Uma vitória dramática por 3 a 2 contra a Universidad Central, da Venezuela, garantiu ao Corinthians a passagem para a próxima fase da Libertadores na noite desta quarta-feira, na Neo Química Arena. Contudo, o resultado, selado com um gol salvador de Yuri Alberto aos 43 minutos do segundo tempo, trouxe mais alívio que celebração. Os erros defensivos recorrentes e a postura desequilibrada do time diante de um adversário tecnicamente inferior expuseram fragilidades que preocupam torcedores, comissão técnica e diretoria às vésperas de uma temporada decisiva. O confronto, válido pela segunda fase da competição sul-americana, evidenciou que o Timão precisa de ajustes urgentes para sonhar com protagonismo em 2025.
A partida começou promissora, com o Corinthians abrindo o placar logo aos dois minutos, em uma jogada de destaque de Carrillo pela ponta direita, que culminou no primeiro gol de Yuri Alberto. A expectativa de um jogo controlado, no entanto, durou pouco. A defesa, que já vinha sendo alvo de críticas desde o início do ano, falhou feio aos sete minutos, permitindo o empate venezuelano em uma sequência de erros individuais de João Pedro e Matheus Bidu. O gol de Cuesta abalou a confiança da equipe, que passou a atuar de forma acelerada e desorganizada, cedendo espaços perigosos a um rival que, até então, não havia demonstrado grande no cenário continental.
Embora tenha conseguido retomar a vantagem antes do intervalo, com Matheus Bidu marcando aos 40 minutos, o Corinthians voltou a vacilar nos acréscimos da primeira etapa. Uma saída desastrosa do goleiro Hugo Souza em um escanteio permitiu que Adrián Martínez empatasse novamente, reacendendo o fantasma de uma eliminação precoce. O roteiro de altos e baixos marcou uma noite que poderia ter terminado em tragédia, mas terminou com alívio graças ao faro de gol de Yuri Alberto, artilheiro do time na temporada com cinco gols.
Bom dia, Fiel Torcida! 🏴🏳️
Começando a manhã no estilo 𝚂𝚙𝚘𝚛𝚝 𝙲𝚕𝚞𝚋 𝙲𝚘𝚛𝚒𝚗𝚝𝚑𝚒𝚊𝚗𝚜 𝙿𝚊𝚞𝚕𝚒𝚜𝚝𝚊!
📸 José Manoel Idalgo / Corinthians #VaiCorinthians pic.twitter.com/zdgfbGvpcL
— Corinthians (@Corinthians) February 27, 2025
Fragilidade defensiva exposta na Arena
A instabilidade defensiva do Corinthians não é novidade em 2025. Em 14 jogos disputados até agora, o time sofreu 16 gols, uma média superior a um por partida. Contra a Universidad Central, sexto colocado do Campeonato Venezuelano e estreante na elite da Libertadores, foram três gols sofridos em dois jogos – um número alarmante diante de um adversário de menor expressão. Ramón Díaz, técnico da equipe, reconheceu a necessidade de ajustes após a partida, destacando que a torcida tem motivos para se orgulhar da classificação, mas cobrando soluções para os problemas na zaga.
O jogo de ida, na Venezuela, já havia terminado em um empate por 1 a 1, resultado que aumentou a pressão para o confronto em Itaquera. A mobilização da torcida e a expectativa de uma vitória convincente contrastaram com a realidade em campo. Após o gol inicial, o Timão perdeu o controle do jogo, permitindo que os venezuelanos, liderados por Zapata e Martínez, explorassem falhas na marcação e na saída de bola. A ansiedade tomou conta dos jogadores, que passaram a errar passes simples e a acelerar jogadas sem critério, facilitando a vida do adversário.
Entre os pontos positivos, destaque para o goleiro Hugo Souza, que, apesar da falha no segundo gol, fez pelo menos três defesas fundamentais ao longo da partida. Sua atuação evitou um placar ainda mais comprometedor, especialmente no segundo tempo, quando a Universidad Central chegou com perigo em chutes de longa distância. A diferença técnica entre as equipes, no entanto, deveria ter garantido um domínio maior do Corinthians, algo que não se viu em nenhum momento do confronto.
Um time ansioso e desorganizado
Diferente do que se observou em momentos de auge em 2024, quando o Corinthians de Ramón Díaz controlava os jogos com posse de bola e decisões acertadas, a equipe atual parece distante daquele equilíbrio. A pressa em resolver as jogadas e a falta de paciência para construir ataques organizados transformaram a partida em um teste de resistência emocional. Memphis, um dos líderes do elenco, foi outro que brilhou individualmente, com um passe decisivo para o segundo gol e duas finalizações perigosas barradas pelo goleiro Miguel Silva, mas nem ele conseguiu apagar a sensação de desordem tática.
A torcida, que lotou a Neo Química Arena, reagiu ao desempenho irregular com gritos de cobrança, mesmo após a suada classificação. O tradicional “poropopó” de comemoração não ecoou nas arquibancadas, dando lugar a um clima de preocupação. O episódio em que Silva foi atingido por um copo d’água arremessado das cadeiras exemplifica a tensão que marcou a noite. Para os torcedores, a vitória não apagou os sinais de que o time precisa evoluir – e rápido – para enfrentar os desafios que estão por vir.
A janela de transferências, que se encerra na sexta-feira, também joga luz sobre a urgência de reforços. Até o momento, apenas o lateral-esquerdo Fabrizio Angileri está confirmado como nova contratação. Diante das falhas expostas na defesa, a chegada de um único jogador pode não ser suficiente para corrigir os problemas estruturais que comprometem o desempenho do Corinthians em mata-matas e jogos de maior pressão.
Momentos decisivos que definiram a classificação
Relembrar os lances-chave da partida ajuda a entender como o Corinthians escapou de um vexame histórico. Confira os principais momentos:
- Aos 2 minutos, Carrillo cruza com precisão, e Yuri Alberto abre o placar com um chute firme.
- Com 7 minutos, João Pedro falha na saída de bola, e Matheus Bidu deixa Zapata livre para cruzar; Cuesta empata.
- Aos 34 minutos, Hugo Souza faz defesa crucial em chute à queima-roupa, evitando a virada venezuelana.
- No minuto 40, Memphis dá assistência perfeita para Matheus Bidu recolocar o Timão à frente.
- Aos 44 minutos, Hugo Souza sai mal em escanteio, e Adrián Martínez cabeceia para igualar o jogo.
- Aos 43 do segundo tempo, Garro cruza, e Yuri Alberto define a vitória com um belo chute de primeira.
Esses instantes mostram um time capaz de criar oportunidades, mas igualmente vulnerável a erros básicos. A classificação veio, mas o preço pago em desgaste e críticas deixa claro que o Corinthians precisa de mais do que talento individual para se firmar como competitivo.
Cronograma dos próximos desafios do Timão
O calendário do Corinthians em 2025 já reserva uma sequência de jogos que testará a capacidade de reação da equipe. Veja as datas dos próximos compromissos na Libertadores e no cenário doméstico:
- Terça-feira, 4 de março: jogo de ida da terceira fase da Libertadores, adversário a definir.
- Quarta-feira, 12 de março: jogo de volta da terceira fase da Libertadores.
- Domingo, 16 de março: estreia no Campeonato Paulista contra o Santo André.
- Quinta-feira, 20 de março: possível início da fase de grupos da Libertadores, caso avance.
Essa série de partidas será crucial para medir o impacto das correções prometidas por Ramón Díaz e sua comissão técnica. A pressão por resultados consistentes só aumenta, especialmente com a possibilidade de até seis mata-matas consecutivos na competição continental.
O que esperar do Corinthians na temporada
Apesar do sufoco, a classificação na Libertadores mantém o Corinthians vivo na briga por um título que não conquista desde 2012. Yuri Alberto, com cinco gols em 2025, surge como peça-chave para o ataque, enquanto Memphis e Hugo Souza mostram potencial para liderar o time em momentos críticos. No entanto, o desempenho defensivo segue como o calcanhar de Aquiles da equipe, exigindo atenção imediata da diretoria e do treinador.
A vitória por 3 a 2 trouxe alívio, mas não escondeu os problemas que acompanham o Timão desde o início do ano. A falta de consistência tática e a dificuldade em manter a calma sob pressão transformaram um jogo que deveria ser tranquilo em um teste de sobrevivência. Para Ramón Díaz, o desafio é claro: encontrar o equilíbrio que fez do Corinthians um time sólido em 2024 e adaptá-lo às demandas de uma temporada cheia de decisões.
Com a torcida cobrando atitude e a janela de transferências prestes a fechar, o clube paulista tem pouco tempo para se reorganizar. A próxima fase da Libertadores e o início do Paulista serão termômetros importantes para avaliar se o Timão conseguirá superar suas fragilidades ou se os alertas vistos contra a Universidad Central se transformarão em crises maiores ao longo de 2025.

Uma vitória dramática por 3 a 2 contra a Universidad Central, da Venezuela, garantiu ao Corinthians a passagem para a próxima fase da Libertadores na noite desta quarta-feira, na Neo Química Arena. Contudo, o resultado, selado com um gol salvador de Yuri Alberto aos 43 minutos do segundo tempo, trouxe mais alívio que celebração. Os erros defensivos recorrentes e a postura desequilibrada do time diante de um adversário tecnicamente inferior expuseram fragilidades que preocupam torcedores, comissão técnica e diretoria às vésperas de uma temporada decisiva. O confronto, válido pela segunda fase da competição sul-americana, evidenciou que o Timão precisa de ajustes urgentes para sonhar com protagonismo em 2025.
A partida começou promissora, com o Corinthians abrindo o placar logo aos dois minutos, em uma jogada de destaque de Carrillo pela ponta direita, que culminou no primeiro gol de Yuri Alberto. A expectativa de um jogo controlado, no entanto, durou pouco. A defesa, que já vinha sendo alvo de críticas desde o início do ano, falhou feio aos sete minutos, permitindo o empate venezuelano em uma sequência de erros individuais de João Pedro e Matheus Bidu. O gol de Cuesta abalou a confiança da equipe, que passou a atuar de forma acelerada e desorganizada, cedendo espaços perigosos a um rival que, até então, não havia demonstrado grande no cenário continental.
Embora tenha conseguido retomar a vantagem antes do intervalo, com Matheus Bidu marcando aos 40 minutos, o Corinthians voltou a vacilar nos acréscimos da primeira etapa. Uma saída desastrosa do goleiro Hugo Souza em um escanteio permitiu que Adrián Martínez empatasse novamente, reacendendo o fantasma de uma eliminação precoce. O roteiro de altos e baixos marcou uma noite que poderia ter terminado em tragédia, mas terminou com alívio graças ao faro de gol de Yuri Alberto, artilheiro do time na temporada com cinco gols.
Bom dia, Fiel Torcida! 🏴🏳️
Começando a manhã no estilo 𝚂𝚙𝚘𝚛𝚝 𝙲𝚕𝚞𝚋 𝙲𝚘𝚛𝚒𝚗𝚝𝚑𝚒𝚊𝚗𝚜 𝙿𝚊𝚞𝚕𝚒𝚜𝚝𝚊!
📸 José Manoel Idalgo / Corinthians #VaiCorinthians pic.twitter.com/zdgfbGvpcL
— Corinthians (@Corinthians) February 27, 2025
Fragilidade defensiva exposta na Arena
A instabilidade defensiva do Corinthians não é novidade em 2025. Em 14 jogos disputados até agora, o time sofreu 16 gols, uma média superior a um por partida. Contra a Universidad Central, sexto colocado do Campeonato Venezuelano e estreante na elite da Libertadores, foram três gols sofridos em dois jogos – um número alarmante diante de um adversário de menor expressão. Ramón Díaz, técnico da equipe, reconheceu a necessidade de ajustes após a partida, destacando que a torcida tem motivos para se orgulhar da classificação, mas cobrando soluções para os problemas na zaga.
O jogo de ida, na Venezuela, já havia terminado em um empate por 1 a 1, resultado que aumentou a pressão para o confronto em Itaquera. A mobilização da torcida e a expectativa de uma vitória convincente contrastaram com a realidade em campo. Após o gol inicial, o Timão perdeu o controle do jogo, permitindo que os venezuelanos, liderados por Zapata e Martínez, explorassem falhas na marcação e na saída de bola. A ansiedade tomou conta dos jogadores, que passaram a errar passes simples e a acelerar jogadas sem critério, facilitando a vida do adversário.
Entre os pontos positivos, destaque para o goleiro Hugo Souza, que, apesar da falha no segundo gol, fez pelo menos três defesas fundamentais ao longo da partida. Sua atuação evitou um placar ainda mais comprometedor, especialmente no segundo tempo, quando a Universidad Central chegou com perigo em chutes de longa distância. A diferença técnica entre as equipes, no entanto, deveria ter garantido um domínio maior do Corinthians, algo que não se viu em nenhum momento do confronto.
Um time ansioso e desorganizado
Diferente do que se observou em momentos de auge em 2024, quando o Corinthians de Ramón Díaz controlava os jogos com posse de bola e decisões acertadas, a equipe atual parece distante daquele equilíbrio. A pressa em resolver as jogadas e a falta de paciência para construir ataques organizados transformaram a partida em um teste de resistência emocional. Memphis, um dos líderes do elenco, foi outro que brilhou individualmente, com um passe decisivo para o segundo gol e duas finalizações perigosas barradas pelo goleiro Miguel Silva, mas nem ele conseguiu apagar a sensação de desordem tática.
A torcida, que lotou a Neo Química Arena, reagiu ao desempenho irregular com gritos de cobrança, mesmo após a suada classificação. O tradicional “poropopó” de comemoração não ecoou nas arquibancadas, dando lugar a um clima de preocupação. O episódio em que Silva foi atingido por um copo d’água arremessado das cadeiras exemplifica a tensão que marcou a noite. Para os torcedores, a vitória não apagou os sinais de que o time precisa evoluir – e rápido – para enfrentar os desafios que estão por vir.
A janela de transferências, que se encerra na sexta-feira, também joga luz sobre a urgência de reforços. Até o momento, apenas o lateral-esquerdo Fabrizio Angileri está confirmado como nova contratação. Diante das falhas expostas na defesa, a chegada de um único jogador pode não ser suficiente para corrigir os problemas estruturais que comprometem o desempenho do Corinthians em mata-matas e jogos de maior pressão.
Momentos decisivos que definiram a classificação
Relembrar os lances-chave da partida ajuda a entender como o Corinthians escapou de um vexame histórico. Confira os principais momentos:
- Aos 2 minutos, Carrillo cruza com precisão, e Yuri Alberto abre o placar com um chute firme.
- Com 7 minutos, João Pedro falha na saída de bola, e Matheus Bidu deixa Zapata livre para cruzar; Cuesta empata.
- Aos 34 minutos, Hugo Souza faz defesa crucial em chute à queima-roupa, evitando a virada venezuelana.
- No minuto 40, Memphis dá assistência perfeita para Matheus Bidu recolocar o Timão à frente.
- Aos 44 minutos, Hugo Souza sai mal em escanteio, e Adrián Martínez cabeceia para igualar o jogo.
- Aos 43 do segundo tempo, Garro cruza, e Yuri Alberto define a vitória com um belo chute de primeira.
Esses instantes mostram um time capaz de criar oportunidades, mas igualmente vulnerável a erros básicos. A classificação veio, mas o preço pago em desgaste e críticas deixa claro que o Corinthians precisa de mais do que talento individual para se firmar como competitivo.
Cronograma dos próximos desafios do Timão
O calendário do Corinthians em 2025 já reserva uma sequência de jogos que testará a capacidade de reação da equipe. Veja as datas dos próximos compromissos na Libertadores e no cenário doméstico:
- Terça-feira, 4 de março: jogo de ida da terceira fase da Libertadores, adversário a definir.
- Quarta-feira, 12 de março: jogo de volta da terceira fase da Libertadores.
- Domingo, 16 de março: estreia no Campeonato Paulista contra o Santo André.
- Quinta-feira, 20 de março: possível início da fase de grupos da Libertadores, caso avance.
Essa série de partidas será crucial para medir o impacto das correções prometidas por Ramón Díaz e sua comissão técnica. A pressão por resultados consistentes só aumenta, especialmente com a possibilidade de até seis mata-matas consecutivos na competição continental.
O que esperar do Corinthians na temporada
Apesar do sufoco, a classificação na Libertadores mantém o Corinthians vivo na briga por um título que não conquista desde 2012. Yuri Alberto, com cinco gols em 2025, surge como peça-chave para o ataque, enquanto Memphis e Hugo Souza mostram potencial para liderar o time em momentos críticos. No entanto, o desempenho defensivo segue como o calcanhar de Aquiles da equipe, exigindo atenção imediata da diretoria e do treinador.
A vitória por 3 a 2 trouxe alívio, mas não escondeu os problemas que acompanham o Timão desde o início do ano. A falta de consistência tática e a dificuldade em manter a calma sob pressão transformaram um jogo que deveria ser tranquilo em um teste de sobrevivência. Para Ramón Díaz, o desafio é claro: encontrar o equilíbrio que fez do Corinthians um time sólido em 2024 e adaptá-lo às demandas de uma temporada cheia de decisões.
Com a torcida cobrando atitude e a janela de transferências prestes a fechar, o clube paulista tem pouco tempo para se reorganizar. A próxima fase da Libertadores e o início do Paulista serão termômetros importantes para avaliar se o Timão conseguirá superar suas fragilidades ou se os alertas vistos contra a Universidad Central se transformarão em crises maiores ao longo de 2025.
