Dança das cadeiras na temporada francesa | Blog Entre as Canetas

Uma diferença e uma semelhança no macro da temporada francesa 2018-2019 com relação à anterior. A primeira: a França virou campeã do mundo. A segunda:o Paris Saint Germain lidera com folga e será campeão. No específico, contudo, uma surpreendente mudança de posição, ou se quiserem troca de cadeiras, chama a atenção. Na temporada anterior, o Lille passou grande parte do campeonato na zona de degola, e salvou-se sabe-se lá como, enquanto o Monaco, mesmo com altos e baixos e sem ameaçar concretamente o título do PSG, foi o mais regular entre os “mortais” e chegou à Champions. Agora, o Lille é apenas o vice-líder, enquanto o Monaco está na zona de rebaixamento no Francês e na lanterna do seu grupo (100% de aproveitamento negativo, dois jogos, duas derrotas) na Champions.

 

 

Ninguém com um mínimo de prudência pode bancar que o Lille se manterá no G-2, que garante a fase de grupos da próxima Liga dos Campeões. Mas dá para prever que o time, com o respeitado Christophe Galtier, não sofrerá como na edição anterior. Galtier é extremamente identificado com o Saint-Etienne, de onde trouxe para o Lille o atacante Bamba, terceiro na tábua de artilheiros com 5 gols, dois a menos do que o líder Neymar. Lá ficou por inimagináveis, no Brasil, 9 temporadas. O jeito e o padrão que conseguiu dar ao Lille, na pré-temporada, mostram que Galtier tem tudo para fazer o mesmo sucesso no novo clube.

 

Já o Monaco está pagando o preço dos últimos sucessos, que atraíram a cobiça de outros europeus. O time perdeu o lateral Jorge, Keitá Baldé, Fabinho, Lemar, Ghezzal e o português João Moutinho. E ninguém perde tanta qualidade sem efeitos colaterais. O brilhante colombiano Falcão Garcia ainda não se acertou com os reforços de menor expressão que o clube trouxe. Na Champions, já perdeu de Atlético de Madrid e Borussia Dortmund (o sorteio das chaves também não ajudou muito o Mônaco, temos de reconhecer). E no Francês, ganhou do Nantes da estreia e está há sete partidas sem vencer.

 

Assim como tenho dúvidas sobre o fôlego do Lille por brigas mais ousadas até o fim, também me recuso a crer em rebaixamento do Monaco. Leonardo Jardim tem competência e conhece o clube como a palma da mão para encontrar soluções para alguns problemas. Mas também tenho grandes dúvidas de que o time do charmoso principado terá caixa para uma recuperação que o mantenha nas competições internacionais.

 

 

 

 



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