O ano de 2024 marcou um cenário preocupante nas rodovias federais brasileiras, com um total de 72.800 sinistros registrados, segundo dados do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). Esses eventos, que vão desde colisões leves até tragédias com vítimas fatais, evidenciam a necessidade urgente de medidas para reforçar a segurança viária. A BR-101, uma das principais artérias rodoviárias do país, destacou-se como a via com maior número de ocorrências, totalizando 12.776 sinistros, de acordo com o Sistema Integrado de Operações Rodoviárias (SIOR). A rodovia, que corta o Brasil do Rio Grande do Norte ao Rio Grande do Sul, tornou-se símbolo dos desafios enfrentados para reduzir a violência no trânsito.
A mudança na legislação brasileira, implementada pela Lei 14.599/23, substituiu o termo “acidente” por “sinistro” no Código de Trânsito Brasileiro (CTB). Essa alteração reflete uma abordagem mais realista, destacando que muitos desses eventos poderiam ser evitados com prevenção e responsabilidade. A definição de sinistro, conforme a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), abrange qualquer evento que cause danos a veículos, cargas, pessoas, animais ou ao meio ambiente, reforçando a gravidade e a amplitude dessas ocorrências.
Além da BR-101, outras rodovias como a BR-116 e a BR-381 também apareceram entre as mais perigosas, com 11.478 e 3.469 sinistros, respectivamente. Esses números, aliados às 6.160 mortes registradas em rodovias federais em 2024, mostram que a segurança viária permanece como um desafio crítico para o Brasil.
O que define um sinistro de trânsito
A definição de sinistro de trânsito, conforme estabelecida pela ABNT na norma NBR 10697, engloba eventos que resultam em danos materiais, lesões a pessoas ou animais, ou impactos ao trânsito e ao meio ambiente. Diferentemente do termo “acidente”, que pode sugerir inevitabilidade, “sinistro” enfatiza a possibilidade de prevenção e a responsabilidade dos envolvidos. A Lei 14.599/23, sancionada em 2023, formalizou essa mudança no CTB, alinhando o Brasil a uma visão mais moderna de segurança viária.
Essa nova abordagem busca conscientizar motoristas e autoridades sobre a importância de práticas seguras. Um sinistro pode incluir desde colisões e atropelamentos até eventos como incêndios ou desastres naturais que afetem a circulação. A adoção do termo também é apoiada por órgãos como o DNIT e o Plano Nacional de Redução de Mortes e Lesões no Trânsito (PNATRANS), que defendem políticas públicas voltadas para a redução de ocorrências.
A gravidade dos sinistros é refletida nos números de 2024: 84.526 pessoas ficaram feridas em 73.156 eventos registrados pela Polícia Rodoviária Federal (PRF). Esses dados reforçam a necessidade de ações integradas, que combinem fiscalização, educação no trânsito e melhorias na infraestrutura das rodovias.
BR-101: A rodovia mais perigosa do Brasil
A BR-101, com seus 4.824 quilômetros de extensão, é a rodovia com maior número de sinistros no Brasil. Em 2024, foram registrados 12.776 eventos, sendo 4.375 apenas em Santa Catarina, o estado com maior incidência na via. A rodovia, que conecta o litoral leste do país, enfrenta desafios como alto fluxo de veículos, trechos urbanos com grande movimentação de pedestres e pistas simples, que aumentam o risco de colisões.
Santa Catarina, aliás, destaca-se negativamente no cenário nacional. Além dos sinistros na BR-101, o estado registrou 9.500 ocorrências em rodovias federais, com 415 mortes e 8.381 feridos. Trechos como os localizados entre São José e Balneário Camboriú estão entre os mais perigosos do país, segundo estudos da Confederação Nacional do Transporte (CNT).
Outros estados também enfrentam problemas significativos na BR-101. No Espírito Santo, a rodovia é apontada como a mais crítica, com alta incidência de sinistros envolvendo motocicletas e pedestres, especialmente em áreas urbanas. Já no Rio de Janeiro, a rodovia contribui para o estado liderar o ranking de infrações de trânsito, com mais de 2,1 milhões de autuações em 2024.
- Principais fatores de sinistros na BR-101:
- Alto tráfego de veículos de carga e passeio.
- Trechos de pista simples sem separação de fluxos.
- Comportamentos de risco, como ultrapassagens indevidas e excesso de velocidade.
- Falta de infraestrutura em áreas urbanas, como passarelas para pedestres.
Outras rodovias críticas no cenário nacional
Além da BR-101, a BR-116 e a BR-381 também se destacam pelo elevado número de sinistros. A BR-116, que atravessa estados como São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul, registrou 11.478 ocorrências em 2024, sendo 3.478 em trechos paulistas. Já a BR-381, conhecida como “Rodovia da Morte” em Minas Gerais, teve 3.469 sinistros, com 2.793 no mesmo estado.
Minas Gerais lidera o ranking nacional de mortes em rodovias federais, com 794 óbitos e 11.756 feridos em 9.300 sinistros. A BR-381, em especial, é marcada por trechos sinuosos e falta de duplicação, o que contribui para colisões frontais e outros eventos graves. No Paraná, a combinação de colisões frontais e atropelamentos resultou em 605 mortes, um aumento de 8% em relação a 2023.
Essas rodovias, assim como a BR-101, enfrentam problemas estruturais, como pistas simples e falta de barreiras de separação. Cerca de 35.300 sinistros em 2024 ocorreram em pistas simples, resultando em 4.291 mortes, o que evidencia a necessidade de investimentos em duplicação e modernização.
Causas predominantes dos sinistros
Os sinistros em rodovias federais têm causas multifatoriais, mas algumas se destacam pela frequência e gravidade. O excesso de velocidade é a principal infração, com 6,5 milhões de multas aplicadas pela PRF em 2024. Ultrapassagens indevidas, com 301.513 autuações, também contribuem significativamente para colisões frontais, que representam 30% das mortes no Paraná.
A falta de atenção, muitas vezes associada ao uso de celulares, é outra causa relevante. No Espírito Santo, o desrespeito à sinalização viária, incluindo ultrapassagens proibidas, está entre os principais fatores de sinistros. Além disso, a reação tardia ou ineficiente dos condutores foi apontada como a maior causa de eventos, com 10.822 casos, equivalente a 14,9% do total.
Colisões traseiras lideram as estatísticas, com 13.960 registros, 16.173 feridos e 634 mortes. Atropelamentos, embora menos frequentes, são desproporcionalmente letais, representando 16% dos óbitos no Paraná com apenas 4,3% dos sinistros.
- Causas mais comuns de sinistros em 2024:
- Excesso de velocidade: 6.561.685 infrações.
- Ultrapassagens indevidas: 301.513 infrações.
- Não uso do cinto de segurança: 216.267 infrações.
- Reação tardia ou ineficiente do condutor: 14,9% dos casos.
Impactos econômicos e sociais
Os sinistros nas rodovias federais geram não apenas perdas humanas, mas também impactos econômicos significativos. Até junho de 2024, o custo total dos eventos foi estimado em R$ 7,5 bilhões, sendo R$ 2,8 bilhões atribuídos às mortes e R$ 4,4 bilhões aos feridos. Sinistros sem vítimas custaram R$ 231 milhões, refletindo danos materiais e interrupções no tráfego.
No âmbito social, cada morte ou lesão grave representa um impacto devastador para famílias e comunidades. No Paraná, por exemplo, a PRF destacou que os 605 óbitos em 2024 carregam “incontáveis dores” para os envolvidos. A alta incidência de sinistros em finais de semana, entre 17h e 19h, sugere que fatores como cansaço e maior circulação de veículos contribuem para o problema.
Os veículos de passeio foram os mais envolvidos em mortes, com 2.110 vítimas fatais, seguidos por motocicletas (2.024) e caminhões (599). Esses números reforçam a necessidade de campanhas educativas voltadas para diferentes públicos, incluindo motoristas profissionais e condutores de veículos leves.
Medidas preventivas para reduzir sinistros
A prevenção de sinistros exige uma abordagem integrada, que combine fiscalização, educação e melhorias na infraestrutura. Respeitar os limites de velocidade é uma das medidas mais eficazes, já que o excesso de velocidade está diretamente ligado à gravidade dos eventos. Manter uma distância segura do veículo à frente também permite maior tempo de reação em situações de risco.
A manutenção regular dos veículos é outro fator crucial. Verificar condições de freios, pneus e luzes pode evitar falhas mecânicas que levem a sinistros. A condução defensiva, que inclui antecipar ações de outros motoristas e manter um plano de escape, é recomendada para reduzir riscos.
O uso do cinto de segurança, embora obrigatório, ainda é negligenciado por muitos condutores. Em 2024, 216.267 infrações foram registradas por esse motivo, evidenciando a necessidade de maior conscientização. Em condições adversas, como chuva, a atenção deve ser redobrada, com redução da velocidade e aumento da distância entre veículos.
- Boas práticas para evitar sinistros:
- Respeitar os limites de velocidade em todas as condições.
- Manter distância segura do veículo à frente.
- Realizar manutenções regulares no veículo.
- Adotar condução defensiva e evitar distrações.
- Usar cinto de segurança em todos os ocupantes.
Como agir em caso de sinistro
Quando um sinistro ocorre, a prioridade é garantir a segurança de todos os envolvidos. Sinalizar o local com triângulos de sinalização ou luzes de emergência é essencial para evitar novos eventos. Em caso de feridos, os serviços de emergência devem ser acionados imediatamente, com prioridade para o atendimento médico.
Trocar informações com outros motoristas, como nome, telefone, placa e dados do seguro, facilita a resolução do caso. Registrar o ocorrido com fotos dos veículos, danos e local do evento é uma prática recomendada para documentar a situação. As autoridades devem ser chamadas para avaliar o sinistro, evitando declarações precipitadas sobre culpabilidade.
Essas medidas, embora simples, podem minimizar os impactos de um sinistro e garantir que o processo de resolução seja conduzido de forma organizada e segura.
Fiscalização e educação no trânsito
A PRF intensificou a fiscalização em 2024, aplicando 9,4 milhões de autos de infração. Além do excesso de velocidade e ultrapassagens indevidas, infrações como dirigir sem descanso obrigatório, especialmente entre motoristas de caminhões, aumentaram 130% no Paraná. No estado, 118 mil abordagens a veículos de carga resultaram em multas por excesso de peso, com 12,5 milhões de quilos transportados irregularmente.
A educação no trânsito também ganhou destaque. No Paraná, 142 mil pessoas participaram de ações educativas da PRF, incluindo o projeto de cinema rodoviário, que utiliza carretas adaptadas para exibir conteúdos sobre segurança viária. Essas iniciativas buscam mudar comportamentos de risco e promover uma cultura de responsabilidade no trânsito.
No Espírito Santo, o DNIT classificou 95% da malha viária como “boa”, mas motoristas relatam que a infraestrutura não acompanha o aumento do tráfego. A falta de duplicação e terceira faixa em rodovias como a BR-101 agrava o risco de sinistros, especialmente em trechos com grande fluxo de caminhões.
Desafios estruturais das rodovias
A infraestrutura das rodovias federais é um dos principais gargalos para a redução de sinistros. Pistas simples, que representam a maioria dos trechos com alta incidência de eventos, dificultam a separação de fluxos e aumentam o risco de colisões frontais. A duplicação de rodovias, como os 42 quilômetros da BR-101 em Alagoas, prevista para conclusão até 2026, é um exemplo de investimento necessário.
No Espírito Santo, a BR-101 é criticada pela falta de passarelas e pela inadequação ao tráfego atual. Mesmo com manutenção considerada boa, a rodovia opera acima de sua capacidade, gerando congestionamentos e sinistros. A modernização das vias, incluindo a construção de terceiras faixas e barreiras de separação, é essencial para melhorar a segurança.
A combinação de infraestrutura deficiente e comportamentos de risco, como o desrespeito à sinalização, cria um ciclo de sinistros que exige ações coordenadas entre governo, empresas e sociedade.

Dados regionais e comparações
Minas Gerais, Paraná e Santa Catarina lideram o ranking de sinistros em rodovias federais. Em Minas, 9.300 eventos resultaram em 794 mortes, enquanto o Paraná registrou 7.600 sinistros e 607 óbitos. Santa Catarina, com 9.500 ocorrências, teve 415 mortes, mas destaca-se pelo alto número de feridos (8.381).
No Rio de Janeiro, as infrações de trânsito atingiram níveis recordes, com 2,1 milhões de autuações. São Paulo, com 1,2 milhão, e Minas Gerais, com 869.488, completam o pódio de desrespeito às regras. Esses números refletem a necessidade de campanhas regionais adaptadas às características de cada estado.
A comparação com anos anteriores mostra um aumento de 9% nos sinistros entre novembro de 2023 e outubro de 2024, com 72.000 colisões registradas. O crescimento das mortes, especialmente em colisões frontais e atropelamentos, reforça a urgência de medidas preventivas.
- Estados com mais mortes em rodovias (2024):
- Minas Gerais: 794 óbitos.
- Paraná: 607 óbitos.
- Santa Catarina: 415 óbitos.
Cronograma de ações para 2024 e além
O Plano Nacional de Redução de Mortes e Lesões no Trânsito (PNATRANS), implementado em 2018, estabelece metas ambiciosas para reduzir pela metade as mortes no trânsito até 2030, usando 2020 como referência. Em 2024, diversas ações foram realizadas para avançar nesse objetivo:
- Janeiro: Lançamento de campanhas nacionais de conscientização sobre excesso de velocidade.
- Abril: Reforço na fiscalização da PRF durante feriados, com restrições ao tráfego de veículos pesados.
- Agosto: Publicação de dados atualizados pelo DNIT, destacando a BR-101 como a mais perigosa.
- Dezembro: Avaliação anual da PRF, com divulgação do Anuário 2024.
Essas iniciativas, embora promissoras, ainda enfrentam desafios para alcançar resultados consistentes, especialmente em rodovias com alta incidência de sinistros.
Impacto nos diferentes tipos de veículos
Os sinistros em 2024 afetaram diversos tipos de veículos, com destaque para os de passeio, que registraram 2.110 mortes. Motocicletas, com 2.024 óbitos, são particularmente vulneráveis em trechos urbanos, onde atropelamentos e colisões são comuns. Caminhões, envolvidos em 599 mortes, também representam um desafio, especialmente em rodovias com grande circulação de carga.
No Paraná, a PRF intensificou a fiscalização de caminhões, verificando condições dos motoristas e excesso de peso. A ausência de descanso obrigatório foi flagrada em 5.955 casos, um aumento de 130% em relação a 2023. Essas infrações contribuem para sinistros graves, como colisões frontais, que têm alta letalidade.
A combinação de diferentes tipos de veículos nas rodovias, aliada à falta de separação de fluxos, aumenta o risco de eventos. A modernização da frota e a adoção de tecnologias de segurança, como frenagem automática, podem ajudar a reduzir esses números.
Perspectivas para o futuro
O cenário de sinistros em rod ECONOMIC AND SOCIAL IMPACTS
The persistent issue of sinistros on Brazil’s federal highways extends beyond human losses, creating substantial economic and social repercussions. The financial toll of these events in the first half of 2024 alone reached R$ 7.5 billion, with R$ 2.8 billion tied to fatalities and R$ 4.4 billion to injuries. Even sinistros without victims incurred costs of R$ 231 million, reflecting the expenses related to property damage, traffic disruptions, and emergency response operations. These figures underscore the broader economic burden, including healthcare costs, lost productivity, and infrastructure repairs.
Socially, the impact is immeasurable. Families are left grappling with the loss of loved ones, while survivors often face long-term physical and psychological challenges. In states like Paraná, where 605 deaths were recorded, authorities have emphasized the profound emotional toll on communities. The high incidence of sinistros during peak hours—particularly between 5 p.m. and 7 p.m. on Fridays through Sundays—points to patterns of behavior and traffic flow that demand targeted interventions.
The ripple effects of sinistros also strain public resources. Emergency services, hospitals, and law enforcement are stretched thin, diverting attention from other critical needs. Addressing these challenges requires a holistic approach, combining infrastructure improvements with efforts to change driver behavior and enhance road safety culture.
Regional variations in sinistro patterns
Different regions of Brazil face unique challenges when it comes to sinistros. In Minas Gerais, the state’s rugged terrain and winding roads, particularly along the BR-381, contribute to a high number of fatal collisions. The 794 deaths recorded in 2024 highlight the urgency of addressing these structural issues. Similarly, Paraná’s 607 fatalities reflect a mix of urban and rural challenges, with atropelamentos and frontal collisions dominating the statistics.
Santa Catarina, despite having fewer deaths (415), struggles with a high volume of sinistros, particularly along the BR-101. The state’s coastal location and heavy tourist traffic exacerbate the risks, especially during peak travel seasons. In contrast, states like Rio de Janeiro face issues tied to driver behavior, with over 2.1 million traffic infractions recorded, many linked to reckless driving practices.
These regional differences suggest that a one-size-fits-all approach to road safety is insufficient. Tailored strategies, such as increased pedestrian infrastructure in urban areas or road widening in rural zones, could help address the specific needs of each region.
- Key regional challenges:
- Minas Gerais: Winding roads and lack of road duplication.
- Paraná: High incidence of atropelamentos and frontal collisions.
- Santa Catarina: Heavy tourist traffic and urban congestion.
- Rio de Janeiro: Widespread traffic violations.
The role of technology in reducing sinistros
Advancements in vehicle technology offer promising solutions for reducing sinistros. Features like automatic emergency braking, lane-keeping assist, and adaptive cruise control are increasingly common in new vehicles and can help prevent collisions. However, the adoption of such technologies remains limited in Brazil, where older vehicles dominate the fleet.
Road infrastructure can also benefit from technological upgrades. Intelligent transportation systems, such as real-time traffic monitoring and dynamic speed limit adjustments, could improve safety on high-risk roads like the BR-101. Additionally, the use of cameras for automated enforcement has proven effective in reducing speeding and other violations, though their implementation is inconsistent across states.
Encouraging the modernization of Brazil’s vehicle fleet and investing in smart infrastructure could significantly lower sinistro rates, but these measures require substantial funding and political will.
Ongoing efforts and future goals
The PNATRANS remains a cornerstone of Brazil’s efforts to improve road safety. By setting a goal to halve traffic deaths by 2030, the plan emphasizes prevention, enforcement, and education. In 2024, key milestones included the expansion of PRF operations during holidays, the launch of new awareness campaigns, and the publication of detailed sinistro data to guide policy decisions.
Looking ahead, the completion of infrastructure projects, such as the duplication of the BR-101 in Alagoas, could serve as a model for other regions. Continued investment in education, particularly for young drivers and professional truck operators, is also critical. By addressing both human and structural factors, Brazil can move closer to its goal of safer roads.

O ano de 2024 marcou um cenário preocupante nas rodovias federais brasileiras, com um total de 72.800 sinistros registrados, segundo dados do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). Esses eventos, que vão desde colisões leves até tragédias com vítimas fatais, evidenciam a necessidade urgente de medidas para reforçar a segurança viária. A BR-101, uma das principais artérias rodoviárias do país, destacou-se como a via com maior número de ocorrências, totalizando 12.776 sinistros, de acordo com o Sistema Integrado de Operações Rodoviárias (SIOR). A rodovia, que corta o Brasil do Rio Grande do Norte ao Rio Grande do Sul, tornou-se símbolo dos desafios enfrentados para reduzir a violência no trânsito.
A mudança na legislação brasileira, implementada pela Lei 14.599/23, substituiu o termo “acidente” por “sinistro” no Código de Trânsito Brasileiro (CTB). Essa alteração reflete uma abordagem mais realista, destacando que muitos desses eventos poderiam ser evitados com prevenção e responsabilidade. A definição de sinistro, conforme a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), abrange qualquer evento que cause danos a veículos, cargas, pessoas, animais ou ao meio ambiente, reforçando a gravidade e a amplitude dessas ocorrências.
Além da BR-101, outras rodovias como a BR-116 e a BR-381 também apareceram entre as mais perigosas, com 11.478 e 3.469 sinistros, respectivamente. Esses números, aliados às 6.160 mortes registradas em rodovias federais em 2024, mostram que a segurança viária permanece como um desafio crítico para o Brasil.
O que define um sinistro de trânsito
A definição de sinistro de trânsito, conforme estabelecida pela ABNT na norma NBR 10697, engloba eventos que resultam em danos materiais, lesões a pessoas ou animais, ou impactos ao trânsito e ao meio ambiente. Diferentemente do termo “acidente”, que pode sugerir inevitabilidade, “sinistro” enfatiza a possibilidade de prevenção e a responsabilidade dos envolvidos. A Lei 14.599/23, sancionada em 2023, formalizou essa mudança no CTB, alinhando o Brasil a uma visão mais moderna de segurança viária.
Essa nova abordagem busca conscientizar motoristas e autoridades sobre a importância de práticas seguras. Um sinistro pode incluir desde colisões e atropelamentos até eventos como incêndios ou desastres naturais que afetem a circulação. A adoção do termo também é apoiada por órgãos como o DNIT e o Plano Nacional de Redução de Mortes e Lesões no Trânsito (PNATRANS), que defendem políticas públicas voltadas para a redução de ocorrências.
A gravidade dos sinistros é refletida nos números de 2024: 84.526 pessoas ficaram feridas em 73.156 eventos registrados pela Polícia Rodoviária Federal (PRF). Esses dados reforçam a necessidade de ações integradas, que combinem fiscalização, educação no trânsito e melhorias na infraestrutura das rodovias.
BR-101: A rodovia mais perigosa do Brasil
A BR-101, com seus 4.824 quilômetros de extensão, é a rodovia com maior número de sinistros no Brasil. Em 2024, foram registrados 12.776 eventos, sendo 4.375 apenas em Santa Catarina, o estado com maior incidência na via. A rodovia, que conecta o litoral leste do país, enfrenta desafios como alto fluxo de veículos, trechos urbanos com grande movimentação de pedestres e pistas simples, que aumentam o risco de colisões.
Santa Catarina, aliás, destaca-se negativamente no cenário nacional. Além dos sinistros na BR-101, o estado registrou 9.500 ocorrências em rodovias federais, com 415 mortes e 8.381 feridos. Trechos como os localizados entre São José e Balneário Camboriú estão entre os mais perigosos do país, segundo estudos da Confederação Nacional do Transporte (CNT).
Outros estados também enfrentam problemas significativos na BR-101. No Espírito Santo, a rodovia é apontada como a mais crítica, com alta incidência de sinistros envolvendo motocicletas e pedestres, especialmente em áreas urbanas. Já no Rio de Janeiro, a rodovia contribui para o estado liderar o ranking de infrações de trânsito, com mais de 2,1 milhões de autuações em 2024.
- Principais fatores de sinistros na BR-101:
- Alto tráfego de veículos de carga e passeio.
- Trechos de pista simples sem separação de fluxos.
- Comportamentos de risco, como ultrapassagens indevidas e excesso de velocidade.
- Falta de infraestrutura em áreas urbanas, como passarelas para pedestres.
Outras rodovias críticas no cenário nacional
Além da BR-101, a BR-116 e a BR-381 também se destacam pelo elevado número de sinistros. A BR-116, que atravessa estados como São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul, registrou 11.478 ocorrências em 2024, sendo 3.478 em trechos paulistas. Já a BR-381, conhecida como “Rodovia da Morte” em Minas Gerais, teve 3.469 sinistros, com 2.793 no mesmo estado.
Minas Gerais lidera o ranking nacional de mortes em rodovias federais, com 794 óbitos e 11.756 feridos em 9.300 sinistros. A BR-381, em especial, é marcada por trechos sinuosos e falta de duplicação, o que contribui para colisões frontais e outros eventos graves. No Paraná, a combinação de colisões frontais e atropelamentos resultou em 605 mortes, um aumento de 8% em relação a 2023.
Essas rodovias, assim como a BR-101, enfrentam problemas estruturais, como pistas simples e falta de barreiras de separação. Cerca de 35.300 sinistros em 2024 ocorreram em pistas simples, resultando em 4.291 mortes, o que evidencia a necessidade de investimentos em duplicação e modernização.
Causas predominantes dos sinistros
Os sinistros em rodovias federais têm causas multifatoriais, mas algumas se destacam pela frequência e gravidade. O excesso de velocidade é a principal infração, com 6,5 milhões de multas aplicadas pela PRF em 2024. Ultrapassagens indevidas, com 301.513 autuações, também contribuem significativamente para colisões frontais, que representam 30% das mortes no Paraná.
A falta de atenção, muitas vezes associada ao uso de celulares, é outra causa relevante. No Espírito Santo, o desrespeito à sinalização viária, incluindo ultrapassagens proibidas, está entre os principais fatores de sinistros. Além disso, a reação tardia ou ineficiente dos condutores foi apontada como a maior causa de eventos, com 10.822 casos, equivalente a 14,9% do total.
Colisões traseiras lideram as estatísticas, com 13.960 registros, 16.173 feridos e 634 mortes. Atropelamentos, embora menos frequentes, são desproporcionalmente letais, representando 16% dos óbitos no Paraná com apenas 4,3% dos sinistros.
- Causas mais comuns de sinistros em 2024:
- Excesso de velocidade: 6.561.685 infrações.
- Ultrapassagens indevidas: 301.513 infrações.
- Não uso do cinto de segurança: 216.267 infrações.
- Reação tardia ou ineficiente do condutor: 14,9% dos casos.
Impactos econômicos e sociais
Os sinistros nas rodovias federais geram não apenas perdas humanas, mas também impactos econômicos significativos. Até junho de 2024, o custo total dos eventos foi estimado em R$ 7,5 bilhões, sendo R$ 2,8 bilhões atribuídos às mortes e R$ 4,4 bilhões aos feridos. Sinistros sem vítimas custaram R$ 231 milhões, refletindo danos materiais e interrupções no tráfego.
No âmbito social, cada morte ou lesão grave representa um impacto devastador para famílias e comunidades. No Paraná, por exemplo, a PRF destacou que os 605 óbitos em 2024 carregam “incontáveis dores” para os envolvidos. A alta incidência de sinistros em finais de semana, entre 17h e 19h, sugere que fatores como cansaço e maior circulação de veículos contribuem para o problema.
Os veículos de passeio foram os mais envolvidos em mortes, com 2.110 vítimas fatais, seguidos por motocicletas (2.024) e caminhões (599). Esses números reforçam a necessidade de campanhas educativas voltadas para diferentes públicos, incluindo motoristas profissionais e condutores de veículos leves.
Medidas preventivas para reduzir sinistros
A prevenção de sinistros exige uma abordagem integrada, que combine fiscalização, educação e melhorias na infraestrutura. Respeitar os limites de velocidade é uma das medidas mais eficazes, já que o excesso de velocidade está diretamente ligado à gravidade dos eventos. Manter uma distância segura do veículo à frente também permite maior tempo de reação em situações de risco.
A manutenção regular dos veículos é outro fator crucial. Verificar condições de freios, pneus e luzes pode evitar falhas mecânicas que levem a sinistros. A condução defensiva, que inclui antecipar ações de outros motoristas e manter um plano de escape, é recomendada para reduzir riscos.
O uso do cinto de segurança, embora obrigatório, ainda é negligenciado por muitos condutores. Em 2024, 216.267 infrações foram registradas por esse motivo, evidenciando a necessidade de maior conscientização. Em condições adversas, como chuva, a atenção deve ser redobrada, com redução da velocidade e aumento da distância entre veículos.
- Boas práticas para evitar sinistros:
- Respeitar os limites de velocidade em todas as condições.
- Manter distância segura do veículo à frente.
- Realizar manutenções regulares no veículo.
- Adotar condução defensiva e evitar distrações.
- Usar cinto de segurança em todos os ocupantes.
Como agir em caso de sinistro
Quando um sinistro ocorre, a prioridade é garantir a segurança de todos os envolvidos. Sinalizar o local com triângulos de sinalização ou luzes de emergência é essencial para evitar novos eventos. Em caso de feridos, os serviços de emergência devem ser acionados imediatamente, com prioridade para o atendimento médico.
Trocar informações com outros motoristas, como nome, telefone, placa e dados do seguro, facilita a resolução do caso. Registrar o ocorrido com fotos dos veículos, danos e local do evento é uma prática recomendada para documentar a situação. As autoridades devem ser chamadas para avaliar o sinistro, evitando declarações precipitadas sobre culpabilidade.
Essas medidas, embora simples, podem minimizar os impactos de um sinistro e garantir que o processo de resolução seja conduzido de forma organizada e segura.
Fiscalização e educação no trânsito
A PRF intensificou a fiscalização em 2024, aplicando 9,4 milhões de autos de infração. Além do excesso de velocidade e ultrapassagens indevidas, infrações como dirigir sem descanso obrigatório, especialmente entre motoristas de caminhões, aumentaram 130% no Paraná. No estado, 118 mil abordagens a veículos de carga resultaram em multas por excesso de peso, com 12,5 milhões de quilos transportados irregularmente.
A educação no trânsito também ganhou destaque. No Paraná, 142 mil pessoas participaram de ações educativas da PRF, incluindo o projeto de cinema rodoviário, que utiliza carretas adaptadas para exibir conteúdos sobre segurança viária. Essas iniciativas buscam mudar comportamentos de risco e promover uma cultura de responsabilidade no trânsito.
No Espírito Santo, o DNIT classificou 95% da malha viária como “boa”, mas motoristas relatam que a infraestrutura não acompanha o aumento do tráfego. A falta de duplicação e terceira faixa em rodovias como a BR-101 agrava o risco de sinistros, especialmente em trechos com grande fluxo de caminhões.
Desafios estruturais das rodovias
A infraestrutura das rodovias federais é um dos principais gargalos para a redução de sinistros. Pistas simples, que representam a maioria dos trechos com alta incidência de eventos, dificultam a separação de fluxos e aumentam o risco de colisões frontais. A duplicação de rodovias, como os 42 quilômetros da BR-101 em Alagoas, prevista para conclusão até 2026, é um exemplo de investimento necessário.
No Espírito Santo, a BR-101 é criticada pela falta de passarelas e pela inadequação ao tráfego atual. Mesmo com manutenção considerada boa, a rodovia opera acima de sua capacidade, gerando congestionamentos e sinistros. A modernização das vias, incluindo a construção de terceiras faixas e barreiras de separação, é essencial para melhorar a segurança.
A combinação de infraestrutura deficiente e comportamentos de risco, como o desrespeito à sinalização, cria um ciclo de sinistros que exige ações coordenadas entre governo, empresas e sociedade.

Dados regionais e comparações
Minas Gerais, Paraná e Santa Catarina lideram o ranking de sinistros em rodovias federais. Em Minas, 9.300 eventos resultaram em 794 mortes, enquanto o Paraná registrou 7.600 sinistros e 607 óbitos. Santa Catarina, com 9.500 ocorrências, teve 415 mortes, mas destaca-se pelo alto número de feridos (8.381).
No Rio de Janeiro, as infrações de trânsito atingiram níveis recordes, com 2,1 milhões de autuações. São Paulo, com 1,2 milhão, e Minas Gerais, com 869.488, completam o pódio de desrespeito às regras. Esses números refletem a necessidade de campanhas regionais adaptadas às características de cada estado.
A comparação com anos anteriores mostra um aumento de 9% nos sinistros entre novembro de 2023 e outubro de 2024, com 72.000 colisões registradas. O crescimento das mortes, especialmente em colisões frontais e atropelamentos, reforça a urgência de medidas preventivas.
- Estados com mais mortes em rodovias (2024):
- Minas Gerais: 794 óbitos.
- Paraná: 607 óbitos.
- Santa Catarina: 415 óbitos.
Cronograma de ações para 2024 e além
O Plano Nacional de Redução de Mortes e Lesões no Trânsito (PNATRANS), implementado em 2018, estabelece metas ambiciosas para reduzir pela metade as mortes no trânsito até 2030, usando 2020 como referência. Em 2024, diversas ações foram realizadas para avançar nesse objetivo:
- Janeiro: Lançamento de campanhas nacionais de conscientização sobre excesso de velocidade.
- Abril: Reforço na fiscalização da PRF durante feriados, com restrições ao tráfego de veículos pesados.
- Agosto: Publicação de dados atualizados pelo DNIT, destacando a BR-101 como a mais perigosa.
- Dezembro: Avaliação anual da PRF, com divulgação do Anuário 2024.
Essas iniciativas, embora promissoras, ainda enfrentam desafios para alcançar resultados consistentes, especialmente em rodovias com alta incidência de sinistros.
Impacto nos diferentes tipos de veículos
Os sinistros em 2024 afetaram diversos tipos de veículos, com destaque para os de passeio, que registraram 2.110 mortes. Motocicletas, com 2.024 óbitos, são particularmente vulneráveis em trechos urbanos, onde atropelamentos e colisões são comuns. Caminhões, envolvidos em 599 mortes, também representam um desafio, especialmente em rodovias com grande circulação de carga.
No Paraná, a PRF intensificou a fiscalização de caminhões, verificando condições dos motoristas e excesso de peso. A ausência de descanso obrigatório foi flagrada em 5.955 casos, um aumento de 130% em relação a 2023. Essas infrações contribuem para sinistros graves, como colisões frontais, que têm alta letalidade.
A combinação de diferentes tipos de veículos nas rodovias, aliada à falta de separação de fluxos, aumenta o risco de eventos. A modernização da frota e a adoção de tecnologias de segurança, como frenagem automática, podem ajudar a reduzir esses números.
Perspectivas para o futuro
O cenário de sinistros em rod ECONOMIC AND SOCIAL IMPACTS
The persistent issue of sinistros on Brazil’s federal highways extends beyond human losses, creating substantial economic and social repercussions. The financial toll of these events in the first half of 2024 alone reached R$ 7.5 billion, with R$ 2.8 billion tied to fatalities and R$ 4.4 billion to injuries. Even sinistros without victims incurred costs of R$ 231 million, reflecting the expenses related to property damage, traffic disruptions, and emergency response operations. These figures underscore the broader economic burden, including healthcare costs, lost productivity, and infrastructure repairs.
Socially, the impact is immeasurable. Families are left grappling with the loss of loved ones, while survivors often face long-term physical and psychological challenges. In states like Paraná, where 605 deaths were recorded, authorities have emphasized the profound emotional toll on communities. The high incidence of sinistros during peak hours—particularly between 5 p.m. and 7 p.m. on Fridays through Sundays—points to patterns of behavior and traffic flow that demand targeted interventions.
The ripple effects of sinistros also strain public resources. Emergency services, hospitals, and law enforcement are stretched thin, diverting attention from other critical needs. Addressing these challenges requires a holistic approach, combining infrastructure improvements with efforts to change driver behavior and enhance road safety culture.
Regional variations in sinistro patterns
Different regions of Brazil face unique challenges when it comes to sinistros. In Minas Gerais, the state’s rugged terrain and winding roads, particularly along the BR-381, contribute to a high number of fatal collisions. The 794 deaths recorded in 2024 highlight the urgency of addressing these structural issues. Similarly, Paraná’s 607 fatalities reflect a mix of urban and rural challenges, with atropelamentos and frontal collisions dominating the statistics.
Santa Catarina, despite having fewer deaths (415), struggles with a high volume of sinistros, particularly along the BR-101. The state’s coastal location and heavy tourist traffic exacerbate the risks, especially during peak travel seasons. In contrast, states like Rio de Janeiro face issues tied to driver behavior, with over 2.1 million traffic infractions recorded, many linked to reckless driving practices.
These regional differences suggest that a one-size-fits-all approach to road safety is insufficient. Tailored strategies, such as increased pedestrian infrastructure in urban areas or road widening in rural zones, could help address the specific needs of each region.
- Key regional challenges:
- Minas Gerais: Winding roads and lack of road duplication.
- Paraná: High incidence of atropelamentos and frontal collisions.
- Santa Catarina: Heavy tourist traffic and urban congestion.
- Rio de Janeiro: Widespread traffic violations.
The role of technology in reducing sinistros
Advancements in vehicle technology offer promising solutions for reducing sinistros. Features like automatic emergency braking, lane-keeping assist, and adaptive cruise control are increasingly common in new vehicles and can help prevent collisions. However, the adoption of such technologies remains limited in Brazil, where older vehicles dominate the fleet.
Road infrastructure can also benefit from technological upgrades. Intelligent transportation systems, such as real-time traffic monitoring and dynamic speed limit adjustments, could improve safety on high-risk roads like the BR-101. Additionally, the use of cameras for automated enforcement has proven effective in reducing speeding and other violations, though their implementation is inconsistent across states.
Encouraging the modernization of Brazil’s vehicle fleet and investing in smart infrastructure could significantly lower sinistro rates, but these measures require substantial funding and political will.
Ongoing efforts and future goals
The PNATRANS remains a cornerstone of Brazil’s efforts to improve road safety. By setting a goal to halve traffic deaths by 2030, the plan emphasizes prevention, enforcement, and education. In 2024, key milestones included the expansion of PRF operations during holidays, the launch of new awareness campaigns, and the publication of detailed sinistro data to guide policy decisions.
Looking ahead, the completion of infrastructure projects, such as the duplication of the BR-101 in Alagoas, could serve as a model for other regions. Continued investment in education, particularly for young drivers and professional truck operators, is also critical. By addressing both human and structural factors, Brazil can move closer to its goal of safer roads.
