A Red Bull surpreendeu os fãs da Fórmula 1 ao revelar, no dia 1º de abril, uma pintura especial para o Grande Prêmio do Japão, que será disputado no icônico circuito de Suzuka. O design predominantemente branco, com detalhes em vermelho, presta uma homenagem à Honda, parceira de longa data da equipe, em sua última corrida em casa antes do fim da colaboração de sete anos. A escolha reflete não apenas o sucesso da dupla, que conquistou quatro títulos mundiais de pilotos com Max Verstappen e dois de construtores desde 2021, mas também a rica história da montadora japonesa no automobilismo. Com a Honda se preparando para fornecer motores à Aston Martin a partir de 2026, e a Red Bull desenvolvendo suas próprias unidades de potência com a Ford, o GP deste fim de semana marca um ponto de virada simbólico para ambas as marcas.
Desde o anúncio da pintura especial, a expectativa para a corrida em Suzuka cresceu ainda mais. O circuito, propriedade da Honda, recebe a terceira etapa da temporada 2025, programada para os dias 4 a 6 de abril. Além da estética marcante, o fim de semana será especial por outro motivo: Yuki Tsunoda, piloto japonês apoiado pela Honda, fará sua estreia pela equipe principal da Red Bull ao lado de Verstappen. Enquanto isso, Liam Lawson retorna à Racing Bulls, equipe satélite da marca. A troca de pilotos, confirmada na semana anterior, reforça a influência da montadora japonesa na decisão, que também envolveu um aporte financeiro significativo para garantir a promoção de Tsunoda em sua corrida caseira.
O design escolhido para o RB21 não é apenas uma questão visual, mas carrega um peso cultural profundo. Na tradição japonesa, o branco simboliza pureza, simplicidade e respeito, valores que ecoam no automobilismo do país. Antes da era dos patrocínios comerciais, as cores nacionais definiam os carros de corrida, e o Japão adotava o branco com detalhes vermelhos, inspirados em sua bandeira. Essa estética remete aos anos 1960, quando a Honda entrou na Fórmula 1 e alcançou sua primeira vitória com o RA272, pilotado por Richie Ginther no GP do México de 1965. Agora, quase seis décadas depois, a Red Bull usa esse legado como base para celebrar uma parceria que transformou sua trajetória na categoria.
🗣️ “This livery is a tribute to Honda’s success in #F1 and the final year of, what has been a thoroughly enjoyable partnership.”
Look back at our championship-winning journey with @HondaRacingGLB so far 📺
— Oracle Red Bull Racing | オラクル・レッドブルレーシング (@redbullracing) April 1, 2025
Uma homenagem às raízes japonesas
A escolha do branco como cor predominante no carro da Red Bull para o GP do Japão não é aleatória. Na história do automobilismo, as cores nacionais eram uma tradição antes que os patrocínios tomassem conta dos designs. Para o Japão, o branco e o vermelho, representando a bandeira nacional, tornaram-se símbolos de identidade nas pistas. A Honda, ao estrear na Fórmula 1 em 1964, adotou esse padrão, e o modelo RA272, com sua pintura branca e um círculo vermelho, entrou para a história ao vencer no México em 1965. Esse triunfo marcou o início de uma trajetória que, décadas depois, culminaria na parceria vitoriosa com a Red Bull.
Com o RB21 pintado de branco, a equipe austríaca não apenas revive essa estética clássica, mas também destaca a conexão com a Honda em um momento crucial. A montadora japonesa está em seu último ano fornecendo motores para a Red Bull, antes de iniciar uma nova fase com a Aston Martin em 2026. O design especial, que inclui o logotipo da Red Bull em vermelho na tampa do motor e detalhes azuis sutis na parte frontal e traseira, foi projetado para agradar aos fãs japoneses e reforçar o impacto da parceria no mercado local. A apresentação do carro coincide com os 60 anos da primeira vitória da Honda na F1, adicionando ainda mais significado ao gesto.
O peso da história em Suzuka
Suzuka, palco do GP do Japão, é mais do que apenas uma pista para a Honda. Propriedade da montadora desde sua inauguração em 1962, o circuito foi projetado por John Hugenholtz e é conhecido por sua configuração desafiadora, com curvas como a 130R e a Spoon. Ao longo dos anos, tornou-se um símbolo do automobilismo japonês, sediando momentos históricos da Fórmula 1, como os duelos épicos entre Ayrton Senna e Alain Prost nas décadas de 1980 e 1990. Para a Red Bull, correr em Suzuka com uma pintura em homenagem à Honda é uma forma de reconhecer a importância desse legado.
A pista também tem um significado especial para Yuki Tsunoda, que cresceu sonhando em competir lá como piloto de Fórmula 1. Sua estreia pela Red Bull neste fim de semana será um marco pessoal e profissional, especialmente por coincidir com a despedida da Honda como fornecedora de motores da equipe. Tsunoda, que passou quatro temporadas na Racing Bulls (anteriormente AlphaTauri), assume o cockpit do RB21 após apenas duas corridas de Liam Lawson na equipe principal, uma troca que reflete tanto seu desempenho consistente quanto a pressão da Honda para vê-lo em um carro competitivo em casa.
Uma parceria que mudou a Fórmula 1
A colaboração entre Red Bull e Honda começou em 2019, mas suas raízes remontam a 2018, quando a montadora japonesa passou a fornecer motores para a então Toro Rosso, equipe júnior da Red Bull. Após um período difícil com a McLaren entre 2015 e 2017, marcado por problemas de confiabilidade e desempenho, a Honda encontrou na Red Bull uma parceira disposta a apostar em seu potencial. O primeiro pódio veio logo na corrida de estreia da parceria, com Max Verstappen terminando em terceiro no GP da Austrália de 2019. A primeira vitória, na Áustria, consolidou a união.
Nos anos seguintes, a Honda refinou sua unidade de potência, superando o domínio da Mercedes na era híbrida. O resultado foi impressionante: Verstappen conquistou o título mundial em 2021, encerrando uma sequência de sete anos da Mercedes, e repetiu o feito em 2022, 2023 e 2024. A Red Bull, por sua vez, levou os campeonatos de construtores em 2022 e 2023. Foram 66 vitórias em GPs até o momento, um número que reflete a força da combinação entre o chassi da equipe austríaca e o motor japonês. O sucesso transformou a Red Bull em uma potência dominante, algo impensável anos antes, quando enfrentava dificuldades com os motores Renault.
A decisão de estender a parceria até 2025, mesmo após o anúncio inicial de saída da Honda em 2021, foi impulsionada pelas novas regras de motores previstas para 2026. A montadora optou por manter seu envolvimento em menor escala, enquanto a Red Bull investia na criação da Red Bull Powertrains, sua própria divisão de motores, em parceria com a Ford. Essa transição gradual permitiu que ambas as partes maximizassem os ganhos antes da separação definitiva, que agora será celebrada em Suzuka com a pintura especial.
Cronograma do GP do Japão
O Grande Prêmio do Japão é a terceira etapa do calendário da Fórmula 1 2025, que conta com 24 corridas ao todo. A temporada começou em março, com o GP da Austrália, seguido pelo GP da China, e agora chega a Suzuka antes de seguir para Bahrein e Arábia Saudita. Confira os horários do fim de semana em Suzuka, ajustados ao fuso horário local (GMT+9):
- Treino Livre 1: 4 de abril, 11h30
- Treino Livre 2: 4 de abril, 15h00
- Treino Livre 3: 5 de abril, 11h30
- Classificação: 5 de abril, 15h00
- Corrida: 6 de abril, 14h00
A programação mantém o formato tradicional, sem corrida sprint, o que dá às equipes mais tempo para ajustar os carros às exigências da pista. Para a Red Bull, será uma oportunidade de testar o RB21 com Tsunoda e avaliar como sua experiência pode contribuir para o desenvolvimento do carro, que tem apresentado desafios para Verstappen e Lawson nas primeiras etapas do ano.
A troca de pilotos e o papel da Honda
Yuki Tsunoda assume o lugar de Liam Lawson na Red Bull após apenas duas corridas do neozelandês na equipe principal. A decisão, anunciada em 27 de março, pegou muitos de surpresa, mas reflete uma combinação de fatores. Lawson, que substituiu Sergio Pérez ao fim de 2024, não conseguiu pontuar nas etapas da Austrália e da China, sendo eliminado no Q1 em todas as sessões de classificação. Verstappen, por outro lado, mantém a vice-liderança do campeonato, mas enfrenta dificuldades com o RB21, descrito por ele como mais difícil de guiar do que o carro da Racing Bulls.
A promoção de Tsunoda não foi apenas uma questão de desempenho. A Honda, que encerra sua parceria com a Red Bull no fim deste ano, desempenhou um papel crucial. A montadora teria investido cerca de 142 milhões de reais para garantir a vaga do japonês, aproveitando o valor promocional de tê-lo na equipe principal em Suzuka. Tsunoda, que acumula 47 pontos em quatro temporadas pela Racing Bulls, traz experiência e consistência, qualidades que a Red Bull espera usar para melhorar o carro ao longo da temporada. Enquanto isso, Lawson retorna à Racing Bulls para reconstruir sua confiança ao lado de Isack Hadjar.
O impacto visual na pista
O RB21 com sua pintura branca será uma das atrações visuais do fim de semana em Suzuka. A mudança temporária abandona o tradicional azul escuro e amarelo da Red Bull, usados desde sua estreia na Fórmula 1 em 2005, para adotar um visual que remete à história da Honda. O design inclui o logotipo da equipe em vermelho na tampa do motor, com detalhes azuis na frente e na traseira, criando um contraste marcante. É a segunda vez que a Red Bull usa uma pintura branca em homenagem à Honda: em 2021, no GP da Turquia, o RB16B adotou um esquema semelhante, originalmente planejado para o cancelado GP do Japão de 2020.
A estética não é apenas um tributo estilístico. Para os fãs japoneses, ver um carro da Red Bull com as cores tradicionais do país em Suzuka reforça o orgulho nacional, especialmente com Tsunoda ao volante. O piloto já testou o RB21 no simulador e terá seu primeiro contato real com o carro no treino livre de sexta-feira. Sua meta é ambiciosa: alcançar um pódio em sua estreia pela equipe principal, um feito que seria histórico tanto para ele quanto para a Honda em sua despedida como fornecedora da Red Bull.
Curiosidades sobre a parceria Red Bull-Honda
A relação entre Red Bull e Honda vai além dos números impressionantes de vitórias e títulos. Confira alguns fatos que marcaram essa colaboração:
- A primeira vitória da parceria veio no GP da Áustria de 2019, com Verstappen, apenas quatro corridas após o início do fornecimento de motores.
- Em 2021, a Honda voltou atrás na decisão de deixar a F1 após 2020, motivada pelo sucesso com a Red Bull e pelas novas regras de 2026.
- O motor Honda RA621H, usado em 2021, foi chave para o título de Verstappen, superando a Mercedes em eficiência e potência.
- Tsunoda, apoiado pela Honda desde o início de sua carreira, é o primeiro japonês a correr pela Red Bull Racing.
Esses marcos mostram como a parceria não apenas resgatou a Honda de anos difíceis na F1, mas também elevou a Red Bull a um novo patamar de competitividade.
O futuro após Suzuka
Com o fim da parceria se aproximando, a Red Bull já olha para 2026, quando estreará seus próprios motores desenvolvidos pela Red Bull Powertrains em colaboração com a Ford. A transição começou em 2021, com a criação da divisão de motores em Milton Keynes, e representa um marco para a equipe, que deixará de depender de fornecedores externos pela primeira vez em sua história. A Honda, por sua vez, levará sua expertise para a Aston Martin, que busca se estabelecer como força competitiva na nova era de regulamentos.
Para Tsunoda, o GP do Japão é uma chance de provar seu valor à Red Bull, especialmente porque seu contrato com o programa da equipe termina no fim deste ano. Um bom desempenho em Suzuka pode garantir sua permanência, mesmo sem o apoio direto da Honda em 2026. Enquanto isso, Verstappen segue como pilar da equipe, com contrato até 2028, mas já enfrentando perguntas sobre seu futuro em meio às dificuldades com o RB21. O holandês, que busca o pentacampeonato, terá em Tsunoda um novo parceiro para dividir os desafios da temporada.
A corrida em Suzuka, portanto, vai além de uma simples etapa do calendário. É uma celebração visual e esportiva de uma parceria que mudou o cenário da Fórmula 1, um adeus à Honda como fornecedora da Red Bull e um momento de transição para pilotos e equipes. O branco do RB21, iluminado pelo sol japonês, será o símbolo dessa história que chega ao fim, mas deixa um legado duradouro nas pistas.

A Red Bull surpreendeu os fãs da Fórmula 1 ao revelar, no dia 1º de abril, uma pintura especial para o Grande Prêmio do Japão, que será disputado no icônico circuito de Suzuka. O design predominantemente branco, com detalhes em vermelho, presta uma homenagem à Honda, parceira de longa data da equipe, em sua última corrida em casa antes do fim da colaboração de sete anos. A escolha reflete não apenas o sucesso da dupla, que conquistou quatro títulos mundiais de pilotos com Max Verstappen e dois de construtores desde 2021, mas também a rica história da montadora japonesa no automobilismo. Com a Honda se preparando para fornecer motores à Aston Martin a partir de 2026, e a Red Bull desenvolvendo suas próprias unidades de potência com a Ford, o GP deste fim de semana marca um ponto de virada simbólico para ambas as marcas.
Desde o anúncio da pintura especial, a expectativa para a corrida em Suzuka cresceu ainda mais. O circuito, propriedade da Honda, recebe a terceira etapa da temporada 2025, programada para os dias 4 a 6 de abril. Além da estética marcante, o fim de semana será especial por outro motivo: Yuki Tsunoda, piloto japonês apoiado pela Honda, fará sua estreia pela equipe principal da Red Bull ao lado de Verstappen. Enquanto isso, Liam Lawson retorna à Racing Bulls, equipe satélite da marca. A troca de pilotos, confirmada na semana anterior, reforça a influência da montadora japonesa na decisão, que também envolveu um aporte financeiro significativo para garantir a promoção de Tsunoda em sua corrida caseira.
O design escolhido para o RB21 não é apenas uma questão visual, mas carrega um peso cultural profundo. Na tradição japonesa, o branco simboliza pureza, simplicidade e respeito, valores que ecoam no automobilismo do país. Antes da era dos patrocínios comerciais, as cores nacionais definiam os carros de corrida, e o Japão adotava o branco com detalhes vermelhos, inspirados em sua bandeira. Essa estética remete aos anos 1960, quando a Honda entrou na Fórmula 1 e alcançou sua primeira vitória com o RA272, pilotado por Richie Ginther no GP do México de 1965. Agora, quase seis décadas depois, a Red Bull usa esse legado como base para celebrar uma parceria que transformou sua trajetória na categoria.
🗣️ “This livery is a tribute to Honda’s success in #F1 and the final year of, what has been a thoroughly enjoyable partnership.”
Look back at our championship-winning journey with @HondaRacingGLB so far 📺
— Oracle Red Bull Racing | オラクル・レッドブルレーシング (@redbullracing) April 1, 2025
Uma homenagem às raízes japonesas
A escolha do branco como cor predominante no carro da Red Bull para o GP do Japão não é aleatória. Na história do automobilismo, as cores nacionais eram uma tradição antes que os patrocínios tomassem conta dos designs. Para o Japão, o branco e o vermelho, representando a bandeira nacional, tornaram-se símbolos de identidade nas pistas. A Honda, ao estrear na Fórmula 1 em 1964, adotou esse padrão, e o modelo RA272, com sua pintura branca e um círculo vermelho, entrou para a história ao vencer no México em 1965. Esse triunfo marcou o início de uma trajetória que, décadas depois, culminaria na parceria vitoriosa com a Red Bull.
Com o RB21 pintado de branco, a equipe austríaca não apenas revive essa estética clássica, mas também destaca a conexão com a Honda em um momento crucial. A montadora japonesa está em seu último ano fornecendo motores para a Red Bull, antes de iniciar uma nova fase com a Aston Martin em 2026. O design especial, que inclui o logotipo da Red Bull em vermelho na tampa do motor e detalhes azuis sutis na parte frontal e traseira, foi projetado para agradar aos fãs japoneses e reforçar o impacto da parceria no mercado local. A apresentação do carro coincide com os 60 anos da primeira vitória da Honda na F1, adicionando ainda mais significado ao gesto.
O peso da história em Suzuka
Suzuka, palco do GP do Japão, é mais do que apenas uma pista para a Honda. Propriedade da montadora desde sua inauguração em 1962, o circuito foi projetado por John Hugenholtz e é conhecido por sua configuração desafiadora, com curvas como a 130R e a Spoon. Ao longo dos anos, tornou-se um símbolo do automobilismo japonês, sediando momentos históricos da Fórmula 1, como os duelos épicos entre Ayrton Senna e Alain Prost nas décadas de 1980 e 1990. Para a Red Bull, correr em Suzuka com uma pintura em homenagem à Honda é uma forma de reconhecer a importância desse legado.
A pista também tem um significado especial para Yuki Tsunoda, que cresceu sonhando em competir lá como piloto de Fórmula 1. Sua estreia pela Red Bull neste fim de semana será um marco pessoal e profissional, especialmente por coincidir com a despedida da Honda como fornecedora de motores da equipe. Tsunoda, que passou quatro temporadas na Racing Bulls (anteriormente AlphaTauri), assume o cockpit do RB21 após apenas duas corridas de Liam Lawson na equipe principal, uma troca que reflete tanto seu desempenho consistente quanto a pressão da Honda para vê-lo em um carro competitivo em casa.
Uma parceria que mudou a Fórmula 1
A colaboração entre Red Bull e Honda começou em 2019, mas suas raízes remontam a 2018, quando a montadora japonesa passou a fornecer motores para a então Toro Rosso, equipe júnior da Red Bull. Após um período difícil com a McLaren entre 2015 e 2017, marcado por problemas de confiabilidade e desempenho, a Honda encontrou na Red Bull uma parceira disposta a apostar em seu potencial. O primeiro pódio veio logo na corrida de estreia da parceria, com Max Verstappen terminando em terceiro no GP da Austrália de 2019. A primeira vitória, na Áustria, consolidou a união.
Nos anos seguintes, a Honda refinou sua unidade de potência, superando o domínio da Mercedes na era híbrida. O resultado foi impressionante: Verstappen conquistou o título mundial em 2021, encerrando uma sequência de sete anos da Mercedes, e repetiu o feito em 2022, 2023 e 2024. A Red Bull, por sua vez, levou os campeonatos de construtores em 2022 e 2023. Foram 66 vitórias em GPs até o momento, um número que reflete a força da combinação entre o chassi da equipe austríaca e o motor japonês. O sucesso transformou a Red Bull em uma potência dominante, algo impensável anos antes, quando enfrentava dificuldades com os motores Renault.
A decisão de estender a parceria até 2025, mesmo após o anúncio inicial de saída da Honda em 2021, foi impulsionada pelas novas regras de motores previstas para 2026. A montadora optou por manter seu envolvimento em menor escala, enquanto a Red Bull investia na criação da Red Bull Powertrains, sua própria divisão de motores, em parceria com a Ford. Essa transição gradual permitiu que ambas as partes maximizassem os ganhos antes da separação definitiva, que agora será celebrada em Suzuka com a pintura especial.
Cronograma do GP do Japão
O Grande Prêmio do Japão é a terceira etapa do calendário da Fórmula 1 2025, que conta com 24 corridas ao todo. A temporada começou em março, com o GP da Austrália, seguido pelo GP da China, e agora chega a Suzuka antes de seguir para Bahrein e Arábia Saudita. Confira os horários do fim de semana em Suzuka, ajustados ao fuso horário local (GMT+9):
- Treino Livre 1: 4 de abril, 11h30
- Treino Livre 2: 4 de abril, 15h00
- Treino Livre 3: 5 de abril, 11h30
- Classificação: 5 de abril, 15h00
- Corrida: 6 de abril, 14h00
A programação mantém o formato tradicional, sem corrida sprint, o que dá às equipes mais tempo para ajustar os carros às exigências da pista. Para a Red Bull, será uma oportunidade de testar o RB21 com Tsunoda e avaliar como sua experiência pode contribuir para o desenvolvimento do carro, que tem apresentado desafios para Verstappen e Lawson nas primeiras etapas do ano.
A troca de pilotos e o papel da Honda
Yuki Tsunoda assume o lugar de Liam Lawson na Red Bull após apenas duas corridas do neozelandês na equipe principal. A decisão, anunciada em 27 de março, pegou muitos de surpresa, mas reflete uma combinação de fatores. Lawson, que substituiu Sergio Pérez ao fim de 2024, não conseguiu pontuar nas etapas da Austrália e da China, sendo eliminado no Q1 em todas as sessões de classificação. Verstappen, por outro lado, mantém a vice-liderança do campeonato, mas enfrenta dificuldades com o RB21, descrito por ele como mais difícil de guiar do que o carro da Racing Bulls.
A promoção de Tsunoda não foi apenas uma questão de desempenho. A Honda, que encerra sua parceria com a Red Bull no fim deste ano, desempenhou um papel crucial. A montadora teria investido cerca de 142 milhões de reais para garantir a vaga do japonês, aproveitando o valor promocional de tê-lo na equipe principal em Suzuka. Tsunoda, que acumula 47 pontos em quatro temporadas pela Racing Bulls, traz experiência e consistência, qualidades que a Red Bull espera usar para melhorar o carro ao longo da temporada. Enquanto isso, Lawson retorna à Racing Bulls para reconstruir sua confiança ao lado de Isack Hadjar.
O impacto visual na pista
O RB21 com sua pintura branca será uma das atrações visuais do fim de semana em Suzuka. A mudança temporária abandona o tradicional azul escuro e amarelo da Red Bull, usados desde sua estreia na Fórmula 1 em 2005, para adotar um visual que remete à história da Honda. O design inclui o logotipo da equipe em vermelho na tampa do motor, com detalhes azuis na frente e na traseira, criando um contraste marcante. É a segunda vez que a Red Bull usa uma pintura branca em homenagem à Honda: em 2021, no GP da Turquia, o RB16B adotou um esquema semelhante, originalmente planejado para o cancelado GP do Japão de 2020.
A estética não é apenas um tributo estilístico. Para os fãs japoneses, ver um carro da Red Bull com as cores tradicionais do país em Suzuka reforça o orgulho nacional, especialmente com Tsunoda ao volante. O piloto já testou o RB21 no simulador e terá seu primeiro contato real com o carro no treino livre de sexta-feira. Sua meta é ambiciosa: alcançar um pódio em sua estreia pela equipe principal, um feito que seria histórico tanto para ele quanto para a Honda em sua despedida como fornecedora da Red Bull.
Curiosidades sobre a parceria Red Bull-Honda
A relação entre Red Bull e Honda vai além dos números impressionantes de vitórias e títulos. Confira alguns fatos que marcaram essa colaboração:
- A primeira vitória da parceria veio no GP da Áustria de 2019, com Verstappen, apenas quatro corridas após o início do fornecimento de motores.
- Em 2021, a Honda voltou atrás na decisão de deixar a F1 após 2020, motivada pelo sucesso com a Red Bull e pelas novas regras de 2026.
- O motor Honda RA621H, usado em 2021, foi chave para o título de Verstappen, superando a Mercedes em eficiência e potência.
- Tsunoda, apoiado pela Honda desde o início de sua carreira, é o primeiro japonês a correr pela Red Bull Racing.
Esses marcos mostram como a parceria não apenas resgatou a Honda de anos difíceis na F1, mas também elevou a Red Bull a um novo patamar de competitividade.
O futuro após Suzuka
Com o fim da parceria se aproximando, a Red Bull já olha para 2026, quando estreará seus próprios motores desenvolvidos pela Red Bull Powertrains em colaboração com a Ford. A transição começou em 2021, com a criação da divisão de motores em Milton Keynes, e representa um marco para a equipe, que deixará de depender de fornecedores externos pela primeira vez em sua história. A Honda, por sua vez, levará sua expertise para a Aston Martin, que busca se estabelecer como força competitiva na nova era de regulamentos.
Para Tsunoda, o GP do Japão é uma chance de provar seu valor à Red Bull, especialmente porque seu contrato com o programa da equipe termina no fim deste ano. Um bom desempenho em Suzuka pode garantir sua permanência, mesmo sem o apoio direto da Honda em 2026. Enquanto isso, Verstappen segue como pilar da equipe, com contrato até 2028, mas já enfrentando perguntas sobre seu futuro em meio às dificuldades com o RB21. O holandês, que busca o pentacampeonato, terá em Tsunoda um novo parceiro para dividir os desafios da temporada.
A corrida em Suzuka, portanto, vai além de uma simples etapa do calendário. É uma celebração visual e esportiva de uma parceria que mudou o cenário da Fórmula 1, um adeus à Honda como fornecedora da Red Bull e um momento de transição para pilotos e equipes. O branco do RB21, iluminado pelo sol japonês, será o símbolo dessa história que chega ao fim, mas deixa um legado duradouro nas pistas.
