Alteração na forma de jogar, proposta por Gustavo Quinteros, pode ter afetado o desempenho do capitão gremista Atuação preocupante! ge Grêmio avalia desempenho tricolor nos últimos jogos
Capitão do Grêmio e um dos atletas há mais tempo no clube, Mathías Villasanti se tornou um ponto de interrogação na equipe do técnico Gustavo Quinteros. Atualmente, ele atua como o segundo homem do meio-campo, depois de Camilo ou Cuéllar, que se revezam como os jogadores mais posicionados à frente da área. Afinal, quais as razões para a queda de produção do paraguaio?
+ Alô, torcida tricolor! O ge Grêmio está no WhatsApp!
Para os analistas de desempenho do sportv e do ge, Rodrigo Coutinho e Leonardo Miranda, o volante tem sido afetado pela mudança no estilo de jogo do Grêmio. Enquanto que sob o comando de Renato Portaluppi, o time alternava entre saídas curtas, com troca de passes, e bolas longas, com Quinteros a equipe prioriza a ligação direta e a construção pelas laterais.
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– Não é um jogo em que a bola passa tanto pelo centro do campo, com os dois volantes e o meia central como protagonista. Não acho que ele esteja jogando mal, mas teve uma queda de produção. Participa menos do jogo. Então, teoricamente, o jogador toca menos na bola e perde um pouco da confiança para arriscar mais – explica Coutinho.
– Justamente a maior dificuldade de Villasanti: o estilo de jogo muito vertical de Quinteros. O time carece de jogadores que se movimentem, tabelam e troquem passes curtos com ele. Com isso, ele acaba sobrecarregado, precisando buscar a bola e levar ao ataque praticamente sozinho. Essa falta de suporte faz com que ele perca muitas bolas e chegue atrasado em diversas jogadas – opina Miranda.
Coutinho acrescenta que, no modelo proposto por Quinteros, é necessário que os volantes se aproximem mais das laterais, auxiliando na triangulação com os pontas. Além disso, é preciso que os volantes se apresentem na área, para concluir as jogadas. Para Miranda, a presença de Cristaldo no meio-campo auxiliaria o paraguaio.
Villasanti está desde 2021 no Grêmio.
Lucas Uebel / Grêmio Divulgação
A saída de bola gremista é feita geralmente por zagueiros e goleiro ou zagueiros e um lateral. E Villasanti circula em uma área mais avançada, no espaço atrás do meio-campo rival, algo que não acontecia no ano passado. Villasanti está no Tricolor desde 2021 e recentemente chegou a se manifestar sobre a queda de produção, negando relação com uma possibilidade de saída.
Veja as opiniões completas
Leonardo Miranda, analista do blog Painel Tático, do ge
“Antes de tudo, é importante destacar que o Grêmio, como um todo, não vem jogando bem. O início do trabalho de Gustavo Quinteros tem sido decepcionante, especialmente na organização defensiva. A equipe apresenta muitas falhas e fica exposta em jogos importantes, como no Gre-Nal e contra o Athletico. Muito se fala sobre Jemerson, mas a questão é: ele teve a devida proteção?
Talvez seja justamente aí que esteja a maior dificuldade de Villasanti: o estilo de jogo muito vertical de Quinteros. O time carece de jogadores que se movimentem, tabelam e troquem passes curtos com ele. Cristian Olivera, Monsalve e Pavón são jogadores que preferem atacar espaços e receber lançamentos em velocidade. Já Cuéllar e Camillo atuam mais recuados, deixando Villasanti sem tantas opções de apoio no meio-campo.
ge Grêmio analisa trabalho do técnico Quinteros
Com isso, ele acaba sobrecarregado, precisando buscar a bola e levar ao ataque praticamente sozinho. Essa falta de suporte faz com que ele perca muitas bolas e chegue atrasado em diversas jogadas. O mesmo acontece na defesa: como poucos jogadores se aproximam para trocar passes, a equipe fica espaçada, e a saída de bola acaba sendo no chutão.
Minha sugestão de mudança é trazer mais controle ao jogo, com mais movimentação e menos pressa na construção das jogadas. Quinteros gosta de um futebol acelerado e direto, o que faz sentido considerando o elenco, mas talvez seja necessário encontrar um equilíbrio para dar mais sustentação. Vejo o Cristaldo como esse meia que pode ajudar o Villasanti a ser o camisa 8 que ele foi com o Renato (que é bem o oposto do Quinteros em estilo de jogo).”
Rodrigo Coutinho, comentarista do sportv
“Eu acho que tem a ver com a diferença da forma como o time tenta construir as jogadas ofensivas esse ano. Com o Renato, não é que o time só saía jogando de forma curta, não. Se o adversário apertasse, o Grêmio fazia ligação direta. E aí, quando controlava, os volantes tinham um protagonismo maior, porque geralmente o ponto de partida dos ataques era o centro do campo. Ou ele, ou o Dodi, ou o Pepê.
Acho que o Villasanti tem as duas coisas, ele consegue ser um volante de bom passe, de boas escolhas para iniciar os ataques, mas também tem capacidade de infiltrar na área para fazer gol, para dar assistência. E hoje o Grêmio é um time que trabalha, às vezes, com bola direta mesmo sem ser pressionado.
É uma proposta do Quinteros, não dá para dizer que alguém foi enganado. É claro que não vai fazer isso o jogo inteiro, em algum momento o time vai sair jogando de forma curta, com passe curto, mas na maioria dos ataques é assim.
Loffredo sobre Grêmio: “Essa paciência aí que o Quinteros tá pedindo, não vai rolar”
No menor aperto do adversário, geralmente é uma inversão para o ponta do lado contrário, é uma ligação direta de lateral para ponta e aí depois eles tentam inverter o jogo rapidamente para fazer tabela, uma combinação pelo lado. É um jogo muito baseado nessa construção pelos lados e aí muitas vezes os volantes e o meia central ou eles têm que se aproximar do lado para jogar ou vão concluir a jogada na área.
Não é um jogo em que a bola passe tanto pelo centro do campo, que tenha como protagonista esses três jogadores mais centrais, os dois volantes e o meia central, que o Grêmio tem jogado assim. Acho que isso explica, não acho que eles estejam jogando mal, mas teve uma queda de produção, participa menos do jogo, então teoricamente o jogador acaba perdendo um pouco da confiança para arriscar mais, toca menos na bola, para mim tem a ver com isso.”
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Capitão do Grêmio e um dos atletas há mais tempo no clube, Mathías Villasanti se tornou um ponto de interrogação na equipe do técnico Gustavo Quinteros. Atualmente, ele atua como o segundo homem do meio-campo, depois de Camilo ou Cuéllar, que se revezam como os jogadores mais posicionados à frente da área. Afinal, quais as razões para a queda de produção do paraguaio?
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Para os analistas de desempenho do sportv e do ge, Rodrigo Coutinho e Leonardo Miranda, o volante tem sido afetado pela mudança no estilo de jogo do Grêmio. Enquanto que sob o comando de Renato Portaluppi, o time alternava entre saídas curtas, com troca de passes, e bolas longas, com Quinteros a equipe prioriza a ligação direta e a construção pelas laterais.
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– Justamente a maior dificuldade de Villasanti: o estilo de jogo muito vertical de Quinteros. O time carece de jogadores que se movimentem, tabelam e troquem passes curtos com ele. Com isso, ele acaba sobrecarregado, precisando buscar a bola e levar ao ataque praticamente sozinho. Essa falta de suporte faz com que ele perca muitas bolas e chegue atrasado em diversas jogadas – opina Miranda.
Coutinho acrescenta que, no modelo proposto por Quinteros, é necessário que os volantes se aproximem mais das laterais, auxiliando na triangulação com os pontas. Além disso, é preciso que os volantes se apresentem na área, para concluir as jogadas. Para Miranda, a presença de Cristaldo no meio-campo auxiliaria o paraguaio.
Villasanti está desde 2021 no Grêmio.
Lucas Uebel / Grêmio Divulgação
A saída de bola gremista é feita geralmente por zagueiros e goleiro ou zagueiros e um lateral. E Villasanti circula em uma área mais avançada, no espaço atrás do meio-campo rival, algo que não acontecia no ano passado. Villasanti está no Tricolor desde 2021 e recentemente chegou a se manifestar sobre a queda de produção, negando relação com uma possibilidade de saída.
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Leonardo Miranda, analista do blog Painel Tático, do ge
“Antes de tudo, é importante destacar que o Grêmio, como um todo, não vem jogando bem. O início do trabalho de Gustavo Quinteros tem sido decepcionante, especialmente na organização defensiva. A equipe apresenta muitas falhas e fica exposta em jogos importantes, como no Gre-Nal e contra o Athletico. Muito se fala sobre Jemerson, mas a questão é: ele teve a devida proteção?
Talvez seja justamente aí que esteja a maior dificuldade de Villasanti: o estilo de jogo muito vertical de Quinteros. O time carece de jogadores que se movimentem, tabelam e troquem passes curtos com ele. Cristian Olivera, Monsalve e Pavón são jogadores que preferem atacar espaços e receber lançamentos em velocidade. Já Cuéllar e Camillo atuam mais recuados, deixando Villasanti sem tantas opções de apoio no meio-campo.
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Com isso, ele acaba sobrecarregado, precisando buscar a bola e levar ao ataque praticamente sozinho. Essa falta de suporte faz com que ele perca muitas bolas e chegue atrasado em diversas jogadas. O mesmo acontece na defesa: como poucos jogadores se aproximam para trocar passes, a equipe fica espaçada, e a saída de bola acaba sendo no chutão.
Minha sugestão de mudança é trazer mais controle ao jogo, com mais movimentação e menos pressa na construção das jogadas. Quinteros gosta de um futebol acelerado e direto, o que faz sentido considerando o elenco, mas talvez seja necessário encontrar um equilíbrio para dar mais sustentação. Vejo o Cristaldo como esse meia que pode ajudar o Villasanti a ser o camisa 8 que ele foi com o Renato (que é bem o oposto do Quinteros em estilo de jogo).”
Rodrigo Coutinho, comentarista do sportv
“Eu acho que tem a ver com a diferença da forma como o time tenta construir as jogadas ofensivas esse ano. Com o Renato, não é que o time só saía jogando de forma curta, não. Se o adversário apertasse, o Grêmio fazia ligação direta. E aí, quando controlava, os volantes tinham um protagonismo maior, porque geralmente o ponto de partida dos ataques era o centro do campo. Ou ele, ou o Dodi, ou o Pepê.
Acho que o Villasanti tem as duas coisas, ele consegue ser um volante de bom passe, de boas escolhas para iniciar os ataques, mas também tem capacidade de infiltrar na área para fazer gol, para dar assistência. E hoje o Grêmio é um time que trabalha, às vezes, com bola direta mesmo sem ser pressionado.
É uma proposta do Quinteros, não dá para dizer que alguém foi enganado. É claro que não vai fazer isso o jogo inteiro, em algum momento o time vai sair jogando de forma curta, com passe curto, mas na maioria dos ataques é assim.
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No menor aperto do adversário, geralmente é uma inversão para o ponta do lado contrário, é uma ligação direta de lateral para ponta e aí depois eles tentam inverter o jogo rapidamente para fazer tabela, uma combinação pelo lado. É um jogo muito baseado nessa construção pelos lados e aí muitas vezes os volantes e o meia central ou eles têm que se aproximar do lado para jogar ou vão concluir a jogada na área.
Não é um jogo em que a bola passe tanto pelo centro do campo, que tenha como protagonista esses três jogadores mais centrais, os dois volantes e o meia central, que o Grêmio tem jogado assim. Acho que isso explica, não acho que eles estejam jogando mal, mas teve uma queda de produção, participa menos do jogo, então teoricamente o jogador acaba perdendo um pouco da confiança para arriscar mais, toca menos na bola, para mim tem a ver com isso.”
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