. Alan Patrick foi novamente para a cobrança e, com frieza, mudou o lado, batendo no canto esquerdo de Ospina, que caiu para o lado direito. O 2 a 0 consolidava a vitória colorada e premiava a atuação inspirada do meia, que também se destacava com passes precisos, como um toque de letra para Wesley aos 31 minutos. O Beira-Rio vibrava, com cânticos exaltando a “Academia do Povo” ecoando pelo estádio.
Lances que definiram o segundo tempo
- 1’: Wesley sofre pênalti, e Alan Patrick abre o placar com cobrança no canto direito.
- 7’: Anthoni faz defesa milagrosa em chute de Viveros, evitando o empate.
- 21’: Hinestroza é expulso após carrinho em Vitinho, revisado pelo VAR.
- 26’: Técnico Javier Gandolfi recebe cartão vermelho por reclamações.
- 36’: Alan Patrick marca o segundo gol de pênalti, consolidando a vitória do Inter.
Inter controla o jogo e garante os três pontos
Com a vantagem no placar e a superioridade numérica, o Inter passou a administrar o jogo. Substituições como as entradas de Bruno Tabata, Borré e Clayton Sampaio deram frescor ao time, que continuava criando chances. Aos 37 minutos, a torcida aplaudiu de pé a atuação de Alan Patrick, que deixava o campo ovacionado. O Atlético Nacional, desorganizado, não conseguia mais ameaçar o gol de Anthoni, que teve uma noite segura, com pelo menos duas defesas decisivas.
O Beira-Rio seguia em festa, com os torcedores cantando músicas tradicionais, como “Salve, Bodinho, Don Elias e também o Falcão”. A vitória colocava o Inter em uma posição mais confortável no Grupo F, após um empate na primeira rodada. A atuação coletiva, aliada ao brilho individual de Alan Patrick, reforçava a confiança do time para a sequência da competição. O Atlético Nacional, por sua vez, saía de Porto Alegre com a necessidade de rever estratégias, especialmente após as expulsões que comprometeram seu desempenho.
Números e destaques da partida
O confronto foi marcado por estatísticas que refletem a superioridade do Inter na etapa final. O Colorado teve 54% de posse de bola, contra 46% do Atlético Nacional. Foram 12 finalizações do Inter, sendo cinco no alvo, enquanto os colombianos chutaram oito vezes, com três chances reais. A arbitragem aplicou sete cartões amarelos (quatro para o Inter e três para o Atlético Nacional) e dois vermelhos para os visitantes. Alan Patrick, com dois gols e uma assistência para jogadas perigosas, foi eleito o melhor em campo.
A torcida colorada também foi um destaque à parte. Com 38.876 presentes, o Beira-Rio registrou o maior público da temporada até aquele momento. Os cânticos, que começaram antes mesmo do apito inicial, não pararam até o fim, criando uma atmosfera que intimidava os adversários e impulsionava os jogadores. O apoio das arquibancadas foi essencial para manter o ritmo do time, mesmo nos momentos de maior pressão do Atlético Nacional.
Cronologia dos principais momentos
- Pré-jogo: Inter informa 12.714 torcedores no Beira-Rio, número que sobe para 38.876 até o início do segundo tempo.
- 17’ do 1T: Wesley chuta, e Ospina defende, em uma das melhores chances do primeiro tempo.
- 31’ do 1T: Fernando acerta a trave em cabeceio após escanteio de Alan Patrick.
- 4’ do 2T: Alan Patrick converte o primeiro pênalti, abrindo o placar para o Inter.
- 36’ do 2T: Alan Patrick marca o segundo gol de pênalti, garantindo a vitória colorada.
Pressão e organização tática do Inter
O técnico Roger Machado, que buscava manter sua série de invencibilidade pelo clube, escalou um time equilibrado, com destaque para a movimentação de Alan Patrick no meio-campo. O meia, além dos gols, foi fundamental na ligação entre defesa e ataque, distribuindo passes precisos e ditando o ritmo do jogo. A entrada de Vitinho no segundo tempo deu mais velocidade ao ataque, enquanto as substituições defensivas, como Clayton Sampaio, reforçaram a solidez do sistema.
O Atlético Nacional, mesmo com desfalques importantes como Matheus Uribe e Sebastián Guzmán, mostrou qualidade no primeiro tempo, mas não resistiu à pressão após as expulsões. Hinestroza, principal jogador dos colombianos, deixou o campo revoltado, enquanto Cardona, outro destaque, não conseguiu manter o mesmo nível após o cartão amarelo. A ausência de um plano tático claro no segundo tempo comprometeu as chances de reação dos visitantes.
Beira-Rio como trunfo colorado
Jogar no Beira-Rio sempre foi uma vantagem para o Inter, e essa partida reforçou essa tradição. A proximidade da torcida com o gramado e o apoio incondicional criaram um ambiente favorável para o Colorado. Desde o pré-jogo, com o hino nacional e os cânticos puxados pelos colorados, o estádio se transformou em um palco de emoção. A presença de 38.876 torcedores foi um recorde na temporada e um indicativo da paixão que move o clube na Libertadores.
O Inter aproveitou o fator casa para pressionar desde o início. Mesmo com um primeiro tempo sem gols, a equipe não se abateu e voltou mais agressiva na etapa final. A torcida, que cantava músicas como “Daria a vida por um campeonato, uma taça a mais”, foi um combustível extra para os jogadores, que responderam com entrega e dedicação até o apito final.
Alan Patrick como líder em campo
A atuação de Alan Patrick foi o grande diferencial da partida. Além dos dois gols de pênalti, o meia mostrou visão de jogo apurada, com passes que desmontavam a defesa adversária. O toque de letra para Wesley, aos 31 minutos do segundo tempo, foi um dos momentos de maior plasticidade do jogo, arrancando aplausos da torcida. Sua liderança em campo, aliada à frieza nas cobranças, consolidou sua importância para o elenco colorado.
Outros jogadores também merecem destaque. Anthoni, com defesas cruciais, garantiu a segurança no gol. Wesley, mesmo sem marcar, foi incansável na criação de jogadas e na conquista dos pênaltis. Vitinho, que entrou no segundo tempo, trouxe dinamismo e sofreu o segundo pênalti, enquanto Vitão e Rogel foram sólidos na defesa, apesar do cartão amarelo do segundo. O conjunto do Inter funcionou, mas Alan Patrick foi, sem dúvidas, o nome da noite.
Impacto na tabela do Grupo F
A vitória colocou o Inter em uma posição mais confortável no Grupo F, com quatro pontos após duas rodadas. O Atlético Nacional, que tinha três pontos, caiu para a terceira colocação, enquanto o Colorado assumiu a vice-liderança, dependendo dos outros resultados da rodada. A campanha na Libertadores é vista como prioridade pelo clube, que busca repetir os feitos históricos de 2006 e 2010, quando conquistou o título continental.
O próximo desafio do Inter será fora de casa, mas a confiança adquirida com a vitória no Beira-Rio dá ao time um impulso importante. Roger Machado, que pode igualar um recorde de invencibilidade com o resultado, já planeja ajustes para manter o nível de atuação. A torcida, por sua vez, segue sonhando com mais noites memoráveis na competição.
Números finais do confronto
- Posse de bola: Inter 54%, Atlético Nacional 46%.
- Finalizações: Inter 12 (5 no gol), Atlético Nacional 8 (3 no gol).
- Escanteios: Inter 4, Atlético Nacional 3.
- Cartões amarelos: Inter 4 (Carbonero, Bernabei, Rogel, Ronaldo), Atlético Nacional 3 (Cardona, outros).
- Cartões vermelhos: Atlético Nacional 2 (Hinestroza, Gandolfi).
Torcida faz a diferença
A presença maciça da torcida colorada foi um dos pontos altos da noite. Desde o pré-jogo, com 12.714 torcedores já no estádio horas antes do apito inicial, até o número final de 38.876, o Beira-Rio mostrou por que é um dos palcos mais temidos da América do Sul. Os cânticos, que variavam entre homenagens a ídolos como Falcão e provocações aos adversários, mantiveram o clima quente durante os 90 minutos.
A interação entre torcida e jogadores foi constante. Após o segundo gol, Alan Patrick correu para as arquibancadas, agradecendo o apoio. A torcida respondeu com aplausos e mais cantos, criando uma conexão que reforça a força do Inter em casa. Essa sinergia será fundamental para os próximos jogos, tanto na Libertadores quanto nas demais competições da temporada.
