Morador paga condomínio em moedas e recusa acaba em polícia

A Polícia Militar de Belo Horizonte (MG) foi acionada para atender uma ocorrência inusitada no XX: funcionários de um condomínio não estavam aceitando o pagamento da taxa administrativa, de R$ 800, em moedas.

Morador pagou taxa de condomínio em moedas como forma de protestoMorador pagou taxa em moedas como forma de protesto – Foto: Reprodução/Arquivo pessoal/ND

O morador que tentava realizar o pagamento que acionou a polícia após a recusa dos funcionários, que tiveram que receber o dinheiro e contar as moedas após a chegada da PM.

Ao Estado de Minas, o morador afirmou que o ato foi um protesto, pois não concordava com a mudança nas normas do pagamento, impostas pelo condomínio recentemente.

Até mês passado, todos podiam pagar a taxa via boleto, mas a administração mudou as regras e passaram a aceitar somente dinheiro em espécie.

“A questão é muito grave, não pouco grave. Porque é quase uma violência. Hoje em dia, obrigar as pessoas a comparecerem pessoalmente em horário restrito e carregarem essa quantia em dinheiro é absurdo. Algumas pessoas têm que pagar mais de R$ 800. Caso contrário, correm o risco de ficarem inadimplentes e precisarem resolver a questão judicialmente, o que não é simples, pois envolve custos com advogado e a abertura de uma ação”, afirma uma moradora.

Outra moradora, que também preferiu não se identificar, ainda reclamou que o valor cobrado mensalmente não reflete a realidade do condomínio. Segundo ela, a infraestrutura tem deixado a desejar.

O que diz o condomínio

Ao Estado de Minas, o gerente do edifício JK, Manuel Gonçalves de Freitas, afirmou que a forma de pagamento em espécie não foi imposta aos condôminos, mas apresentada como uma alternativa ao problema com os boletos.

O gerente explicou que a administração não aceita transferências bancárias ou pix, conforme estabelecido em ata, pois há dificuldade em identificar os pagamentos por esses meios.



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