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11 Mar 2025, Tue

conflito e racismo marcam confronto na Libertadores

Everson Atlético-MG

A semifinal da Copa Libertadores entre Atlético-MG e River Plate está sendo marcada por tensões extracampo, especialmente devido a confrontos entre torcedores e casos de racismo cometidos por parte da torcida argentina. Esses episódios acentuaram as críticas sobre a segurança e as medidas tomadas contra atitudes discriminatórias nos estádios.

Racismo no Monumental de Núñez

Antes da partida decisiva entre Atlético-MG e River Plate no estádio Monumental de Núñez, em Buenos Aires, vídeos de torcedores do River Plate fazendo gestos racistas em direção aos torcedores brasileiros circularam amplamente nas redes sociais. Os argentinos foram flagrados imitando macacos, um gesto que ofendeu a torcida visitante e gerou indignação entre jogadores, técnicos e autoridades. Esse tipo de comportamento, infelizmente recorrente em competições sul-americanas, já havia sido visto em jogos anteriores envolvendo equipes brasileiras na Libertadores, o que aumenta a pressão sobre as autoridades desportivas para implementarem punições mais rígidas.

Reação das Autoridades e Possíveis Punições

A Conmebol, organizadora da Copa Libertadores, tem reforçado as penalidades para casos de racismo nos estádios. Desde 2023, clubes cujos torcedores cometem atos de discriminação podem enfrentar multas de até 100 mil dólares e até o fechamento de setores dos estádios. Esse contexto foi decisivo na aplicação de uma punição ao River Plate, que já havia enfrentado sanções similares anteriormente. Caso os gestos racistas no Monumental de Núñez se confirmem, é provável que novas sanções sejam impostas, com uma possível penalidade que inclua a restrição de público nas arquibancadas em partidas futuras.

Histórico de Racismo na Libertadores

Os casos de racismo na Libertadores têm sido constantes nos últimos anos, especialmente em jogos envolvendo equipes brasileiras e argentinas. Em partidas anteriores, torcedores do River Plate já haviam sido registrados realizando gestos similares contra outros clubes brasileiros, como Fluminense e Internacional, também no Monumental de Núñez. A repetição desses incidentes aponta para um problema cultural que vai além do futebol e que demanda respostas efetivas tanto dos clubes quanto das autoridades locais e esportivas.

Confrontos Entre Torcedores em Minas Gerais

Além dos episódios de racismo, o clima entre as torcidas de Atlético-MG e River Plate também foi tenso durante a partida de ida da semifinal, em Belo Horizonte. Em Divinópolis, cidade próxima à capital mineira, torcedores de ambos os times se enfrentaram em uma briga generalizada, que culminou com a intervenção da Polícia Militar. Durante o confronto, um torcedor argentino sofreu uma fratura no nariz e precisou ser hospitalizado. A violência gerou preocupações sobre a segurança dos torcedores visitantes e reforçou a rivalidade entre os dois clubes, que disputam uma vaga na final da competição continental.

Expectativas e Consequências para o Jogo de Volta

Com o jogo de volta marcado para o Monumental de Núñez, o clima é de apreensão. Os torcedores do Atlético-MG, conhecidos por seu apoio incondicional, devem comparecer em grande número, apesar das dificuldades enfrentadas no estádio. A Conmebol e a Federação Argentina de Futebol devem intensificar as medidas de segurança para evitar novos confrontos e coibir manifestações racistas, enquanto o Atlético-MG segue focado em garantir uma vaga na final da Libertadores.

Medidas de Prevenção e Educação Contra o Racismo

O combate ao racismo nos estádios, no entanto, requer ações que vão além das punições. Especialistas apontam a necessidade de campanhas educativas e programas de conscientização para torcedores. Instituições como a Conmebol e os próprios clubes podem atuar em parceria para criar uma cultura de respeito e inclusão nos esportes. Algumas dessas iniciativas já estão sendo implementadas, mas o impacto ainda é limitado, conforme demonstrado pelos episódios recorrentes de discriminação.

A escalada de violência e racismo em competições sul-americanas reforça a importância de um compromisso coletivo para transformar o ambiente esportivo em um espaço seguro e inclusivo para todos.



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