Por que nenhuma criança deveria tomar Danoninho
Em pesquisas realizadas com seu público-alvo, o fabricante constatou que as crianças de hoje estão mais impacientes. Na disputa com o celular por um segundo de atenção, abrir um pote de iogurte para comer de colherada é mais complicado que clicar num vídeo no Youtube. Mas a Danone tem a solução.
As embalagens flexíveis cumprem um papel importante na estratégia para fidelizar os clientes desde a infância. Elas são fáceis de segurar. Cabem na mão da criança, eliminando a necessidade da colher e da ajuda do adulto para fazer o aviãozinho.
O formato foi pensado para facilitar o acesso até mesmo dos mais novos —para virar um consumidor cativo, basta saber apertar e sugar.
Outra alegada “vantagem” da versão squeeze é facilitar o transporte, pois dura mais tempo fora da geladeira. Isso amplia as ocasiões de consumo. Quanto mais praticidade um produto oferecer, maior a chance de ser lembrado pelos adultos com frequência. A adição de rótulos coloridos e personagens completa a equação, estabelecendo vínculos afetivos com o jovem consumidor.
A perigosa combinação da publicidade com a conveniência de alimentos pouco nutritivos pode afetar a saúde dos consumidores
A infância é um período crítico na formação das referências do paladar, que pode ser corrompido pela introdução precoce de ultraprocessados. Por isso é tão importante oferecer às crianças uma variedade de alimentos em sua forma mais natural. Se for escolher industrializados para os pequenos, preste atenção redobrada aos rótulos. Embora seja difícil resistir à conveniência, a praticidade tem um preço que pode ser pago comprometendo a saúde.
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