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13 Mar 2025, Thu

Alisson vê cobrança fora do tom a trabalho de Zubeldía no São Paulo: "Um pouco desnecessária"




De olho em chance na Seleção, volante afirma que situação do Palmeiras não diz respeito ao Tricolor, comenta atrasos da direção e explica oscilações do time: “Ninguém está atropelando” Em entrevista exclusiva, Alisson, do São Paulo, projeta Seleção Brasileira: “Seria muito especial”
Apesar da classificação antecipada para as quartas de final do Paulistão, o São Paulo de Luis Zubeldía tem sido alvo de críticas na temporada recém-iniciada, principalmente depois de acumular resultados como os empates contra Velo Clube e Inter de Limeira e as derrotas para Bragantino e Santos.
Nesta quarta-feira, às 19h30 (de Brasília), no Morumbis, a equipe recebe a Ponte Preta para o 11º jogo disputado num período de 30 dias, na penúltima rodada da fase de grupos do torneio estadual. Alisson, com dores no tornozelo direito, será preservado pela comissão técnica e só deve reforçar o time nas quartas de final.
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Um dos pilares da equipe, porém, ele atendeu a reportagem do ge numa entrevista exclusiva na terça-feira e disse considerar exageradas as críticas de quem pede a demissão do treinador, embora admita que a equipe ainda vive uma busca por evolução em desempenho e resultados.
– Cumprimos nosso primeiro objetivo, que era a classificação. A gente sabe que tem de melhorar, mas acho que acaba sendo um pouco desnecessária (a pressão). Até porque se você parar para ver, hoje no Brasil você não vê nenhuma equipe atropelando todo mundo. As equipes grandes vêm sofrendo. Uma prova é o Palmeiras, que pode até perder a classificação. Nosso objetivo foi conquistado. Claro que temos de melhorar algumas coisas, mas é um pouco desnecessária (a cobrança) – disse ao ge.
Leia também
+ Como Pablo Maia recuperou a confiança pós-lesão
+ Zubeldía não comandará o Tricolor contra a Ponte
Alisson, do São Paulo, em entrevista ao ge
Marcelo Braga
A situação do Palmeiras, aliás, passou a ser tema de debate entre torcedores do São Paulo. Afinal, o Tricolor enfrentará Ponte Preta e São Bernardo em sequência, os dois adversários que neste momento lideram o grupo do rival, que pode ficar fora das quartas. Alisson, porém, diz que o time só pensa em si.
– De forma alguma (pensamos em entregar). Nosso objetivo é entrar e vencer. O São Paulo não é culpado de desclassificação ou do título de outra equipe. A gente cuida do nosso. Não é a gente que colocou o Palmeiras ali. Precisamos muito desta vitória pelo fato de podermos decidir em casa.
Outro tema tratado pelo jogador na entrevista foi a situação financeira do São Paulo. O clube hoje tem alguns valores a pagar a parte dos jogadores do elenco. Alisson diz que a conversa sobre acertos e atrasos é sempre muito franca entre clube e jogadores e minimizou esse tema:
– Entendemos o momento do clube, mas temos de valorizar o que a diretoria vem fazendo, ela vem se esforçando. Tem algo pendente ainda, mas eles sempre conversam, explicam a situação. Temos um grupo muito unido que pensa realmente em conquistar títulos, e tenho certeza que eles (dirigentes) sempre vão cumprir a palavra deles com a gente. Não (deram prazo). Eles vêm quitando algumas coisas pendentes com alguns atletas no dia a dia. Entendemos a situação do clube – afirmou.
Abaixo, veja mais trechos da entrevista:
ge: como você avalia o desempenho recente do São Paulo? Os resultados, principalmente dos dois jogos em Brasília (contra Velo Clube e Inter de Limeira), deixaram muito a desejar, né?
– Ficamos um pouco reféns do calendário por jogar quatro jogos em nove dias. Acaba que não se tem o tempo adequado para treinar, para acertar algumas coisas, mas nos conhecemos bem. Nos jogos a gente vai tentando entrosar o mais rápido possível. Ficamos felizes de cumprir nosso primeiro objetivo, que é a classificação, mesmo com esses resultados ruins que a gente não esperava em Brasília. O segundo objetivo é classificar em primeiro lugar para ter as quartas de final com a nossa torcida.
Para o torcedor entender, o que muda na preparação num prazo tão curto entre os jogos?
– Você não consegue fazer muita coisa, acaba tendo o desgaste do jogo e o segundo dia é o mais cansativo. O professor e a comissão tentam conversar bastante, fazer um treino mais parado, para que a gente possa entender a estratégia para colocar em prática no jogo, mas é totalmente diferente de quando se tem uma semana cheia em que você consegue treinar com mais intensidade e repetição.
Quando o time oscila, muitos torcedores tentam buscar explicações em atrasos ou desacertos financeiros do clube com jogador. Hoje, há coisas em aberto, mas existe algum impacto?
– De forma alguma a gente entra em campo para fazer alguma sacanagem, até porque quem está jogando é a gente, é o nosso rosto aparecendo ali. O calendário é muito apertado, jogar quatro jogos em nove dias não é normal, envolve muita coisa. Para ter um futebol de qualidade, a gente precisa treinar e ter esse tempo a mais de descanso, para que assim a gente possa fazer as coisas 100%.
Assim como em 2024, o Novorizontino será o adversário das quartas. Ficou um gosto amargo com essa equipe pela eliminação na mesma fase no Paulistão do ano passado?
– Sem dúvida, quando você é eliminado, ainda mais no início do ano… Porque se você já conquista o título do Paulistão, um Estadual complicadíssimo, seria diferente. Isso nos deixou bastante chateados. É uma equipe muito forte, muito difícil, mas esperamos conseguir a classificação em primeiro lugar para enfrentá-los em casa.
Publicamos na última semana no ge sobre o título que você e o Wendell venceram juntos na seleção brasileira sub-21, no Torneio de Toulon, em 2014. Ali começou a relação de vocês?
– A gente se conheceu na Seleção, mas tivemos o trajeto inteiro ali desde o sub-15 e fomos até a sub-23 juntos. Estávamos sempre presentes nas convocações, quando íamos para os clubes a gente mantinha contato, conversávamos. Tem de valorizar o que a diretoria fez, de tirar um jogador do Porto, um jogador adaptado à Europa. Nas conversas eu sentia que ele queria muito vir, como ele tinha dado a palavra à direção do São Paulo. Fico feliz que ele veio para um clube que é gigante.
Wendell e Alisson, do São Paulo, na ida a Brasília
Rubens Chiri / saopaulofc
Acha que pode aparecer em alguma lista do Dorival Júnior neste ano? Recentemente o Lucas Silvestre, filho e auxiliar dele, esteve no CT…
– Essa história vem desde o ano passado. Acabou que tive a lesão, mas são profissionais com quem eu aprendi muito no dia a dia aqui, pessoas espetaculares. Eles foram embora e mantivemos esse contato. A gente conversa de família, criamos uma relação muito boa. Foi um cara que me ajudou muito nessa nova função que estou fazendo hoje. Tento fazer meu trabalho bem feito, e se eles verem que eu venho merecendo essa oportunidade, eu ficaria muito feliz de realizar esse sonho.
Muito se fala de uma possível saída do Pablo Maia para a Europa numa das próximas janelas. Você, aos 31 anos, ainda tem esse sonho de ir para o exterior?
– Todo atleta tem esse sonho de jogar na Europa. No meu caso é um pouco mais difícil até pela idade, mas estou muito feliz aqui no São Paulo, que é um clube que me abriu as portas, e que em diversos momentos foi de grande ajuda para mim. Eu me sinto um torcedor são-paulino por tudo o que vivi aqui. Quem sabe não terminar a carreira aqui? Ficaria muito feliz.
Mas você se vê jogando até que idade? Acha que dá para ficar por mais muitos anos no clube?
– Minha família está adaptada à cidade, ao clube nem se fala, então hoje não me vejo jogando em outro time no Brasil até por tudo o que passei aqui dentro do São Paulo, o apoio que o clube me ofereceu. Quem sabe eu possa encerrar minha carreira aqui? Eu vou indo. Não tenho uma certa idade que penso em parar, mas o tempo vai mostrando, vamos vendo como será para tomar essa decisão.
Por fim, esse será um jogo em que Zubeldía terá de cumprir suspensão, o que o impede até de ir ao estádio. Imagina como ele fica vendo tudo pela televisão?
– Ele deve ficar andando de um lado pro outro (risos). Se nos treinos e no jogo já é daquele jeito, imagina em casa (risos). Mas temos toda a comissão, e Zubeldía dá muita liberdade a eles. A gente vê ele aqui no CT e depois não vemos no estádio. Mas o clube tem profissionais preparadíssimos para nos orientar no jogo.
Zubeldía e Alisson em treino do São Paulo
Sam Robles/FC Series
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De olho em chance na Seleção, volante afirma que situação do Palmeiras não diz respeito ao Tricolor, comenta atrasos da direção e explica oscilações do time: “Ninguém está atropelando” Em entrevista exclusiva, Alisson, do São Paulo, projeta Seleção Brasileira: “Seria muito especial”
Apesar da classificação antecipada para as quartas de final do Paulistão, o São Paulo de Luis Zubeldía tem sido alvo de críticas na temporada recém-iniciada, principalmente depois de acumular resultados como os empates contra Velo Clube e Inter de Limeira e as derrotas para Bragantino e Santos.
Nesta quarta-feira, às 19h30 (de Brasília), no Morumbis, a equipe recebe a Ponte Preta para o 11º jogo disputado num período de 30 dias, na penúltima rodada da fase de grupos do torneio estadual. Alisson, com dores no tornozelo direito, será preservado pela comissão técnica e só deve reforçar o time nas quartas de final.
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Um dos pilares da equipe, porém, ele atendeu a reportagem do ge numa entrevista exclusiva na terça-feira e disse considerar exageradas as críticas de quem pede a demissão do treinador, embora admita que a equipe ainda vive uma busca por evolução em desempenho e resultados.
– Cumprimos nosso primeiro objetivo, que era a classificação. A gente sabe que tem de melhorar, mas acho que acaba sendo um pouco desnecessária (a pressão). Até porque se você parar para ver, hoje no Brasil você não vê nenhuma equipe atropelando todo mundo. As equipes grandes vêm sofrendo. Uma prova é o Palmeiras, que pode até perder a classificação. Nosso objetivo foi conquistado. Claro que temos de melhorar algumas coisas, mas é um pouco desnecessária (a cobrança) – disse ao ge.
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Alisson, do São Paulo, em entrevista ao ge
Marcelo Braga
A situação do Palmeiras, aliás, passou a ser tema de debate entre torcedores do São Paulo. Afinal, o Tricolor enfrentará Ponte Preta e São Bernardo em sequência, os dois adversários que neste momento lideram o grupo do rival, que pode ficar fora das quartas. Alisson, porém, diz que o time só pensa em si.
– De forma alguma (pensamos em entregar). Nosso objetivo é entrar e vencer. O São Paulo não é culpado de desclassificação ou do título de outra equipe. A gente cuida do nosso. Não é a gente que colocou o Palmeiras ali. Precisamos muito desta vitória pelo fato de podermos decidir em casa.
Outro tema tratado pelo jogador na entrevista foi a situação financeira do São Paulo. O clube hoje tem alguns valores a pagar a parte dos jogadores do elenco. Alisson diz que a conversa sobre acertos e atrasos é sempre muito franca entre clube e jogadores e minimizou esse tema:
– Entendemos o momento do clube, mas temos de valorizar o que a diretoria vem fazendo, ela vem se esforçando. Tem algo pendente ainda, mas eles sempre conversam, explicam a situação. Temos um grupo muito unido que pensa realmente em conquistar títulos, e tenho certeza que eles (dirigentes) sempre vão cumprir a palavra deles com a gente. Não (deram prazo). Eles vêm quitando algumas coisas pendentes com alguns atletas no dia a dia. Entendemos a situação do clube – afirmou.
Abaixo, veja mais trechos da entrevista:
ge: como você avalia o desempenho recente do São Paulo? Os resultados, principalmente dos dois jogos em Brasília (contra Velo Clube e Inter de Limeira), deixaram muito a desejar, né?
– Ficamos um pouco reféns do calendário por jogar quatro jogos em nove dias. Acaba que não se tem o tempo adequado para treinar, para acertar algumas coisas, mas nos conhecemos bem. Nos jogos a gente vai tentando entrosar o mais rápido possível. Ficamos felizes de cumprir nosso primeiro objetivo, que é a classificação, mesmo com esses resultados ruins que a gente não esperava em Brasília. O segundo objetivo é classificar em primeiro lugar para ter as quartas de final com a nossa torcida.
Para o torcedor entender, o que muda na preparação num prazo tão curto entre os jogos?
– Você não consegue fazer muita coisa, acaba tendo o desgaste do jogo e o segundo dia é o mais cansativo. O professor e a comissão tentam conversar bastante, fazer um treino mais parado, para que a gente possa entender a estratégia para colocar em prática no jogo, mas é totalmente diferente de quando se tem uma semana cheia em que você consegue treinar com mais intensidade e repetição.
Quando o time oscila, muitos torcedores tentam buscar explicações em atrasos ou desacertos financeiros do clube com jogador. Hoje, há coisas em aberto, mas existe algum impacto?
– De forma alguma a gente entra em campo para fazer alguma sacanagem, até porque quem está jogando é a gente, é o nosso rosto aparecendo ali. O calendário é muito apertado, jogar quatro jogos em nove dias não é normal, envolve muita coisa. Para ter um futebol de qualidade, a gente precisa treinar e ter esse tempo a mais de descanso, para que assim a gente possa fazer as coisas 100%.
Assim como em 2024, o Novorizontino será o adversário das quartas. Ficou um gosto amargo com essa equipe pela eliminação na mesma fase no Paulistão do ano passado?
– Sem dúvida, quando você é eliminado, ainda mais no início do ano… Porque se você já conquista o título do Paulistão, um Estadual complicadíssimo, seria diferente. Isso nos deixou bastante chateados. É uma equipe muito forte, muito difícil, mas esperamos conseguir a classificação em primeiro lugar para enfrentá-los em casa.
Publicamos na última semana no ge sobre o título que você e o Wendell venceram juntos na seleção brasileira sub-21, no Torneio de Toulon, em 2014. Ali começou a relação de vocês?
– A gente se conheceu na Seleção, mas tivemos o trajeto inteiro ali desde o sub-15 e fomos até a sub-23 juntos. Estávamos sempre presentes nas convocações, quando íamos para os clubes a gente mantinha contato, conversávamos. Tem de valorizar o que a diretoria fez, de tirar um jogador do Porto, um jogador adaptado à Europa. Nas conversas eu sentia que ele queria muito vir, como ele tinha dado a palavra à direção do São Paulo. Fico feliz que ele veio para um clube que é gigante.
Wendell e Alisson, do São Paulo, na ida a Brasília
Rubens Chiri / saopaulofc
Acha que pode aparecer em alguma lista do Dorival Júnior neste ano? Recentemente o Lucas Silvestre, filho e auxiliar dele, esteve no CT…
– Essa história vem desde o ano passado. Acabou que tive a lesão, mas são profissionais com quem eu aprendi muito no dia a dia aqui, pessoas espetaculares. Eles foram embora e mantivemos esse contato. A gente conversa de família, criamos uma relação muito boa. Foi um cara que me ajudou muito nessa nova função que estou fazendo hoje. Tento fazer meu trabalho bem feito, e se eles verem que eu venho merecendo essa oportunidade, eu ficaria muito feliz de realizar esse sonho.
Muito se fala de uma possível saída do Pablo Maia para a Europa numa das próximas janelas. Você, aos 31 anos, ainda tem esse sonho de ir para o exterior?
– Todo atleta tem esse sonho de jogar na Europa. No meu caso é um pouco mais difícil até pela idade, mas estou muito feliz aqui no São Paulo, que é um clube que me abriu as portas, e que em diversos momentos foi de grande ajuda para mim. Eu me sinto um torcedor são-paulino por tudo o que vivi aqui. Quem sabe não terminar a carreira aqui? Ficaria muito feliz.
Mas você se vê jogando até que idade? Acha que dá para ficar por mais muitos anos no clube?
– Minha família está adaptada à cidade, ao clube nem se fala, então hoje não me vejo jogando em outro time no Brasil até por tudo o que passei aqui dentro do São Paulo, o apoio que o clube me ofereceu. Quem sabe eu possa encerrar minha carreira aqui? Eu vou indo. Não tenho uma certa idade que penso em parar, mas o tempo vai mostrando, vamos vendo como será para tomar essa decisão.
Por fim, esse será um jogo em que Zubeldía terá de cumprir suspensão, o que o impede até de ir ao estádio. Imagina como ele fica vendo tudo pela televisão?
– Ele deve ficar andando de um lado pro outro (risos). Se nos treinos e no jogo já é daquele jeito, imagina em casa (risos). Mas temos toda a comissão, e Zubeldía dá muita liberdade a eles. A gente vê ele aqui no CT e depois não vemos no estádio. Mas o clube tem profissionais preparadíssimos para nos orientar no jogo.
Zubeldía e Alisson em treino do São Paulo
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