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24 Apr 2025, Thu

Roubo e bicos: polícia traça perfil do suspeito de matar estudante


São Paulo — A Polícia Civil traçou um perfil do suspeito de assassinar a estudante Bruna Oliveira da Silva, de 28 anos, na zona leste de São Paulo. Mais cedo, nesta quarta-feira (23/4), a instituição divulgou uma ilustração de um retrato falado colorido com inteligência artificial (foto de capa).

Segundo a delegada Ivalda Aleixo, diretora do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), o autor do crime tem dois filhos e uma ex-esposa. “Foi acusado de roubo uma vez, em 2008, mas não tem nada de violência doméstica ou de agressão que ele tenha praticado contra alguém”, afirmou em entrevista coletiva à imprensa.

7 imagens

Bruna deixa um filho

Filho de 7 anos de Bruna, encontrada morta em estacionamento da zona leste de São Paulo, ainda não sabe da morte da mãe
Ela era formada em turismo
Jovem de 28 anos fazia mestrado na USP
Bruna e Karina, amigas há quase 12 anos
1 de 7

Bruna foi encontrada nos fundos de um estacionamento

Instagram/Reprodução

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Bruna deixa um filho

Instagram/Reprodução

3 de 7

Filho de 7 anos de Bruna, encontrada morta em estacionamento da zona leste de São Paulo, ainda não sabe da morte da mãe

Reprodução

4 de 7

Ela era formada em turismo

https://www.instagram.com/metropoles.sp/

5 de 7

Jovem de 28 anos fazia mestrado na USP

Instagram/Reprodução

6 de 7

Bruna e Karina, amigas há quase 12 anos

Acervo pessoal

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Bruna Oliveira da Silva, de 28 anos, foi encontrada morta em um estacionamento, na zona leste de SP

Facebook/Reprodução

O suspeito ainda não foi localizado e a polícia trabalha com a possibilidade de ele ter deixado a cidade. “Acionamos as viações [de ônibus], [porque] ele não tinha carro, não tinha dinheiro, vivia de bicos”, disse a delegada.

O DHHP representou pela prisão temporária do suspeito à Justiça e faz buscas para localizá-lo. Além disso, a equipe aguarda o resultado dos exames periciais do Instituto de Criminalística (IC) e do Instituto Médico Legal (IML).

Perseguição

Câmeras de segurança flagraram o momento em que o homem segue e aborda Bruna Oliveira da Silva em uma avenida na zona leste da capital. Veja:

Na última quinta-feira (17/4), Bruna foi encontrada nos fundos de um estacionamento, na Avenida Miguel Ignácio Curi, região da Vila Carmosina, na zona leste de São Paulo. A mestranda da USP estava desaparecida desde 13 de abril e havia sido vista pela última vez no terminal de ônibus da estação de metrô Corinthians-Itaquera.

Relembre o caso

  • Bruna desapareceu no trajeto entre a estação Corinthians-Itaquera do metrô e casa onde morava com os pais, na zona leste.
  • Ela voltava da casa do namorado, no Butantã, zona oeste.
  • No terminal da estação Itaquera, ela precisou carregar o celular em uma banca de jornal. Nesse momento, chegou a mandar uma mensagem para o namorado pedindo dinheiro para voltar para casa por carro de aplicativo, porque já estava tarde.
  • Ele transferiu o valor, mas o celular da estudante teria descarregado e não foi mais possível ter contato com ela.
  • Conforme Karina Amorim, amiga da vítima, a última vez que ela acessou o WhatsApp foi às 22h21 do domingo (13/4).
  • A família de Bruna entrou em contato com a plataforma de carros de aplicativo, que informou que a jovem não chegou a solicitar uma corrida naquela noite.

Protesto

Estudantes da USP Leste, responsável pelos cursos de arte, ciência e humanidades, realizarão “um ato simbólico, na próxima quinta-feira (24/4), a fim de exigir justiça e cobrar seriedade nas investigações”.

Segundo as estudantes, ainda não foi esclarecida a situação que os policiais militares encontraram o corpo da estudante e registrando como morte suspeita, “não pegando provas no momento de levar o corpo e atrapalhando as investigações do DHPP”.

O documento também diz que o caso da Bruna não é isolado e “que as mulheres são violentadas cotidianamente”. Além disso, o grupo afirmou que está articulando com coletivos feministas, movimentos sociais, parlamentares e movimentos estudantis para o ato.

As estudantes pedem políticas concretas que atendam a realidade da população, que as políticas de atendimento às mulheres sejam articuladas com diversas redes de atendimento e que as câmeras de segurança sejam abertas: “A família, os estudantes, os professores, os funcionários e todos aqueles que tiveram contato com Bruna exigem justiça e resposta para esse crime brutal e cruel”.

Namorado relembra cronologia

  • Bruna havia ido para a casa de Igor Sales, seu namorado, que fica no Butantã, na zona oeste, na semana anterior. No sábado, voltou para a residência da família, em Itaquera, e, depois, foi se encontrar com uma amiga. Bruna voltou para a casa de Igor no mesmo sábado à noite, contra o conselho do namorado.
  • “Eu tinha falado para ela não vir, porque ela tinha que pegar o filho dela no domingo de manhã”, disse.
  • Segundo Igor, era comum Bruna ter que insistir para que o ex ficasse com o menino. No domingo, ela pediu para o pai de seu filho levar a criança na segunda-feira de manhã. Assim, ela poderia ficar mais tempo da casa do atual namorado.
  • O ex não concordou com a mudança. Bruna, então, pediu para o ex combinar com seu pai um encontro da estação de metrô para que ele entregasse a criança.
  • “Ela ficou comigo até 20h, até o limite, porque o pai dela tinha que ir trabalhar às 22h30, então, ela tinha que ir embora”, lembrou Igor. Ele diz que ofereceu, como sempre fazia, levá-la de moto até em casa. Porém, como havia chovido muito no Butantã, Bruna pediu apenas uma carona até a estação de metrô.
  • Igor contou que Bruna chegou na estação Itaquera por volta de 22h. Lá, descobriu ter perdido o ônibus que passava próximo à sua casa e decidiu fazer o trajeto a pé. Igor pediu que ela pegasse um carro de aplicativo e transferiu o valor para que a jovem pagasse a corrida. Às 22h09, ela disse que estava carregando o celular em uma banca de comércio e que iria esperar até que valor da viagem via app ficasse mais barato. Às 22h19, ela mandou: “Estou indo”.
  • “Depois de 10 minutos eu mandei mensagem, perguntando se tinha dado certo, porque [a estação] é bem próxima da casa dela. Não dá nem cinco minutos. A mensagem chegou, mas ela não respondeu. Comecei a ligar e nada”, contou Igor.
  • Ele achou que a namorada poderia estar sem energia elétrica em casa e, como estava sem bateria antes, teria ido dormir. Durante a madrugada, Igor acordou algumas vezes e conferiu o celular, ainda sem resposta de Bruna.



São Paulo — A Polícia Civil traçou um perfil do suspeito de assassinar a estudante Bruna Oliveira da Silva, de 28 anos, na zona leste de São Paulo. Mais cedo, nesta quarta-feira (23/4), a instituição divulgou uma ilustração de um retrato falado colorido com inteligência artificial (foto de capa).

Segundo a delegada Ivalda Aleixo, diretora do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), o autor do crime tem dois filhos e uma ex-esposa. “Foi acusado de roubo uma vez, em 2008, mas não tem nada de violência doméstica ou de agressão que ele tenha praticado contra alguém”, afirmou em entrevista coletiva à imprensa.

7 imagens

Bruna deixa um filho

Filho de 7 anos de Bruna, encontrada morta em estacionamento da zona leste de São Paulo, ainda não sabe da morte da mãe
Ela era formada em turismo
Jovem de 28 anos fazia mestrado na USP
Bruna e Karina, amigas há quase 12 anos
1 de 7

Bruna foi encontrada nos fundos de um estacionamento

Instagram/Reprodução

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Bruna deixa um filho

Instagram/Reprodução

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Filho de 7 anos de Bruna, encontrada morta em estacionamento da zona leste de São Paulo, ainda não sabe da morte da mãe

Reprodução

4 de 7

Ela era formada em turismo

https://www.instagram.com/metropoles.sp/

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Jovem de 28 anos fazia mestrado na USP

Instagram/Reprodução

6 de 7

Bruna e Karina, amigas há quase 12 anos

Acervo pessoal

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Bruna Oliveira da Silva, de 28 anos, foi encontrada morta em um estacionamento, na zona leste de SP

Facebook/Reprodução

O suspeito ainda não foi localizado e a polícia trabalha com a possibilidade de ele ter deixado a cidade. “Acionamos as viações [de ônibus], [porque] ele não tinha carro, não tinha dinheiro, vivia de bicos”, disse a delegada.

O DHHP representou pela prisão temporária do suspeito à Justiça e faz buscas para localizá-lo. Além disso, a equipe aguarda o resultado dos exames periciais do Instituto de Criminalística (IC) e do Instituto Médico Legal (IML).

Perseguição

Câmeras de segurança flagraram o momento em que o homem segue e aborda Bruna Oliveira da Silva em uma avenida na zona leste da capital. Veja:

Na última quinta-feira (17/4), Bruna foi encontrada nos fundos de um estacionamento, na Avenida Miguel Ignácio Curi, região da Vila Carmosina, na zona leste de São Paulo. A mestranda da USP estava desaparecida desde 13 de abril e havia sido vista pela última vez no terminal de ônibus da estação de metrô Corinthians-Itaquera.

Relembre o caso

  • Bruna desapareceu no trajeto entre a estação Corinthians-Itaquera do metrô e casa onde morava com os pais, na zona leste.
  • Ela voltava da casa do namorado, no Butantã, zona oeste.
  • No terminal da estação Itaquera, ela precisou carregar o celular em uma banca de jornal. Nesse momento, chegou a mandar uma mensagem para o namorado pedindo dinheiro para voltar para casa por carro de aplicativo, porque já estava tarde.
  • Ele transferiu o valor, mas o celular da estudante teria descarregado e não foi mais possível ter contato com ela.
  • Conforme Karina Amorim, amiga da vítima, a última vez que ela acessou o WhatsApp foi às 22h21 do domingo (13/4).
  • A família de Bruna entrou em contato com a plataforma de carros de aplicativo, que informou que a jovem não chegou a solicitar uma corrida naquela noite.

Protesto

Estudantes da USP Leste, responsável pelos cursos de arte, ciência e humanidades, realizarão “um ato simbólico, na próxima quinta-feira (24/4), a fim de exigir justiça e cobrar seriedade nas investigações”.

Segundo as estudantes, ainda não foi esclarecida a situação que os policiais militares encontraram o corpo da estudante e registrando como morte suspeita, “não pegando provas no momento de levar o corpo e atrapalhando as investigações do DHPP”.

O documento também diz que o caso da Bruna não é isolado e “que as mulheres são violentadas cotidianamente”. Além disso, o grupo afirmou que está articulando com coletivos feministas, movimentos sociais, parlamentares e movimentos estudantis para o ato.

As estudantes pedem políticas concretas que atendam a realidade da população, que as políticas de atendimento às mulheres sejam articuladas com diversas redes de atendimento e que as câmeras de segurança sejam abertas: “A família, os estudantes, os professores, os funcionários e todos aqueles que tiveram contato com Bruna exigem justiça e resposta para esse crime brutal e cruel”.

Namorado relembra cronologia

  • Bruna havia ido para a casa de Igor Sales, seu namorado, que fica no Butantã, na zona oeste, na semana anterior. No sábado, voltou para a residência da família, em Itaquera, e, depois, foi se encontrar com uma amiga. Bruna voltou para a casa de Igor no mesmo sábado à noite, contra o conselho do namorado.
  • “Eu tinha falado para ela não vir, porque ela tinha que pegar o filho dela no domingo de manhã”, disse.
  • Segundo Igor, era comum Bruna ter que insistir para que o ex ficasse com o menino. No domingo, ela pediu para o pai de seu filho levar a criança na segunda-feira de manhã. Assim, ela poderia ficar mais tempo da casa do atual namorado.
  • O ex não concordou com a mudança. Bruna, então, pediu para o ex combinar com seu pai um encontro da estação de metrô para que ele entregasse a criança.
  • “Ela ficou comigo até 20h, até o limite, porque o pai dela tinha que ir trabalhar às 22h30, então, ela tinha que ir embora”, lembrou Igor. Ele diz que ofereceu, como sempre fazia, levá-la de moto até em casa. Porém, como havia chovido muito no Butantã, Bruna pediu apenas uma carona até a estação de metrô.
  • Igor contou que Bruna chegou na estação Itaquera por volta de 22h. Lá, descobriu ter perdido o ônibus que passava próximo à sua casa e decidiu fazer o trajeto a pé. Igor pediu que ela pegasse um carro de aplicativo e transferiu o valor para que a jovem pagasse a corrida. Às 22h09, ela disse que estava carregando o celular em uma banca de comércio e que iria esperar até que valor da viagem via app ficasse mais barato. Às 22h19, ela mandou: “Estou indo”.
  • “Depois de 10 minutos eu mandei mensagem, perguntando se tinha dado certo, porque [a estação] é bem próxima da casa dela. Não dá nem cinco minutos. A mensagem chegou, mas ela não respondeu. Comecei a ligar e nada”, contou Igor.
  • Ele achou que a namorada poderia estar sem energia elétrica em casa e, como estava sem bateria antes, teria ido dormir. Durante a madrugada, Igor acordou algumas vezes e conferiu o celular, ainda sem resposta de Bruna.



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