A linha 2026 do Renault Duster chegou ao mercado com alterações discretas, mas significativas, especialmente na motorização, que foi ajustada para atender às normas mais rigorosas de emissões do Proconve L8. O SUV compacto, que mantém a base da segunda geração do Dacia Duster, traz mudanças nos motores 1.3 turbo e 1.6 aspirado, além de atualizações visuais sutis e manutenção da lista de equipamentos. Enquanto isso, o mercado de SUVs híbridos ganha destaque com o Jaecoo 7 PHEV, modelo plug-in da Chery que promete até 1.200 km de autonomia. Essas novidades reforçam a competitividade no segmento de utilitários esportivos, que combina eficiência, tecnologia e preço acessível.
O Renault Duster 2026 mantém sua posição como uma opção robusta e econômica no segmento de SUVs compactos. As alterações nos motores refletem o compromisso da montadora em alinhar-se às exigências ambientais, enquanto as mudanças visuais, como o teto preto e a antena shark na versão Iconic Plus 1.6, buscam diferenciar o modelo do recém-lançado Kardian. A faixa de preços, que vai de R$ 132.990 a R$ 165.890, posiciona o Duster como uma alternativa competitiva frente a rivais como o GWM Haval H6 e o futuro Jaecoo 7 PHEV.

No mercado global, o Duster continua a evoluir. A terceira geração, já apresentada como Dacia Duster 2024, adota a plataforma CMF-B, trazendo maior sofisticação e opções híbridas. Embora essas inovações ainda não tenham chegado ao Brasil, o modelo 2026 local já sinaliza a transição para tecnologias mais limpas, com motores recalibrados e consumo otimizado. O Jaecoo 7, por sua vez, representa a entrada de marcas chinesas no segmento premium, desafiando modelos estabelecidos com sua proposta híbrida de alta autonomia.
Principais mudanças no Renault Duster 2026
- Motores recalibrados: O 1.3 turbo perdeu 7 cv, agora com 163 cv, e o 1.6 aspirado foi reduzido para 112 cv (etanol).
- Consumo ajustado: Versão manual 1.6 faz 11,5 km/l na cidade (gasolina); CVT registra 7,5 km/l (etanol).
- Visual renovado: Teto preto, antena shark e rodas de 17″ com pintura preta na versão Iconic Plus.
- Preços atualizados: Entre R$ 132.990 (Intense 1.6) e R$ 165.890 (Iconic Plus 1.3 turbo).
- Pack Outsider opcional: Por R$ 1.800, adiciona faróis auxiliares e detalhes estéticos.
Motores ajustados para normas ambientais
A principal novidade do Renault Duster 2026 está sob o capô. Para atender às regras do Proconve L8, que impõem limites mais rígidos para emissões de poluentes, a montadora recalibrou os motores 1.3 turbo (TCe) e 1.6 aspirado (SCe). O 1.3 turbo, presente na versão topo de linha Iconic Plus, teve sua potência reduzida de 170 cv para 163 cv com etanol, além de perder 2 kgfm de torque, totalizando 25,5 kgfm. Apesar da redução, o desempenho permanece competitivo, com aceleração de 0 a 100 km/h em cerca de 10 segundos, segundo dados da marca.
O motor 1.6 aspirado, que equipa as versões de entrada e intermediárias, também foi ajustado. Agora, entrega 112 cv com etanol e 109 cv com gasolina, uma queda de 9 cv e 8 cv, respectivamente, em relação ao modelo anterior. O torque com etanol caiu 0,9 kgfm, ficando em 15,5 kgfm. Essas mudanças visam reduzir emissões, mas impactaram o consumo, especialmente nas versões manuais, que registram números ligeiramente inferiores na cidade com etanol.
As alterações nos motores refletem uma tendência global de adequação a normas ambientais mais exigentes. Países como a Turquia já comercializam o Duster com opções híbridas de 145 cv, indicando o caminho que a Renault pode seguir no Brasil após 2026. Por enquanto, o foco local é manter a eficiência sem comprometer a acessibilidade, com preços que continuam atrativos frente a concorrentes como o Volkswagen T-Cross e o Jeep Renegade.
Consumo e desempenho do Duster 2026
Os ajustes nos motores trouxeram mudanças no consumo do Renault Duster 2026, com resultados variados dependendo da versão e do combustível. Na configuração Intense Plus 1.6 com câmbio manual, o SUV registra 11,5 km/l na cidade e 12,4 km/l na estrada com gasolina, contra 11,6 km/l e 12,3 km/l do modelo 2025. Com etanol, os números caem para 7,6 km/l (cidade) e 8,5 km/l (estrada), uma redução em relação aos 8,1 km/l e 8,5 km/l anteriores.
Nas versões Intense Plus e Iconic 1.6 com câmbio CVT, o consumo urbano é de 10,8 km/l com gasolina e 7,5 km/l com etanol, enquanto na estrada atinge 11,4 km/l (gasolina) e 8,3 km/l (etanol). Comparado ao modelo anterior, o CVT mostra leve melhora com etanol, mas mantém os números estáveis com gasolina. Esses dados posicionam o Duster como uma opção econômica, embora menos eficiente que rivais híbridos como o GWM Haval H6, que alcança até 5,2 km/l em sua versão eletrificada.
A performance do Duster 2026 segue adequada para o segmento. O motor 1.3 turbo oferece respostas rápidas em ultrapassagens, enquanto o 1.6 aspirado é suficiente para uso urbano e rodoviário, especialmente nas versões com câmbio CVT, que proporciona trocas suaves. A Renault optou por manter a dirigibilidade característica do modelo, com suspensão robusta e altura do solo de 23,7 cm, ideal para estradas irregulares e leves aventuras off-road.
Detalhes do consumo por versão
- Intense Plus 1.6 Manual (gasolina): 11,5 km/l (cidade), 12,4 km/l (estrada).
- Intense Plus 1.6 Manual (etanol): 7,6 km/l (cidade), 8,5 km/l (estrada).
- Intense Plus/Iconic 1.6 CVT (gasolina): 10,8 km/l (cidade), 11,4 km/l (estrada).
- Intense Plus/Iconic 1.6 CVT (etanol): 7,5 km/l (cidade), 8,3 km/l (estrada).
- Iconic Plus 1.3 Turbo (gasolina): 10,9 km/l (cidade), 12,1 km/l (estrada).
- Iconic Plus 1.3 Turbo (etanol): 7,8 km/l (cidade), 8,7 km/l (estrada).
Visual renovado e equipamentos mantidos
O Renault Duster 2026 recebeu atualizações visuais discretas, mas que ajudam a diferenciá-lo no mercado. A versão Iconic Plus 1.6 agora conta com teto preto e antena shark, enquanto a Iconic Plus 1.3 turbo incorpora rodas de 17 polegadas com pintura preta, reforçando o visual robusto. Essas mudanças são estratégicas para posicionar o Duster acima do Kardian, SUV subcompacto lançado recentemente pela Renault.
No interior, a lista de equipamentos permanece inalterada. Todas as versões oferecem central multimídia de 8 polegadas com Android Auto e Apple CarPlay, ar-condicionado automático, câmera de ré e controles de estabilidade e tração. A topo de linha Iconic Plus 1.3 turbo adiciona bancos em couro, sensores de chuva e crepuscular, além do opcional Pack Outsider, que por R$ 1.800 inclui faróis auxiliares, molduras em cinza e frisos laterais com detalhes laranja.
A manutenção dos equipamentos reflete a estratégia da Renault de priorizar custo-benefício. Embora o Duster não ofereça tecnologias avançadas como assistentes de condução semi-autônoma, sua robustez e espaço interno, com 475 litros de porta-malas, continuam atraindo famílias e motoristas que buscam versatilidade. A ausência de novidades no pacote de itens, porém, pode limitar sua competitividade frente a rivais mais equipados, como o GWM Haval H6, que inclui tela de 12,3 polegadas e assistentes de segurança.
Jaecoo 7 PHEV: Uma nova concorrência híbrida
Enquanto o Renault Duster 2026 foca em motores a combustão otimizados, o Jaecoo 7 PHEV surge como uma alternativa híbrida plug-in no segmento de SUVs médios. Produzido pela Jaecoo, marca de luxo do grupo Chery, o modelo combina um motor elétrico e um a combustão, alcançando até 1.200 km de autonomia no ciclo combinado. Com 4500 mm de comprimento, é menor que o Toyota RAV4 e o GWM Haval H6, mas promete acabamento premium e tecnologia avançada.
O Jaecoo 7 PHEV oferece potência equivalente a 145 cv, com tração integral disponível em algumas versões. Seu sistema híbrido permite rodar até 80 km em modo elétrico, ideal para uso urbano. A suspensão ajustada proporciona conforto em superfícies irregulares, embora a dirigibilidade seja mais voltada para o conforto do que para a esportividade. O interior inclui central multimídia de 10,1 polegadas, câmera 360 graus e acabamento em materiais suaves ao toque.
No mercado australiano, o Jaecoo 7 já é comercializado com preços competitivos, a partir de cerca de 40 mil dólares australianos (aproximadamente R$ 140 mil). No Brasil, sua chegada é esperada para 2026, posicionando-o como rival direto de modelos como o GWM Haval H6 e o futuro Renault Duster híbrido. A proposta do Jaecoo, com foco em eficiência e sofisticação, pode pressionar a Renault a acelerar a introdução de versões eletrificadas no mercado local.
Comparação com o GWM Haval H6
O GWM Haval H6, outro concorrente de peso, também aposta na eletrificação. Sua versão híbrida, já disponível na Austrália, combina um motor 1.5 turbo com um elétrico, entregando 243 cv e consumo de até 5,2 l/100 km. O modelo 2025, que recebeu um facelift, inclui design renovado, interior mais refinado e tecnologias como piloto automático adaptativo. No Brasil, o Haval H6 é vendido a partir de R$ 209.000, valor bem acima do Duster, mas justificado pelo pacote de equipamentos e eficiência.
Diferentemente do Duster, que prioriza simplicidade e preço acessível, o Haval H6 oferece maior sofisticação, com teto solar panorâmico, bancos aquecidos e sistema de som premium. A versão plug-in híbrida, já comercializada na China, deve chegar ao Brasil em 2026, intensificando a competição no segmento. O Jaecoo 7, por sua vez, busca um meio-termo, com preço mais próximo do Duster e acabamento superior, mas sem a mesma potência do Haval H6.
A comparação entre os três modelos destaca as diferentes estratégias no mercado de SUVs. O Duster 2026 mantém a proposta de custo-benefício, com motores a combustão ajustados para eficiência. O Jaecoo 7 aposta na autonomia híbrida e no design premium, enquanto o Haval H6 combina potência e tecnologia avançada. A escolha dependerá do perfil do consumidor, que pode priorizar preço, eficiência ou equipamentos.
Pontos fortes e limitações dos modelos
- Renault Duster 2026: Preço acessível, robustez mecânica, bom espaço interno; mas carece de tecnologias avançadas e opções híbridas.
- Jaecoo 7 PHEV: Alta autonomia, acabamento premium, preço competitivo; porém, menor que rivais e com chegada incerta no Brasil.
- GWM Haval H6: Potência elevada, pacote de equipamentos completo, eficiência híbrida; preço elevado e manutenção mais cara.
Dacia Duster 2024 e o futuro do modelo
No mercado global, o Dacia Duster 2024, base do Renault Duster, já está em sua terceira geração. Utilizando a plataforma CMF-B, compartilhada com o Renault Clio e o Dacia Sandero, o modelo oferece maior rigidez estrutural, melhor isolamento acústico e opções de powertrain eletrificado. Disponível na Europa com motores híbridos (Hybrid 140) e bifuel (TCe 100), o Duster 2024 alcança até 55 mpg (cerca de 23,4 km/l) na versão híbrida, segundo testes britânicos.
O interior do Dacia Duster 2024 foi modernizado, com painel digital de 7 polegadas e central multimídia de 10,1 polegadas. A suspensão, mais firme que na geração anterior, reduz a rolagem lateral, enquanto a opção de tração 4×4 melhora a capacidade off-road, com ângulos de ataque e saída de 31 e 36 graus, respectivamente. Apesar do avanço, a segurança é um ponto fraco, com nota de três estrelas no Euro NCAP, devido a índices baixos em proteção a pedestres e assistentes de condução.
No Brasil, a terceira geração do Duster deve chegar em 2026, possivelmente com opções híbridas, seguindo o exemplo de mercados como a Turquia, onde o modelo já é vendido por cerca de 18.800 euros (R$ 100 mil, sem impostos). A Renault planeja manter a essência do Duster como um SUV acessível, mas com maior sofisticação para competir com o crescente número de rivais chineses, como o Jaecoo 7 e o GWM Haval H6.
Cronograma de lançamentos no segmento
- Março 2025: Lançamento global do Renault Duster terceira geração (África do Sul).
- Meados de 2026: Chegada do novo Duster ao Brasil, com possível versão híbrida.
- Início de 2026: Início das vendas do Jaecoo 7 PHEV no Brasil.
- 2026: Introdução do GWM Haval H6 plug-in híbrido no mercado brasileiro.
Mercado de SUVs em transformação
O segmento de SUVs compactos e médios vive uma fase de transformação, impulsionada por normas ambientais e pela ascensão de marcas chinesas. O Renault Duster 2026, com seus motores recalibrados, reflete a adaptação às exigências do Proconve L8, mas ainda depende de motores a combustão para manter preços competitivos. A ausência de opções híbridas no Brasil, por enquanto, limita sua concorrência com modelos como o Jaecoo 7 e o GWM Haval H6, que já investem em eletrificação.
A chegada de marcas como a Jaecoo, com propostas premium a preços acessíveis, desafia montadoras tradicionais. O Jaecoo 7, com sua autonomia de 1.200 km e acabamento refinado, pode atrair consumidores que buscam eficiência sem abrir mão de conforto. Já o Haval H6, com potência e tecnologia avançada, mira um público disposto a pagar mais por equipamentos de ponta. Nesse cenário, a Renault precisará acelerar a introdução de versões híbridas do Duster para manter sua relevância.
As vendas de SUVs no Brasil continuam em alta, com o segmento respondendo por cerca de 40% do mercado automotivo em 2024, segundo dados da Fenabrave. Modelos como o Duster, com preço inicial abaixo de R$ 140 mil, seguem atraindo famílias e motoristas que valorizam espaço e robustez. No entanto, a crescente demanda por veículos eletrificados, que já representam 10% das vendas globais de SUVs, pressiona montadoras a inovar rapidamente.
Perspectivas para 2026
O ano de 2026 será decisivo para o mercado de SUVs no Brasil. A chegada da terceira geração do Renault Duster, possivelmente com motorização híbrida, pode reposicionar o modelo como uma opção mais moderna e eficiente. A introdução do Jaecoo 7 PHEV e do Haval H6 plug-in híbrido intensificará a competição, especialmente no segmento de SUVs médios, onde a eficiência energética e o custo-benefício são fatores determinantes.
Os consumidores brasileiros terão mais opções, com preços que variam de R$ 132.990 (Duster) a cerca de R$ 200.000 (Haval H6). A escolha dependerá de prioridades como economia de combustível, tecnologia embarcada ou capacidade off-road. O Duster, com sua tradição de robustez, continuará sendo uma escolha sólida para quem busca simplicidade, enquanto o Jaecoo 7 e o Haval H6 apelam para um público que valoriza inovação e sofisticação.
A Renault, por sua vez, enfrenta o desafio de equilibrar tradição e modernidade. A manutenção de preços acessíveis, aliada à introdução de tecnologias híbridas, será crucial para que o Duster enfrente a concorrência chinesa e mantenha sua fatia no mercado. O Jaecoo 7, com sua proposta de autonomia elevada, e o Haval H6, com potência e equipamentos, mostram que o futuro dos SUVs passa pela eletrificação, mas sem abrir mão da acessibilidade.

A linha 2026 do Renault Duster chegou ao mercado com alterações discretas, mas significativas, especialmente na motorização, que foi ajustada para atender às normas mais rigorosas de emissões do Proconve L8. O SUV compacto, que mantém a base da segunda geração do Dacia Duster, traz mudanças nos motores 1.3 turbo e 1.6 aspirado, além de atualizações visuais sutis e manutenção da lista de equipamentos. Enquanto isso, o mercado de SUVs híbridos ganha destaque com o Jaecoo 7 PHEV, modelo plug-in da Chery que promete até 1.200 km de autonomia. Essas novidades reforçam a competitividade no segmento de utilitários esportivos, que combina eficiência, tecnologia e preço acessível.
O Renault Duster 2026 mantém sua posição como uma opção robusta e econômica no segmento de SUVs compactos. As alterações nos motores refletem o compromisso da montadora em alinhar-se às exigências ambientais, enquanto as mudanças visuais, como o teto preto e a antena shark na versão Iconic Plus 1.6, buscam diferenciar o modelo do recém-lançado Kardian. A faixa de preços, que vai de R$ 132.990 a R$ 165.890, posiciona o Duster como uma alternativa competitiva frente a rivais como o GWM Haval H6 e o futuro Jaecoo 7 PHEV.

No mercado global, o Duster continua a evoluir. A terceira geração, já apresentada como Dacia Duster 2024, adota a plataforma CMF-B, trazendo maior sofisticação e opções híbridas. Embora essas inovações ainda não tenham chegado ao Brasil, o modelo 2026 local já sinaliza a transição para tecnologias mais limpas, com motores recalibrados e consumo otimizado. O Jaecoo 7, por sua vez, representa a entrada de marcas chinesas no segmento premium, desafiando modelos estabelecidos com sua proposta híbrida de alta autonomia.
Principais mudanças no Renault Duster 2026
- Motores recalibrados: O 1.3 turbo perdeu 7 cv, agora com 163 cv, e o 1.6 aspirado foi reduzido para 112 cv (etanol).
- Consumo ajustado: Versão manual 1.6 faz 11,5 km/l na cidade (gasolina); CVT registra 7,5 km/l (etanol).
- Visual renovado: Teto preto, antena shark e rodas de 17″ com pintura preta na versão Iconic Plus.
- Preços atualizados: Entre R$ 132.990 (Intense 1.6) e R$ 165.890 (Iconic Plus 1.3 turbo).
- Pack Outsider opcional: Por R$ 1.800, adiciona faróis auxiliares e detalhes estéticos.
Motores ajustados para normas ambientais
A principal novidade do Renault Duster 2026 está sob o capô. Para atender às regras do Proconve L8, que impõem limites mais rígidos para emissões de poluentes, a montadora recalibrou os motores 1.3 turbo (TCe) e 1.6 aspirado (SCe). O 1.3 turbo, presente na versão topo de linha Iconic Plus, teve sua potência reduzida de 170 cv para 163 cv com etanol, além de perder 2 kgfm de torque, totalizando 25,5 kgfm. Apesar da redução, o desempenho permanece competitivo, com aceleração de 0 a 100 km/h em cerca de 10 segundos, segundo dados da marca.
O motor 1.6 aspirado, que equipa as versões de entrada e intermediárias, também foi ajustado. Agora, entrega 112 cv com etanol e 109 cv com gasolina, uma queda de 9 cv e 8 cv, respectivamente, em relação ao modelo anterior. O torque com etanol caiu 0,9 kgfm, ficando em 15,5 kgfm. Essas mudanças visam reduzir emissões, mas impactaram o consumo, especialmente nas versões manuais, que registram números ligeiramente inferiores na cidade com etanol.
As alterações nos motores refletem uma tendência global de adequação a normas ambientais mais exigentes. Países como a Turquia já comercializam o Duster com opções híbridas de 145 cv, indicando o caminho que a Renault pode seguir no Brasil após 2026. Por enquanto, o foco local é manter a eficiência sem comprometer a acessibilidade, com preços que continuam atrativos frente a concorrentes como o Volkswagen T-Cross e o Jeep Renegade.
Consumo e desempenho do Duster 2026
Os ajustes nos motores trouxeram mudanças no consumo do Renault Duster 2026, com resultados variados dependendo da versão e do combustível. Na configuração Intense Plus 1.6 com câmbio manual, o SUV registra 11,5 km/l na cidade e 12,4 km/l na estrada com gasolina, contra 11,6 km/l e 12,3 km/l do modelo 2025. Com etanol, os números caem para 7,6 km/l (cidade) e 8,5 km/l (estrada), uma redução em relação aos 8,1 km/l e 8,5 km/l anteriores.
Nas versões Intense Plus e Iconic 1.6 com câmbio CVT, o consumo urbano é de 10,8 km/l com gasolina e 7,5 km/l com etanol, enquanto na estrada atinge 11,4 km/l (gasolina) e 8,3 km/l (etanol). Comparado ao modelo anterior, o CVT mostra leve melhora com etanol, mas mantém os números estáveis com gasolina. Esses dados posicionam o Duster como uma opção econômica, embora menos eficiente que rivais híbridos como o GWM Haval H6, que alcança até 5,2 km/l em sua versão eletrificada.
A performance do Duster 2026 segue adequada para o segmento. O motor 1.3 turbo oferece respostas rápidas em ultrapassagens, enquanto o 1.6 aspirado é suficiente para uso urbano e rodoviário, especialmente nas versões com câmbio CVT, que proporciona trocas suaves. A Renault optou por manter a dirigibilidade característica do modelo, com suspensão robusta e altura do solo de 23,7 cm, ideal para estradas irregulares e leves aventuras off-road.
Detalhes do consumo por versão
- Intense Plus 1.6 Manual (gasolina): 11,5 km/l (cidade), 12,4 km/l (estrada).
- Intense Plus 1.6 Manual (etanol): 7,6 km/l (cidade), 8,5 km/l (estrada).
- Intense Plus/Iconic 1.6 CVT (gasolina): 10,8 km/l (cidade), 11,4 km/l (estrada).
- Intense Plus/Iconic 1.6 CVT (etanol): 7,5 km/l (cidade), 8,3 km/l (estrada).
- Iconic Plus 1.3 Turbo (gasolina): 10,9 km/l (cidade), 12,1 km/l (estrada).
- Iconic Plus 1.3 Turbo (etanol): 7,8 km/l (cidade), 8,7 km/l (estrada).
Visual renovado e equipamentos mantidos
O Renault Duster 2026 recebeu atualizações visuais discretas, mas que ajudam a diferenciá-lo no mercado. A versão Iconic Plus 1.6 agora conta com teto preto e antena shark, enquanto a Iconic Plus 1.3 turbo incorpora rodas de 17 polegadas com pintura preta, reforçando o visual robusto. Essas mudanças são estratégicas para posicionar o Duster acima do Kardian, SUV subcompacto lançado recentemente pela Renault.
No interior, a lista de equipamentos permanece inalterada. Todas as versões oferecem central multimídia de 8 polegadas com Android Auto e Apple CarPlay, ar-condicionado automático, câmera de ré e controles de estabilidade e tração. A topo de linha Iconic Plus 1.3 turbo adiciona bancos em couro, sensores de chuva e crepuscular, além do opcional Pack Outsider, que por R$ 1.800 inclui faróis auxiliares, molduras em cinza e frisos laterais com detalhes laranja.
A manutenção dos equipamentos reflete a estratégia da Renault de priorizar custo-benefício. Embora o Duster não ofereça tecnologias avançadas como assistentes de condução semi-autônoma, sua robustez e espaço interno, com 475 litros de porta-malas, continuam atraindo famílias e motoristas que buscam versatilidade. A ausência de novidades no pacote de itens, porém, pode limitar sua competitividade frente a rivais mais equipados, como o GWM Haval H6, que inclui tela de 12,3 polegadas e assistentes de segurança.
Jaecoo 7 PHEV: Uma nova concorrência híbrida
Enquanto o Renault Duster 2026 foca em motores a combustão otimizados, o Jaecoo 7 PHEV surge como uma alternativa híbrida plug-in no segmento de SUVs médios. Produzido pela Jaecoo, marca de luxo do grupo Chery, o modelo combina um motor elétrico e um a combustão, alcançando até 1.200 km de autonomia no ciclo combinado. Com 4500 mm de comprimento, é menor que o Toyota RAV4 e o GWM Haval H6, mas promete acabamento premium e tecnologia avançada.
O Jaecoo 7 PHEV oferece potência equivalente a 145 cv, com tração integral disponível em algumas versões. Seu sistema híbrido permite rodar até 80 km em modo elétrico, ideal para uso urbano. A suspensão ajustada proporciona conforto em superfícies irregulares, embora a dirigibilidade seja mais voltada para o conforto do que para a esportividade. O interior inclui central multimídia de 10,1 polegadas, câmera 360 graus e acabamento em materiais suaves ao toque.
No mercado australiano, o Jaecoo 7 já é comercializado com preços competitivos, a partir de cerca de 40 mil dólares australianos (aproximadamente R$ 140 mil). No Brasil, sua chegada é esperada para 2026, posicionando-o como rival direto de modelos como o GWM Haval H6 e o futuro Renault Duster híbrido. A proposta do Jaecoo, com foco em eficiência e sofisticação, pode pressionar a Renault a acelerar a introdução de versões eletrificadas no mercado local.
Comparação com o GWM Haval H6
O GWM Haval H6, outro concorrente de peso, também aposta na eletrificação. Sua versão híbrida, já disponível na Austrália, combina um motor 1.5 turbo com um elétrico, entregando 243 cv e consumo de até 5,2 l/100 km. O modelo 2025, que recebeu um facelift, inclui design renovado, interior mais refinado e tecnologias como piloto automático adaptativo. No Brasil, o Haval H6 é vendido a partir de R$ 209.000, valor bem acima do Duster, mas justificado pelo pacote de equipamentos e eficiência.
Diferentemente do Duster, que prioriza simplicidade e preço acessível, o Haval H6 oferece maior sofisticação, com teto solar panorâmico, bancos aquecidos e sistema de som premium. A versão plug-in híbrida, já comercializada na China, deve chegar ao Brasil em 2026, intensificando a competição no segmento. O Jaecoo 7, por sua vez, busca um meio-termo, com preço mais próximo do Duster e acabamento superior, mas sem a mesma potência do Haval H6.
A comparação entre os três modelos destaca as diferentes estratégias no mercado de SUVs. O Duster 2026 mantém a proposta de custo-benefício, com motores a combustão ajustados para eficiência. O Jaecoo 7 aposta na autonomia híbrida e no design premium, enquanto o Haval H6 combina potência e tecnologia avançada. A escolha dependerá do perfil do consumidor, que pode priorizar preço, eficiência ou equipamentos.
Pontos fortes e limitações dos modelos
- Renault Duster 2026: Preço acessível, robustez mecânica, bom espaço interno; mas carece de tecnologias avançadas e opções híbridas.
- Jaecoo 7 PHEV: Alta autonomia, acabamento premium, preço competitivo; porém, menor que rivais e com chegada incerta no Brasil.
- GWM Haval H6: Potência elevada, pacote de equipamentos completo, eficiência híbrida; preço elevado e manutenção mais cara.
Dacia Duster 2024 e o futuro do modelo
No mercado global, o Dacia Duster 2024, base do Renault Duster, já está em sua terceira geração. Utilizando a plataforma CMF-B, compartilhada com o Renault Clio e o Dacia Sandero, o modelo oferece maior rigidez estrutural, melhor isolamento acústico e opções de powertrain eletrificado. Disponível na Europa com motores híbridos (Hybrid 140) e bifuel (TCe 100), o Duster 2024 alcança até 55 mpg (cerca de 23,4 km/l) na versão híbrida, segundo testes britânicos.
O interior do Dacia Duster 2024 foi modernizado, com painel digital de 7 polegadas e central multimídia de 10,1 polegadas. A suspensão, mais firme que na geração anterior, reduz a rolagem lateral, enquanto a opção de tração 4×4 melhora a capacidade off-road, com ângulos de ataque e saída de 31 e 36 graus, respectivamente. Apesar do avanço, a segurança é um ponto fraco, com nota de três estrelas no Euro NCAP, devido a índices baixos em proteção a pedestres e assistentes de condução.
No Brasil, a terceira geração do Duster deve chegar em 2026, possivelmente com opções híbridas, seguindo o exemplo de mercados como a Turquia, onde o modelo já é vendido por cerca de 18.800 euros (R$ 100 mil, sem impostos). A Renault planeja manter a essência do Duster como um SUV acessível, mas com maior sofisticação para competir com o crescente número de rivais chineses, como o Jaecoo 7 e o GWM Haval H6.
Cronograma de lançamentos no segmento
- Março 2025: Lançamento global do Renault Duster terceira geração (África do Sul).
- Meados de 2026: Chegada do novo Duster ao Brasil, com possível versão híbrida.
- Início de 2026: Início das vendas do Jaecoo 7 PHEV no Brasil.
- 2026: Introdução do GWM Haval H6 plug-in híbrido no mercado brasileiro.
Mercado de SUVs em transformação
O segmento de SUVs compactos e médios vive uma fase de transformação, impulsionada por normas ambientais e pela ascensão de marcas chinesas. O Renault Duster 2026, com seus motores recalibrados, reflete a adaptação às exigências do Proconve L8, mas ainda depende de motores a combustão para manter preços competitivos. A ausência de opções híbridas no Brasil, por enquanto, limita sua concorrência com modelos como o Jaecoo 7 e o GWM Haval H6, que já investem em eletrificação.
A chegada de marcas como a Jaecoo, com propostas premium a preços acessíveis, desafia montadoras tradicionais. O Jaecoo 7, com sua autonomia de 1.200 km e acabamento refinado, pode atrair consumidores que buscam eficiência sem abrir mão de conforto. Já o Haval H6, com potência e tecnologia avançada, mira um público disposto a pagar mais por equipamentos de ponta. Nesse cenário, a Renault precisará acelerar a introdução de versões híbridas do Duster para manter sua relevância.
As vendas de SUVs no Brasil continuam em alta, com o segmento respondendo por cerca de 40% do mercado automotivo em 2024, segundo dados da Fenabrave. Modelos como o Duster, com preço inicial abaixo de R$ 140 mil, seguem atraindo famílias e motoristas que valorizam espaço e robustez. No entanto, a crescente demanda por veículos eletrificados, que já representam 10% das vendas globais de SUVs, pressiona montadoras a inovar rapidamente.
Perspectivas para 2026
O ano de 2026 será decisivo para o mercado de SUVs no Brasil. A chegada da terceira geração do Renault Duster, possivelmente com motorização híbrida, pode reposicionar o modelo como uma opção mais moderna e eficiente. A introdução do Jaecoo 7 PHEV e do Haval H6 plug-in híbrido intensificará a competição, especialmente no segmento de SUVs médios, onde a eficiência energética e o custo-benefício são fatores determinantes.
Os consumidores brasileiros terão mais opções, com preços que variam de R$ 132.990 (Duster) a cerca de R$ 200.000 (Haval H6). A escolha dependerá de prioridades como economia de combustível, tecnologia embarcada ou capacidade off-road. O Duster, com sua tradição de robustez, continuará sendo uma escolha sólida para quem busca simplicidade, enquanto o Jaecoo 7 e o Haval H6 apelam para um público que valoriza inovação e sofisticação.
A Renault, por sua vez, enfrenta o desafio de equilibrar tradição e modernidade. A manutenção de preços acessíveis, aliada à introdução de tecnologias híbridas, será crucial para que o Duster enfrente a concorrência chinesa e mantenha sua fatia no mercado. O Jaecoo 7, com sua proposta de autonomia elevada, e o Haval H6, com potência e equipamentos, mostram que o futuro dos SUVs passa pela eletrificação, mas sem abrir mão da acessibilidade.
