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23 Apr 2025, Wed

Quem tem direito à gratuidade e como solicitar os benefícios para idosos e outros grupos

ônibus


A busca por benefícios no transporte público é uma preocupação constante para muitos moradores de Belo Horizonte, especialmente entre os idosos que desejam saber se há gratuidade para quem tem 60 anos ou mais. Apesar de propostas legislativas que buscavam ampliar o acesso ao passe livre, as regras atuais na capital mineira mantêm a gratuidade restrita a idosos a partir de 65 anos. Além disso, outros grupos, como pessoas com deficiência, estudantes e mulheres em situação de vulnerabilidade, também têm acesso a benefícios específicos. A seguir, detalhamos quem pode usufruir do transporte gratuito, como solicitar os cartões e as condições para cada público.

Em Belo Horizonte, a administração municipal organiza a oferta de gratuidade no transporte coletivo por meio de programas específicos, que atendem a diferentes necessidades sociais. Idosos com 65 anos ou mais, residentes na cidade, podem utilizar os ônibus sem custo, seja apresentando documento de identidade ou utilizando o Cartão BHBUS Master. Esse cartão permite maior comodidade, possibilitando que o usuário passe pela roleta e escolha qualquer assento no veículo.

A proposta de incluir idosos entre 60 e 64 anos na gratuidade, prevista no Projeto de Lei 257/17, foi discutida por anos, mas não avançou. A iniciativa buscava alinhar a legislação municipal com benefícios já previstos em âmbito federal para pessoas a partir de 60 anos, como descontos em passagens interestaduais. Contudo, a falta de aprovação mantém as regras atuais, limitando o acesso ao passe livre para quem atinge os 65 anos.

  • Cartão BHBUS Master: Disponível para idosos a partir de 65 anos, permite passagem pela roleta.
  • Documentação necessária: Apenas documento de identidade com foto para gratuidade sem cartão.
  • Como solicitar: Pelo portal da Prefeitura de BH ou presencialmente no BH Resolve.

Benefícios para outros grupos em Belo Horizonte

Além dos idosos, a Prefeitura de Belo Horizonte mantém programas de gratuidade voltados para pessoas com deficiência (PcD), indivíduos com Transtorno do Espectro Autista (TEA), estudantes e outros públicos em situações específicas. O Cartão BHBUS Benefício Inclusão é um exemplo de iniciativa que atende PcD e autistas, garantindo acesso gratuito ao transporte público municipal. Para isso, é necessário apresentar laudos médicos ou outros documentos que comprovem a condição de saúde.

Estudantes do Ensino Médio e da Educação de Jovens e Adultos (EJA), matriculados em escolas municipais, também têm direito ao Passe Estudantil, desde que residam a pelo menos 1 km da instituição de ensino. Esse benefício é essencial para reduzir os custos de deslocamento de jovens em formação, especialmente em um contexto de aumento das tarifas de transporte.

Outros programas incluem o Vale Transporte Saúde, voltado para pacientes em tratamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS), com foco em pessoas com câncer, e o Auxílio Transporte Mulher, direcionado a mulheres em situação de violência doméstica e vulnerabilidade socioeconômica. Esses benefícios refletem o esforço da administração municipal em atender públicos diversos, embora a burocracia para solicitação ainda seja apontada como um desafio por muitos usuários.

Como funciona a gratuidade para idosos no transporte municipal

A gratuidade para idosos a partir de 65 anos em Belo Horizonte é regulamentada por leis municipais que seguem diretrizes nacionais. Ao completar essa idade, o cidadão pode simplesmente apresentar um documento de identidade com foto ao motorista do ônibus e acessar o veículo sem pagar a tarifa, ocupando os assentos antes da roleta. No entanto, o Cartão BHBUS Master tem se tornado uma opção mais prática, já que elimina a necessidade de mostrar documentos a cada viagem.

idosos aposentados velhos idade
PeopleImages.com – Yuri A/shutterstock.com

O processo de solicitação do cartão é relativamente simples. O idoso deve acessar o portal da Prefeitura de Belo Horizonte ou comparecer ao BH Resolve, levando documentos como RG, CPF e comprovante de residência. Após a emissão, o cartão é recarregado automaticamente, garantindo uso ilimitado nos ônibus municipais. Esse sistema facilita a mobilidade de idosos, que muitas vezes dependem do transporte público para consultas médicas, atividades sociais ou compromissos diários.

A ausência de gratuidade para idosos entre 60 e 64 anos, porém, gera críticas. Muitos argumentam que essa faixa etária já enfrenta dificuldades financeiras e de mobilidade, o que justificaria a inclusão no programa de passe livre. A proposta de lei que buscava essa ampliação, embora não aprovada, trouxe à tona debates sobre a necessidade de políticas públicas mais inclusivas para a população idosa.

  • Documentos para o Cartão BHBUS Master: RG, CPF e comprovante de residência.
  • Prazo de emissão: Geralmente, até 15 dias úteis após a solicitação.
  • Vantagens do cartão: Acesso a qualquer assento e maior agilidade no embarque.

Regras para transporte interestadual gratuito

Enquanto a gratuidade no transporte municipal de Belo Horizonte é restrita a idosos a partir de 65 anos, a legislação federal oferece benefícios para pessoas acima de 60 anos em viagens interestaduais. A Lei 10.741/2003, conhecida como Estatuto do Idoso, garante que idosos com renda de até dois salários mínimos tenham acesso a duas passagens gratuitas por veículo em linhas de ônibus interestaduais. Caso esses assentos já estejam ocupados, é possível solicitar um desconto de 50% no valor da passagem.

Esse benefício é especialmente relevante para idosos que precisam viajar para outros estados, seja para visitar familiares, realizar tratamentos médicos ou resolver questões pessoais. Para usufruir da gratuidade, é necessário apresentar documentos que comprovem idade e renda, como RG e comprovantes de rendimentos, diretamente nas empresas de transporte rodoviário.

A diferença entre as regras municipais e federais gera certa confusão entre os idosos. Muitos acreditam que a gratuidade a partir dos 60 anos em viagens interestaduais também se aplica ao transporte municipal, o que não é o caso em Belo Horizonte. Essa disparidade reforça a importância de campanhas de conscientização para esclarecer os direitos de cada faixa etária.

Outros benefícios para idosos na capital mineira

Além do transporte gratuito, idosos em Belo Horizonte têm acesso a outros programas que visam melhorar sua qualidade de vida. A tarifa social de_** na conta de energia elétrica é um exemplo. Idosos com 65 anos ou mais podem solicitar descontos na conta de luz, desde que atendam a critérios de renda e consumo. Esse benefício, pouco conhecido, pode reduzir significativamente os gastos mensais de famílias de baixa renda.

Outro programa relevante é o atendimento prioritário em serviços públicos e privados, garantido pelo Estatuto do Idoso. Bancos, supermercados e órgãos públicos devem oferecer filas exclusivas ou atendimento preferencial para pessoas acima de 60 anos, facilitando o acesso a serviços essenciais.

A carteirinha do idoso, emitida por alguns municípios, também é uma ferramenta útil. Embora não seja obrigatória em Belo Horizonte, ela pode ser usada como comprovante de idade em estabelecimentos que oferecem descontos ou benefícios, como cinemas, teatros e eventos culturais.

Desafios no acesso aos benefícios

Apesar da existência de diversos programas de gratuidade e benefícios, o acesso a esses direitos nem sempre é simples. A solicitação de cartões como o BHBUS Master ou o Benefício Inclusão exige documentos e, em alguns casos, deslocamento até o BH Resolve, o que pode ser um obstáculo para idosos com mobilidade reduzida ou que vivem em áreas periféricas.

A falta de informação também é um entrave. Muitos idosos desconhecem os benefícios disponíveis ou enfrentam dificuldades para navegar no portal da Prefeitura. Iniciativas de orientação, como campanhas em centros de saúde e associações comunitárias, têm sido implementadas, mas ainda há espaço para melhorias na divulgação e na acessibilidade.

A burocracia para comprovação de condições específicas, como no caso do Vale Transporte Saúde ou do Auxílio Transporte Mulher, também é apontada como um desafio. Mulheres em situação de violência, por exemplo, precisam apresentar documentos que comprovem sua vulnerabilidade, o que pode ser um processo delicado e demorado.

Programas de gratuidade em detalhes

Os programas de gratuidade em Belo Horizonte são estruturados para atender públicos específicos, com regras claras e processos padronizados. Abaixo, listamos os principais benefícios disponíveis:

  • Cartão BHBUS Master: Para idosos a partir de 65 anos, garante gratuidade no transporte municipal.
  • Cartão BHBUS Benefício Inclusão: Voltado para PcD e autistas, exige comprovação médica.
  • Passe Estudantil: Para estudantes do Ensino Médio e EJA, com distância mínima de 1 km da escola.
  • Vale Transporte Saúde: Para pacientes do SUS em tratamento, como pessoas com câncer.
  • Auxílio Transporte Mulher: Para mulheres em situação de violência doméstica e vulnerabilidade.

Cronograma para solicitação de benefícios

O processo de solicitação de cartões e benefícios em Belo Horizonte segue um calendário contínuo, mas é importante estar atento aos prazos de emissão e recarga. Abaixo, um guia básico:

  • Solicitação no portal da Prefeitura: Disponível o ano todo, com agendamento online.
  • Atendimento presencial no BH Resolve: De segunda a sexta, das 8h às 17h.
  • Prazo de emissão de cartões: Até 15 dias úteis, dependendo da demanda.
  • Recarga de cartões: Automática para o BHBUS Master; outros exigem renovação periódica.

Impactos da gratuidade na mobilidade urbana

A oferta de transporte gratuito em Belo Horizonte tem impactos significativos na mobilidade urbana e na qualidade de vida dos beneficiários. Para idosos, a gratuidade reduz os custos com deslocamento, permitindo maior participação em atividades sociais, culturais e de saúde. Estudantes, por sua vez, conseguem frequentar a escola sem sobrecarregar o orçamento familiar.

Para pessoas com deficiência e autistas, o Cartão BHBUS Benefício Inclusão representa uma ferramenta de inclusão, facilitando o acesso a serviços e oportunidades. Já os benefícios voltados para pacientes do SUS e mulheres em situação de violência reforçam o papel do transporte como um direito social, especialmente para grupos vulneráveis.

No entanto, o aumento da demanda por transporte gratuito também gera desafios para o sistema de ônibus da capital. A manutenção da frota, o financiamento dos benefícios e a qualidade do serviço são questões que exigem planejamento contínuo por parte da administração municipal.

Perspectivas para o futuro

A discussão sobre a ampliação da gratuidade para idosos entre 60 e 64 anos pode voltar à pauta em Belo Horizonte, especialmente com o envelhecimento da população brasileira. Dados do IBGE apontam que, até 2030, o número de idosos no Brasil deve superar o de jovens, o que aumenta a pressão por políticas públicas voltadas para essa faixa etária.

Outras cidades brasileiras, como São Paulo e Rio de Janeiro, já oferecem gratuidade a partir dos 60 anos em alguns casos, o que pode servir de referência para Belo Horizonte. No entanto, a implementação de novos benefícios exige equilíbrio entre a demanda social e a capacidade financeira do município.

A modernização dos processos de solicitação, como a ampliação de serviços digitais e a redução da burocracia, também é uma tendência. Ferramentas como aplicativos para recarga de cartões e informações em tempo real sobre linhas de ônibus podem facilitar o acesso aos benefícios no futuro.

Benefícios além do transporte

Além do passe livre, idosos e outros grupos em Belo Horizonte têm acesso a uma série de direitos garantidos por lei. A prioridade em filas, por exemplo, é um benefício pouco lembrado, mas essencial para agilizar o atendimento em bancos, lotéricas e outros estabelecimentos.

Descontos em eventos culturais, como shows e peças de teatro, também são oferecidos para pessoas acima de 60 anos, embora a adesão varie conforme o estabelecimento. Programas de lazer, como academias ao ar livre e grupos de convivência, complementam as iniciativas voltadas para o bem-estar da população idosa.

A tarifa social na conta de energia, mencionada anteriormente, é outro exemplo de benefício que pode fazer a diferença no orçamento. Para solicitá-la, o idoso deve estar inscrito no Cadastro Único (CadÚnico) e consumir até 220 kWh por mês, entre outros critérios.

Importância da informação para o acesso aos direitos

A garantia de direitos, como o passe livre e outros benefícios, depende diretamente do acesso à informação. Em Belo Horizonte, iniciativas como o Centro de Referência da Pessoa Idosa e os programas de assistência social têm buscado orientar a população sobre os serviços disponíveis.

A parceria com associações de bairro e igrejas também tem se mostrado eficaz para alcançar idosos em áreas mais afastadas do centro. Além disso, a capacitação de agentes comunitários para esclarecer dúvidas sobre cartões e benefícios é uma estratégia que pode ser ampliada.

A divulgação em meios de comunicação, como rádios comunitárias e redes sociais, também é uma ferramenta poderosa. Campanhas sazonais, especialmente no Outubro Rosa e no Dia do Idoso, têm ajudado a aumentar a visibilidade dos programas de gratuidade e outros direitos.



A busca por benefícios no transporte público é uma preocupação constante para muitos moradores de Belo Horizonte, especialmente entre os idosos que desejam saber se há gratuidade para quem tem 60 anos ou mais. Apesar de propostas legislativas que buscavam ampliar o acesso ao passe livre, as regras atuais na capital mineira mantêm a gratuidade restrita a idosos a partir de 65 anos. Além disso, outros grupos, como pessoas com deficiência, estudantes e mulheres em situação de vulnerabilidade, também têm acesso a benefícios específicos. A seguir, detalhamos quem pode usufruir do transporte gratuito, como solicitar os cartões e as condições para cada público.

Em Belo Horizonte, a administração municipal organiza a oferta de gratuidade no transporte coletivo por meio de programas específicos, que atendem a diferentes necessidades sociais. Idosos com 65 anos ou mais, residentes na cidade, podem utilizar os ônibus sem custo, seja apresentando documento de identidade ou utilizando o Cartão BHBUS Master. Esse cartão permite maior comodidade, possibilitando que o usuário passe pela roleta e escolha qualquer assento no veículo.

A proposta de incluir idosos entre 60 e 64 anos na gratuidade, prevista no Projeto de Lei 257/17, foi discutida por anos, mas não avançou. A iniciativa buscava alinhar a legislação municipal com benefícios já previstos em âmbito federal para pessoas a partir de 60 anos, como descontos em passagens interestaduais. Contudo, a falta de aprovação mantém as regras atuais, limitando o acesso ao passe livre para quem atinge os 65 anos.

  • Cartão BHBUS Master: Disponível para idosos a partir de 65 anos, permite passagem pela roleta.
  • Documentação necessária: Apenas documento de identidade com foto para gratuidade sem cartão.
  • Como solicitar: Pelo portal da Prefeitura de BH ou presencialmente no BH Resolve.

Benefícios para outros grupos em Belo Horizonte

Além dos idosos, a Prefeitura de Belo Horizonte mantém programas de gratuidade voltados para pessoas com deficiência (PcD), indivíduos com Transtorno do Espectro Autista (TEA), estudantes e outros públicos em situações específicas. O Cartão BHBUS Benefício Inclusão é um exemplo de iniciativa que atende PcD e autistas, garantindo acesso gratuito ao transporte público municipal. Para isso, é necessário apresentar laudos médicos ou outros documentos que comprovem a condição de saúde.

Estudantes do Ensino Médio e da Educação de Jovens e Adultos (EJA), matriculados em escolas municipais, também têm direito ao Passe Estudantil, desde que residam a pelo menos 1 km da instituição de ensino. Esse benefício é essencial para reduzir os custos de deslocamento de jovens em formação, especialmente em um contexto de aumento das tarifas de transporte.

Outros programas incluem o Vale Transporte Saúde, voltado para pacientes em tratamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS), com foco em pessoas com câncer, e o Auxílio Transporte Mulher, direcionado a mulheres em situação de violência doméstica e vulnerabilidade socioeconômica. Esses benefícios refletem o esforço da administração municipal em atender públicos diversos, embora a burocracia para solicitação ainda seja apontada como um desafio por muitos usuários.

Como funciona a gratuidade para idosos no transporte municipal

A gratuidade para idosos a partir de 65 anos em Belo Horizonte é regulamentada por leis municipais que seguem diretrizes nacionais. Ao completar essa idade, o cidadão pode simplesmente apresentar um documento de identidade com foto ao motorista do ônibus e acessar o veículo sem pagar a tarifa, ocupando os assentos antes da roleta. No entanto, o Cartão BHBUS Master tem se tornado uma opção mais prática, já que elimina a necessidade de mostrar documentos a cada viagem.

idosos aposentados velhos idade
PeopleImages.com – Yuri A/shutterstock.com

O processo de solicitação do cartão é relativamente simples. O idoso deve acessar o portal da Prefeitura de Belo Horizonte ou comparecer ao BH Resolve, levando documentos como RG, CPF e comprovante de residência. Após a emissão, o cartão é recarregado automaticamente, garantindo uso ilimitado nos ônibus municipais. Esse sistema facilita a mobilidade de idosos, que muitas vezes dependem do transporte público para consultas médicas, atividades sociais ou compromissos diários.

A ausência de gratuidade para idosos entre 60 e 64 anos, porém, gera críticas. Muitos argumentam que essa faixa etária já enfrenta dificuldades financeiras e de mobilidade, o que justificaria a inclusão no programa de passe livre. A proposta de lei que buscava essa ampliação, embora não aprovada, trouxe à tona debates sobre a necessidade de políticas públicas mais inclusivas para a população idosa.

  • Documentos para o Cartão BHBUS Master: RG, CPF e comprovante de residência.
  • Prazo de emissão: Geralmente, até 15 dias úteis após a solicitação.
  • Vantagens do cartão: Acesso a qualquer assento e maior agilidade no embarque.

Regras para transporte interestadual gratuito

Enquanto a gratuidade no transporte municipal de Belo Horizonte é restrita a idosos a partir de 65 anos, a legislação federal oferece benefícios para pessoas acima de 60 anos em viagens interestaduais. A Lei 10.741/2003, conhecida como Estatuto do Idoso, garante que idosos com renda de até dois salários mínimos tenham acesso a duas passagens gratuitas por veículo em linhas de ônibus interestaduais. Caso esses assentos já estejam ocupados, é possível solicitar um desconto de 50% no valor da passagem.

Esse benefício é especialmente relevante para idosos que precisam viajar para outros estados, seja para visitar familiares, realizar tratamentos médicos ou resolver questões pessoais. Para usufruir da gratuidade, é necessário apresentar documentos que comprovem idade e renda, como RG e comprovantes de rendimentos, diretamente nas empresas de transporte rodoviário.

A diferença entre as regras municipais e federais gera certa confusão entre os idosos. Muitos acreditam que a gratuidade a partir dos 60 anos em viagens interestaduais também se aplica ao transporte municipal, o que não é o caso em Belo Horizonte. Essa disparidade reforça a importância de campanhas de conscientização para esclarecer os direitos de cada faixa etária.

Outros benefícios para idosos na capital mineira

Além do transporte gratuito, idosos em Belo Horizonte têm acesso a outros programas que visam melhorar sua qualidade de vida. A tarifa social de_** na conta de energia elétrica é um exemplo. Idosos com 65 anos ou mais podem solicitar descontos na conta de luz, desde que atendam a critérios de renda e consumo. Esse benefício, pouco conhecido, pode reduzir significativamente os gastos mensais de famílias de baixa renda.

Outro programa relevante é o atendimento prioritário em serviços públicos e privados, garantido pelo Estatuto do Idoso. Bancos, supermercados e órgãos públicos devem oferecer filas exclusivas ou atendimento preferencial para pessoas acima de 60 anos, facilitando o acesso a serviços essenciais.

A carteirinha do idoso, emitida por alguns municípios, também é uma ferramenta útil. Embora não seja obrigatória em Belo Horizonte, ela pode ser usada como comprovante de idade em estabelecimentos que oferecem descontos ou benefícios, como cinemas, teatros e eventos culturais.

Desafios no acesso aos benefícios

Apesar da existência de diversos programas de gratuidade e benefícios, o acesso a esses direitos nem sempre é simples. A solicitação de cartões como o BHBUS Master ou o Benefício Inclusão exige documentos e, em alguns casos, deslocamento até o BH Resolve, o que pode ser um obstáculo para idosos com mobilidade reduzida ou que vivem em áreas periféricas.

A falta de informação também é um entrave. Muitos idosos desconhecem os benefícios disponíveis ou enfrentam dificuldades para navegar no portal da Prefeitura. Iniciativas de orientação, como campanhas em centros de saúde e associações comunitárias, têm sido implementadas, mas ainda há espaço para melhorias na divulgação e na acessibilidade.

A burocracia para comprovação de condições específicas, como no caso do Vale Transporte Saúde ou do Auxílio Transporte Mulher, também é apontada como um desafio. Mulheres em situação de violência, por exemplo, precisam apresentar documentos que comprovem sua vulnerabilidade, o que pode ser um processo delicado e demorado.

Programas de gratuidade em detalhes

Os programas de gratuidade em Belo Horizonte são estruturados para atender públicos específicos, com regras claras e processos padronizados. Abaixo, listamos os principais benefícios disponíveis:

  • Cartão BHBUS Master: Para idosos a partir de 65 anos, garante gratuidade no transporte municipal.
  • Cartão BHBUS Benefício Inclusão: Voltado para PcD e autistas, exige comprovação médica.
  • Passe Estudantil: Para estudantes do Ensino Médio e EJA, com distância mínima de 1 km da escola.
  • Vale Transporte Saúde: Para pacientes do SUS em tratamento, como pessoas com câncer.
  • Auxílio Transporte Mulher: Para mulheres em situação de violência doméstica e vulnerabilidade.

Cronograma para solicitação de benefícios

O processo de solicitação de cartões e benefícios em Belo Horizonte segue um calendário contínuo, mas é importante estar atento aos prazos de emissão e recarga. Abaixo, um guia básico:

  • Solicitação no portal da Prefeitura: Disponível o ano todo, com agendamento online.
  • Atendimento presencial no BH Resolve: De segunda a sexta, das 8h às 17h.
  • Prazo de emissão de cartões: Até 15 dias úteis, dependendo da demanda.
  • Recarga de cartões: Automática para o BHBUS Master; outros exigem renovação periódica.

Impactos da gratuidade na mobilidade urbana

A oferta de transporte gratuito em Belo Horizonte tem impactos significativos na mobilidade urbana e na qualidade de vida dos beneficiários. Para idosos, a gratuidade reduz os custos com deslocamento, permitindo maior participação em atividades sociais, culturais e de saúde. Estudantes, por sua vez, conseguem frequentar a escola sem sobrecarregar o orçamento familiar.

Para pessoas com deficiência e autistas, o Cartão BHBUS Benefício Inclusão representa uma ferramenta de inclusão, facilitando o acesso a serviços e oportunidades. Já os benefícios voltados para pacientes do SUS e mulheres em situação de violência reforçam o papel do transporte como um direito social, especialmente para grupos vulneráveis.

No entanto, o aumento da demanda por transporte gratuito também gera desafios para o sistema de ônibus da capital. A manutenção da frota, o financiamento dos benefícios e a qualidade do serviço são questões que exigem planejamento contínuo por parte da administração municipal.

Perspectivas para o futuro

A discussão sobre a ampliação da gratuidade para idosos entre 60 e 64 anos pode voltar à pauta em Belo Horizonte, especialmente com o envelhecimento da população brasileira. Dados do IBGE apontam que, até 2030, o número de idosos no Brasil deve superar o de jovens, o que aumenta a pressão por políticas públicas voltadas para essa faixa etária.

Outras cidades brasileiras, como São Paulo e Rio de Janeiro, já oferecem gratuidade a partir dos 60 anos em alguns casos, o que pode servir de referência para Belo Horizonte. No entanto, a implementação de novos benefícios exige equilíbrio entre a demanda social e a capacidade financeira do município.

A modernização dos processos de solicitação, como a ampliação de serviços digitais e a redução da burocracia, também é uma tendência. Ferramentas como aplicativos para recarga de cartões e informações em tempo real sobre linhas de ônibus podem facilitar o acesso aos benefícios no futuro.

Benefícios além do transporte

Além do passe livre, idosos e outros grupos em Belo Horizonte têm acesso a uma série de direitos garantidos por lei. A prioridade em filas, por exemplo, é um benefício pouco lembrado, mas essencial para agilizar o atendimento em bancos, lotéricas e outros estabelecimentos.

Descontos em eventos culturais, como shows e peças de teatro, também são oferecidos para pessoas acima de 60 anos, embora a adesão varie conforme o estabelecimento. Programas de lazer, como academias ao ar livre e grupos de convivência, complementam as iniciativas voltadas para o bem-estar da população idosa.

A tarifa social na conta de energia, mencionada anteriormente, é outro exemplo de benefício que pode fazer a diferença no orçamento. Para solicitá-la, o idoso deve estar inscrito no Cadastro Único (CadÚnico) e consumir até 220 kWh por mês, entre outros critérios.

Importância da informação para o acesso aos direitos

A garantia de direitos, como o passe livre e outros benefícios, depende diretamente do acesso à informação. Em Belo Horizonte, iniciativas como o Centro de Referência da Pessoa Idosa e os programas de assistência social têm buscado orientar a população sobre os serviços disponíveis.

A parceria com associações de bairro e igrejas também tem se mostrado eficaz para alcançar idosos em áreas mais afastadas do centro. Além disso, a capacitação de agentes comunitários para esclarecer dúvidas sobre cartões e benefícios é uma estratégia que pode ser ampliada.

A divulgação em meios de comunicação, como rádios comunitárias e redes sociais, também é uma ferramenta poderosa. Campanhas sazonais, especialmente no Outubro Rosa e no Dia do Idoso, têm ajudado a aumentar a visibilidade dos programas de gratuidade e outros direitos.



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