
A invasão argentina já começou em Interlagos naquela que é a maior chance dos torcedores do país vizinho verem de perto o compatriota Franco Colapinto, mesmo com dois obstáculos importantes: a escassez de ingressos e uma greve no sistema de transportes da Argentina. Mas quem conseguiu vir a São Paulo está disposto a fazer muita festa por Colapinto, que disse estar também sendo muito bem recebido pelos brasileiros. O temor do piloto é só que a previsão de chuva atrapalhe a festa.
Perguntado pelo UOL sobre a receptividade dos brasileiros e as diferenças entre a rivalidade futebolística e o clima no mundo automobilístico, o primeiro argentino titular na F1 em 23 anos foi só elogios. “Para mim é uma relação muito bacana que argentinos, mexicanos, brasileiros, chilenos têm no automobilismo. Sinto que todos estão me apoiando. Todos nós apoiamos o Checo (Perez, piloto mexicano), os argentinos, os brasileiros apoiam o Checo, eles me apoiam. É uma fusão que não se viu em nenhum outro esporte. No futebol, tem muita rivalidade. Capaz de estar jogando, não sei, o México contra a Espanha e os argentinos e brasileiros quererem que a Espanha ganhe, o que não faz o menor sentido”, disse o piloto da Williams.
“Tivemos que apoiar um ao outro. E isso parece acontecer aqui, certo? E é como um pequeno passo adiante que vimos como sociedade. Acho que é algo muito bom o que está acontecendo, que haja tantos latinos apoiando uns aos outros e vendo que estamos todos, obviamente, juntos, lutando pelo mesmo objetivo. É isso que me deixa orgulhoso. Ver tantos brasileiros também torcendo para mim é algo muito bom e algo que espero que continue no futuro, que continuemos juntos.”