Por que nem todo carro híbrido traz uma grande economia de combustível
Nem todo híbrido é igual
Existem diferentes configurações de híbridos, cada uma com características e benefícios distintos. Híbridos plenos, por exemplo, possuem um motor elétrico potente o suficiente para mover o carro sozinho por alguns quilômetros. Já o motor elétrico de um híbrido-leve, como os novos modelos da Fiat, serve apenas como apoio, o que explica sua menor economia de combustível.
“O mild hybrid, ou híbrido-leve, é um sistema que auxilia o motor a combustão em alguns momentos, mas não tem força suficiente para mover o carro sozinho”, explica Gustavo Noronha, diretor de Eletromobilidade da AEA. “O motor elétrico está ali para apoiar, especialmente em acelerações e frenagens, ajudando a reduzir consumo e emissões, mas de forma modesta.”
A tecnologia Bio-Hybrid da Fiat foi projetada para oferecer uma eletrificação mais acessível, combinando um motor 1.0 turbo flex T200 com um motor-gerador elétrico e uma pequena bateria de íons de lítio, que recupera energia ao frear e oferece suporte nas arrancadas.
“Um híbrido-leve, claro, não traz a mesma economia de um híbrido pleno, que chega a reduzir o consumo em até 40%. Mas traz melhorias, sim, tanto no consumo quanto nas emissões”, afirma Noronha.
Fernando Castro Pinto, diretor-adjunto de Tecnologia e Inovação da Escola Politécnica da UFRJ, também ressalta o caráter introdutório dessa tecnologia.
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