Quando o Savatage terminou de tocar “Jesus Saves”, de fato a primeira música do show no Espaço Unimed que não parecia um tema de abertura teatral, o vocalista Zak Stevens recitou a mesma introdução de dois dias antes, no Allianz Parque, para “The Wake of Magellan”. Segundo depois, porém, o cantor se corrigiu, e o grupo executou “Sirens”.
Essa trapalhada na comunicação e a inversão das faixas-título dos discos de 1998 e 1983, respectivamente, simbolizaram a diferença entre os shows que o Savatage fez num estádio no sábado (19), durante o festival Monsters of Rock 2025, e na segunda-feira, na casa também localizada na zona oeste de São Paulo, após o Opeth ter deixado o sarrafo lá no alto com uma apresentação irretocável em termos de peso e execução técnica (a ser comentada em artigo à parte).
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Apesar de não abandonar a teatralidade, com a execução de três músicas com os tradicionais vocais em contraponto — “The Hourglass” se juntou a “The Wake of Magellan” e “Chance”, ambas tocadas no Monsters of Rock dias antes —, o primeiro show próprio do Savatage desde 2002 até teve problemas técnicos, mas foi muito mais espontâneo e vigoroso do que o de sábado. Uma hora e quarenta e cinco minutos de uma apresentação vibrante de uma banda de heavy metal.
Depois da pesada “Sirens”, que veio logo de cara na segunda-feira, a banda desencavou “Another Way”, outra música originalmente cantada por Jon Oliva, mas também tirada de “The Wake of Magellan”. Seriam sete faixas do disco, ao fim da noite.
De certa forma, o show do feriado de Tiradentes pareceu um retorno à turnê do álbum de 1998, que marcou a estreia do Savatage no Brasil com duas aparições: uma para shows próprios no início do ano e um retorno marcante meses depois na edição daquele ano do Monsters of Rock.
A resposta efusiva para “Another Way”, com suas melodias de guitarra tocadas em dueto cantadas pelos presentes, indicou que essa nostalgia havia agradado o público responsável por preencheu bem o setor premium e o restante do espaço disponível de um Espaço Unimed com um bar centralizado situado na pista comum. O local comporta em torno de oito mil pessoas. Ficou difícil estimar o tamanho da ocupação diante da alteração de sua configuração, mas pareceu ter passado longe de lotar.
Zak Stevens até brincou com seu erro antes de a banda tocar a faixa-título de “The Wake of Magellan”, cujos temas iniciais “The Ocean” e “Welcome” abriram novamente o show do Savatage intermediadas pela seção introdutória do clássico dos seus primórdios, “City Beneath the Surface”, como ocorrido dois dias antes.
Dessa vez, porém, Chris Caffery parecia mais desenvolto na execução do pequeno solo originalmente registrado por Criss Oliva. Foi o primeiro indicativo de que parte daquela sensação de banda enferrujada do sábado ficaria para trás.
Ficou evidente quando “Strange Wings”, um quase hard rock de “Hall of the Mountain King” (1987), disco de maior vendagem do Savatage, veio com seu riff emendado ao final de “The Wake of Magellan”. Se o refrão da música anterior já havia provocado gritos a plenos pulmões, a faixa mais velha não teve reação menor e trocou o clima de catarse pelo de festa no Espaço Unimed.
Sem dar espaço para o público respirar, Jeff Plate disparou os bumbos para a introdução pesada de “Taunting Cobras”, faixa que abre na base da pancada “Handful of Rain” (1994). Mais uma vez, a empolgação do público só aumentou. “Turns to Me”, outra de “The Wake of Magellan”, teve sua introdução lenta como respiro, mas logo também ganhou velocidade e suas mudanças de andamento com solos épicos trouxeram de novo aquela sensação de catarse.
Em “Dead Winter Dead”, a pesada faixa-título do álbum de 1995 — e primeiro a ser gravado com a atual formação no Savatage, então acompanhada de Jon Oliva apenas como convidado —, Al Pitrelli passou a ter problemas técnicos com sua guitarra. A situação seria comum até o fim da apresentação.
Momentaneamente, a falha foi corrigida ao trocar seu instrumento no meio da música, mas ainda em tempo de ele executar seu solo ao final dela e, na sequência, ter seu “momento Steve Vai” ao ser a referência na instrumental “The Storm”, mais uma do álbum de 1998.
O repertório então retornou ao disco de 1994 para a execução de duas músicas na sequência que receberam coros em peso do público, a começar pela faixa-título “Handful of Rain”, enquanto o telão exibia imagens meio bregas de uma chuva para combinar com seu título.
Stevens comandou os vocais em contraponto de “Chance” num tom bem mais teatral e até um pouco caricato. A música feita em homenagem ao diplomata japonês Chiune Sugihara, que na Segunda Guerra Mundial emitiu vistos contra a ordem de seu governo para permitir fugas do comando nazista na Lituânia, foi ilustrada no telão pela exibição das bandeiras de vários países, encerrando com a do Brasil, mas talvez nem tenha mudado tanto a reação do público.
Se o peso metálico da apresentação seguiu caindo, seu tom emocional cresceu quando a banda tocou “This is the Time (1990)” para um público extasiado cantar o refrão fácil da tensa balada de “Dead Winter Dead”, disco que aborda uma história de amor em meio a guerra civil na ex-Iugoslávia.
“Gutter Ballet”, na sequência, recebeu coros desde sua melodia inicial, dignos de um dos maiores clássicos da carreira do Savatage. Stevens nem sequer tentou atingir os tons altos de Oliva, principalmente no final da música, quando contou com uma ajudinha de Chris Caffery, acompanhando os agudos da melodia vocal na guitarra.
A reta final da primeira parte da apresentação aumentou relativamente de velocidade para a cadência moderada de “Edge of Thorns”. A faixa-título do disco que marcou a estreia de Zak Stevens na banda em 1993 teve a maior das reações no Espaço Unimed na noite de segunda-feira, dessa vez sem distrações ao solo executado por Chris Caffery ao lado do baixista Johnny Lee Middleton, mais longevo membro do Savatage. Quando os coros dos presentes encobriram a sua voz no encerramento da música, estava estampada nos rostos a alegria do cantor e de Caffery ao seu lado.
Talvez fosse até desnecessário então um retorno ao clima teatral de “The Hourglass”, faixa final do disco conceitual “The Wake of Magellan”. Após inúmeras mudanças de andamento e mais uma parte de vocais em contraponto — nesta noite, com as vozes mais perceptíveis dos tecladistas Shawn McNair e Paulo Cuevas —, Stevens teve seu momento sob os holofotes ao cantar sozinho o seu trecho final. Em seguida, o vocalista disse que alguém especial mandaria uma mensagem ao público.
Era o momento de Jon Oliva introduzir seu vídeo registrado sozinho em estúdio para “Believe”, mas o telão falhou. Após alguns segundos apenas com o som executado no Espaço Unimed, as imagens do fundador do Savatage tocando a balada no piano de cauda apareceram. O público acompanhava os versos iniciais pré-gravados como se nada de errado estivesse acontecendo.
A banda seguiu tocando a música de “Streets — A Rock Opera” (1991) sob a voz de Stevens após o refrão inicial pré-gravado. Chris Caffery executou seu solo visivelmente emocionado enquanto o telão exibia fotos e vídeos curtos do finado Criss Oliva. Se a parte final, com um dueto não lá bem entrosado de Zak Stevens com a voz de Jon Oliva, encerrou a parte inicial da apresentação marejando os olhos do público, depois tudo mudaria para o bis.
Não passou nem um minuto e os ruídos de introdução a “Power of the Night” começaram a ser executados no sistema de som do Espaço Unimed. A pesada faixa-título do álbum de 1984 tem um dos riffs mais icônicos de Criss Oliva e colocou fogo no Espaço Unimed. Após o solo, executado por Caffery com a fidelidade que ele sempre se comprometeu a ter com o registrado pelo finado guitarrista fundador, Stevens voltou ao palco com uma camiseta da seleção brasileira — como no show de 1998 em São Paulo — e seu microfone não funcionou nos versos antes do retorno ao refrão. Praticamente ninguém percebeu.
“Hall of the Mountain King” era o final esperado e foi executada sem nenhuma cerimônia para os mais de cem minutos do Savatage no palco do Espaço Unimed. Nem precisava. Quando a banda americana veio ao país pela primeira vez em 1998, não havia nada além de um pano de fundo com seu logo. E, sob o comando de um carismático — e, sejamos francos, insubstituível — Jon Oliva, conquistou o público brasileiro com um intenso show de heavy metal que o cativou do começo ao final.
Em 2025, o Savatage tem o know-how das turnês grandiosas do Trans-Siberian Orchestra, mas, provavelmente, não contará mais com Oliva no palco. Se essa turnê que se iniciou no Brasil não for apenas uma reunião efêmera — um novo disco, por enquanto, é nada além de uma promessa —, aos poucos, o grupo encontrará um novo equilíbrio.
Não pode prescindir, porém, do peso e da espontaneidade de sua fase inicial, sob risco de ser apenas uma versão de baixo orçamento das turnês natalinas em meio a um circuito de festivais europeus no qual tendências mais extremas do metal têm mais relevância do que vinte anos atrás.
A julgar pelo que o público viu no Espaço Unimed, o Savatage parece estar no caminho certo. Agora é só não esperar mais vinte anos para voltar.
Savatage — ao vivo em São Paulo
- Local: Espaço Unimed
- Data: 21 de abril de 2025
- Produção: Mercury Concerts
Repertório:
- The Ocean
- City Beneath the Surface (introdução)
- Welcome
- Jesus Saves
- Sirens
- Another Way
- The Wake of Magellan
- Strange Wings
- Taunting Cobras
- Turns to Me
- Dead Winter Dead
- The Storm
- Handful of Rain
- Chance
- This Is the Time (1990)
- Gutter Ballet
- Edge of Thorns
- The Hourglass
- Believe (com partes pré-gravadas por Jon Oliva)
Bis:
- Power of the Night
- Hall of the Mountain King
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Quando o Savatage terminou de tocar “Jesus Saves”, de fato a primeira música do show no Espaço Unimed que não parecia um tema de abertura teatral, o vocalista Zak Stevens recitou a mesma introdução de dois dias antes, no Allianz Parque, para “The Wake of Magellan”. Segundo depois, porém, o cantor se corrigiu, e o grupo executou “Sirens”.
Essa trapalhada na comunicação e a inversão das faixas-título dos discos de 1998 e 1983, respectivamente, simbolizaram a diferença entre os shows que o Savatage fez num estádio no sábado (19), durante o festival Monsters of Rock 2025, e na segunda-feira, na casa também localizada na zona oeste de São Paulo, após o Opeth ter deixado o sarrafo lá no alto com uma apresentação irretocável em termos de peso e execução técnica (a ser comentada em artigo à parte).
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Apesar de não abandonar a teatralidade, com a execução de três músicas com os tradicionais vocais em contraponto — “The Hourglass” se juntou a “The Wake of Magellan” e “Chance”, ambas tocadas no Monsters of Rock dias antes —, o primeiro show próprio do Savatage desde 2002 até teve problemas técnicos, mas foi muito mais espontâneo e vigoroso do que o de sábado. Uma hora e quarenta e cinco minutos de uma apresentação vibrante de uma banda de heavy metal.
Depois da pesada “Sirens”, que veio logo de cara na segunda-feira, a banda desencavou “Another Way”, outra música originalmente cantada por Jon Oliva, mas também tirada de “The Wake of Magellan”. Seriam sete faixas do disco, ao fim da noite.
De certa forma, o show do feriado de Tiradentes pareceu um retorno à turnê do álbum de 1998, que marcou a estreia do Savatage no Brasil com duas aparições: uma para shows próprios no início do ano e um retorno marcante meses depois na edição daquele ano do Monsters of Rock.
A resposta efusiva para “Another Way”, com suas melodias de guitarra tocadas em dueto cantadas pelos presentes, indicou que essa nostalgia havia agradado o público responsável por preencheu bem o setor premium e o restante do espaço disponível de um Espaço Unimed com um bar centralizado situado na pista comum. O local comporta em torno de oito mil pessoas. Ficou difícil estimar o tamanho da ocupação diante da alteração de sua configuração, mas pareceu ter passado longe de lotar.
Zak Stevens até brincou com seu erro antes de a banda tocar a faixa-título de “The Wake of Magellan”, cujos temas iniciais “The Ocean” e “Welcome” abriram novamente o show do Savatage intermediadas pela seção introdutória do clássico dos seus primórdios, “City Beneath the Surface”, como ocorrido dois dias antes.
Dessa vez, porém, Chris Caffery parecia mais desenvolto na execução do pequeno solo originalmente registrado por Criss Oliva. Foi o primeiro indicativo de que parte daquela sensação de banda enferrujada do sábado ficaria para trás.
Ficou evidente quando “Strange Wings”, um quase hard rock de “Hall of the Mountain King” (1987), disco de maior vendagem do Savatage, veio com seu riff emendado ao final de “The Wake of Magellan”. Se o refrão da música anterior já havia provocado gritos a plenos pulmões, a faixa mais velha não teve reação menor e trocou o clima de catarse pelo de festa no Espaço Unimed.
Sem dar espaço para o público respirar, Jeff Plate disparou os bumbos para a introdução pesada de “Taunting Cobras”, faixa que abre na base da pancada “Handful of Rain” (1994). Mais uma vez, a empolgação do público só aumentou. “Turns to Me”, outra de “The Wake of Magellan”, teve sua introdução lenta como respiro, mas logo também ganhou velocidade e suas mudanças de andamento com solos épicos trouxeram de novo aquela sensação de catarse.
Em “Dead Winter Dead”, a pesada faixa-título do álbum de 1995 — e primeiro a ser gravado com a atual formação no Savatage, então acompanhada de Jon Oliva apenas como convidado —, Al Pitrelli passou a ter problemas técnicos com sua guitarra. A situação seria comum até o fim da apresentação.
Momentaneamente, a falha foi corrigida ao trocar seu instrumento no meio da música, mas ainda em tempo de ele executar seu solo ao final dela e, na sequência, ter seu “momento Steve Vai” ao ser a referência na instrumental “The Storm”, mais uma do álbum de 1998.
O repertório então retornou ao disco de 1994 para a execução de duas músicas na sequência que receberam coros em peso do público, a começar pela faixa-título “Handful of Rain”, enquanto o telão exibia imagens meio bregas de uma chuva para combinar com seu título.
Stevens comandou os vocais em contraponto de “Chance” num tom bem mais teatral e até um pouco caricato. A música feita em homenagem ao diplomata japonês Chiune Sugihara, que na Segunda Guerra Mundial emitiu vistos contra a ordem de seu governo para permitir fugas do comando nazista na Lituânia, foi ilustrada no telão pela exibição das bandeiras de vários países, encerrando com a do Brasil, mas talvez nem tenha mudado tanto a reação do público.
Se o peso metálico da apresentação seguiu caindo, seu tom emocional cresceu quando a banda tocou “This is the Time (1990)” para um público extasiado cantar o refrão fácil da tensa balada de “Dead Winter Dead”, disco que aborda uma história de amor em meio a guerra civil na ex-Iugoslávia.
“Gutter Ballet”, na sequência, recebeu coros desde sua melodia inicial, dignos de um dos maiores clássicos da carreira do Savatage. Stevens nem sequer tentou atingir os tons altos de Oliva, principalmente no final da música, quando contou com uma ajudinha de Chris Caffery, acompanhando os agudos da melodia vocal na guitarra.
A reta final da primeira parte da apresentação aumentou relativamente de velocidade para a cadência moderada de “Edge of Thorns”. A faixa-título do disco que marcou a estreia de Zak Stevens na banda em 1993 teve a maior das reações no Espaço Unimed na noite de segunda-feira, dessa vez sem distrações ao solo executado por Chris Caffery ao lado do baixista Johnny Lee Middleton, mais longevo membro do Savatage. Quando os coros dos presentes encobriram a sua voz no encerramento da música, estava estampada nos rostos a alegria do cantor e de Caffery ao seu lado.
Talvez fosse até desnecessário então um retorno ao clima teatral de “The Hourglass”, faixa final do disco conceitual “The Wake of Magellan”. Após inúmeras mudanças de andamento e mais uma parte de vocais em contraponto — nesta noite, com as vozes mais perceptíveis dos tecladistas Shawn McNair e Paulo Cuevas —, Stevens teve seu momento sob os holofotes ao cantar sozinho o seu trecho final. Em seguida, o vocalista disse que alguém especial mandaria uma mensagem ao público.
Era o momento de Jon Oliva introduzir seu vídeo registrado sozinho em estúdio para “Believe”, mas o telão falhou. Após alguns segundos apenas com o som executado no Espaço Unimed, as imagens do fundador do Savatage tocando a balada no piano de cauda apareceram. O público acompanhava os versos iniciais pré-gravados como se nada de errado estivesse acontecendo.
A banda seguiu tocando a música de “Streets — A Rock Opera” (1991) sob a voz de Stevens após o refrão inicial pré-gravado. Chris Caffery executou seu solo visivelmente emocionado enquanto o telão exibia fotos e vídeos curtos do finado Criss Oliva. Se a parte final, com um dueto não lá bem entrosado de Zak Stevens com a voz de Jon Oliva, encerrou a parte inicial da apresentação marejando os olhos do público, depois tudo mudaria para o bis.
Não passou nem um minuto e os ruídos de introdução a “Power of the Night” começaram a ser executados no sistema de som do Espaço Unimed. A pesada faixa-título do álbum de 1984 tem um dos riffs mais icônicos de Criss Oliva e colocou fogo no Espaço Unimed. Após o solo, executado por Caffery com a fidelidade que ele sempre se comprometeu a ter com o registrado pelo finado guitarrista fundador, Stevens voltou ao palco com uma camiseta da seleção brasileira — como no show de 1998 em São Paulo — e seu microfone não funcionou nos versos antes do retorno ao refrão. Praticamente ninguém percebeu.
“Hall of the Mountain King” era o final esperado e foi executada sem nenhuma cerimônia para os mais de cem minutos do Savatage no palco do Espaço Unimed. Nem precisava. Quando a banda americana veio ao país pela primeira vez em 1998, não havia nada além de um pano de fundo com seu logo. E, sob o comando de um carismático — e, sejamos francos, insubstituível — Jon Oliva, conquistou o público brasileiro com um intenso show de heavy metal que o cativou do começo ao final.
Em 2025, o Savatage tem o know-how das turnês grandiosas do Trans-Siberian Orchestra, mas, provavelmente, não contará mais com Oliva no palco. Se essa turnê que se iniciou no Brasil não for apenas uma reunião efêmera — um novo disco, por enquanto, é nada além de uma promessa —, aos poucos, o grupo encontrará um novo equilíbrio.
Não pode prescindir, porém, do peso e da espontaneidade de sua fase inicial, sob risco de ser apenas uma versão de baixo orçamento das turnês natalinas em meio a um circuito de festivais europeus no qual tendências mais extremas do metal têm mais relevância do que vinte anos atrás.
A julgar pelo que o público viu no Espaço Unimed, o Savatage parece estar no caminho certo. Agora é só não esperar mais vinte anos para voltar.
Savatage — ao vivo em São Paulo
- Local: Espaço Unimed
- Data: 21 de abril de 2025
- Produção: Mercury Concerts
Repertório:
- The Ocean
- City Beneath the Surface (introdução)
- Welcome
- Jesus Saves
- Sirens
- Another Way
- The Wake of Magellan
- Strange Wings
- Taunting Cobras
- Turns to Me
- Dead Winter Dead
- The Storm
- Handful of Rain
- Chance
- This Is the Time (1990)
- Gutter Ballet
- Edge of Thorns
- The Hourglass
- Believe (com partes pré-gravadas por Jon Oliva)
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