Como a Amazon montou com Rômulo e Bulgarelli o ‘time dos sonhos’ para a NBA

Ricardo Bulgarelli concordou com o companheiro de transmissões. “Esse fato da viagem é importantíssimo, acho que é fundamental e o Rômulo tem razão em relação a isso. Quando a gente acha que modernidade vai acontecer e você sonha em participar dos eventos in loco, e é justamente o contrário. Nesse mundo de off tube, que você não se sente dentro do jogo totalmente, é fundamental você viajar”, afirmou o comentarista.

Bulgarelli trouxe na bagagem duas passagens diferentes pela ESPN, a primeira entre 1995 e 2002, como produtor e editor, e a segunda, entre 2015 e 2023, como comentarista de basquete. “E a minha história muda um pouquinho em relação a do Rômulo porque ele chega em fevereiro do ano passado, eu chego em outubro do ano anterior (2022), eu era funcionário da NBA Brasil. A NBA Brasil, com a saída do sportv, com a saída da Budweiser, que era a grande patrocinadora, e a entrada do Amazon Prime, ela acha interessante eu ser um dos caras da NBA no Prime Video”, relembrou.

O comentarista, que recentemente virou fixo da Amazon no Brasil, precisou inclusive parar de ser escalado na ESPN em jogos da NBA quando se dividia entre dois locais, já que Bulgarelli passaria a aparecer no Prime Video, um concorrente direto do Star+, serviço de streaming que carregava na época os conteúdos esportivos da Disney, papel hoje desempenhado pelo Disney+. Nos canais ESPN, passou a comentar outros jogos de basquete fora da liga. E ganhava por jogo.

“Eu lembro de ter feito um jogo do Brasil numas eliminatórias, e de ser um jogo com o Rômulo e ele falar ‘eu tava com saudade de você’. E eu sabia que ele estava com o contrato para vencer e que ele seria assediado”, contou Bulgarelli, que viu como passo natural o Prime Video ter ido atrás de contratar o narrador.

“O Rômulo é a voz da NBA no Brasil hoje. Ele não só narra com emoção, como ele ama, é apaixonado por basquete. É um cara profissional, ama todos os esportes, porém a NBA é algo que remete ele a interior, Divinópolis, em gravar os VHS. Eu nunca imaginei encontrar alguém tão apaixonado por NBA quanto eu, por isso a gente se dá tão bem”, disse o comentarista. “Era natural que a NBA, com o crescimento do Prime Video, fosse atrás do melhor”, completou Bulgarelli, em referência ao narrador.

Sobre a própria trajetória, Bulgarelli disse que não se sentiu valorizado pela ESPN pelo tempo de casa e pelas duas passagens. “E era natural, entre você ganhar por jogo na ESPN ou ser contratado em algum lugar, eu seria muito idiota se eu deixasse passar essa oportunidade. Era continuar fazendo o que amo, que é comentar basquete, trabalhar com a NBA, fora a possibilidade de estar em uma nova casa, de poder plantar esse semente de fazer in loco, como o Rômulo falou”, afirmou.



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