A Seleção Brasileira vive dias de intensa preparação para o clássico contra a Argentina, marcado para esta terça-feira, às 21h, no estádio Monumental de Núñez, em Buenos Aires. Sob o comando de Dorival Júnior, o time passou por uma reformulação significativa, com seis alterações na escalação titular em relação ao jogo anterior, uma vitória por 2 a 1 sobre a Colômbia. As mudanças, anunciadas após o treino de domingo no estádio Mané Garrincha, em Brasília, refletem tanto a necessidade de substituir jogadores cortados quanto escolhas táticas do treinador para encarar o líder das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2026.
O confronto ganha ainda mais peso por se tratar de um embate direto na tabela. Com 21 pontos, o Brasil ocupa a terceira posição, enquanto a Argentina lidera com 28 pontos. A partida, válida pela 14ª rodada, pode ser um divisor de águas para a equipe brasileira, que busca consolidar sua vaga direta no Mundial. Dorival Júnior, no comando da Seleção desde janeiro do ano passado, já dirigiu o time em 14 jogos, com seis vitórias, sete empates e uma derrota, e agora aposta em uma formação renovada para tentar quebrar o jejum de vitórias contra os argentinos em solo adversário.
Entre as novidades, destacam-se o goleiro Bento, o zagueiro Murillo e o lateral Wesley, que ganham espaço em um momento crucial. As trocas também incluem os volantes André e Joelinton, além do atacante Savinho, que impressionou na reta final do último jogo. A expectativa é alta para o treino final em Brasília, na manhã de segunda-feira, antes da viagem à capital argentina, onde o Brasil tentará impor seu jogo diante de um Monumental lotado.
VAMOS PRA CIMA! 🇧🇷🫵
A Seleção Brasileira foi a campo na tarde de sábado (22), dois dias após a vitória por 2 a 1 sobre a Colômbia. A atividade aconteceu no Mané Garrincha, em Brasília, onde Raphinha e Viniciurs Jr. marcaram os gols da vitória.
A Amarelinha ainda terá dois… pic.twitter.com/wUeg6gV01a
— CBF Futebol (@CBF_Futebol) March 23, 2025
Escalação definida com surpresas táticas
No treino realizado no Mané Garrincha, Dorival Júnior esboçou a equipe que deve entrar em campo contra a Argentina. A formação escolhida foi Bento, Wesley, Marquinhos, Murillo e Guilherme Arana; André, Joelinton e Raphinha; Vini Jr., Rodrygo e Savinho. As seis mudanças em relação ao time que venceu a Colômbia mostram a intenção do treinador de ajustar a equipe tanto por necessidade quanto por estratégia.
Quatro das alterações foram obrigatórias devido a desfalques. O goleiro Alisson, o zagueiro Gabriel Magalhães e os meias Bruno Guimarães e Gerson foram cortados por lesão ou suspensão, dando lugar a Bento, Murillo, André e Joelinton, respectivamente. Já as entradas de Wesley e Savinho nas vagas de Vanderson e João Pedro foram escolhas técnicas, baseadas no desempenho recente dos jogadores. Wesley, lateral do Flamengo, e Savinho, atacante do Manchester City, entraram no decorrer do jogo contra a Colômbia e mudaram a dinâmica da equipe, garantindo sua chance entre os titulares.
Murillo, zagueiro do Nottingham Forest, ganhou a disputa com Léo Ortiz pela vaga de Gabriel Magalhães. A preferência por um jogador canhoto no lado esquerdo da defesa foi um fator decisivo, já que a comissão técnica valoriza a compatibilidade do pé dominante na construção do jogo. Enquanto isso, a manutenção de nomes como Marquinhos, Raphinha e Vini Jr. reforça a espinha dorsal da equipe, que busca equilíbrio entre defesa e ataque.
Números e destaques das mudanças
- Bento: Goleiro do Al-Nassr, assume o gol após a lesão de Alisson, trazendo segurança com suas atuações sólidas no clube saudita.
- Wesley: Lateral do Flamengo, ganha sua primeira chance como titular na Seleção após boas entradas em jogos recentes.
- Murillo: Zagueiro canhoto do Nottingham Forest, escolhido para manter a estrutura defensiva alinhada às preferências táticas de Dorival.
- André: Volante do Wolverhampton, retorna ao time titular para dar consistência ao meio-campo.
- Joelinton: Meia do Newcastle, aporta força física e versatilidade ao setor central.
- Savinho: Atacante do Manchester City, impressionou contra a Colômbia e agora terá a missão de desequilibrar pelo lado direito.
Preparação intensa para o clássico sul-americano
O clima na Seleção Brasileira é de concentração total para o duelo em Buenos Aires. Após a vitória sobre a Colômbia, com gols de Vini Jr. e Raphinha, o time ganhou fôlego nas Eliminatórias, mas o desempenho em campo ainda não convenceu plenamente os torcedores. A partida contra a Argentina, atual campeã mundial, será um teste de fogo para Dorival Júnior, que vive altos e baixos desde que assumiu o cargo. A reformulação na escalação é uma tentativa de encontrar o equilíbrio ideal entre solidez defensiva e criatividade ofensiva.
No treino de domingo, o técnico testou variações táticas, ajustando o posicionamento dos laterais Wesley e Guilherme Arana para explorar os flancos. A presença de André e Joelinton no meio-campo sugere uma abordagem mais física, visando neutralizar o forte ataque argentino. Já no setor ofensivo, a trinca formada por Raphinha, Vini Jr. e Savinho promete velocidade e imprevisibilidade, com Rodrygo atuando como referência na área.
A delegação brasileira encerrou as atividades em Brasília na manhã de segunda-feira, com um último treino antes de embarcar para Buenos Aires. O estádio Mané Garrincha, palco dos preparativos, viu um time focado e determinado a reverter o histórico recente contra os argentinos, que venceram os últimos dois confrontos diretos nas Eliminatórias. A expectativa é que o Brasil chegue ao Monumental de Núñez com uma postura agressiva, buscando os três pontos que podem aproximá-lo da liderança.
Dorival mantém base e valoriza hierarquia
Apesar das seis mudanças, Dorival Júnior optou por manter a essência da equipe que vem construindo ao longo de seu comando. Jogadores como Marquinhos, capitão e pilar da defesa, e Vini Jr., principal estrela do ataque, seguem intocáveis na formação. O treinador destacou a importância de respeitar a hierarquia dos convocados, evitando mexer demais na estrutura mesmo com a possibilidade de escalar outros nomes, como o trio do Wolverhampton formado por João Gomes, Matheus Cunha e André.
A escolha por Bento no gol, por exemplo, foi natural, já que o goleiro estava na lista original de convocados e tem mostrado consistência em seu clube. Da mesma forma, André e Joelinton, presentes desde o início da Data Fifa, ganharam a confiança do técnico para substituir Bruno Guimarães e Gerson. A decisão reflete a filosofia de Dorival de dar sequência aos atletas que já estão ambientados ao grupo, mesmo em um momento de pressão como o clássico contra a Argentina.
No ataque, a entrada de Savinho no lugar de João Pedro é um reconhecimento ao impacto do jovem jogador contra a Colômbia. Aos 20 anos, o atacante do Manchester City entrou no segundo tempo e mudou o ritmo do jogo, ajudando o Brasil a segurar a vitória. Agora, ele terá a chance de mostrar seu potencial em um dos maiores palcos do futebol sul-americano, ao lado de Vini Jr. e Rodrygo, ambos do Real Madrid.
Por que Murillo e Wesley ganharam espaço?
A escolha de Murillo como titular na zaga tem raízes táticas claras. O zagueiro de 22 anos, que atua pelo Nottingham Forest, é canhoto, assim como Gabriel Magalhães, o titular cortado por suspensão. Para a comissão técnica, manter um defensor com essa característica é essencial para a saída de bola pelo lado esquerdo, uma das marcas do estilo de jogo implementado por Dorival. Na disputa com Léo Ortiz, do Flamengo, Murillo levou a melhor por essa compatibilidade técnica.
Wesley, por sua vez, é uma aposta que vem dando frutos. O lateral do Flamengo, de 24 anos, entrou no decorrer do jogo contra a Colômbia e trouxe mais agressividade ao lado direito. Sua atuação convenceu Dorival a testá-lo como titular no lugar de Vanderson, do Monaco, que vinha sendo a opção principal na posição. A versatilidade de Wesley, que pode atuar tanto na defesa quanto no apoio ao ataque, é um trunfo para o clássico.
Desafios contra a líder Argentina
Enfrentar a Argentina no Monumental de Núñez não é tarefa simples. A equipe comandada por Lionel Scaloni lidera as Eliminatórias com 28 pontos em 13 jogos, somando nove vitórias, um empate e três derrotas. O Brasil, com 21 pontos, tem seis vitórias, três empates e quatro derrotas, o que coloca a Seleção em uma posição de perseguição na tabela. Uma vitória em Buenos Aires pode reduzir a diferença para quatro pontos, reacendendo a briga pela liderança.
O histórico recente não favorece os brasileiros. Nos últimos cinco confrontos pelas Eliminatórias, a Argentina venceu três, incluindo um 1 a 0 em pleno Maracanã em novembro de 2023. O Brasil não vence os argentinos fora de casa pela competição desde 2009, quando triunfou por 3 a 1 em Rosário, com gols de Luisão, Luís Fabiano e Kaká. Marquinhos, capitão da atual equipe, reconheceu a diferença de momentos entre as duas seleções, mas afirmou que o time está pronto para acabar com esse jejum.
A força da Argentina reside em sua consistência coletiva e na qualidade de seu elenco, mesmo sem algumas de suas principais estrelas em campo. Para o Brasil, o desafio será conter o ataque adversário enquanto tenta impor seu ritmo com a velocidade de Vini Jr., Raphinha e Savinho. A solidez defensiva, agora com Murillo ao lado de Marquinhos, também será testada contra uma equipe que marcou 22 gols nas Eliminatórias até aqui.
Cronograma da Seleção para o clássico
O planejamento da Seleção Brasileira para o jogo contra a Argentina foi cuidadosamente ajustado. Veja os principais momentos da preparação:
- Domingo, 23 de março: Treino no Mané Garrincha, em Brasília, com a definição da escalação titular.
- Segunda-feira, 24 de março: Último treino em solo brasileiro pela manhã, seguido de viagem para Buenos Aires à tarde.
- Terça-feira, 25 de março: Jogo contra a Argentina às 21h (horário de Brasília), no Monumental de Núñez.
Impacto das mudanças na dinâmica do time
As seis trocas promovidas por Dorival Júnior alteram significativamente a cara da Seleção. No gol, Bento traz uma abordagem mais serena em comparação com Alisson, conhecido por suas saídas arrojadas. Na defesa, a entrada de Murillo pode melhorar a saída de bola, enquanto Wesley adiciona dinamismo à lateral direita. No meio-campo, André e Joelinton formam uma dupla mais robusta fisicamente, o que pode ser uma arma contra o estilo argentino de posse de bola.
No ataque, a substituição de João Pedro por Savinho indica uma preferência por velocidade e dribles em detrimento de um centroavante fixo. Rodrygo, que vinha atuando mais aberto, deve centralizar suas ações como referência, enquanto Vini Jr. e Raphinha exploram os lados do campo. A formação em 4-3-3, com variações para um 4-4-2 dependendo da movimentação dos atacantes, é a aposta de Dorival para surpreender a Argentina.
A vitória sobre a Colômbia, embora apertada, deu moral ao grupo. Vini Jr., autor de um dos gols, vive grande fase no Real Madrid e é a principal esperança ofensiva. Raphinha, outro destaque do último jogo, também chega confiante após marcar de pênalti. A inclusão de Savinho completa um trio de ataque jovem e veloz, que pode explorar os espaços deixados pela defesa argentina.
Expectativa para o duelo em Buenos Aires
Com a reformulação na escalação, o Brasil chega ao Monumental de Núñez com a missão de fazer um jogo consistente e eficiente. Dorival Júnior, que já convocou mais de 50 jogadores em suas listas desde que assumiu, demonstra flexibilidade para adaptar o time às circunstâncias. A pressão por um bom resultado é grande, especialmente após a eliminação nas quartas de final da Copa América de 2024, quando a Seleção caiu nos pênaltis para o Uruguai.
O treino final em Brasília, na manhã de segunda-feira, foi marcado por ajustes finos. Dorival trabalhou jogadas ensaiadas e testou a movimentação dos laterais em apoio ao ataque. A presença de Joelinton no meio-campo, com sua capacidade de marcação e chegada à área, pode ser um diferencial em um jogo que promete ser disputado em cada centímetro do campo.
Para os torcedores, o clássico é uma oportunidade de ver a Seleção em ação contra um dos maiores rivais do futebol mundial. A expectativa é que o Brasil consiga aliar o talento individual de seus craques à organização tática exigida por um confronto desse porte. O resultado em Buenos Aires pode definir o rumo da equipe nas Eliminatórias e fortalecer a confiança no trabalho de Dorival Júnior.
Curiosidades sobre o confronto
- O Brasil não vence a Argentina como visitante pelas Eliminatórias há 16 anos, desde 2009.
- A Argentina marcou 22 gols em 13 jogos nas Eliminatórias, mostrando força ofensiva mesmo com desfalques.
- O Monumental de Núñez tem capacidade para mais de 83 mil torcedores, prometendo um caldeirão para os brasileiros.
- Vini Jr. e Raphinha, titulares contra a Argentina, somam juntos 15 gols nas Eliminatórias até agora.

A Seleção Brasileira vive dias de intensa preparação para o clássico contra a Argentina, marcado para esta terça-feira, às 21h, no estádio Monumental de Núñez, em Buenos Aires. Sob o comando de Dorival Júnior, o time passou por uma reformulação significativa, com seis alterações na escalação titular em relação ao jogo anterior, uma vitória por 2 a 1 sobre a Colômbia. As mudanças, anunciadas após o treino de domingo no estádio Mané Garrincha, em Brasília, refletem tanto a necessidade de substituir jogadores cortados quanto escolhas táticas do treinador para encarar o líder das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2026.
O confronto ganha ainda mais peso por se tratar de um embate direto na tabela. Com 21 pontos, o Brasil ocupa a terceira posição, enquanto a Argentina lidera com 28 pontos. A partida, válida pela 14ª rodada, pode ser um divisor de águas para a equipe brasileira, que busca consolidar sua vaga direta no Mundial. Dorival Júnior, no comando da Seleção desde janeiro do ano passado, já dirigiu o time em 14 jogos, com seis vitórias, sete empates e uma derrota, e agora aposta em uma formação renovada para tentar quebrar o jejum de vitórias contra os argentinos em solo adversário.
Entre as novidades, destacam-se o goleiro Bento, o zagueiro Murillo e o lateral Wesley, que ganham espaço em um momento crucial. As trocas também incluem os volantes André e Joelinton, além do atacante Savinho, que impressionou na reta final do último jogo. A expectativa é alta para o treino final em Brasília, na manhã de segunda-feira, antes da viagem à capital argentina, onde o Brasil tentará impor seu jogo diante de um Monumental lotado.
VAMOS PRA CIMA! 🇧🇷🫵
A Seleção Brasileira foi a campo na tarde de sábado (22), dois dias após a vitória por 2 a 1 sobre a Colômbia. A atividade aconteceu no Mané Garrincha, em Brasília, onde Raphinha e Viniciurs Jr. marcaram os gols da vitória.
A Amarelinha ainda terá dois… pic.twitter.com/wUeg6gV01a
— CBF Futebol (@CBF_Futebol) March 23, 2025
Escalação definida com surpresas táticas
No treino realizado no Mané Garrincha, Dorival Júnior esboçou a equipe que deve entrar em campo contra a Argentina. A formação escolhida foi Bento, Wesley, Marquinhos, Murillo e Guilherme Arana; André, Joelinton e Raphinha; Vini Jr., Rodrygo e Savinho. As seis mudanças em relação ao time que venceu a Colômbia mostram a intenção do treinador de ajustar a equipe tanto por necessidade quanto por estratégia.
Quatro das alterações foram obrigatórias devido a desfalques. O goleiro Alisson, o zagueiro Gabriel Magalhães e os meias Bruno Guimarães e Gerson foram cortados por lesão ou suspensão, dando lugar a Bento, Murillo, André e Joelinton, respectivamente. Já as entradas de Wesley e Savinho nas vagas de Vanderson e João Pedro foram escolhas técnicas, baseadas no desempenho recente dos jogadores. Wesley, lateral do Flamengo, e Savinho, atacante do Manchester City, entraram no decorrer do jogo contra a Colômbia e mudaram a dinâmica da equipe, garantindo sua chance entre os titulares.
Murillo, zagueiro do Nottingham Forest, ganhou a disputa com Léo Ortiz pela vaga de Gabriel Magalhães. A preferência por um jogador canhoto no lado esquerdo da defesa foi um fator decisivo, já que a comissão técnica valoriza a compatibilidade do pé dominante na construção do jogo. Enquanto isso, a manutenção de nomes como Marquinhos, Raphinha e Vini Jr. reforça a espinha dorsal da equipe, que busca equilíbrio entre defesa e ataque.
Números e destaques das mudanças
- Bento: Goleiro do Al-Nassr, assume o gol após a lesão de Alisson, trazendo segurança com suas atuações sólidas no clube saudita.
- Wesley: Lateral do Flamengo, ganha sua primeira chance como titular na Seleção após boas entradas em jogos recentes.
- Murillo: Zagueiro canhoto do Nottingham Forest, escolhido para manter a estrutura defensiva alinhada às preferências táticas de Dorival.
- André: Volante do Wolverhampton, retorna ao time titular para dar consistência ao meio-campo.
- Joelinton: Meia do Newcastle, aporta força física e versatilidade ao setor central.
- Savinho: Atacante do Manchester City, impressionou contra a Colômbia e agora terá a missão de desequilibrar pelo lado direito.
Preparação intensa para o clássico sul-americano
O clima na Seleção Brasileira é de concentração total para o duelo em Buenos Aires. Após a vitória sobre a Colômbia, com gols de Vini Jr. e Raphinha, o time ganhou fôlego nas Eliminatórias, mas o desempenho em campo ainda não convenceu plenamente os torcedores. A partida contra a Argentina, atual campeã mundial, será um teste de fogo para Dorival Júnior, que vive altos e baixos desde que assumiu o cargo. A reformulação na escalação é uma tentativa de encontrar o equilíbrio ideal entre solidez defensiva e criatividade ofensiva.
No treino de domingo, o técnico testou variações táticas, ajustando o posicionamento dos laterais Wesley e Guilherme Arana para explorar os flancos. A presença de André e Joelinton no meio-campo sugere uma abordagem mais física, visando neutralizar o forte ataque argentino. Já no setor ofensivo, a trinca formada por Raphinha, Vini Jr. e Savinho promete velocidade e imprevisibilidade, com Rodrygo atuando como referência na área.
A delegação brasileira encerrou as atividades em Brasília na manhã de segunda-feira, com um último treino antes de embarcar para Buenos Aires. O estádio Mané Garrincha, palco dos preparativos, viu um time focado e determinado a reverter o histórico recente contra os argentinos, que venceram os últimos dois confrontos diretos nas Eliminatórias. A expectativa é que o Brasil chegue ao Monumental de Núñez com uma postura agressiva, buscando os três pontos que podem aproximá-lo da liderança.
Dorival mantém base e valoriza hierarquia
Apesar das seis mudanças, Dorival Júnior optou por manter a essência da equipe que vem construindo ao longo de seu comando. Jogadores como Marquinhos, capitão e pilar da defesa, e Vini Jr., principal estrela do ataque, seguem intocáveis na formação. O treinador destacou a importância de respeitar a hierarquia dos convocados, evitando mexer demais na estrutura mesmo com a possibilidade de escalar outros nomes, como o trio do Wolverhampton formado por João Gomes, Matheus Cunha e André.
A escolha por Bento no gol, por exemplo, foi natural, já que o goleiro estava na lista original de convocados e tem mostrado consistência em seu clube. Da mesma forma, André e Joelinton, presentes desde o início da Data Fifa, ganharam a confiança do técnico para substituir Bruno Guimarães e Gerson. A decisão reflete a filosofia de Dorival de dar sequência aos atletas que já estão ambientados ao grupo, mesmo em um momento de pressão como o clássico contra a Argentina.
No ataque, a entrada de Savinho no lugar de João Pedro é um reconhecimento ao impacto do jovem jogador contra a Colômbia. Aos 20 anos, o atacante do Manchester City entrou no segundo tempo e mudou o ritmo do jogo, ajudando o Brasil a segurar a vitória. Agora, ele terá a chance de mostrar seu potencial em um dos maiores palcos do futebol sul-americano, ao lado de Vini Jr. e Rodrygo, ambos do Real Madrid.
Por que Murillo e Wesley ganharam espaço?
A escolha de Murillo como titular na zaga tem raízes táticas claras. O zagueiro de 22 anos, que atua pelo Nottingham Forest, é canhoto, assim como Gabriel Magalhães, o titular cortado por suspensão. Para a comissão técnica, manter um defensor com essa característica é essencial para a saída de bola pelo lado esquerdo, uma das marcas do estilo de jogo implementado por Dorival. Na disputa com Léo Ortiz, do Flamengo, Murillo levou a melhor por essa compatibilidade técnica.
Wesley, por sua vez, é uma aposta que vem dando frutos. O lateral do Flamengo, de 24 anos, entrou no decorrer do jogo contra a Colômbia e trouxe mais agressividade ao lado direito. Sua atuação convenceu Dorival a testá-lo como titular no lugar de Vanderson, do Monaco, que vinha sendo a opção principal na posição. A versatilidade de Wesley, que pode atuar tanto na defesa quanto no apoio ao ataque, é um trunfo para o clássico.
Desafios contra a líder Argentina
Enfrentar a Argentina no Monumental de Núñez não é tarefa simples. A equipe comandada por Lionel Scaloni lidera as Eliminatórias com 28 pontos em 13 jogos, somando nove vitórias, um empate e três derrotas. O Brasil, com 21 pontos, tem seis vitórias, três empates e quatro derrotas, o que coloca a Seleção em uma posição de perseguição na tabela. Uma vitória em Buenos Aires pode reduzir a diferença para quatro pontos, reacendendo a briga pela liderança.
O histórico recente não favorece os brasileiros. Nos últimos cinco confrontos pelas Eliminatórias, a Argentina venceu três, incluindo um 1 a 0 em pleno Maracanã em novembro de 2023. O Brasil não vence os argentinos fora de casa pela competição desde 2009, quando triunfou por 3 a 1 em Rosário, com gols de Luisão, Luís Fabiano e Kaká. Marquinhos, capitão da atual equipe, reconheceu a diferença de momentos entre as duas seleções, mas afirmou que o time está pronto para acabar com esse jejum.
A força da Argentina reside em sua consistência coletiva e na qualidade de seu elenco, mesmo sem algumas de suas principais estrelas em campo. Para o Brasil, o desafio será conter o ataque adversário enquanto tenta impor seu ritmo com a velocidade de Vini Jr., Raphinha e Savinho. A solidez defensiva, agora com Murillo ao lado de Marquinhos, também será testada contra uma equipe que marcou 22 gols nas Eliminatórias até aqui.
Cronograma da Seleção para o clássico
O planejamento da Seleção Brasileira para o jogo contra a Argentina foi cuidadosamente ajustado. Veja os principais momentos da preparação:
- Domingo, 23 de março: Treino no Mané Garrincha, em Brasília, com a definição da escalação titular.
- Segunda-feira, 24 de março: Último treino em solo brasileiro pela manhã, seguido de viagem para Buenos Aires à tarde.
- Terça-feira, 25 de março: Jogo contra a Argentina às 21h (horário de Brasília), no Monumental de Núñez.
Impacto das mudanças na dinâmica do time
As seis trocas promovidas por Dorival Júnior alteram significativamente a cara da Seleção. No gol, Bento traz uma abordagem mais serena em comparação com Alisson, conhecido por suas saídas arrojadas. Na defesa, a entrada de Murillo pode melhorar a saída de bola, enquanto Wesley adiciona dinamismo à lateral direita. No meio-campo, André e Joelinton formam uma dupla mais robusta fisicamente, o que pode ser uma arma contra o estilo argentino de posse de bola.
No ataque, a substituição de João Pedro por Savinho indica uma preferência por velocidade e dribles em detrimento de um centroavante fixo. Rodrygo, que vinha atuando mais aberto, deve centralizar suas ações como referência, enquanto Vini Jr. e Raphinha exploram os lados do campo. A formação em 4-3-3, com variações para um 4-4-2 dependendo da movimentação dos atacantes, é a aposta de Dorival para surpreender a Argentina.
A vitória sobre a Colômbia, embora apertada, deu moral ao grupo. Vini Jr., autor de um dos gols, vive grande fase no Real Madrid e é a principal esperança ofensiva. Raphinha, outro destaque do último jogo, também chega confiante após marcar de pênalti. A inclusão de Savinho completa um trio de ataque jovem e veloz, que pode explorar os espaços deixados pela defesa argentina.
Expectativa para o duelo em Buenos Aires
Com a reformulação na escalação, o Brasil chega ao Monumental de Núñez com a missão de fazer um jogo consistente e eficiente. Dorival Júnior, que já convocou mais de 50 jogadores em suas listas desde que assumiu, demonstra flexibilidade para adaptar o time às circunstâncias. A pressão por um bom resultado é grande, especialmente após a eliminação nas quartas de final da Copa América de 2024, quando a Seleção caiu nos pênaltis para o Uruguai.
O treino final em Brasília, na manhã de segunda-feira, foi marcado por ajustes finos. Dorival trabalhou jogadas ensaiadas e testou a movimentação dos laterais em apoio ao ataque. A presença de Joelinton no meio-campo, com sua capacidade de marcação e chegada à área, pode ser um diferencial em um jogo que promete ser disputado em cada centímetro do campo.
Para os torcedores, o clássico é uma oportunidade de ver a Seleção em ação contra um dos maiores rivais do futebol mundial. A expectativa é que o Brasil consiga aliar o talento individual de seus craques à organização tática exigida por um confronto desse porte. O resultado em Buenos Aires pode definir o rumo da equipe nas Eliminatórias e fortalecer a confiança no trabalho de Dorival Júnior.
Curiosidades sobre o confronto
- O Brasil não vence a Argentina como visitante pelas Eliminatórias há 16 anos, desde 2009.
- A Argentina marcou 22 gols em 13 jogos nas Eliminatórias, mostrando força ofensiva mesmo com desfalques.
- O Monumental de Núñez tem capacidade para mais de 83 mil torcedores, prometendo um caldeirão para os brasileiros.
- Vini Jr. e Raphinha, titulares contra a Argentina, somam juntos 15 gols nas Eliminatórias até agora.
