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8 Apr 2025, Tue

Neste sábado voltei à cidade de Sorocaba para comentar, ao lado do amigo Henrique Guidi, para o Premiere, o duelo entre São Bento e CRB, pela Série B. Ambos chegando à rodada ainda em situação de risco com relação ao rebaixamento. O CRB, pior ataque do campeonato, e tendo vencido apenas dois times fora de casa (os frágeis Boa Esporte e Sampaio Correa), manteve essa pífia performance e sofreu mais uma derrota longe de Maceió. O São Bento, a despeito dos problemas que demonstrou com relação a posicionamento de meio-campo, venceu por 1 a 0 num lance de talento individual e agora só uma hecatombe o tira da Série B em 2019. Mas tem um bocado a agradecer ao assistente Paulo Cesar Almeida, que fez o árbitro anular um gol legítimo, claro e límpido do CRB no segundo tempo.

 

Tanto anifitriões como visitantes demonstraram problemas que ajudam a explicar sua posição na parte inferior da tabela. O CRB tinha uma formação cautelosa no meio-campo, com três volantes, mas até conseguia alguns contra-ataques. Mas faltou o complemento de Iago e Willians no último passe, e de Mazola, que irritou o técnico Roberto Fernandes por estar no lugar errado quase sempre.

 

O São Bento tinha mais gente no meio, mas Fabio Bahia, Samuel Santos, Zezinho e Roni jogavam muito distantes. Várias vezes o time de Marquinhos Santos apresentava buracos (rombos?) no meio-campo – Samuel Santos especificamente sofreu porque tentava defender e não conseguia boa saída de jogo.

 

Nesse cenário de excesso de erros, o jogo começou a ser decidido numa jogada individual. De craque. Roni, que havia desperdiçado uma chance minutos antes – mérito para o goleiro João Carlos e a trave – arrancou pela meia-esquerda aos 35 minutos. Deixou quatro marcadores para trás e rolou para Zezinho, na entrada da pequena área, bater de canhota e fazer 1 a 0 São Bento.

 

O CRB voltou do intervalo com Diego Rosa na vaga de Mazola. A ideia era manter o time no ataque, mas com mais mobilidade e jogo de aproximação. Ia dar certo. Serginho enfiou uma bola para Diego Rosa, nas costas da defesa. A bola desviou na zaga e ficou ainda mais á feição do atacante, que driblou o goleiro e fez o gol. Mas não valeu. Por que? Só o assistente sabe o que marcou. No momento do passe, Diego tinha condição de jogo. Mesmo que não tivesse, o desviou na zaga dar-lhe-ia essa condição. Ou seja, em nenhum cenário poderia ser marcado o impedimento. E, sem sombra de dúvida, era um lance fácil de perceber.

 

O time alagoano continuou mais consistente na articulação e não corria riscos. Mas, de novo, esbarrou na total incompetência em fazer a bola entrar de novo no gol – o que ajudou muito o São Bento a garantir o placar. 

 

O time paulista, que vem de uma ascenção meteórica da Série D para a C e na sequência imediata para a B, e que foi o time que mais demorou a perder a invencibilidade, vai conseguir salvar a temporada mantendo-se na segundona e recuperando fôlego para sonhar mais alto ano que vem. O CRB tem duas decisões, em casa, contra frágeis adversários diretos: o virtualmente rebaixado Boa Esporte e o Juventude. Precisa necessariamente vencer. Não para se garantir. Mas para descobrir o que será obrigado a fazer depois para sobreviver.



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