Por que viajar de avião com Galaxy Note 7 pode dar cadeia e multa

Veneno, explosivos, isqueiros e telefones Samsung Galaxy Note 7, essa é parte da lista de itens proibidos que passageiros recebem antes de embarcarem em um avião das principais empresas aéreas no Brasil. O aparelho é tão perigoso que caso alguém seja pego com ele em um avião nos Estados Unidos, pode ser multado em até R$ 1 milhão e receber pena de prisão de até 10 anos.

Diversos aparelhos da marca explodiram ao redor do mundo – Foto: Reprodução/NDDiversos aparelhos da marca explodiram ao redor do mundo – Foto: Reprodução/ND

No país norte-americano as regras são mais rígidas porque em 2016, um aparelho explodiu em um avião da Southwest Airlines que estava prestes a decolar.

O proprietário afirmou que havia desligado o aparelho, como solicitado pela tripulação, mas o dispositivo começou a esquentar e soltar fumaça. O voo foi cancelado e ninguém ficou ferido.

Após o ocorrido, a FAA (Administração Federal de Aviação dos EUA) determinou a proibição para transportar, ou se oferecer para transportar, um Galaxy Note 7 em avião, seja pessoalmente, na bagagem de mão, na bagagem despachada ou por transporte de carga.

Quem fizer isso estará sujeito a uma multa de até US$ 179.933 (R$ 1.013.022,79) por dia de violação e poderá ser condenado a até 10 anos de prisão.

No Brasil, embora o aparelho nunca tenha sido comercializado oficialmente, as companhias aéreas Gol, Latam e Azul proíbem até hoje o transporte do aparelho, como medida de segurança.

As companhias aéreas Gol, Latam e Azul proíbem até hoje o transporte do aparelho – Foto: Reprodução/NDAs companhias aéreas Gol, Latam e Azul proíbem até hoje o transporte do aparelho – Foto: Reprodução/ND

Os problemas do Galaxy Note 7

Os principais problemas do aparelho foram em relação à bateria. Segundo a Samsung, uma parte das baterias tinham um design defeituoso, eram maiores do que o espaço disponível, o que causava pequenos curtos e superaquecimento.

A outra parte tinha componentes de baixa qualidade. Em ambos os casos, os dispositivos corriam risco de explosão.

Em 2016, na tentativa de reverter a situação, a Samsung fez um recall dos aparelhos em escala mundial, totalizando 2,5 milhões de unidades recolhidas.

No entanto, os novos dispositivos apresentaram problemas nos circuitos internos, resultando em mais explosões. Isso porque as baterias de reposição tinham rebarbas de soldagem que furavam a parte de baixo da peça, permitindo o contato entre os polos positivo e negativo.

Devido aos riscos, a Samsung descontinuou a produção do Galaxy Note 7, recomendou que todos os usuários desligassem o smartphone imediatamente.



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